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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Lava Jato recebeu o prêmio anual do (GIR) Global Investigations Review como 'órgão de persecução criminal ou membro do Ministério Público do ano' em NY


MP ganha prêmio em Nova York



Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato receberam ontem o prêmio anual da Global Investigations Review (GIR), na categoria "órgão de persecução criminal ou membro do Ministério Público do ano", em Nova York.


O trabalho do MP ficou à frente de entidades americanas, norueguesas e britânicas, entre elas o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York e o gabinete do procurador do Distrito Leste de Nova York, que investigou a corrupção na Fifa.



A força-tarefa foi representada pelos procuradores


Carlos Fernando dos Santos Lima, Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobon



A IMPRENSA 'LIVRE' NADA PUBLICOU!


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“Lula foi 111 vezes para o sítio em Atibaia. Minha mãe mora aqui do lado e não fui tantas vezes visitá-la. Devo ser mesmo um filho desnaturado”. / Pedro Taques



05/02/2016
 às 19:35 \ Direto ao Ponto 

Com três frases, Pedro Taques ensinou como age um oposicionista sem medo

A contagem das aparições de Lula na propriedade rural cujo dono oficial é um amigo do filho inspirou ao governador de Mato Grosso, Pedro Taques, uma comparação antológica: “Lula foi 111 vezes para o sítio em Atibaia. Minha mãe mora aqui do lado e não fui tantas vezes visitá-la. Devo ser mesmo um filho desnaturado”.
Perfeito. Como costuma lembrar o empresário Pedro Neves, que também vive em Cuiabá, a ironia fina é uma forma superior de inteligência. Com três frases, o matogrossense recém-filiado ao PSDB desmoralizou a conversa fiada de Lula ─ e ministrou uma aula de oposição elementar ao partido que ainda trata um ex-presidente fora da lei como se lidasse com alguém acima de qualquer suspeita.
Governantes eleitos pela imensidão de brasileiros antipetistas qualificam eufemisticamente de “relações republicanas” as demonstrações de tibieza subserviente que marcam seu comportamento frente aos poderosos farsantes.
Sem ferir nenhuma das normas que regem o convívio entre contrários nas democracias adultas, Pedro Taques jamais perde uma chance de deixar claro que luta pelo fim do governo Dilma e da  Era da Canalhice. Millôr Fernandes diria que oposição é isso. O resto é armazém de secos e molhados.

"Barata voa"... PT esgotou seu estoque de multi insetos (mosquitos, carapanãs, pernilongos, muriçocas, baratas, formigas) e prepara nova defesa: mosquiteiro !

domingo, fevereiro 07, 2016

BRIGA DE CACHORRO GRANDE: ENQUANTO RONCAM AS CUÍCAS E TAMBORINS, BUMLAI, O AMIGO DE LULA, RESOLVEU PARTIR PARA CIMA DO PT.

Bumlai resolveu partir para o ataque por meio de seus advogados
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, pôs um fim nas relações muito próximas que mantinha com o PT. Por meio de seus advogados, ele pediu ao juiz federal Sérgio Moro que libere seus bens – confiscados desde novembro, quando foi preso na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato. A defesa alega que todos os ativos que Bumlai amealhou “possuem origem comprovadamente lícita”.
Eles partem para o ataque a outros protagonistas do episódio que envolve um enigmático empréstimo milionário do próprio Bumlai realizado em outubro de 2004 no Banco Schahin e a contratação para operar o navio-sonda Vitória 10.000.
“Seria mais coerente impor a constrição aos corréus, os afagados e protegidos donos do Banco Schahin, aos caciques do PT ou ainda aos que compunham a Diretoria Internacional da Petrobrás pois, se existe alguém que teve ganho patrimonial com a pouca-vergonha da contratação fraudulenta do tal navio-sonda, certamente não foi o peticionário (Bumlai)”, afirmam os criminalistas Arnaldo Malheiros Filho, Daniella Meggiolaro, Conrado de Almeida Prado e Lyzie de Souza Andrade Perfi, defensores do amigo de Lula.
O ataque de Bumlai escancara o rompimento com o partido que seu amigo fundou no início dos anos 1980. Admirador de Lula, a quem conheceu em 2002, o pecuarista se prestou a fazer o empréstimo que o levou à prisão no dia 24 de novembro de 2015, sob acusação formal de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Isolado, na iminência de uma pesada condenação que o juiz da Lava Jato poderá lhe infligir, Bumlai foi para cima do PT.
DINHEIRO PARA O PT
A origem da acusação ao pecuarista é exatamente o empréstimo de R$ 12,17 milhões no Schahin, dinheiro que, segundo Bumlai, foi integralmente destinado ao PT. Na ocasião, afirmou, o partido de Lula atravessava dificuldades de caixa e necessitava de reforço para saldar dívidas de campanha.
Em troca do “socorro” financeiro ao PT, o Grupo Schahin foi contratado pela Petrobrás, em 2009, ao preço de US$ 1,6 bilhão, sem licitação, para operar o navio-sonda, conforme as investigações.
“Conquanto tenha admitido sua participação na tomada do empréstimo junto ao Banco Schahin, não restam dúvidas de que o montante de R$ 12.176.850,80 (doze milhões, cento e setenta e seis mil, oitocentos e cinquenta reais e oitenta centavos) foi repassado integralmente pela instituição financeira ao Partido dos Trabalhadores e utilizado posteriormente como moeda de troca para realização de negócio espúrio, uma bandalheira entre o Grupo Schahin e então dirigentes da Petrobrás, ao qual o peticionário é totalmente alheio, não tendo disposto de nenhum centavo desse dinheiro nem tampouco usufruído dos proveitos obtidos com a contratação da operação da sonda Vitória 10.000”, dizem Malheiros Filho e sua equipe.
Bloqueio. A reação de Bumlai ocorre apenas alguns dias depois que o juiz da Lava Jato, em 22 de janeiro, ampliando os efeitos da decisão de bloqueio de ativos financeiros em contas do pecuarista e de suas empresas, determinou o arresto de seus bens e de seus filhos visando à recuperação imediata do valor de R$ 56,63 milhões. Leia a reportagem completa clicando AQUI

A intimidade perigosa com o fracasso... // Percival Puggina

DEDICAÇÃO TOTAL AO FRACASSO

por Percival Puggina. Artigo publicado em 
 Engana-se quem supõe que o desastre da pedagogia marxista se dá apenas na sala de aula onde estão os alunos mais vulneráveis, aqueles que Paulo Freire chamava "oprimidos" e aos quais dedicou uma pedagogia que os oprime para o resto da vida. O aluno que recebe dos professores, ano após ano, uma carroça cheia de materialismo histórico, dualismos e conflitos em sociedade de classes, sai da escola pronto para coisa alguma - ou para as "lutas sociais". Jamais para ganhar a vida, que isso é coisa de neoliberal. Mas não é somente ali que se prepara o desastre. Idêntico problema se derrama sobre todo o sistema de ensino, transmitindo aos estudantes uma visão de sociedade e de Estado incapaz de estimular o desenvolvimento individual e, consequentemente, o desenvolvimento social e econômico do país.
Os calouros da Faculdade de Serviço Social (SeSo) da UERJ contam-se entre prováveis novas vítimas da pedagogia marxista. O Centro Acadêmico dessa faculdade criou um legítimo trote para os novatos da primeira turma de 2016. A todos foi sugerido (felizmente não é imposto) que suas páginas no Facebook - ora vejam só! - sejam encimadas por uma "capa" onde, ao lado da imagem de Marx, se lê: "Sou calouro do SeSo e não viro à direita".
É razoável presumir que o jovem, feliz por ingressar numa faculdade estatal gratuita, que lhe vai garantir o futuro canudo, receberá essa sugestão como animada declaração de princípios, norma técnica a ser replicada e preservada ao longo do curso. E a tal "capa" proposta para as páginas dos alunos pode ser compreendida como dístico no umbral de um espaço acadêmico em que o marxismo - supõem-se - seja a chave que abre as portas ao conhecimento e à interpretação da realidade.
Não é assim? Pois se não for assim, que reajam com firmeza calouros e demais alunos! Com essas coisas não se brinca. Graças a tais desgraças, tolerâncias e omissões, as políticas sociais do Brasil são de estagnação, de cristalização na miséria, de manutenção do IDH na mesma posição relativa no ranking mundial. Poucos sabem (esse dado, quando divulgado, irritou Lula profundamente) que o governo petista, devidamente "virado à esquerda" como pretendem os acólitos marxistas da SeSo, tem resultados bem piores do que seus antecessores na melhoria do IDH nacional. Eis o que revelou o relatório de 2014 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud):
"Entre 2000 e 2013, o crescimento do IDH brasileiro foi de 0,67% ao ano, em média - abaixo da média mundial, de 0,74%. Entre 1990 e 2000, o índice havia sido de 1,1%. Na década anterior, de 1,16%. Desde 2008, o Brasil perdeu quatro posições - não porque teve uma redução no IDH, mas porque outros países cresceram mais rápido: Irã, Azerbaijão, Sri Lanka e Turquia, especificamente. Na América Latina, o país ficou atrás de Argentina, Uruguai, Chile e (pasmem!) Venezuela" (1).
Contra todas as evidências, porém, os seguidores de Marx têm no alemão uma fé que faz inveja aos fieis de qualquer religião. Ela não é do "tamanho de um grão de mostarda", como Jesus dava por mais do que suficiente para produzir milagres, mas do tamanho de uma semente de abacate. Só que não serve para coisa alguma, exceto angariar militantes do atraso.
(1) http://www12.senado.gov.br/emdiscussao/edicoes/pacto-federativo/realidade-brasileira/agenda-social-avancou-mas-desigualdades-persistem
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Nova ferramenta de protesto contra Dilma > tapa-sexo ! /// EGO

http://ego.globo.com/carnaval/2016/noticia/2016/02/tapa-sexo-expulsao-e-agressao-veja-como-foi-o-carnaval-de-ju-isen.html

Tapa-sexo, expulsão e agressão! Veja 

como foi o carnaval de Ju Isen 

Musa das manifestações iria desfilar pela escola de samba Unidos do Peruche, em São Paulo, mas tudo acabou em confusão!

Anderson DezanDo EGO, no Rio
Ju Isen (Foto: Celso Tavares / Ego)Ju Isen e seu saldo da noite: totalmente negativo (Foto: Celso Tavares / Ego)











Ju Isen ficou conhecida em 2015 quando ficou seminua em São Paulo nas manifestações políticas pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Seguindo a lógica, ela quis utilizar em sua estreia no carnaval a mesma consciência política que lhe trouxe fama.
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Ju Isen protesta com seios à mostra (Foto: Amauri Nehn/Photo Rio News )Ju Isen no protesto político em São Paulo (Foto: Amauri Nehn/Photo Rio News )
O que ela fez??? Teve a ideia de usar no desfile da Unidos do Peruche um TAPA-SEXO (você não leu errado...) em protesto à governanta do Brasil. Algo tão inusitado não poderia dar certo e, claro, nada saiu como ela esperava...
Ju Isen (Foto: Isac Luz/EGO)Ju Isen só queria protestar (Foto: Isac Luz/EGO)
Ju Isen (Foto: Iwi Onodera/EGO)Ju Isen e seu tapa-sexo polêmico (Foto: Iwi Onodera/EGO)
Já na chegada ao sambódromo do Anhembi, os dirigentes a proibiram de levar seu plano adiante. Ela teria que usar uma fantasia de acordo com o enredo do desfile: os 100 anos do samba.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

O Brasil surreal ganha do Brasil real ... e hoje, depois da inflação, já não é tão real assim


Preso, Delcídio continua sendo ‘líder’ de Dilma

Josias de Souza
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Preso há dois meses e 12 dias por ordem do Supremo Tribunal Federal, Delcídio Amaral continua sendo o líder do governo Dilma Rousseff no Senado. A presidente não indicou um substituto. Tampouco preocupou-se em formalizar a destituição do encarcerado. Nos registros internos e no site do Senado, Delcídio ainda ocupa o posto de líder do conglomerado governista.
A demora de Dilma em escolher um substituto para Delcídio já lhe rende críticas. “Em política, não convém confiar em ninguém com mais de 30”, ironiza em privado um senador do PDT. “Não convém confiar sobretudo em alguém com mais de 30 dias de cadeia.” Outro senador, do PT, o partido que ensaia a expulsão de Delcídio, afirma que a omissão de Dilma “ofende” os integrantes do bloco governista. “É como se não houvesse nenhum senador merecedor da confiança do Planalto”, explica.
Delcídio tornou-se sócio-atleta da Operação Lava Jato graças à gravação de uma conversa que manteve com Bernardo Cerveró, filho do petrodelator Nestor Cerveró. A fita registra uma conversa vadia. Para comprar o silêncio de Cerveró, Delcídio informa ao filho do ex-diretor da Petrobras que tinha acesso a quatro ministros do STF —com a ajuda do “Michel” e do “Renan”.
O senador esclarece na gravação que tinha como providenciar junto ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, um mensalão de R$ 50 mil para a família Cerveró, além de recursos para custear a fuga do patriarca à Espanha, depois que a quadrilha arrancasse um habeas corpus do STF, libertando o ex-diretor da Petrobras da cadeia.
Não é só na liderança do governo que a ausência de Delcídio é premiada. O preso continua recebendo salário mensal de R$ 33,7 mil. Embora sua morada provisória se localize atrás das grades, o senador recebe também o auxílio-moradia. Coisa de R$ 5,5 mil mensais. De resto, o gabinete do detento tornou-se uma superestrutura pendurada no bolso do contribuinte. Os 14 assessores de Delcídio custam ao Tesouro algo como R$ 300 mil por mês.

Ser próximo de Lula não é bom negócio ... / Veja São Paulo


DEPÓSITO QUE VENDEU MATERIAL DE CONSTRUÇÃO PARA O SÍTIO DE LULA EM ATIBAIA DECIDIU FECHAR E MUDAR DE ENDEREÇO
Depósito Dias em Atibaia: portas fechadas - Foto: Veja S. Paulo.

Localizado em Atibaia, no interior do estado, o Depósito Dias fechou as portas nesta quinta (4). A loja ganhou manchetes após a ex-dona do estabelecimento, Patrícia Fabiana Melo Nunes, ter denunciado ao jornal Folha de S. Paulo que a empresa Odebrecht gastou em seu negócio cerca de 500 000 reais com materiais de construção para um sítio ligado a Lula.
O atual proprietário do espaço, o empresário Nestor Lorencini, se viu prejudicado pelo escândalo. "Não tenho nada a ver com isso, mas os clientes acabaram achando que eu tinha alguma culpa no cartório", reclama ele, que gerencia o lugar há dois anos. Na última semana, após extensa cobertura da imprensa, o movimento do comércio caiu drasticamente. 
O depósito migrará para um outro imóvel na região central e também mudará de nome. Assim, Lorencini pretende se livrar da fama de que teria se beneficiado com algum esquema.  Do site Veja São Paulo

Presidente Macri está cumprindo as promessas de campanha... / Cartas de Buenos Aires


GERAL

Cartas de Buenos Aires: Argentina, “the economy, stupid!”

Mauricio Macri, presidente da Argentina (Foto: Divulgação)Mauricio Macri, presidente da Argentina (Foto: Divulgação)
O primeiro mês do Governo de Mauricio Macri consistiu em uma sequencia  de medidas dolorosas aplicadas pela nova gestão para “sincerar” (palavras do Governo) a economia.
Inflação nas alturas, desvalorização da moeda e o fim dos subsídios nos serviços básicos, como a energia, atingem em cheio os bolsos dos argentinos e também de milhares de brasileiros que vivem no país. Isso, somado a alta do dólar no Brasil, fez com o que a Argentina se transformasse em um destino caro.
A desculpa do Governo é a de praxe numa transição de gestão: é preciso pôr a casa em ordem.
A ironia aqui é que Macri, eleito em novembro, está cumprindo as promessas de campanha. Embora não explicitasse, naquele momento, o corte dos subsídios, era mais do que sabido que seria exatamente isso que o neoliberal Macri iria implementar.
Depois de 12 anos de kirchnerismo, os argentinos optaram por essa linha. Não era preciso ser nenhum cientista nuclear para entender que um Governo neoliberal iria restringir ao máximo as intervenções estatais na economia como um todo. Mas essa nova postura, pelo menos em curto prazo, é mais um golpe na já espancada classe média argentina. 
A intelectual Beatriz Sarlo explicou recentemente que a única política de Macri consiste em fazer exatamente o contrário de sua predecessora Cristina Kirchner. Ou seja, mais economia de mercado e menos populismo. Isso é bom ou ruim? Só o tempo dirá, mas o que já se sabe é que isso é caro. Por agora, a conta de luz no mês que vem poderá vir até 600% mais cara. Os argentinos temem que esse aumento seja repassado aos demais setores da economia. 
James Carville, estrategista da bem sucedida campanha presidencial de Bill Clinton em 1992, cunhou a expressão “The economy, stupid!”, uma das três mensagens enfocadas na campanha americana naquele momento: economia, mudança versus mais do mesmo e assistência médica. 
Macri foi eleito sob a chancela de um slogan de apenas uma palavra “Cambiemos” (mudemos) e todos sabiam que debaixo desse guarda-chuva genérico estava uma economia de mercado com cortes nos subsídios. A ideia era que essas medidas ajudariam na inserção da Argentina no âmbito internacional, gerando investimentos. Ou seja, a economia, stupid! 
Enquanto brasileiros que optaram por viver no país vizinho (a ausência de vestibular para medicina e a qualidade da educação em geral ainda atraem muitos brasileiros) se desesperam com a alta do dólar no Brasil e com os preços na Argentina e os turistas reclamam da carestia local, os hermanos têm a esperança de que os sacrifícios de agora propiciem a estabilidade de amanhã. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Procura-se uma notícia piegas, nobre, interessante de um companheiro petista nos dias de hoje...

sexta-feira, fevereiro 05, 2016


O TRISTE FIM DE UM IMPOSTOR

Por Nilson Borges Filho (*)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a se render aos fatos. Por maior que sejam os esforços de partidários, amigos sindicalistas, advogados contratados a peso de ouro e alguns gatos pingados da base aliada, não há como contestar que Lula é proprietário (ou foi) de um apartamento tríplex em Guarujá. Como se explica a presença do ex-presidente, de sua mulher Marisa Letícia e de seu filho Lulinha no apartamento reformado pela empreiteira OAS, se nada daquilo pertencia a família? Curiosidade? Duvido. Lula seria decorador de interiores? Não mesmo.
As alegações dos advogados do ex-presidente não se sustentam por um único segundo. São frágeis no conteúdo e na forma. A cada nota do Instituto Lula sobre a compra do apartamento tríplex pela família Lula da Silva, mais fica patente que houve ocultação de patrimônio. E que motivos teria a empreiteira OAS gastar 700 mil reais na reforma de uma unidade do edifício Solaris, se o interessado não fosse alguém  do topo da pirâmide política brasileira? Lula pode até ter desistido do imóvel, mas não dá mais para esconder que o apartamento pertencia a sua família e que a empreiteira estava lhe prestando um agrado. As investigações estão adiantadas e logo a justiça paulista terá condições de dar o veredito final sobre o apartamento do Lula que não é do Lula.
Não bastasse isso, novas denúncias alcançam o ex-presidente sobre a propriedade de um sítio em Atibaia de 170 mil metros quadrados de área total, com casas, lago, piscina, churrasqueira e tudo aquilo que um casa de campo merece em sofisticação. Lula nega ser proprietário do imóvel em cuja escritura aparecem dois sócios do filho mais velho como reais donos do sítio. Lula frequentou 111 vezes o sítio, o que é muito para quem não é proprietário. 
Novamente surgem no meio desse imbróglio armários e eletrodomésticos  custeados por empreiteiras amigas  do ex-presidente e que estão  enroladas na operação lava jato. A cada negativa do ex-presidente novos indícios aparecem contra a tese dos advogados do ex-presidente. Afinal, o que faziam caminhões de mudança despejando móveis, acessórios e outros bens móveis na sede do sítio de Atibaia? A rigor, não há um único dia em que não surgem indícios reveladores sobre a conduta duvidosa de Lula com relação a atos praticados no exercício do mandato. A operação Zelotes está em campo para saber de implicações de servidores públicos e políticos na aprovação de Medidas Provisórias de interesse de empresas privadas.

O clima no PT e no Palácio do Planalto é de 

barata voa.


O clima no PT e no Palácio do Planalto é de barata voa. O Partido dos Trabalhadores encontra dificuldade em sair na defesa do ex-presidente, pois o cerco está se fechando. Muitos dos apoiadores de Lula querem distância do padrinho político. Afinal, 2016 é ano de eleição para  prefeituras e câmaras de vereadores. Já no planalto o clima é de velório: voltaram a ordem do dia vaias à presidente em pleno Congresso Nacional, panelaços nas principais cidades do país, inflação nas alturas, desemprego a galope e falta de caixa para saldar compromissos de campanha. O setor produtivo e o varejo já deram sinais de que a crise está centro do governo.
Os escândalos de corrupção batem à porta do Palácio do Planalto. No Congresso a base aliada tem demonstrado que não é tão aliada como pensam os ursinhos de pelúcia da presidente. Jacques Wagner e Berzoini perderam a primeira batalha de 2016 na Câmara dos Deputados. O principal aliado de Dilma Rousseff no Senado e que por enquanto segura o impeachment da presidente está com os dias contados.
Renan Calheiros voltou a ser protagonista de processos que correm no Supremo Tribunal Federal. O mais estridente decorre de indícios de que Renan Calheiros recebeu propina de um lobista da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão de uma amante. A volta de Renan às manchetes de jornais e revistas semanais por envolvimento com malfeitos com dinheiro público é fatal para Dilma. Uma presidente sem credibilidade, seu principal apoiador no Congresso Nacional perto de ser enxotado da vida pública e tudo o mais que se sabe desse governo, o  Brasil está no fundo do poço. A saída para o país é o impeachment já.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito. Foi professor da UFSC e da UFMG. Atuou como juiz no TRE de Santa Catarina.