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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

"Dinamarca pode dar lições de combate à corrupção ao Brasil"... Não sei como ! /// BBC

Oito lições de combate à corrupção que a Dinamarca pode dar ao Brasil

  • Há 6 horas
(Foto: Flávia Milhorance/BBC Brasil)Image copyrightFlavia Milhorance l BBC Brasil
Image captionDinamarca lidera ranking de países menos corruptos do mundo
A Dinamarca colhe hoje os frutos de mais de 350 anos de empenho contra a corrupção no setor público e privado e, mais uma vez, figura no topo do ranking de 168 países da ONG Transparência Internacional, o principal indicador global de corrupção.
Desde que o índice foi criado, em 1995, o país está nas primeiras posições - em que estão as nações vistas como menos corruptas. Nos últimos cinco anos, só não esteve no primeiro lugar em 2011, que ficou com a Nova Zelândia. Esse é o segundo ano consecutivo em que está sozinha no topo.
O Brasil foi um dos países que registrou a maior queda no ranking neste ano: caiu sete posições, para o 76º lugar. A ONG liga a queda ao escândalo da Petrobras.
O Índice de Percepção de Corrupção é baseado em entrevistas com especialistas - em geral, membros de instituições internacionais como bancos e fóruns globais - que avaliam a corrupção no setor público de cada país.
Na raiz do bom desempenho dinamarquês estão iniciativas de meados do século 17, quando a Dinamarca perdia parte de seu reinado para a Suécia e via que era preciso ter uma administração mais eficiente para coletar impostos e financiar batalhas em curso.
Numa época em que a nobreza gozava de vários privilégios, o rei Frederik 3º proibiu que se recebessem ou oferecessem propinas e presentes, sob pena até de morte. E instituiu regras para contratar servidores públicos com base em mérito, não no título. A partir de então, novas medidas foram sendo instituídas período a período.
Peter Varga, coordenador regional da Transparência Internacional para Europa e Ásia Central, alerta, entretanto, que "países que estão no topo do ranking naturalmente não estão livres de corrupção", pondera
Casos envolvendo empresas e políticos vez ou outra ganham destaque na Dinamarca. Há dois anos, a empresa dinamarquesa Maersk foi apontada na Operação Lava Jato como possível autora de pagamento de propinas a ex-executivos da Petrobras. E a falta de controle nos financiamentos de campanha é bastante criticada.
"Entretanto, neles isto é uma exceção, não a regra", complementa o representante da Transparência Internacional.
Embora não esteja imune ao problema, a Dinamarca traz alguns bons exemplos que podem servir de inspiração para se combater a corrupção em países como o Brasil. Confira:
(Foto: Flávia Milhorance/BBC Brasil)Image copyrightFlavia Milhorance l BBC Brasil
Image captionPolítico Peder Udengaard vai embora a pé após conversa com a BBC Brasil

1) Menos regalias para políticos 

O político Peder Udengaard é membro reeleito do conselho municipal (o equivalente a um vereador) de Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca, com cerca de 300 mil habitantes. Vive numa zona de classe média no centro e não possui carro, por isso vai a pé ao trabalho. Recebe um salário de 10 mil coroas dinamarquesas (R$ 6 mil) para horário parcial, complementados com atividades na direção de uma orquestra.
O único benefício que recebe é um cartão para táxi, que só pode ser usado quando participa de eventos oficiais. A entrevista concedida à BBC Brasil na prefeitura, por exemplo, não estava nesta lista. Duas vezes ao ano, a prefeitura promove eventos fora da cidade e, aí sim, pode-se gastar com deslocamento e alimentação. Presentes precisam ser tornados públicos e repassados a entidades civis.
"Essas regras independem do cargo, pode ser do mais baixo ao mais alto", explica Udengaard. "Se eu tivesse filhos, iriam para a escola pública; encontro meu eleitorado no supermercado, na rua, no banco. Não tenho mais benefícios do que qualquer cidadão. Se quisesse enriquecer ou ter privilégios, não seria político", completa.
Nos últimos anos, o primeiro-ministro Lars Løkke Rasmussen foi acusado em algumas ocasiões de ter usado dinheiro público para pagar contas em restaurantes, táxis, aviões, hotéis e até roupas em cargos como prefeito, ministro e presidente da organização Global Green Growth Institute (GGGI), que recebe recursos do governo.
Confirmaram-se roupas pagas pelo seu partido, Venstre, e passagens pela GGGI, episódios duramente criticados.
(Foto: Flávia Milhorance/BBC Brasil)Image copyrightFlavia Milhorance l BBC Brasil
Image captionPeder Udengaard tem mandato, mas mantém uma vida sem regalias

2) Pouco espaço para indicar cargos

Tentar beneficiar-se do setor público não é tarefa fácil na Dinamarca. Um dos motivos é que, quando o político é eleito, a equipe que trabalhará com ele é a mesma da gestão anterior. Além disso, o profissional que não reportar um ato ilícito é demitido.
"Receber incentivos econômicos seria difícil, porque os funcionários não estão interessados em acobertá-los", afirma Peder Udengaard, garantindo nunca ter sido informado de algum caso ilícito na prefeitura de Aarhus.
"Regras claras sobre conflitos de interesse, códigos de ética e declaração patrimonial são muito importantes", comenta Peter Varga, destacando que elas geralmente são consideradas eficientes em países no topo dos rankings de corrupção, mas ressaltando que mesmo na Dinamarca a tentação de se aceitar propinas ou exercer influência indevida é geralmente mais forte quanto mais perto se está do centro tomador de decisões políticas.
(Foto: Flavia Milhorance/BBC Brasil)Image copyrightFlavia Milhorance l BBC Brasil
Image captionNa Dinamarca, político eleito precisa trabalhar com os mesmos funcionários da gestão anterior

3) Transparência ampla

A Dinamarca também é considerada a nação mais transparente no ranking "2016 Best Countries" ("Melhores países 2016"), da Universidade da Pensilvânia, dos Estados Unidos.
Os sites dos governos, de todas as instâncias, costumam ser bem munidos de dados sobre gastos de políticos, salários, investimentos por áreas etc. E qualquer cidadão pode requerer informações que não estejam lá.
No Brasil, especialistas concordam que a transparência vem avançando. Fernanda Odilla de Figueiredo, pesquisadora sobre corrupção do Brazil Institute no King's College, de Londres, elogia a Lei de Acesso à Informação e os portais de transparência, mas cobra acesso irrestrito:
"Em 2013, informações sobre viagens internacionais do presidente e do vice-presidente da República foram reclassificadas e só poderão ser acessadas depois que eles deixarem o poder, e no ano passado o governo de São Paulo decretou sigilo de determinados dados", critica.
(Foto: Flávia Milhorance/BBC Brasil)Image copyrightFlavia Milhorance l BBC Brasil
Image captionTransparência e polícia valorizada ajudam país a obter status de "mais honesto"

4) Polícia confiável e preparada

Raramente, casos de corrupção envolvem a polícia dinamarquesa. A confiança na instituição é considerada muito alta, segundo o relatório 2015-2016 de competitividade global do Fórum Econômico Mundial.
"A polícia goza de alto nível de confiança. Ser um policial geralmente é considerado uma posição relativamente de status. Isto faz jovens considerarem a carreira", acrescenta o especialista em segurança, Adam Diderichsen, professor da Universidade de Aalborg.
Diderichsen também explica que boas condições de trabalho agregam à qualidade do serviço. Após terminar o ensino médio, policiais recebem pelo menos dois anos de treinamento.
A cultura policial dinamarquesa dá ênfase a meios não coercitivos: eles usam armas, mas estão menos propensos a empregá-las do que em países fora da Escandinávia. Em geral, segundo o especialista, recebem um "bom salário de classe média, especialmente se for levado em conta a generosa aposentadoria".

5) Baixa impunidade

O código criminal da Dinamarca proíbe propina ativa ou passiva, abuso de poder público, peculato, fraude, lavagem de dinheiro e suborno.
Em 2013, o Parlamento adotou emendas para fortalecer a prevenção, investigação e indiciamento de crimes econômicos. As penas hoje vão de multa a prisão de seis anos. Elas não são consideradas tão rígidas. Mesmo assim, são aplicadas e cumpridas.
Para a Transparência Internacional, o motivo são as instituições fortes e independentes de Justiça. Já segundo o especialista em corrupção Gert Tinggaard Svendsen, professor da Universidade de Aarhus, há mais do que isso.
"As leis não são tão duras, o que é duro é o mecanismo de punição. A tolerância à ilegalidade na Dinamarca é baixíssima não só com relação às instituições, mas até com indivíduos do convívio que infringem normas das mais simples", diz.
(Foto: Flavia Milhorance/BBC Brasil)Image copyrightFlavia Milhorance l BBC Brasil
Image captionVocê deixaria um carrinho (com um bebê) sozinho do lado de fora de uma loja? Na Dinamarca é comum

6) Confiança social

Na Dinamarca, é comum alugar um livro da biblioteca sem o intermédio de um funcionário. Em alguns estabelecimentos, pode-se pegar o item, por exemplo uma fruta, e deixar o dinheiro.
Ou, mais surpreendente, famílias não hesitam em deixar seus filhos num carrinho de bebê do lado de fora de um restaurante. Esses pontos, segundo Gert Tinggaard Svendsen, também autor do livro Trust, têm algo em comum: a confiança.
"A confiança social traz regras informais ao jogo. São regras não escritas, entre pessoas. A confiança é a palavra-chave da autoregulação", explica Tinggaard, que pesquisou em 86 países se as pessoas confiavam umas das outras. Na Dinamarca, mais de 70% disseram que sim. No Brasil, apenas 10%.
Segundo ele, os dinamarqueses historicamente passaram a confiar nos indivíduos e, além disso, em suas instituições. Para a ONG, a confiança social ajuda a prevenir a corrupção, pois torna o desvio à norma um tabu. Por outro lado, quanto maior a corrupção, menor a confiança da população.
(Foto: Divulgação/niversidade de Aarhus)Image copyrightUniversidade de Aarhus
Image captionTribunal de Copenhague onde ocorria a maior parte dos julgamentos iniciados no século 19

7) Ouvidoria forte

A Ouvidoria Parlamentar é um órgão que emprega cem funcionários e recebe por ano cinco mil reclamações contra o governo. Destas, pelo menos 50% resultam em críticas ou recomendações. Mais do que apenas notificações, a instituição tem poder de promover mudanças das mais diversas.
"Se outros países quisessem aprender com a Dinamarca, eles deveriam, por exemplo, ter um escritório parlamentar de ouvidoria com uma auditoria independente para ajudar a controlar o Legislativo e Executivo", pontua Peter Varga, da Transparência Internacional.

8) Empenho constante contra a corrupção

O combate à corrupção na Dinamarca começou no século 17, mas sofreu um aumento no século 19, após uma crise econômica. Para controlar o problema, foi instaurada a tolerância zero na administração real. Segundo a professora da Universidade de Aarhus, Mette Frisk Jensen, pesquisadora do tema, os níveis de corrupção são baixos desde então.
Para Fernanda Odilla de Figueiredo, a experiência da Dinamarca nos ensina que o combate à corrupção não é resolvido de uma só vez. Trata-se de um processo longo, em que é preciso estar sempre vigilante.
"O maior mérito da Dinamarca não é ser o primeiro lugar do ranking, mas se manter no topo por tanto tempo. Isso significa que o Brasil precisa não apenas melhorar o combate à corrupção, como encontrar uma forma de fazer isso de forma estável e consistente."

Humor de Sponholz no Guarujá... / blog de Aluizio Amorim


Sponholz: Japonês da Federal no Guarujá.

"A gestão da doutora: havendo um problema, lança-se um plano de enfrentamento, cria-se uma sala de controle anexa a um centro de gerenciamento e o assunto é dos outros"




POLÍTICA

O presépio da doutora Dilma

A gestão da doutora: havendo um problema, lança-se um plano de enfrentamento, cria-se uma sala de controle anexa a um centro de gerenciamento e o assunto é dos outros
Dilma Rousseff e Jaques Wagner, reunião para discutir primeiro encontro do novo Conselhão (Foto: Jorge William / Agência O Globo)Dilma Rousseff e Jaques Wagner, reunião para discutir primeiro encontro do novo Conselhão (Foto: Jorge William / Agência O Globo)
Elio Gaspari, O Globo
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social foi criado em 2003 e é composto por 90 membros. Para a reunião de amanhã, dois titulares tiveram que ser substituídos, pois Marcelo Odebrecht e José Carlos Bumlai estão na cadeia. Também estão trancados o ex-conselheiro João Vaccari Neto e José Dirceu, que assinou o ato de criação do organismo. É difícil imaginar outro grupo de 90 pessoas com semelhante desempenho. Para se ter uma ideia do que significa uma porcentagem de 2% de presos, vale lembrar que a taxa de brasileiros encarcerados para cada cem habitantes é de 0,3%.
O Conselhão pretendia ser um foro de debates. Tornou-se um pastel de vento a serviço da propaganda de um governo cuja titular diz que “o Brasil não parou, nem vai parar”. Os pibinhos e a recessão aconteceram no Burundi. É marquetagem tão inútil que desde julho de 2014 a doutora Dilma não o convocava. Uma reunião de 88 pessoas serve apenas para fotografias de um consenso inexistente. A menos que se considere consenso o fato de estarem todas sentadas.
Quando o Conselho foi criado, nele estava a atriz Lucélia Santos. Foi substituída por Wagner Moura. Pelo lado dos empresários, lá estará Jorge Paulo Lemann. Certamente, ele tem algo a dizer, mas, da última vez que foi ao Planalto, a doutora deu-lhe um chá de cadeira de mais de uma hora. Até aí pode-se pensar que tenha surgido algum imprevisto. O problema muda de figura quando se sabe que mandaram uma funcionária fazer-lhe sala, e ela dirigiu-se a Lemann em inglês. Coube a ele explicar que foi criado nas ondas de Ipanema. O surfista do século passado tornou-se o homem mais rico do Brasil porque a InBev produz e exporta gestão, exatamente o que falta ao governo da doutora.
Ele acaba de anunciar que adiou o cumprimento da meta anunciada em novembro de visitar todos os domicílios do país até o fim deste mês para combater o mosquito da zika. Lorota. O que houve foi o colapso de uma promessa impossível de ser atingida. Na melhor das hipóteses, foram a 15% das casas. Houve burocrata sugerindo que, para evitar o risco da microcefalia, as mulheres não engravidem. Como o mosquito está no Brasil há mais de um século, a providência extinguiria a população de Pindorama. Depois, veio o ministro da Saúde, torcendo para que as jovens sejam infectadas pelo vírus antes da idade fértil, pois assim adquiririam imunidade.
Como Brasília comanda espetáculos, em dezembro a doutora assinou o Decreto 8.612, criando uma Sala Nacional de Coordenação e Controle, para cuidar do mosquito. Ela funcionaria no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. A sala mágica seria habitada por representantes de seis ministérios, dentro do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, que, por sua vez tem três “eixos”: “Mobilização e combate ao mosquito, atendimento a pessoas e desenvolvimento tecnológico”.
Aí está a essência da gestão da doutora: havendo um problema (o mosquito), lança-se um plano de enfrentamento, cria-se uma sala de controle anexa a um centro de gerenciamento e, daí em diante, o assunto é dos outros. Se nada der certo, convoca-se uma reunião do Conselhão para mudar de assunto em busca do que o Planalto chama de “agenda positiva”.
Elio Gaspari é jornalista

Andrew Solomon - Depressão, o segredo que compartilhamos - TED Legendado

Testemunho sobre depressão...


Procura-se notícias positivas nos negócios dos amigos do PT / blog de Aluizio Amorim

MP DENUNCIA JOESLEY, DA JBS FRIBOI, E HERALDO DO BANCO RURAL, POR CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO.

Joesley Batista, presidente da J&F controladora da JBS Friboi
O Ministério Público Federal em São Paulo informou nesta terça-feira que denunciou nove pessoas ligadas ao grupo J&F, controlador da processadora de carne bovina JBS (Friboi), e ao Banco Rural por crime contra o Sistema Financeiro Nacional. A lista de denunciados inclui Joesley Mendonça Batista, presidente da J&F e presidente do conselho de administração da JBS, e João Heraldo dos Santos Lima, presidente do Banco Rural.
Em nota, o MPF mencionou uma operação feita em 2011 como base para a denúncia. Segundo os promotores, as empresas concederam empréstimos entre si, em operações conhecidas como "troca de chumbo", na qual instituições financeiras de diferentes grupos econômicos emitem crédito a empresas que também fazem parte desses conglomerados. A lei veda a concessão de empréstimo de uma entidade financeira a suas sociedades controladoras.
De acordo com o MPF, J&F Participações e a Flora Produtos de Higiene e Limpeza, da J&F, obtiveram 80 milhões de reais em empréstimos do Banco Rural, um dia após abrirem contas correntes na instituição. Quatro dias depois, a empresa Trapézio, controladora do Banco Rural, recebeu empréstimo no mesmo valor, 80 milhões de reais, ao firmar contrato com o Banco Original, da J&F, responsável por emitir a nova operação de crédito.

Procurada, a J&F informou que ainda não teve acesso ao processo e à decisão do juiz que aceitou a denúncia do MPF. "Após a análise dos documentos, a empresa apresentará sua defesa, os argumentos e as provas que demonstram sua inocência e de seus executivos", disse a companhia, acrescentando que o caso tramita em sigilo jurídico. Representantes do Banco Rural não comentaram o assunto de imediato.
Após o anúncio do MPF, as ações do JBS passaram a cair fortemente na Bovespa. Os papéis fecharam em baixa de 7,33%, a 9,86 reais. Em comentário a clientes, analistas do Bradesco BBI afirmaram que se trata de notícia negativa para a JBS, apesar de a empresa não estar diretamente envolvida. Também citaram que "a quantia, 80 milhões de reais, é pequena em relação ao tamanho do grupo". Do site da revista Veja

Charge de Chico Caruso no blog de Ricardo Noblat


Charge (Foto: Chico Caruso)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A Petrobras precisa de recursos... O PT precisa de discurso //


25/01/2016
 às 12:28 \ Opinião

Fernando Gabeira: A guerra acabou

Publicado no Globo
Um soldado japonês, por 30 anos, depois que a II Guerra acabou. Ele foi mandado para as Filipinas com a missão de resistir e ficou por lá, sem saber do término do conflito. É quase impossível reproduzir, hoje, a saga de Hiroo Onoda. Mas se olhamos para o Brasil, num período de derrocada da Petrobras e dos próprios preços do petróleo, veremos que o país tem um pouco da persistência do soldado japonês.

Fomos educados a pensar que o petróleo é nossa grande riqueza, constantemente ameaçada pelos estrangeiros. Saímos às ruas, os mais velhos, para defender esse tese e gritávamos orgulhosamente: o petróleo é nosso. Com a descoberta do pré-sal, no governo do PT, reacendeu-se a chama: o petróleo é nossa redenção e dele brotam as fontes dos nossos recursos. No primeiro mandato de Lula, ele flertou com o álcool, planejou usinas de álcool em todo lugar, inclusive em parceria com os americanos. Mas o petróleo era muito forte. O pré-sal fez com que Lula jogasse todos os projetos de álcool para o espaço, lambuzasse as mãos com óleo negro e acariciasse as costas de Dilma, numa célebre foto em que parecia dizer: você é a herdeira e vai nos levar ao paraíso.
Alguns sabiam que não era bem assim. Conheciam a história da doença holandesa, como os países dependentes da produção do petróleo correm o risco de se atrasar. E viam também que recursos não bastam. Os royalties saíam pelo ralo em grandes festas municipais, obras caras e quase inúteis. Os patrióticos soldados do petróleo atacaram na regulação do pré-sal. É preciso não só defender o papel da Petrobras, como afirmar nossa vocação nacionalista: a empresa era obrigada a participar de todos os projetos na área do pré-sal.

A alternativa era dar à Petrobras a preferência. Onde quisesse, participaria; onde não quisesse, descartaria. A preferência era inclusive evitar as canoas furadas. Mas não soava tão nacionalista, tão apaixonada. O populismo de esquerda queria se apresentar como o grande defensor da Petrobras. Seus adversários do PSDB não tinham como contestá-lo, na verdade entraram na onda, com medo de perder votos. Enquanto o petróleo seguia seu destino de commodity, subindo e descendo no mercado, acossado pelos perigos do aquecimento global, nossos soldados continuavam a luta para protegê-lo da ambição estrangeira, imperialista, alienígena, enfim, o adjetivo dependia do estilo pessoal do orador.
O soldado japonês ficou 30 anos lutando numa guerra por disciplina e amor ao seu país. Quem o mandou para as Filipinas disse: fique lá até que determinemos sua volta. Os soldados brasileiros do petróleo amam o Brasil de uma forma diferente do japonês. Eles se identificam tanto com o país que, ao afirmarem que o petróleo é nosso, querem dizer que o petróleo é deles. Essa confusão entre soldado e pátria, partido e país, acabou inspirando a maior roubalheira da história do Brasil: o petrolão. O governo japonês garantiu um salário digno para o soldado Hiroo Onoda até o fim de sua vida. O brasileiro terá de garantir uma longa prisão para seus retardatários guerreiros. A última grande batalha aconteceu nas ruas do Rio, quando já se sabia do escândalo da Petrobras. Comandado por Lula, um pequeno pelotão desfilou pelas ruas defendendo a grande empresa dos seus inimigos internos e externos.
Assim como Lula, usavam macacões da cor laranja. Se fosse nos Estados Unidos, pareceriam candidatos à prisão, pois já estavam vestidos com a cor certa. O laranja é a cor do uniforme dos presidiários lá e inspirou o título de uma série sobre a cadeia: “Orange is the new black”. Mas se prendêssemos todos ali, poderíamos cometer injustiças. Nem todos saquearam a Petrobras. Alguns, talvez a minoria, simplesmente, não sabem que a guerra acabou e continuam acreditando que os americanos querem nosso petróleo e que o mundo inteiro se tensiona para nos explorar. Não sabem como os americanos avançaram na exploração do xisto, ignoram os investimentos alemães e chineses na energia solar, não dimensionam um conflito muito mais importante para o petróleo: o da Arábia Saudita e Irã, sunitas versus xiitas.

Assim como o japonês que não sabia do fim da guerra, nossos soldados talvez tenham ignorado um outro marco da história contemporânea: a queda do Muro de Berlim. Seguem de cabeça erguida rumo ao socialismo do século XXI, simplesmente como se o século anterior não tivesse existido. Em vez de fazer uma luta armada para implantar seu modelo, optaram por uma sinistra marcha pelas instituições, dominando-as progressivamente, até que sejam apenas um brinquedo na mão do partido e seu líder. Essa novidade também foi para o museu, com a crise na Venezuela, a derrota na Argentina. O Brasil não é um país muito rápido para apreender as mudanças, a ponto de prender os líderes saqueadores e mandar os iludidos soldados cuidarem de sua vida.
Pelo menos já compreendeu o ridículo de expor as mãos tintas pelo petróleo, de acreditar que nosso futuro depende apenas dele, de se divertir gastando royalties em incontáveis shows musicais nas cidades do interior. A guerra acabou. Hoje a ação da Petrobras vale menos que um coco na praia. E as reservas do pré-sal que nos trariam fortunas mirabolantes tornam-se econômicamente inviáveis com o petróleo a US$ 30 o barril. O exército laranja e seu general com mãos sujas de óleo deveriam sair das trincheiras. Perderam. O pior é que fizeram o Brasil perder muito mais, com suas ilusões, erros e crimes.

Balanço da Lava Jato > 1016 procedimentos instaurados; valor total de ressarcimento= 14,5 bilhões de reais; 80 condenações e 783 anos de pena ...

26/01/2016O balanço da Lava Jato informa: a Era da Canalhice está morrendo em Curitiba

 às 15:54 \ Direto ao Ponto
infografico-resultados - Operação Lava Jato
Quem acha que o Brasil já não tem salvação, que nem capim voltará a crescer na terra arrasada por oito anos de Lula e cinco de Dilma, que depois da passagem das duas cavalgaduras do Apocalipse está tudo para sempre dominado ─ quem acredita, enfim, que a única saída é o aeroporto deve adiar a compra da passagem e visitar o site da Lava Jato. O balanço da operação, ainda longe do fim, informa que os bandidos perderam. Valeu a pena a luta travada nos últimos 13 anos pela resistência democrática. O projeto criminoso de poder fracassou.
A Era da Canalhice está morrendo em Curitiba, atesta o quadro acima. Os números resumem o que aconteceu entre entre março de 2014, quando as investigações se concentraram no bando do Petrolão, e 18 de dezembro de 2015. “Até o momento, são 80 condenações, contabilizando 783 anos e 2 meses de pena”, avisa o tópico que encerra o cortejo de cifras superlativas. Ou decididamente assombrosas, como a que revela que “os crimes já denunciados envolvem pagamento de propina de cerca de R$ 6,4 bilhões”. A herança maldita do lulopetismo já inclui a gorjeta bilionária.
Confrontados com o maior esquema corrupto forjado desde o dia da Criação, os escândalos protagonizados pelos quadrilheiros do Mensalão e da FIFA parecem coisa de black bloc. A roubalheira consumada pelos 37 mensaleiros julgados em 2012, por exemplo, foi orçada em R$ 141 milhões pela Procuradoria Geral da República. Somadas as condenações ao regime fechado, aberto e semiaberto, as penas mal chegam a 270 anos. E o Supremo Tribunal Federal só tratou com severidade os acusados desprovidos de imunidades parlamentares.
A maioria dos ministros mostrou-se tão branda com a ala dos políticos que José Dirceu já dormia em casa quando foi devolvido à cadeia pelo que andara fazendo no Petrolão. A performance do reincidente juramentado sugere que, se não tivesse entrado na mira do juiz Sérgio Moro, da força-tarefa de procuradores e da Polícia Federal, o ex-chefe da Casa Civil de Lula poderia igualar em em poucos meses a quantia embolsada ao longo de 24 anos pelos cartolas da FIFA algemados por agentes do FBI e indiciados pela Justiça americana: 200 milhões de dólares.
Duas linhas do balanço ajudam a entender a angústia dos advogados que, por falta de álibis consistentes, fingem enxergar na Lava Jato a versão brasileira da Inquisição e trocaram tribunais por manifestos ditados pela Odebrecht: “40 acordos de colaboração premiada firmados com pessoas físicas”. Para bacharéis que agem como comparsas, especializados em canonizar culpados e difamar homens da lei, são 40 clientes a menos. Para desespero dos doutores, a redução da freguesia será provavelmente acelerada pelo levantamento da Procuradoria Geral da República divulgado no Estadão desta segunda-feira.
Entre março de 2014 e dezembro passado, defensores dos quadrilheiros apresentaram 413 recursos a instâncias superiores. Desse total, apenas 16 reclamações foram aceitas por outro tribunal, integralmente ou em parte. O STF, por exemplo, rejeitou 50 dos 54 recursos ali julgados. Tudo somado, menos de 4% das decisões do juiz Sérgio Moro foram reformadas. O levantamento pulveriza a lengalenga dos signatários do papelório que reduz os condutores da Lava Jato a carrascos dos presos políticos do Petrolão.
“Magistrados das altas cortes estão sendo atacados ou colocados sob suspeita para não decidirem favoravelmente aos acusados”, fantasia um trecho do manifesto. “Pura fumaça”, replicou uma nota da Associação dos Juízes Federais. Quem vê as coisas como as coisas são enxerga, embaçada pela fumaça, uma vigarice de quinta categoria ─ e mais uma evidência de que os vilões do faroeste à brasileira não escaparão do final infeliz. Infeliz para a bandidagem, naturalmente.

Uma em cada nove crianças do mundo vive em zonas de conflitos.../ AFP

France Presse
26/01/2016 12h26 - Atualizado em 26/01/2016 12h26

Uma em cada nove crianças no mundo vive em zona de conflito 

Segundo Unicef, 250 milhões de crianças vivem em países em conflito.
Elas têm 2 vezes mais chance de morrer de doenças antes dos 5 anos.

Da France Presse
Crianças com ferimentos choram após bombas serem atiradas em Aleppo, na Síria (Foto: REUTERS/Jalal Al-Mamo)Crianças com ferimentos choram após bombas serem atiradas em Aleppo, na Síria (Foto: REUTERS/Jalal Al-Mamo)
Cerca de 250 milhões de crianças, uma em cada nove no mundo, vivem em países atingidos por conflitos, divulgou nesta terça-feira (26) o Unicef, que pede US$ 3 bilhões este ano para ajudar as mais vulneráveis.
"O número de crianças envolvidas em crises humanitárias no mundo é impressionante e terrível", considerou o Fundo das Nações Unidas para a Infância.
A agência afirma que precisará de US$ 2,8 bilhões neste ano para ajudar essas crianças, e diz que seu gasto dobrou em 3 anos, já que conflitos e condições climáticas extremas forçaram um número crescente de crianças a deixar suas residências e expuseram milhões de outras a severos déficits alimentares, violência, doenças, abusos e ameaças à educação.
No ano passado, essas crianças "tiveram duas vezes mais probabilidades de morrer de doenças que poderiam ser evitadas antes da idade de 5 anos do que as crianças do resto do mundo".
Grande parte do orçamento previsto pela agência - cerca de 1,2 bilhão - irá para a Síria, devastada por uma guerra civil que já dura 5 anos, e para os cerca de 4 milhões sírios que se refugiaram em países vizinhos.

Mais suspeitas contra um petista... parece marca registrada do partido

segunda-feira, janeiro 25, 2016


REVELAÇÃO BOMBA: FAMÍLIA TEMIA QUE CERVERÓ FOSSE ASSASSINADO NA "ROTA DE FUGA" PROPOSTA POR DELCÍDIO DO AMARAL.

Rota imaginada por Delcídio iniciava no Mato Grosso do Sul em área conhecida pela violência. Fotos: Diário do Poder by ABr 
A “rota de fuga” imaginada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) para o seu amigo Nestor Cerveró assustou familiares do ex-diretor da Petrobras e levou seu filho à decisão de gravar a reunião que resultou na prisão do Líder do Governo Dilma no Senado, e abriu caminho pra o acordo de delação premiada que diminua sua temporada na prisão. O temor é que Cerveró fosse assassinado, como “queima de arquivo”.
Pela rota de fuga de Delcídio, Cerveró passaria pelo Mato Grosso do Sul e, por terra, chegaria ao Paraguai. De lá, viajaria para a Espanha.
Familiares e amigos desconfiaram que a passagem pelo Mato Grosso do Sul deixaria Ceveró vulnerável a pistoleiros de aluguel.
O conteúdo da delação de Nestor Cerveró mostrou que ele, de fato, sabia muito. Até envolveu a presidente Dilma e seu antecessor Lula.
Além da rota de fuga, Delcídio ofereceu ao velho amigo Nestor Cerveró uma mesada de R$50 mil, em troca do seu silêncio. E sumiço. Da coluna Cláudio Humberto/Diário do poder