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Pablo MArçal dando exemplo de Solidariedade

Pablo Marçal calando a boca de muitos 👏, falou que ia mandar avião cargueiro pro Sul, mandou, ja mandou 10 carretas lotadas de alimentos...

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A noção de maternidade, onde está?

http://islamismonobrasil.blogspot.com.br/2016/03/cientistas-muculmanos-chegam-conclusao.html?m=1






quarta-feira, 9 de março de 2016


Cientistas muçulmanos chegam a conclusão 

de que a mulher é um mamífero, 

mas não é humana.

Saudi Arabia: Panel of Scientists admits Women are Mammals, yet ‘Not Human’

Riyadh | Em uma decisão sem precedentes, um painel de cientistas sauditas concluíram que as mulheres são mamíferos whos, concedendo-lhes os mesmos direitos que outras espécies de mamíferos, como camelos, dromedários e até cabras.
O veredicto, poucas horas antes caiu Que o Dia Internacional da Mulher, é considerada "histórica" por alguns especialistas e grupos de defesa dos direitos das mulheres.
"Este é um grande salto em frente para os direitos das mulheres na Arábia Saudita", conclui Jane Austen, porta-voz da Libertação Rede de Ação das Mulheres. "Pode parecer muito pouco, tarde demais, mas é verdadeiramente um evento marcante para todas as mulheres da região", diz ela, visivelmente animado. "De agora em diante, as mulheres serão considerados como membros da classe mamífero, Considerando que, antes mulheres compartilharam o estatuto jurídico de um objeto, semelhante ao de um aparelho em casa", ela admite.

amnestie

"objetos sem alma"

O veredicto recentes, podem completamente perturbado todas as leis impostas na Arábia Saudita Atualmente Considera Jillian Birch, porta-voz da Anistia Internacional.

"Este veredicto mostra o incrível progresso movimento pelos direitos das mulheres tem feito nos últimos 50 anos", ela admitiu em conferência de imprensa esta manhã. "Finalmente, as mulheres deixarão de ser considerados simplesmente como objetos sem alma, mas como mamíferos de pleno direito, com os mesmos direitos que os outros animais de sua espécie: como camelos e cabras," ela disse, visivelmente emocionado. "As mulheres ainda estão longe de ser 100% humano considerado, mas sua condição vai melhorar aumentar drasticamente com esta decisão", ela acredita firmemente.

Um veredicto sem precedentes

O veredicto, que caiu como uma tonelada de tijolos sobre o estado saudita, não encontrou unânime Cleary apoio entre os religiosos e as autoridades elite política concede especialistas.

"Isso poderia criar turbulência significativa no estado legal atual de negócios e do sistema judiciário da Arábia Saudita", diz o analista político especializado em Oriente Médio, Anthony Bochstein. "Se antes as mulheres tinham os mesmos direitos que uma cadeira ou uma mesa e foram vistos mais individualmente como propriedade, agora eles têm um estatuto equivalente aos animais Certas espécies, e, portanto, devem receber, no mínimo, o abastecimento e ser conferidos ao mínimo de atenção e respeito, o que não foi o caso anteriormente, "Eu Explica.

, De acordo com o painel de especialistas que governou sobre o assunto, as mulheres ainda são desprovidos de uma alma, mas têm demonstrado possuir qualidades comuns às espécies de mamíferos, o que explicaria sua capacidade de procriar e amamentar, bem como por que eles estão equipados com sete vértebras cervicais, uma característica única para as espécies de mamíferos.


texto original

Vander Lee - Onde Deus possa me ouvir

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

"Não me resta mais dúvida. Nossa insegurança é causada pelo porre ideológico que esta nação tomou nas últimas décadas. Agora, vivemos a ressaca." / Percival Puggina

O PORRE IDEOLÓGICO E A CRIMINALIDADE

por Percival Puggina. Artigo publicado em 

 A primeira informação chegou-me em rede social. Uma amiga pedia doações de sangue para a médica que havia sido ferida a tiros durante assalto na Zona Norte de Porto Alegre. Levaram-lhe o carro e a vida. No mesmo horário, lado oposto da cidade, um porteiro foi vítima de latrocínio. Levaram-lhe a moto e a vida. Não preciso esperar pelas ações policiais para saber que os autores dos dois latrocínios têm extensa ficha policial, não são incógnitos aspirantes ao mundo do crime, nem estão na fila de espera de algum projeto de ressocialização. Não. São indivíduos perigosos, fora da lei, sem qualquer respeito pela vida e bens alheios. E andam soltos. Fizeram uma opção existencial, abriram guerra contra a sociedade, contra quem trabalha, seja médica, seja porteiro. Enfrentar o mundo do crime a partir da benevolente hipótese de sua ressocialização é zombar das vítimas. É uma política que firma compromisso com a multiplicação dos danos. Dar um passo além e afirmar que esses criminosos de mão própria são vítimas de uma sociedade que se organiza em torno do direito de propriedade merece enquadramento como tipo penal - delito de incentivo à criminalidade.
 Qual a diferença entre quem pratica o crime e aquele que o justifica? Enquanto o primeiro tem ação limitada à própria capacidade individual, o segundo funciona como uma aeronave de aviação agrícola, espargindo a fumaça do mal sobre a multidão dos descontentes, dos cobiçosos, dos vagabundos, dos viciados e dos incontinentes. Nada há que convença esses cavalheiros sobre o malefício que produzem. Dirão que me importo com o ocorrido por se tratar de alguém da upper class (esquecidos do desditoso porteiro da mesma madrugada). Afirmarão que estou defendendo um sistema perverso, mas fazem vista grossa a um dado inequívoco: o supostamente generoso sistema a que se aferram malgrado todos os fracassos levou a Venezuela a um nível de violência duas vezes superior ao brasileiro.
De modo pegajoso, abraçam-se a qualquer monstro, vendo nele o ideal rousseauniano do homem bom que poderia ter sido, mesmo quando ele anda pela vida avançando contra tudo que seja, de fato, bom, puro e sagrado. Por que fazem isso? Porque sem esse delírio, que desconhece a presença do mal na natureza humana, de que lhes serve a máscara de bondade?
Se o crime se justifica por motivos sociológicos e se doutrinas jurídicas nesse sentido encontram guarida no mundo acadêmico, alimentando corações e mentes de advogados, promotores e magistrados, que necessidade teremos de prisões? Por isso não as conservamos nem as construímos. Corporações policiais para coibir a atuação justiceira da criminalidade? Que os agentes da lei sejam, estes sim, objeto de contingenciamento de recursos e rigoroso controle. Aliás, de quanto se lê, parece que aí, e só aí, a maldade pode se manifestar como de fato é, sem qualquer guarida sociológica... Paradoxo! O bandido é aquele que deve ser visto como o homem bom que não deixaram ser. O policial, por seu turno, é o homem mau que precisa ser severamente patrulhado. Dai-me forças, Senhor!
Não me resta mais dúvida. Nossa insegurança é causada pelo porre ideológico que esta nação tomou nas últimas décadas. Agora, vivemos a ressaca.
___________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

A Lava Jato recuperou até 15 de julho de 2016 3,9 bilhões de reais ...

Dilma e a corrupção - 

CELSO MING

ESTADÃO - 18/08

O que vale a presidente dizer que a luta contra a corrupção “é um compromisso inegociável” se ela deixou as águas rolarem?


No mesmo dia em que a presidente Dilma declarou em sua Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiroque “é fundamental a continuidade da luta contra a corrupção”, o Supremo mandou investigá-la por tentativa de obstrução da Justiça na apuração de casos de corrupção.

O que significa esse compromisso com a luta contra a corrupção, assumido em documento solene, quando o PT, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula atuaram de diversas formas para sabotar o trabalho da Justiça?

Não foram a presidente Dilma, Lula e os dirigentes do PT que tantas vezes acusaram a Operação Lava Jato de parcialidade e de ação seletiva, como se uma investigação dessa envergadura pudesse nascer completa e não como um fio de meada a ser puxado, o que leva tempo?



E não foi ela quem repudiou a delação premiada, um dos principais instrumentos de investigação contra a corrupção, quando declarou, em junho de 2015, “que não respeita delator” – justo quem havia sancionado a lei da delação premiada?

E não foi o ex-presidente Lula que recorreu à ONU contra o juiz Sérgio Moro, acusando-o de abuso de poder, parcialidade e violação de direitos, com o objetivo de cercear sua atuação e de bloquear a Operação Lava Jato?

Que valor tem a palavra da presidente Dilma quando diz que a luta contra a corrupção “é um compromisso inegociável” se ela, no exercício da Presidência – e mesmo antes dela – deixou as águas rolarem, nunca soube de nada e nunca viu nada a seu redor que pudesse apresentar indícios de corrupção e de desvio de recursos públicos?

Uma das contradições das esquerdas infantis brasileiras, as mesmas que exerceram e exercem forte influência no PT e nos últimos três governos de que participaram, é a opção por uma ética que rejeita compromissos com valores republicanos e que, no entanto, tem de conviver com o que chamam de “instituições e princípios burgueses”.

Para essas esquerdas, os fins justificam os meios, desde que o objetivo final, a ditadura do proletariado ou o que viesse em seu lugar, seja preservado. É o que justifica a ocupação dos organismos e das instituições públicas; a “desapropriação” de recursos do Estado; e a compra de legisladores, juízes e servidores públicos com o objetivo de garantir decisões que os favoreçam politicamente.

Sempre haverá quem pergunte: mas não são também burgueses os que corrompem e se deixam corromper? Não haverá aí uma comunhão de interesses? Infelizmente é o que há, embora por motivos diferentes. A política tradicional do Brasil também corrompe e se deixa corromper, em nome de valores patrimonialistas para os quais não há distinção entre recursos públicos e recursos pessoais. É o que está levando os políticos a boicotar as novas medidas contra a corrupção que tramitam no Congresso.

Para gente que pensa como essas esquerdas, a luta contra a corrupção e contra desvios de recursos públicos não faz sentido. Como também não fazem sentido acusações de obstrução da Justiça, que para eles não passa de instituição burguesa, como burguesas são também a imprensa e o objetivo da maioria das leis.

CONFIRA:



Este é o gráfico do IBGE que rastreia o índice de desocupação no Brasil.

Recorde 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) - Contínua prefere apresentar os números do desemprego por trimestres móveis. É um indicador mais preciso do que o mensal porque tende a relevar distorções. Por esse critério, a desocupação atingiu 11,3% da força de trabalho. É recorde e atinge a todas as grandes regiões do Brasil. O coordenador do setor, Cimar Azeredo, observa que nem a informalidade vem conseguindo absorver a população desocupada. 


"As sete lições olímpicos" / Rodrigo Constantino

quinta-feira, agosto 18, 2016


As sete lições olímpicas - 

RODRIGO CONSTANTINO

GAZETA DO POVO - PR

Na segunda-feira teremos de acordar para a dura realidade. E é isso que o brasileiro mais detesta na vida



A Olimpíada do Rio se aproxima do fim, e podemos tirar algumas importantes lições do megaevento. Em primeiro lugar, o Brasil é sim capaz de organizar uma grande festa. Mas essa nunca foi a dúvida real. Nós, como as cigarras da fábula, somos bons de farra mesmo. O que não sabemos fazer tão bem é construir um país civilizado, de primeiro mundo.

E isso fica claro logo com o segundo ponto: essa foi a Olimpíada das vaias. Como dizia Nelson Rodrigues, brasileiro vaia até minuto de silêncio. No calor da disputa de futebol entre nós, tudo bem. Mas na Olimpíada deveria ser diferente. Somos os anfitriões recebendo nossos convidados. Vaiar os outros o tempo todo é simplesmente falta de educação.

O caso do francês Renaud Lavillenie, que perdeu a medalha de ouro do salto com vara para o brasileiro Thiago Braz, foi o mais escandaloso. Mas vaiamos tudo, até tênis! Para quem tem um pingo de educação, isso foi motivo de profunda vergonha. O Brasil às vezes parece uma grande tribo, que só enxerga “nós” contra “eles” o tempo todo.

Por falar nisso, eis a terceira lição: sofremos do complexo de vira-latas mesmo, como sabia Nelson Rodrigues. Qualquer elogio que vem de fora, ainda que falso, é motivo de extrema felicidade, e logo abanamos o rabo pedindo mais. Enquanto isso, qualquer crítica, ainda que verdadeira, é motivo de revolta, com nosso orgulho ferido de morte.

Essa é a postura de quem não tem autoestima e precisa do termômetro alheio o tempo todo. O caso mais patético foi o da enorme controvérsia por trás de um famoso biscoito de polvilho carioca, que um jornalista do New York Times considerou sem gosto. Parecia que a mãe de cada um estava sendo xingada dos piores termos. Uma postura um tanto jeca, convenhamos.

Uma quarta lição pode ser extraída do quadro de medalhas. Os americanos, líderes com folga, não têm um Ministério dos Esportes. O governo não se mete tanto no assunto, o esporte não é refém da politicagem, e justamente por isso pode prosperar. No Brasil, onde todos esperam tudo sempre do governo, temos Leonardo Picciani como ministro. E muitos gastos públicos. E poucas medalhas.

Das poucas que conquistamos emerge a quinta lição: a imensa maioria veio de atletas treinados pelos militares. Seria pura coincidência? Creio que não. Os militares cobram mais disciplina, determinação e humildade, características necessárias para um vencedor.

O que nos remete à sexta lição: o espírito olímpico é liberal, valoriza o mérito, o resultado, rejeitando a vitimização típica dos perdedores. Quem fica de “mimimi”, buscando bodes expiatórios para seus fracassos, nunca avança na vida. Os atletas de alto rendimento lapidados pelos militares sabem disso.

E demonstram esse reconhecimento prestando continência no pódio, o que nos leva à sétima lição: só mesmo os jornalistas “progressistas” viram tanta polêmica nesses atos, considerados normais pela população. Se tivessem erguido os punhos cerrados e gritado “Fora Temer”, a imprensa teria achado mais natural do que o respeito à nossa bandeira e aos militares. A mídia vive numa bolha esquerdista.
São essas as setes lições básicas que podemos extrair da nossa Olimpíada. Fecho com uma extra: depois da festança vem a ressaca. Brasileiro gosta de só pensar no aqui e agora, de forma hedonista, e “deixar a vida nos levar”. O problema é que isso costuma ter elevado custo.

Qual o legado que fica dos gastos bilionários para realizar os jogos? Qual foi seu custo de oportunidade? Houve retorno sobre esses investimentos ou o país tinha outras prioridades? Sabendo que estamos literalmente quebrados, o impacto desse evento está mais para Barcelona ou para Atenas?

Na segunda-feira teremos de acordar para a dura realidade. E é isso que o brasileiro mais detesta na vida...



Rodrigo Constantino, economista e jornalista, é presidente do Conselho do Instituto Liberal

“Desisti, para protegê-lo... Meu camarada, meu amigo, o cavalo que sempre fez tudo por mim na sua vida não merece isso... De modo que saudei (a plateia) e me retirei da arena”.

O ópio do povo - 

CORA RÓNAI

O Globo - 18/08

Foi bom parar de falar na crise e na política. Não quero nem pensar na próxima segunda-feira, essa espécie de quartafeira amplificada que nos aguarda ali na esquina, sem Olimpíada, sem uma festa emendando na outra, sem todas as línguas do mundo se misturando no calçadão e no Boulevard; não quero nem pensar na cidade sem Guarda Nacional, ou nos estádios vazios; não quero nem pensar na conta.
Fui contra a realização da Olimpíada no Rio, assim como fui contra a Copa do Mundo: acho que o país tinha, e continua tendo, outras prioridades. Não me conformo com o desperdício dos estádios construídos para a Copa nos lugares mais inviáveis, e me revoltam as muitas demolições e reconstruções do Maracanã, em particular, assim como a arrogância da Fifa e do COI, em geral, exigindo equipamentos insustentáveis de primeiro mundo num país com tantas dificuldades. A lista de absurdos é imensa, e algo me diz que ainda vamos ter muitas surpresas desagradáveis ao longo do tempo à medida que formos contabilizando os prejuízos.

Por outro lado, não posso negar que foi bom viver essa pausa na enxurrada de más notícias dos últimos tempos. Foi bom parar de falar na crise e na política, dois motivos de permanente depressão, e usar um pouco de indignação para defender o Biscoito Globo.

Foi bom ver as redes sociais cheias de especialistas em esportes aos quais nunca prestamos atenção, e ver o Rio transformado em centro do mundo; apesar de todas as reportagens negativas, valeu ver a nossa cidade sendo filmada com amor e, eventualmente, sendo descrita com entusiasmo. O Rio não é só beleza, mas também não é só violência; agradeço aos colegas de todos os países que se deram ao trabalho de tentar explicar a nossa complexidade aos seus leitores sem cair nos velhos chavões. ______ Foi bom — é sempre bom — ver como os outros nos veem. Ao contrário do que imaginam as pessoas que não convivem com estrangeiros, têm horror a estrangeiros e acham que qualquer cortesia feita a um estrangeiro é um golpe no amor próprio da Pátria, descobrir o olhar do outro é sempre interessante, ainda que às vezes nos cause desconforto.
Tenho uma secreta inveja de cidades como Veneza ou Nova York, que têm vastas bibliografias em qualquer língua conhecida, e são cenário de tantos filmes e romances diferentes. Gosto de comparar versões e experiências, e adoro saber como tanta coisa que me parece familiar e trivial é vista por gente para quem tudo é novidade. ______ Não sei se o Rio já foi uma cidade mais turística do que é hoje, se o Brasil já foi mais educado e gentil, mas foi triste ver a repercussão do post de uma universitária que, apesar de falar inglês, se vangloriava de ter negado informações a um estrangeiro: “Gringo tá no Rio e eu que tenho que falar inglês?”.

Para muita gente imbuída de uma noção perversa de patriotismo, a moça tomou a decisão certa. Como assim, dar informação a uma pessoa que, visitando o Brasil, não se deu ao trabalho de aprender português?! Coisa tão fácil, tão simples...
Quero ver como essa turma vai se virar na próxima Olimpíada, em Tóquio. ______ Por falar em patriotismo — segundo o dr. Johnson, “o último refúgio dos canalhas” —, a medalha da vergonha vai, sem dúvida, para o judoca egípcio que se recusou a apertar a mão do rival israelense. Ela pode ser compartilhada com todos que acharam a atitude louvável.

O Comitê Olímpico do Egito fez o que se esperava e desligou o infame El Shehaby da delegação. Parabéns para o comitê. E parabéns para a nossa torcida, que o cobriu de vaias.

Essa foi a única vez, aliás, que concordei com as vaias. Na maioria dos casos me senti profundamente envergonhada: nenhum atleta que esteja competindo de forma limpa e digna, dando o melhor de si, merece vaia. Torcer pelos brasileiros é uma coisa, vaiar as demais equipes e demais atletas é o suprassumo da baixaria.
Não entendi os comentaristas que tentaram relativizar o péssimo comportamento das nossas arquibancadas. Não há “alegria”, “espontaneidade” ou “autenticidade” que justifique isso. ______ A medalha da crueldade vai para o cavaleiro brasileiro Stephan Barcha, desclassificado na disputa do salto por abusar das esporas e ferir seu parceiro Landpeter do Feroleto. Ele tem muito a aprender com Adelinde Cornelissen, da Holanda, que desistiu da competição para poupar o cavalo Parzival, que havia estado doente. Pode começar a aprendizagem pela leitura do post que ela escreveu no Facebook:
“Desisti, para protegê-lo... Meu camarada, meu amigo, o cavalo que sempre fez tudo por mim na sua vida não merece isso... De modo que saudei (a plateia) e me retirei da arena”.

A ferida de Landpeter foi considerada “uma fatalidade” pela equipe. Questiono esse tipo de “fatalidade” na barriga de um animal que, para começo de conversa, nunca pediu para competir. ______ As casas dos vários países foram um dos pontos altos da Olimpíada. Queria que elas ficassem aqui para sempre, com a sua música, os seus sabores, a sua troca de culturas e o seu jeitinho de Feira da Providência. ______ Levo um saldo pessoal muito positivo da Rio-2016: conheci Buzz Aldrin, o astronauta, um dos meus ídolos da vida toda, vi o primeiro jogo da nossa seleção feminina contra a Suécia (aquele, o bom!) e tive o privilégio de ver Simone Biles ganhar uma medalha de ouro.
Nunca pensei que tudo isso pudesse acontecer num espaço tão curto de tempo.

Humor de Sponholz

Sponholz: Os inocentes e a 'cartinha' da Dilma.

' Afinal, o que pode rolar no pós-impeachment ? " / blog de Aluizio Amorim

quinta-feira, agosto 18, 2016

AFINAL, O QUE PODE ROLAR NO PÓS-IMPEACHMENT?

Em artigo publicado pelo site Diário do Poder, o analista político Murillo de Aragão levanta algumas questões pertinentes sobre o que pode acontecer no período pós-impeachment. Vou transcrever após este prólogo. Entretanto, qualquer análise sobre o que poderá rolar no futuro não tem precisão matemática. A política, cuja definição mais concisa e racional é weberiana, resume-se no seguinte: a política é a luta pelo poder ou pela a manutenção do poder. Um leque muito amplo de inúmeras variáveis incide sobre todo o processo político e a predição do futuro por isso mesmo torna-se incerta sempre.

Todavia essa incerteza não inviabiliza uma análise política desde que esta se desenvolva em cima dos fatos reais do presente. Essas análises quando pautadas na realidade dos fatos podem indicar a escolha de um caminho a percorrer rumo ao futuro. Por exemplo: neste momento há um dado concreto, ou seja, que nos últimos 13 anos o Brasil foi submetido à deletéria experiência comunista com os governos do PT. Calcula-se que mais de 40 empresas estatais foram criadas nesse período além daquelas já existentes que são muitas. Este é portanto um dado real e resultou na falência do Brasil, na volta da inflação, do desemprego e da corrupção e roubalheiras inauditas. O Estado brasileiro foi violentado pelos comunistas, os cidadãos foram violentados. Esta é a realidade, isto é, estes são os fatos que não se pode permitir que se repitam de maneira nenhuma. 

Análise formulada por Murillo de Aragão, que aludi no início deste meu comentário lista uma série de circunstâncias complicadoras no período pós-impeachment, concluindo entretanto que no atual momento político brasileiro não existe ninguém melhor do que Michel Temer para enfrentá-los. Aliás, dia desses, afirmei aqui no blog: 'ruim com Temer, pior sem ele'. Transcrevo a análise de Aragão e acrescentei números em cada parágrafo com a finalidade de suavizar a leitura, haja vista que o texto é meio longo. Sei que há objeções aos textos longos sobretudo em sites e blogs da internet. Todavia a complexidade do assunto não pode ser resumida numa notinha de três ou quatro linhas. Acredito que os leitores do blog em maioria não têm medo de ler dez parágrafos. A compreensão das coisas é penosa. E nunca se compreenderá sem o estudo e a reflexão. 
O texto de Aragão tem por título: "Tempos turbulentos após o afastamento definitivo de Dilma". Leiam:
1 Os tempos que se seguirão ao impeachment definitivo de Dilma Rousseff serão, obviamente, muito tumultuados. Findo o processo, com a confirmação de seu afastamento da Presidência rumo à insignificância histórica, um novo leque de problemas se abrirá, os quais devem ser considerados pelos observadores da política nacional. Esses problemas pautarão os três primeiros meses do governo de Michel Temer, após sua confirmação no Palácio do Planalto.
2 O primeiro deles é a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Prevista para 12 de setembro, a votação deve ser concluída com a perda do mandato dele. O que Cunha fará se realmente for cassado? Essa é uma indagação que inquieta Brasília. Para muitos, o ideal é que ele seja suspenso no lugar de ser punido com a pena máxima. No entanto, salvo com o engajamento total do governo para poupá-lo, custa crer que ele conseguirá reunir mais de 200 votos a seu favor.
Outra fonte de desafio é a natural aceleração dos procedimentos do Supremo Tribunal Federal em relação aos investigados pela operação Lava Jato. Pode ocorrer afastamento preventivo de parlamentares de seus cargos e até mesmo prisão de políticos.
4 A delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht, prevista para setembro, é outra fonte de problema, pois, além de acrescentar novas denúncias, pode reforçar as investigações já em curso com revelações adicionais. Sabe-se que o naufrágio do capitalismo tupiniquim será estrepitoso.
5 Outro ponto de possível turbulência é a eventual reação dos movimentos sociais ao afastamento definitivo de Dilma. As promessas de manifestações violentas não se realizaram ao longo do afastamento temporário. Será que se concretizarão após o afastamento definitivo? Poderão confundir ou turbinarcampanhas salariais importantes no segundo semestre?
6 Voltando à esfera judicial, a possibilidade de anulação da chapa Dilma-Temer (PT-PMDB) continua a preocupar. Especialmente pela inclusão de informações oriundas das delações da Lava Jato. As investigações sobre as doações ilegais recebidas pelos partidos (PT, PMDB, PSDB e PP) podem resultar, em médio prazo, em punições severas.
7 No âmbito da base política, são esperadas mudanças no ministério de Temer visando a uma melhor relação entre os partidos da base e o governo. Alguns nomes podem ser substituídos, e partidos podem ter ministérios importantes trocados por outros de menor relevância. É certo considerar que qualquer reforma ministerial será traumática e trabalhosa.
8 As eleições municipais em outubro já são, por si sós, um evento politicamente relevante. Em especial, pelo fato de que serão as primeiras sem recursos empresariais. Porém, a questão se torna mais complexa porque haverá disputas sérias na base aliada que exigirão o poder curativo do governo na cena pós-eleitoral.
9 Vale destacar, ainda, que, após as eleições, as atenções se voltarão para a pauta de reformas no Congresso, na qual se incluem a emenda constitucional sobre o teto de gastos públicos e o início da reforma previdenciária. Tais temas exigirão negociações detalhadas.
10 Considerando o quadro que se apresenta nas esferas jurídica e política, temos um conjunto de desafios que demandarão do novo governo e de seu núcleo duro muita sensibilidade e competência. Os resultados não serão amplamente favoráveis a Temer. No entanto, não existe ninguém melhor do que ele na atual cena política para enfrentá-los.

Quadro de medalhas dos Jogos do Rio às 13 horas de 18/08/2016

Jogos Olímpicos Rio 2016
VISÃO GERALESPORTESNA TVPROGRAMAÇÃOATLETASMEDALHASPAÍSES
Quadro de medalhas
País
1
Estados Unidos
31323194
2
Grã-Bretanha
21211355
3
China
19152054
4
Alemanha
138930
5
Rússia
12141541
17
Brasil
35513