Postagem em destaque

Mais de Santa Catarina ...

sábado, 16 de maio de 2015

Sâo Paulo dá exemplo de como transformar espaços públicos // BBC Brasil




Resultado de imagem para horta organicaA cidade vai para a rua: os movimentos que querem transformar os espaços públicos

  • 15 maio 2015


Em São Paulo e outras cidades do país, moradores de diversas origens e classes sociais começam a se juntar e sair às ruas. Em comum, estes movimentos têm um objetivo que parece simples, mas que dá bastante trabalho para ser conquistado: tornar os espaços públicos mais agradáveis.
Se você aceitar o convite destes grupos, poderá plantar flores nos canteiros de uma avenida, participar de debates e oficinas na praça, fazer performances às margens de um rio, cuidar de uma horta comunitária ou dançar embaixo de um viaduto madrugada adentro.
"Fazer isso é importante, porque a vida pública está morta", diz a arquiteta Laura Sobral, de 29 anos, que se casou na rua, em pleno Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
É uma excentricidade que fez todo o sentido para Laura. Ela criou há pouco mais de um ano, junto com amigos e vizinhos, o coletivo "A Batata Precisa de Você" e passou a organizar atividades neste local.
No passado, o Largo da Batata teve papel importante no surgimento da cidade, servindo como entreposto comercial para a capital e o interior. Quando Laura decidiu realizar eventos semanais por lá, uma grande reforma no Largo que custou R$ 150 milhões e tomou mais de 11 anos acabara de ser finalizada. O resultado, no entanto, desagradou alguns moradores da região - inclusive a arquiteta.
"Você não vê onde foi parar tanto investimento. Este era um local de caráter popular, e a obra acabou com este espírito. Virou um deserto, rota de passagem. Por isso, decidimos estar aqui toda semana", disse ela na última sexta-feira de abril, pouco antes de dar início a mais um evento do coletivo.

BBC Brasil
Insatisfeitos com resultado de obra, coletivo instalou bancos e jardins no Largo da Batata
BBC Brasil
Eventos, como este debate, são realizados todas as sextas-feiras desde o ano passado
BBC Brasil
Grupo pintou até mesmo faixa de pedestre 'alternativa', já apagada pela Prefeitura

Naquele dia, haveria uma tenda para estampar camisetas, intervenções artísticas na calçada, um debate e um baile de forró para fechar a noite. Também já foram instalados no Largo jardins, bancos, uma mesa de pingue-pongue e uma cobertura feita com guarda-sóis.
"Este tipo de ação gera conflito, dá trabalho, exige manutenção, mas é isso que a gente acredita que é a vida na cidade", explica Laura, que planeja realizar atividades também em outros pontos da cidade.
Margareth Uemura, coordenadora de urbanismo do Instituto Pólis, ONG voltada para o estudo de políticas públicas, explica que ações desta natureza ocorrem há tempos nas periferias diante da ausência de projetos de urbanização. Mas ganharam mais destaque a partir do momento que passaram a ser realizadas também nas áreas centrais da cidade.
"Trata-se de um amadurecimento histórico. Desde a nova Constituição, foram sendo criados instrumentos democráticos de maior participação popular. Assim, o cidadão começa a entender que tem voz, e o poder público - que ainda tem o dever de zelar pela cidade - entende que pode compartilhar esta gestão", afirma Uemura.

A polêmica do capim santo


BBC Brasil
Acompanha por vizinho, Neide visita horta comunitária no bairro City Lapa

A alguns quilômetros do Largo, em uma rua pacata do bairro City Lapa, a nutricionista Neide Rigo, de 53 anos, também enfrentou muita briga para fazer sua horta comunitária vingar.
Ela e uma vizinha resolveram transformar um terreno baldio, tomado por lixo e mato, e foram de porta em porta na vizinhança em busca de apoio. "No começo, não teve muita adesão. Mas, quando pegamos na enxada, os vizinhos começaram a se juntar a nós", relembra ela.
A meta inicial de limpar o terreno acabou virando algo mais ambicioso. Hoje, ali há mais de cem espécies, entre plantas aromáticas, ervas, legumes, verduras. A iniciativa, no entanto, gerou confusão.
"Certos vizinhos diziam que ali não era lugar de horta, mas a gota d’água foi quando tiramos um capim alto que nascia na calçada e substituímos por capim santo. Isso revoltou alguns moradores. Diziam que estávamos atrapalhando a acessibilidade, que o capim ia raspar nas pernas das pessoas", afirma Neide. "Mas nunca ninguém havia reclamado deste terreno antes ou da falta de calçada na parte debaixo dele."

BBC Brasil
Terreno baldio era motivo de insatisfação para muitos moradores da região
BBC Brasil
Até que grupo se uniu para retirar lixo e mato e fazer ali uma horta
BBC Brasil
Capim-santo plantado no lugar de capim comum na calçada gerou confusão
BBC Brasil
Polêmica fez Prefeitura refazer calçamento no entorno do terreno

No entanto, a disputa teve um final feliz. O capim santo foi de fato removido, mas a horta ficou e, com a polêmica, a subprefeitura enviou operários para recuperar a calçada existente e pavimentar outros trechos.
"Neste ponto, tenho que agradecer a quem foi contra. Por isso, eu aconselho: se há um problema na sua rua, vá lá e plante capim santo. Isso atrairá olhares para o que está errado", diz Neide, que vê com bons olhos iniciativas semelhantes que vem sendo realizadas na cidade.
"A minha geração se encastelou. Mas está surgindo uma nova geração menos medrosa, que sabe que o caminho para termos uma cidade mais humana é as pessoas de bem ocuparem os espaço públicos, de onde elas nunca deveriam ter saído."

Canteiros renovados


BBC Brasil
Paulistanos se reuniram em um domingo para plantar 1,2 mil mudas em canteiros de avenida

Assim como no caso de Neide, as plantas também foram as ferramentas usadas na intervenção promovida pelo português Tomas Tojo, de 24 anos, no Centro de São Paulo.
O coletivo do qual ele faz parte, o Green SP, revitaliza canteiros e, em um domingo de abril, executou seu projeto mais ambicioso até então: plantar 1,2 mil mudas na Avenida São Luis.
O grupo de voluntários naquele dia começou pequeno, mas foi crescendo ao longo da manhã. Leonides Abdala, de 72 anos, mora no interior e, hospedada na casa de um familiar na avenida, ficou curiosa ao se deparar com a movimentação na rua.
"Quando fui para a Espanha, vi cidades muito floridas. Sempre quis que São Paulo fosse assim também. Por isso, decidi participar", afirma ela.

BBC Brasil
Leonides Abdala decidiu ajudar para deixar São Paulo 'florida como cidades da Espanha'
BBC Brasil
Tomás Tojo, idealizador do projeto, orienta colaboradores antes de começarem a trabalhar
BBC Brasil
Ação exigiu quatro meses de preparação e colaboração de voluntários

Já a publicitária Andréa Pagni, de 42 anos, soube do projeto pelo rádio e, acompanhada por seu filho, saiu de manhã bem cedo de casa, no bairro de Santo Amaro, na zona sul, a vários quilômetros de distância do Centro, para colaborar.
"Iniciativas como esta fazem falta na cidade. Não podemos só ficar esperando uma atitude do governo. Também temos que ajudar a deixar São Paulo mais bonita, e trouxe meu filho para dar este exemplo", diz Andrea.
Casos assim reforçam em Tomás a crença de que as pessoas "cada vez mais querem estar na rua e ocupar um espaço que é delas".
"Temos que ser proativos e resgatar este senso de coletividade", afirma ele. "O processo exige muita logística. Foram necessários quatro meses de planejamento. E, como nós temos poucos recursos, dependemos da boa vontade de muitas pessoas."

Menos medo e violência

Entretanto, nem tudo é sempre bem recebido por todos. As festas que vinham sendo realizadas aos fins de semana em um túnel interditado para carros no Centro, conhecida como Buraco da Minhoca, foram proibidas.
Primeiro, os moradores reclamaram, e a Polícia Militar interveio. Mas a Prefeitura deu seu aval, desde que fossem seguidas algumas regras. No entanto, em março, o Ministério Público determinou o fechamento do espaço com portões. Agora, coletivos fazem um abaixo assinado para que atividades culturais voltem a ser liberadas ali.
Com diferentes graus de sucesso – e receptividade -, estas ações de coletivos em espaços públicos vêm ocorrendo não só em São Paulo, mas em outras cidades brasileiras. Há o Grupo Poro, em Belo Horizonte, o OPAVIVARÁ!, no Rio, o Cidade Baixa Em Alta, em Porto Alegre, e o Salvador Meu Amor, na capital baiana.
Também é o caso de Recife, em Pernambuco, de onde veio o coletivo Praias do Capibaribe, criado em 2011, para participar dos eventos no Largo da Batata. Na semana seguinte, foi a vez do "Batata" ir para Recife para se juntar às ações promovidas pelo grupo de Recife às margens do rio Capibaribe.
"Desta forma, percebemos que nossa causa não é só local. Há os mesmos problemas em outras cidades também. Em Recife, tentamos revitalizar as margens do Capibaribe e, aqui em São Paulo, o mesmo poderia ser feito nos rios Tietê e Pinheiros, por exemplo", diz a arte-educadora Bruna Pedrosa, de 32 anos, uma das idealizadoras da iniciativa.
"Estar mais na rua é importante, porque reduz o medo, o preconceito, a violência. Tentamos fazer a nossa parte para melhorar a vida na cidade e incentivamos que outros façam o mesmo."
Em São Paulo e outras cidades do país, moradores de diversas origens e classes sociais começam a se juntar e sair às ruas. Em comum, estes movimentos têm um objetivo que parece simples, mas que dá bastante trabalho para ser conquistado: tornar os espaços públicos mais agradáveis.
Se você aceitar o convite destes grupos, poderá plantar flores nos canteiros de uma avenida, participar de debates e oficinas na praça, fazer performances às margens de um rio, cuidar de uma horta comunitária ou dançar embaixo de um viaduto madrugada adentro.
"Fazer isso é importante, porque a vida pública está morta", diz a arquiteta Laura Sobral, de 29 anos, que se casou na rua, em pleno Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
É uma excentricidade que fez todo o sentido para Laura. Ela criou há pouco mais de um ano, junto com amigos e vizinhos, o coletivo "A Batata Precisa de Você" e passou a organizar atividades neste local.
No passado, o Largo da Batata teve papel importante no surgimento da cidade, servindo como entreposto comercial para a capital e o interior. Quando Laura decidiu realizar eventos semanais por lá, uma grande reforma no Largo que custou R$ 150 milhões e tomou mais de 11 anos acabara de ser finalizada. O resultado, no entanto, desagradou alguns moradores da região - inclusive a arquiteta.
"Você não vê onde foi parar tanto investimento. Este era um local de caráter popular, e a obra acabou com este espírito. Virou um deserto, rota de passagem. Por isso, decidimos estar aqui toda semana", disse ela na última sexta-feira de abril, pouco antes de dar início a mais um evento do coletivo.

BBC Brasil
Insatisfeitos com resultado de obra, coletivo instalou bancos e jardins no Largo da Batata
BBC Brasil
Eventos, como este debate, são realizados todas as sextas-feiras desde o ano passado
BBC Brasil
Grupo pintou até mesmo faixa de pedestre 'alternativa', já apagada pela Prefeitura

Naquele dia, haveria uma tenda para estampar camisetas, intervenções artísticas na calçada, um debate e um baile de forró para fechar a noite. Também já foram instalados no Largo jardins, bancos, uma mesa de pingue-pongue e uma cobertura feita com guarda-sóis.
"Este tipo de ação gera conflito, dá trabalho, exige manutenção, mas é isso que a gente acredita que é a vida na cidade", explica Laura, que planeja realizar atividades também em outros pontos da cidade.
Margareth Uemura, coordenadora de urbanismo do Instituto Pólis, ONG voltada para o estudo de políticas públicas, explica que ações desta natureza ocorrem há tempos nas periferias diante da ausência de projetos de urbanização. Mas ganharam mais destaque a partir do momento que passaram a ser realizadas também nas áreas centrais da cidade.
"Trata-se de um amadurecimento histórico. Desde a nova Constituição, foram sendo criados instrumentos democráticos de maior participação popular. Assim, o cidadão começa a entender que tem voz, e o poder público - que ainda tem o dever de zelar pela cidade - entende que pode compartilhar esta gestão", afirma Uemura.

A polêmica do capim santo


BBC Brasil
Acompanha por vizinho, Neide visita horta comunitária no bairro City Lapa

A alguns quilômetros do Largo, em uma rua pacata do bairro City Lapa, a nutricionista Neide Rigo, de 53 anos, também enfrentou muita briga para fazer sua horta comunitária vingar.
Ela e uma vizinha resolveram transformar um terreno baldio, tomado por lixo e mato, e foram de porta em porta na vizinhança em busca de apoio. "No começo, não teve muita adesão. Mas, quando pegamos na enxada, os vizinhos começaram a se juntar a nós", relembra ela.
A meta inicial de limpar o terreno acabou virando algo mais ambicioso. Hoje, ali há mais de cem espécies, entre plantas aromáticas, ervas, legumes, verduras. A iniciativa, no entanto, gerou confusão.
"Certos vizinhos diziam que ali não era lugar de horta, mas a gota d’água foi quando tiramos um capim alto que nascia na calçada e substituímos por capim santo. Isso revoltou alguns moradores. Diziam que estávamos atrapalhando a acessibilidade, que o capim ia raspar nas pernas das pessoas", afirma Neide. "Mas nunca ninguém havia reclamado deste terreno antes ou da falta de calçada na parte debaixo dele."

BBC Brasil
Terreno baldio era motivo de insatisfação para muitos moradores da região
BBC Brasil
Até que grupo se uniu para retirar lixo e mato e fazer ali uma horta
BBC Brasil
Capim-santo plantado no lugar de capim comum na calçada gerou confusão
BBC Brasil
Polêmica fez Prefeitura refazer calçamento no entorno do terreno

No entanto, a disputa teve um final feliz. O capim santo foi de fato removido, mas a horta ficou e, com a polêmica, a subprefeitura enviou operários para recuperar a calçada existente e pavimentar outros trechos.
"Neste ponto, tenho que agradecer a quem foi contra. Por isso, eu aconselho: se há um problema na sua rua, vá lá e plante capim santo. Isso atrairá olhares para o que está errado", diz Neide, que vê com bons olhos iniciativas semelhantes que vem sendo realizadas na cidade.
"A minha geração se encastelou. Mas está surgindo uma nova geração menos medrosa, que sabe que o caminho para termos uma cidade mais humana é as pessoas de bem ocuparem os espaço públicos, de onde elas nunca deveriam ter saído."

Canteiros renovados


BBC Brasil
Paulistanos se reuniram em um domingo para plantar 1,2 mil mudas em canteiros de avenida

Assim como no caso de Neide, as plantas também foram as ferramentas usadas na intervenção promovida pelo português Tomas Tojo, de 24 anos, no Centro de São Paulo.
O coletivo do qual ele faz parte, o Green SP, revitaliza canteiros e, em um domingo de abril, executou seu projeto mais ambicioso até então: plantar 1,2 mil mudas na Avenida São Luis.
O grupo de voluntários naquele dia começou pequeno, mas foi crescendo ao longo da manhã. Leonides Abdala, de 72 anos, mora no interior e, hospedada na casa de um familiar na avenida, ficou curiosa ao se deparar com a movimentação na rua.
"Quando fui para a Espanha, vi cidades muito floridas. Sempre quis que São Paulo fosse assim também. Por isso, decidi participar", afirma ela.

BBC Brasil
Leonides Abdala decidiu ajudar para deixar São Paulo 'florida como cidades da Espanha'
BBC Brasil
Tomás Tojo, idealizador do projeto, orienta colaboradores antes de começarem a trabalhar
BBC Brasil
Ação exigiu quatro meses de preparação e colaboração de voluntários

Já a publicitária Andréa Pagni, de 42 anos, soube do projeto pelo rádio e, acompanhada por seu filho, saiu de manhã bem cedo de casa, no bairro de Santo Amaro, na zona sul, a vários quilômetros de distância do Centro, para colaborar.
"Iniciativas como esta fazem falta na cidade. Não podemos só ficar esperando uma atitude do governo. Também temos que ajudar a deixar São Paulo mais bonita, e trouxe meu filho para dar este exemplo", diz Andrea.
Casos assim reforçam em Tomás a crença de que as pessoas "cada vez mais querem estar na rua e ocupar um espaço que é delas".
"Temos que ser proativos e resgatar este senso de coletividade", afirma ele. "O processo exige muita logística. Foram necessários quatro meses de planejamento. E, como nós temos poucos recursos, dependemos da boa vontade de muitas pessoas."

Menos medo e violência

Entretanto, nem tudo é sempre bem recebido por todos. As festas que vinham sendo realizadas aos fins de semana em um túnel interditado para carros no Centro, conhecida como Buraco da Minhoca, foram proibidas.
Primeiro, os moradores reclamaram, e a Polícia Militar interveio. Mas a Prefeitura deu seu aval, desde que fossem seguidas algumas regras. No entanto, em março, o Ministério Público determinou o fechamento do espaço com portões. Agora, coletivos fazem um abaixo assinado para que atividades culturais voltem a ser liberadas ali.
Com diferentes graus de sucesso – e receptividade -, estas ações de coletivos em espaços públicos vêm ocorrendo não só em São Paulo, mas em outras cidades brasileiras. Há o Grupo Poro, em Belo Horizonte, o OPAVIVARÁ!, no Rio, o Cidade Baixa Em Alta, em Porto Alegre, e o Salvador Meu Amor, na capital baiana.
Também é o caso de Recife, em Pernambuco, de onde veio o coletivo Praias do Capibaribe, criado em 2011, para participar dos eventos no Largo da Batata. Na semana seguinte, foi a vez do "Batata" ir para Recife para se juntar às ações promovidas pelo grupo de Recife às margens do rio Capibaribe.
"Desta forma, percebemos que nossa causa não é só local. Há os mesmos problemas em outras cidades também. Em Recife, tentamos revitalizar as margens do Capibaribe e, aqui em São Paulo, o mesmo poderia ser feito nos rios Tietê e Pinheiros, por exemplo", diz a arte-educadora Bruna Pedrosa, de 32 anos, uma das idealizadoras da iniciativa.
"Estar mais na rua é importante, porque reduz o medo, o preconceito, a violência. Tentamos fazer a nossa parte para melhorar a vida na cidade e incentivamos que outros façam o mesmo."

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Felipe González fará visita aos opositores do governo venezuelano, Leopoldo López e Antonio Ledezma

Felipe González assume o papel que caberia ao governo brasileiro
Cassio Curvo – 
Enquanto o governo brasileiro se nega a assumir o papel de liderança no continente, que certamente lhe caberia, e insiste em apoiar os ditadores latinos de esquerda, o ex-presidente espanhol Felipe González tentará viajar à Venezuela para apoiar os opositores políticos da ditadura de Nicolas Maduro, Leopoldo López e Antonio Ledezma, presos por apenas fazerem oposição.
O dano que este nosso governo está causando não se dá apenas na economia, é em todas as frentes, até na nossa diplomacia, de competência reconhecida antes do PT assumir o poder.

Felipe González intentará viajar el lunes a Venezuela – El País



El expresidente del Gobierno español Felipe González aseguró que tiene ya un billete para viajar el lunes a Venezuela y que su intención es intentar cumplir con su agenda para apoyar a la defensa de los opositores presos Leopoldo López y Antonio Ledezma.
“Yo sigo adelante con todos los planes que sean posibles. Si puedo ir, iré, y si no, pues lo retrasaré o iré en otro momento”, dijo el socialista la noche del jueves en Washington. González viajó a la capital estadounidense para participar en la entrega del premio a la Democracia de la Fundación Nacional de la Democracia a López y Ledezma, galardones que fueron recogidos por sus esposas, Lilian Tintori y Mitzy Capriles. En el acto también fue premiada la abogada y activista de derechos humanos venezolana Tamara Sujú.
El expresidente estaba de camino a Washington cuando se conoció que el Gobierno de Nicolás Maduro había advertido en una notificación a la embajada española en Caracas de que “no considera bienvenido” al país a González y “no le prestará apoyo alguno”, por lo que las acciones del socialista en Caracas quedarán “bajo su absoluta responsabilidad”, informa Efe.
Además, en declaraciones a la prensa González reveló el jueves que la vista oral en el juicio a López a la que tenía planeado asistir la semana próxima ha sido al parecer aplazada hasta junio, otro factor que podría alterar sus planes en el país donde la Asamblea Nacional le ha declarado persona non grata por su apoyo a los presos políticos.
“No he pedido apoyo a las autoridades”, puntualizó el socialista español, que además defendió su apoyo a los presos políticos “por convicción y por principios”.
“La mitad de mi vida he vivido en una dictadura y la otra mitad en democracia. Creo que mi genética está más preparada para soportar la lucha contra una dictadura que para la pérdida de una democracia que se convierta en dictadura”, sostuvo González durante el acto.
“El Gobierno de Venezuela puede impedirme participar en la defensa al interior de Venezuela, pero no puede impedirme participar en la defensa. El mundo de las libertades, de la democracia y los derechos humanos supera con mucho la frontera de Venezuela y además obliga a Venezuela”, recordó.
Según explicó, en la comunicación formal que le envió a Caracas informando de su viaje, le reiteró al Gobierno de Maduro que está en disposición de dialogar. Lamentó que, sin embargo, la postura de Caracas no ha cambiado.
“No entienden que prefiero una salida dialogada y que no tengo ninguna intención de hacer una confrontación, no es mi tarea”, insistió González, que rechazó las “barbaridades” que dijo haber tenido que escuchar en los pasados días, como que el fallecido presidente venezolano Hugo Chávez lo llegó a echar de su despacho.
“En el anterior teléfono que tenía, tengo el teléfono personal de Chávez porque me lo dio él para que me comunicara directamente con él”, reveló González. “Así que a lo mejor el presidente Maduro es capaz de meditar en eso. No estoy seguro, pero a lo mejor medita”, agregó.

"Ricardo Pessoa resolveu bater com a língua nos dentes... A República treme" // Eliane Cantanhêde // Estadão

O cara

Eliane Cantanhêde
15 Maio 2015 | 05h 00
"Para a Polícia Federal, tudo o que sai do padrão tem relevância e é por isso que a ida do doleiro Alberto Youssef ao Maranhão, em pessoa, com uma bolada, é como uma cereja no bolo da Lava Jato. Ele sempre enviava representantes, ou “mulas”, para os demais locais, mas fez questão de ir ele mesmo ao Maranhão e acabou preso justamente em São Luís. Segundo a PF, “aí tem!”.
Mesmo com a delação premiada, mesmo depois de tudo o que o doleiro já contou, mesmo depois de tudo o que se sabe, ainda há muitas dúvidas nas apurações maranhenses e elas podem ganhar um novo sabor, desta vez bem picante, com a novidade desta semana nas investigações: o acordo do empreiteiro Ricardo Pessoa com a Procuradoria-Geral da República.
Ele sabe das coisas envolvendo o Maranhão e, rapidamente, mal chegou, já citou o nome de Edison Lobão. Maranhense, Lobão foi ministro de Minas e Energia – pasta à qual a Petrobrás é vinculada – e só chegou a esse cargo nobre pela íntima ligação com o ex-presidente, ex-governador e ex-senador José Sarney.
Pessoa não é uma pessoa qualquer, um réu entre tantos, um representante a mais de empreiteiras ou só um delator no meio da multidão de delatores. Ele é “o cara”. E, por falar nisso, é próximo amigo do ex-presidente Lula, com quem trocava bem mais do que figurinhas e uns copos de cerveja. Na avaliação dos investigadores, Pessoa conhece as entranhas do poder e é chamado pela força-tarefa da Lava Jato de “chefe do clube”, ou seja, das empreiteiras que tiravam dos cofres da Petrobrás para pôr nas contas de PT, PMDB, PP.



Pessoa está preso desde novembro e agora anda do quarto para a sala e do banheiro para a cozinha de casa com uma tornozeleira. Como PF e Ministério Público imaginavam e os envolvidos temiam, não suportou a tensão psicológica nem a pressão familiar e decidiu bater com a língua nos dentes. A República treme.
Não bastasse, Pessoa entrou em pauta e em evidência num momento péssimo para a presidente Dilma Rousseff. Não só porque ela está com a popularidade no chinelo, mas porque as votações do ajuste fiscal estão na sua etapa mais delicada.
Dilma perdera todas até abril, mas, bem ou mal, vinha vencendo as votações no Congresso em maio: ganhou apertado, mas ganhou na decisão sobre a MP trabalhista; aprovou o nome de Luiz Fachin na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e teve um resultado melhor ainda na votação da MP previdenciária na Câmara. Na trabalhista, 25 votos de diferença; na previdenciária, 99. 
Mas alegria de pobre dura pouco e alegria de governo fraco, menos ainda. Na mesma noite de quarta-feira, a Câmara mudou o fator previdenciário. Se Lula nem teve tempo para digerir a delação premiada do amigão Ricardo Pessoa na Lava Jato, Dilma nem pôde curtir a vitória da MP. Ontem, ela foi a Pernambuco remoendo a nova derrota, enquanto Lula e o vice e coordenador político Michel Temer toureavam a base aliada em Brasília. Lula cuidava do Senado, particularmente do rebelde sem causa Renan Calheiros. Temer assistia ao vivo e em cores a guerra interna do PT.
A questão agora é fazer duas contas: a política, somando os infiéis, e a econômica, diminuindo a conta da Previdência Social. O impacto é grande nos dois casos, mas a preocupação imediata é política. Exemplos: no PT, 14 deputados votaram contra o seu próprio governo e, no PDT (que reúne seu diretório hoje), não se vê mais um mísero voto a favor. 
A crise, portanto, continua braba e, como tudo o que está ruim, ainda pode piorar. Principalmente se o próprio PT bate de frente com a presidente e o governo pelo desgaste do fator previdenciário. Se a mudança passar, Dilma terá duas opções: chorar sobre o rombo da Previdência ou vetar uma decisão altamente popular do Congresso.
Tudo isso com Ricardo Pessoa ameaçando o sono dos poderosos, inclusive do poderoso-mor: o patrono do governo Dilma.

Homenagem a B B King . B B King Live At The Royal Albert Hall 2011 1080p HD / You Tube

B B KING nos deixou ... saudade, musicalidade, cordialidade, identidade com com o blues, do qual ele é ícone, e merece um homenagem...
Lá vai ela...>>>>>

Humor de Chico Caruso // blog de Ricardo Noblat

HUMOR

A charge de Chico Caruso

  •  
Charge (Foto: Chico Caruso)

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Homem com 2 pênis não tem vantagem sexual ?! // Clarín



La complicada vida del hombre que tiene dos penes

Escribió un best seller
Diphallic Dude es un estadounidense de 25 años. No quiere revelar su verdadera identidad porque dice que es "como Superman". Nació con una rarísima malformación genética. Y asegura que tuvo mil compañeros y compañeras sexuales.  

Tiene casi 40.000 seguidores en Twitter. Su libro está entre los tres más vendidos en tres categorías de Amazon. Su fama no para de crecer. Pero su vida no es color de rosa. Porque la causa de este éxito se debe a que nació con dos penes.
Se lo conoce como Diphallic Dude, en referencia a la difalia, la rara anormalidad con la que nació, y que padece un hombre en cinco millones. Le tocó a él, un joven estadounidense del que sólo se sabe que tiene 25 años y es bisexual. Diphallic Dude publicó un libro contando su historia: "Mi vida con dos penes". Y se convirtió en un best seller. En Amazon, está primero en ventas dentro de la categoría GLBT, que refiere a textos de temáticas gay o lésbicas, en las subcategorías "Memorias", "Grupos específicos" y "Lectura de más de dos horas".