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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Mais um membro PT enrolado com Ministério Público ...


Ministério Público abre quatro investigações criminais contra Haddad

Ex-prefeito achou que se livraria de problemas ao deixar prefeitura

MURILO RAMOS
16/01/2017 - 12h00 - Atualizado 16/01/2017 15h40
O candidato a reeleição a prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (Foto:  Fábio Viera / FotoRua)
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad imaginou que se veria livre de problemas ao deixar o governo. Nada disso. No final do ano, o Ministério Público do estado abriu quatro investigações criminais contra o petista

NBA estende seu carisma para ficar mais perto dos fãs do basquete... / El País


BA

NBA rompe barreiras com jogos no México e em Londres

A liga se globaliza com a disputa de partidas oficiais fora dos Estados Unidos



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Nowitzki, na Cidade de México.  EFE


México respirou os ares da NBA na semana passada, e a arena O2, em Londres, vestiu traje de gala na quinta-feira para servir de anfitriã à melhor liga de basquete do mundo. Pau Gasol e os Spurs jogaram no sábado contra o Phoenix Suns na Arena México, na capital mexicana. No mesmo estádio, 19.874 espectadores assistiram, na quinta-feira, a outra partida oficial entre o Phoenix e Dallas, com vitória dos Mavericks por 113 x 108. No mesmo dia, em Londres, 18.689 pessoas acompanharam o jogo entre Denver e Indiana (140 x 112). A mensagem é clara, a NBA é uma liga que pretende ser a mais global possível e não poupará esforços nesse sentido.
A NBA tem impulsionado os Global Games há vários anos com a realização de jogos oficiais em diferentes países, acompanhados por numerosos eventos promocionais. A liga tem cada vez mais jogadores nascidos fora dos Estados Unidos. Nesta temporada, são 113, 25% do total, e 10 deles são espanhóis, número recorde. O interesse pela NBA fora dos EUA se traduz em declarações de intenções, como a do prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, que manifestou na semana passada seu interesse de que a capital seja sede no futuro de uma franquia da liga.
O comissário da NBA, Adam Silver, reiterou na quinta-feira, em Londres, seu desejo de aumentar o número de partidas da temporada regular na Europa, embora considere necessário melhorar os ginásios para seguir com o plano. “Esperamos aumentar o número de partidas internacionais que disputamos. Não temos planos específicos atualmente; tudo depende dos ginásios e interesse dos mercados”, disse o comissário.
“Esta campanha alcançou um marco do ponto de vista internacional, com 25% dos jogadores da NBA nascidos fora dos Estados Unidos, e cerca da metade deles é europeia. A Europa continua sendo um lugar importante para o basquetebol. Esta é a sétima vez que jogamos na O2; é um recinto maravilhoso e muito moderno. Acredito que os jogadores se sintam em casa aqui”, disse Adams.
O colossal O2 Arena, que novamente pendurou o cartaz “ingressos esgotados”, reuniu nas primeiras fileiras dezenas de celebridades que foram assistir à partida, entre elas, músicos como Ellie Goulding, James Bay e Little Mix, jogadores de futebol como Pogba, Alexis, Pedro, Willian, Lukaku e Lucas Pérez, ex-jogadores como Henry e Ballack, treinadores como Pochettino e Bilic, designers como Ozwald Boateng e modelos como Xenia e Jourdan Dunn.
O presidente da Federação Espanhola de Basquetebol (FEB), Jorge Garbajosa, também esteve em Londres. “Estamos orgulhosos de ter 10 jogadores espanhóis na NBA, porque a vitrine da melhor liga do mundo significa uma extraordinária promoção para nosso basquete e porque demonstra que são valorizados, evidentemente, por seu talento, mas também pelos valores que transmitem competindo”, comentou Garbajosa.
“A NBA é uma referência em muitas questões. Estamos satisfeitos que atualmente também seja um parceiro em projetos de divulgação do basquete, com a Liga Jr. NBA-FEB, que nesta temporada vamos ampliar para mais cidades e escolas.” O presidente da FEB demonstrou seu apoio a Juancho Hernangómez, jogador espanhol do Denver Nuggets. “Este encontro é algo muito bonito para a Europa; para que todo o continente possa ver um jogo da NBA ao vivo, uma experiência que ninguém pode perder, algo que precisa ser feito pelo menos uma vez na vida”, disse Hernangómez.
A NBA é acompanhada em 215 países por meio de acordos com redes de TV em 49 idiomas, e com mais de 125.000 lojas em 100 países dos seis continentes. Além das partidas da competição, a NBA também realiza jogos de pré-temporada em diversos países, sendo que os últimos aconteceram em outubro, disputados pelo Oklahoma City contra o Real Madrid e o Barcelona.

Torcedores na Cidade do México.  AP

Falando de Humor / Café Filosófico / Jacques Stifelman /Vídeo


o humor e sua função – alívio da experiência de aniquilamento, com jacques stifelman (íntegra)



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“o humor pega um fato e faz uma manobra. ele nos faz ver a natureza humana numa situação mais palatável”, disse o psiquiatra jacques stifelman durante o café filosófico “o humor e sua função – alívio da experiência de aniquilamento” de 27/11.
segundo o especialista, nem sempre é clara essa relação entre realidade, humor e seriedade. “ter dúvidas sobre o que a gente pensa pode ser levado a sério. mas que as pessoas pensam não é o que elas pensam. e sequer tem a ver com elas”, disse.
curador da série, o apresentador marcelo tas, curador da série de novembro sobre o humor politicamente (in)correto acompanhou o encontro e perguntou por que não existe humor em regimes autoritários. segundo stifelman, o humor, como outros mecanismos que induzem ao pensamento, é oprimido, em determinados países, porque oferece riscos. ele ressaltou a peculiaridade da situação brasileira: “há algo no brasileiro que favorece a não levar a sério alguma coisa”.
o palestrante alertou, no entanto, que o humor deve ser aliado da realidade, e não aliado da evasão mental. “toda suspensão de contato da realidade, via humor, vai cobrar a conta depois. da realidade ninguém escapa”, disse.
confira abaixo a íntegra do encontro:

domingo, 15 de janeiro de 2017

'A esquerda brasileira está perdendo os novos pobres' / El País


A esquerda brasileira está perdendo os novos pobres

O problema da esquerda brasileira é que acabou se aristocratizando, transformando-se no refúgio da classe média alta, dos artistas e intelectuais



Sindicalistas protestam no RJ.  AGÊNCIA BRASIL


Começa a haver um consenso sobre a crise da esquerda contemporânea e o seu abandono pelos mais marginalizados, entre eles os trabalhadores não qualificados, os desempregados, os jovens desencantados e os imigrantes. Eles são o mundo da nova pobreza.
O resultado é duplamente dramático, porque a massa dos novos deserdados começa a se refugiar na extrema direita, que roubou da esquerda o discurso anticapitalista. Está ocorrendo na democrática Europa, e existe o perigo de que ocorra também aqui no Brasil.
No espaço de alguns dias, vários intelectuais se manifestaram em concordância com tal análise. Neste mesmo jornal, Víctor Lapuente, doutor em Ciências Políticas da Universidade de Oxford, em seu artigo “O sexo da esquerda”, alertou sobre o risco de que a esquerda contemporânea “deixe de ser vista como representante da sociedade em seu conjunto”.
E nesse conjunto da sociedade vivem, por exemplo, a grande massa dos trabalhadores desqualificados, os últimos na escala da pirâmide social e os milhões que procuram trabalho. Todos eles esquecidos pelos grandes sindicatos.
Allen Berger, catedrático de economia na Universidade da Carolina do Sul, bateu na mesma tecla numa recente entrevista ao jornal O Globo, em que afirma que a esquerda de hoje “perdeu o poder de diálogo com os trabalhadores mais pobres”. Ele alerta que “esse mundo se rebelou” e está sendo “absorvido pela extrema direita”.
No Brasil, em um artigo recente no Estadão, o sociólogo José de Souza Martins, que já lecionou na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, criticava o Partido dos Trabalhadores (PT) por ter traído sua função institucional: “Poderia ter sido o canal de expressão daquela parcela da população que a história condena ao silêncio”.
O problema da esquerda brasileira, começando pelo PT, que constituía sua espinha dorsal, é, de fato, que acabou se aristocratizando, transformando-se no refúgio da classe média alta, dos artistas e intelectuais.
Os sindicatos se burocratizaram e se comprometeram mais com as categorias ricas, como os banqueiros, do que com o exército dos milhões de trabalhadores marginalizados. Deixaram para trás valores como os do mérito e a economia, cuja bandeira hoje é empunhada pela direita.
A esquerda petista escorregou, além disso, para a política da corrupção e dos privilégios. Não foi só o partido que se aburguesou, mas também muitos de seus ativistas, que descobriram o gosto pela vida cômoda dos milionários. E eles representavam a ética.
A esquerda brasileira resgatou milhões de trabalhadores da miséria, mas sem qualificá-los profissionalmente. Formou assim uma massa de novos pobres que hoje, decepcionados e castigados pela crise econômica, voltam seus olhos para a direita e para as igrejas evangélicas conservadoras (exemplos: a periferia pobre de São Paulo, que preferiu votar para prefeito no milionário João Doria, relegando o candidato do PT; e os excluídos das favelas do Rio, que elegeram como prefeito Marcello Crivella, bispo conservador da Igreja Universal, preferindo-o a Marcelo Freixo, candidato do esquerdista PSOL, que era o preferido pelas classes mais altas).
Sabemos, ao mesmo tempo, que a classe de trabalhadores pobre é conservadora. Defende a família e a tradição, por cultura e por instinto de sobrevivência, e vê com bons olhos que a polícia mate os criminosos sem os penduricalhos dos processos judiciais, sob o lema de que “bandido bom é bandido morto”.
Essa massa não se assusta com o fato de ocorrerem no Brasil 60.000 homicídios por ano, um triste recorde mundial, nem que mais de meio milhão de pessoas apodreçam em prisões desumanas, a maioria pobres e negros.
Para essa massa de novos pobres, a polícia e o Exército são seus melhores guardiões. Analisem as redes sociais e vejam como o militar e ultradireitista Jair Bolsonaro, pré-candidato a presidente, que continua defendendo a tortura e a pena de morte, desperta a simpatia de boa parte do mundo dos trabalhadores mais pobres.
Por que a esquerda não foi capaz de convencer essa massa de pobres de que os valores da democracia e da modernidade constituem a maior garantia futura de prosperidade?
Como escreve o sociólogo brasileiro Souza Martins, porque a esquerda “incluiu sem democratizar”.
Não façam, por favor, uma pesquisa sobre a democracia nesse mundo da nova pobreza, pois sofreriam uma grande decepção.
A esquerda toda, e também a brasileira, precisa se reinventar para voltar a ser capaz (se é que ainda é possível) de reconquistar os que foram seu sangue e sua razão de ser: os trabalhadores mais pobres, os mais expostos às aventuras antidemocráticas. Cada época tem os seus. Hoje, o proletariado é outro.
Seria triste e perigoso ver uma transfusão de sangue da massa de trabalhadores marginalizados, ou de jovens desencantados sem futuro, para as veias da extrema direita.
O grande teste da democracia para os brasileiros já está logo aí, na eleição presidencial de 2018. Então veremos qual força política será capaz de conquistar os votos da massa dos novos pobres, hoje desiludidos com a esquerda