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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Notícias desastradas de Brasília / Cláudio Humberto

DE SETEMBRO DE 2017
Estudos realizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostram que o rombo da Previdência é muito mais alarmante do que admitem políticos e corporações de servidores: custa ao contribuinte R$16 mil por segundo, R$981,5 mil por minuto, R$58,9 milhões por hora, R$1,4 bilhão por dia. De segunda a segunda. A cada 14 horas, a previdência consome mais que o PSG pagou pela compra do craque Neymar.
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Mesmo que todas as dívidas previdenciárias fossem quitadas pelas empresas devedoras, o rombo continuaria a aumentar.
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O TCU estima dívida de R$426 bilhões de empresas. Grandes dívidas, como das falidas Varig e Transbrasil, são de recebimento impossível.
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Os débitos cuja cobrança é mais factível somam R$10 bilhões. E cobririam apenas quatro dias de custos da previdência, diz o TCU.
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Em 2016, a previdência arrecadou R$364 bilhões para pagar R$516 bilhões. O rombo de R$152 bilhões aumentou em 59,7% desde 2015.
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A direção do Banco do Brasil não informou o presidente Michel Temer de sua nova “estratégia de negócios”, que passa pelo fechamento de suas agências em Portugal. Temer tomou conhecimento do fato ao ler esta coluna. O BB é um dos principais símbolos da presença brasileira em território português. Serão fechadas em 6 de novembro as agências em Lisboa e no Porto. A saída do BB provocou protestos em Portugal.
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Os clientes do BB em Paris também já estão sendo informados de que em breve também haverá “descontinuidade” de sua operação francesa.
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Ministro próximo a Michel Temer informou que ele não sabia da saída do BB de Portugal, fato confirmado pela Secretaria de Comunicação.
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Funcionários do BB em Paris têm indicado bancos para os clientes levarem suas contas. Em Portugal, a opção é pelo banco postal CTT. 
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Em vez de se defender perante o juiz, de acordo com as acusações dos autos, Lula, mal orientado, optou outra vez pelo discurso político, fustigando quem vai decidir por quantos anos ele ficará preso.

"Muito a explicar", sobre Rodrigo Janot

quinta-feira, setembro 14, 2017

Muito a explicar - EDITORIAL O ESTADÃO

ESTADÃO - 14/09

Desde o começo desse incrível imbróglio, esperava-se que Rodrigo Janot, comprovadamente despreparado para o cargo que ocupa, pedisse demissão. Já que decidiu ficar, então que ao menos reconheça seus inúmeros erros

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que “nunca se viu, em toda a nossa história, tantas investigações abertas e tantos agentes públicos e privados investigados, processados e presos”, razão pela qual resta à defesa dos implicados “tentar desconstruir, desacreditar a figura das pessoas encarregadas do combate à corrupção”. Foi uma forma nada sutil de se referir às críticas que ele e sua equipe vêm sofrendo em razão do espantoso acordo de delação premiada com o empresário Joesley Batista e do açodamento das denúncias contra vários políticos e altas autoridades sem o devido embasamento. Segundo Janot, quando há uma grande ofensiva contra a corrupção como a que ele e outros procuradores da República conduzem, “muitas pernas tremem”.

São palavras de quem, ele sim, precisa se defender. Ninguém no Brasil, salvo os criminosos, se opõe à luta contra a corrupção. Muito ao contrário: a Lava Jato e operações congêneres resultam da resolução dos brasileiros de atacar esse que é um dos principais flagelos nacionais. O que tem causado profundo incômodo é o messianismo dos que se julgam em uma cruzada moral contra os políticos em geral, comportamento que os induz a agir algumas vezes em desafio ao Estado de Direito, como se a causa justificasse o atropelamento da lei. Esse incômodo aumenta consideravelmente quando se observa que Janot tem sido incapaz de esclarecer as diversas dúvidas e suspeitas que surgiram sobre os procedimentos de integrantes da Procuradoria-Geral desde que veio à luz a bombástica delação de Joesley Batista.

Uma instituição como a Procuradoria-Geral, dedicada a defender a ordem jurídica, deveria ser a campeã da transparência. No entanto, o que se tem observado é que, dia após dia, surgem informações que indicam um comportamento reprovável de alguns de seus integrantes envolvidos nas nebulosas negociações do acordo com Joesley, sem que o procurador-geral tenha sido capaz de dar explicações plausíveis para isso. O máximo que consegue é dizer-se “ludibriado”.

O caso mais célebre é o do ex-procurador Marcelo Miller, que, ao que tudo indica, orientou o Grupo J&F e o empresário Joesley Batista a elaborarem os acordos de leniência e de delação premiada quando ainda era integrante da Procuradoria-Geral e um dos principais assessores de Rodrigo Janot. O próprio Janot já admitiu a ação de seu ex-assessor e pediu a prisão de Miller, que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, indeferiu – embora, em seu despacho, tenha dito que são “consistentes” os indícios de que Miller praticou o delito de obstrução de Justiça.

A exótica decisão de Fachin é apenas mais um elemento carente de explicação numa história que causa espanto contínuo e progressivo – a começar pelo fato de que ela só veio à luz em razão do estranho acaso da entrega de uma gravação involuntária de Joesley Batista que, entre um drinque e outro, conta como se associou a procuradores para obter a desejada imunidade total.

Com esse novo escândalo, surgiram suspeitas de que, além de Marcelo Miller, ao menos outros dois procuradores, muito próximos de Rodrigo Janot, teriam atuado em favor de Joesley. Recorde-se, a propósito, que um outro procurador chegou a ser preso, em maio, sob acusação de ser informante de Joesley.

Ou seja, há robustas razões para cobrar de Janot esclarecimentos sobre o que se passa no Ministério Público sob sua chefia. De nada adianta dizer-se enganado. É preciso que o procurador-geral pare de insultar a inteligência dos cidadãos – como quando disse que conversou apenas sobre “amenidades” ao ser flagrado em encontro fora da agenda, atrás de engradados de cerveja num botequim de Brasília, com um dos principais advogados de Joesley na véspera da prisão do empresário.

Desde o começo desse incrível imbróglio, esperava-se que Janot, comprovadamente despreparado para o cargo que ocupa, pedisse demissão. Já que resolveu ficar, então que ao menos reconheça seus inúmeros erros, que tanto custaram ao País, em vez de maliciosamente atribuir a seus críticos a pecha de inimigos da Lava Jato.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Patrocínio na NBA pagará 62 milhões de reais ao Warriors por 3 anos...

http://espn.uol.com.br/noticia/726455_por-um-terco-do-que-paga-ao-barcelona-empresa-japonesa-vai-patrocinar-warriors-no-maior-contrato-disparado-da-nba

O Brasil é um país destinado ao suicídio coletivo por favor de suas instituições desfiguradas de seus propósitos

quarta-feira, setembro 13, 2017

A disputa sobre o Fundef - EDITORIAL O ESTADÃO

ESTADÃO - 13/09

A morosidade da Justiça e o desconhecimento de finanças têm levado a equívocos


A morosidade da Justiça e o desconhecimento de finanças públicas têm levado procuradores e magistrados a tomar decisões não só equivocadas, do ponto de vista jurídico, mas, também, com graves consequências econômicas para o País. Exemplo dessa decisão foi o recente julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de ações de autoria dos Estados da Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e Amazonas, reclamando dos critérios utilizados pela União para calcular os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou entre 1998 e 2006.

Por 5 votos contra 2, o STF acolheu as ações e obrigou o governo federal a pagar aos Estados as diferenças por eles reclamadas, no valor de R$ 50 bilhões. Como vários municípios também levaram a mesma reivindicação ao Judiciário e os Tribunais Regionais Federais (TRFs) a têm acolhido, quando transitarem em julgado essas ações podem acarretar para o Tesouro um gasto de mais de R$ 90 bilhões. Com isso, a soma do que a União terá de arcar com todos esses processos é próxima do rombo fiscal de R$ 159 bilhões previsto pelo governo federal para 2017.

Até a decisão do STF, a Advocacia-Geral da União (AGU) tinha esperança de que a Corte negasse os recursos dos Estados, o que acabaria estimulando os TRFs a rejeitar as ações dos municípios. Mas, com a derrota do governo, a AGU agora está preocupada com uma enxurrada de ações impetradas pelos municípios. “Para nós, o tema já está pacificado. A União desviou bilhões da educação”, afirma o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, que há anos estimula prefeitos a questionarem judicialmente os critérios de repasse do Fundef. Embora os advogados da AGU tenham alegado que esses processos podem comprometer as finanças públicas, prevaleceram no julgamento os argumentos do ministro Luís Roberto Barroso, para quem a crise fiscal dos Estados e municípios é tão grave quanto a da União. “Estamos repartindo escassez. Por temer o horror econômico, não podemos promover o horror jurídico”, disse ele.

Na realidade, a discussão não teria ganhado o vulto que tomou se o Ministério Público (MP) e a Justiça não tivessem ido além de suas competências, reinterpretando a lei que criou o Fundef e deixando de levar em conta os objetivos desse programa, que foi criado para diminuir as desigualdades regionais na área do ensino. Por meio dessa lei, a União se compromete a repassar recursos para os Estados carentes, equiparando o tratamento dado a todos os alunos do País.

A lei determina à União que divida a receita fiscal de cada Estado pelo número de matrículas do ensino fundamental do ano anterior. O valor obtido é o mínimo a ser gasto por aluno e, se o Estado não tiver capacidade financeira, a União fará o complemento. Mas, com apoio do Ministério Público, os Estados reinterpretaram a lei. Segundo eles, a União deve considerar o valor da receita fiscal de todos os Estados e dividi-lo pelo número de matrículas. O resultado seria o mínimo a ser gasto por aluno em todo o País e o Estado que não tivesse recursos para bancá-lo seria auxiliado pelo governo federal. Esse entendimento – que foi endossado pelo STF – aumenta significativamente o valor mínimo a ser gasto por aluno nos Estados com baixa receita fiscal. Esse problema foi agravado pela decisão do STF que, invocando a “uniformização da qualidade do ensino”, impôs suplementações iguais para os repasses, ignorando que as necessidades do Estado de São Paulo são bastante distintas das dos Estados menos desenvolvidos.

Não cabia ao MP endossar a mudança de critérios de repasse estabelecidos pela lei do Fundef nem ao STF decidir pela “melhor fórmula”, impondo um mesmo tratamento a realidades diferentes. Tais decisões mudaram o espírito e a letra da lei e criaram um vultoso esqueleto fiscal, agravando as dificuldades que o País tem de superar, para sair da mais grave crise de sua história.

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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Frase intrigante

"Se Palocci está mentindo, por que Dilma e Lula não abrem processo contra ele por calúnia e difamação?"

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Juiz chama filha para dar sentença da própria mãe. EMOCIONANTE!

https://youtu.be/nhDXFPQtnMkhttps://youtu.be/nhDXFPQtnMkhttps://youtu.be/nhDXFPQtnMk

Um momento em que a Realidade ganha da Ficção...! / El País



Juiz dos EUA pede ajuda aos filhos dos acusados para perdoá-los

Frank Caprio se tornou uma estrela na internet pela sensibilidade e a compaixão pelos réus

Juiz dos EUA pede ajuda aos filhos dos acusados para perdoá-los
“Quem é o garoto que está contigo?”, pergunta o juiz Frank Caprio ao adulto de pé no tribunal. “Meu filho, Jacob.” O magistrado levanta a mão direita e o cumprimenta. “Vem aqui e me ajude porque tenho problemas com esse caso”, diz ao pequeno. O menino se aproxima e senta no seu colo. O público, surpreendido, não pode conter o riso. “Tenho três opções: cobrar do seu pai uma multa de 90 dólares, 30 dólares ou nada”, explica o juiz ao garoto. “O que você acha que devo fazer?”


Caprio, de 80 anos, não é um ator. É um juiz real, que trabalha desde 1985 num tribunal municipal de Providence (Rhode Island). Os vídeos que chegam de sua sala estão viralizando por sua compaixão. Jacob, muito convencido, responde que a multa ao pai por estacionar o carro em lugar proibido deve ser de 30 dólares. O juiz aceita e lhe pergunta se tomou o café da manhã. “Não”, responde, depois de pensar alguns segundos. “Pois vou fazer um acordo com seu pai. Se ele te levar para tomar algo euperdoarei a multa, mas você terá que pedir muitas coisas.”
O vínculo de Caprio com a comunidade que serve é insólito e excepcional. Ele diz que tenta entender as necessidades dos moradores e as circunstâncias que dominam suas vidas. Admite que tem uma especial sensibilidade com as crianças. Por isso, com bastante frequência pede que os filhos dos acusados lhe façam companhia – como Jacob, que tinha cinco anos quando ocorreu o julgamento. Faz perguntas a eles, pedindo-lhes conselhos para determinar o veredito que considera justo para a família.
Caprio conta que seu avô foi preso uma noite, enquanto jogava baralho com amigos, por causa de uma briga. “Minha avó suplicou ao juiz que não o prendesse, enquanto meu pai pedia desculpas”, relata. O juiz pediu então ao filho que se aproximasse, como Caprio faz agora, e lhe explicou que o mandava de volta para casa com a família porque considerava que o pai era um homem bom; apenas havia tido uma noite ruim. Considerou que era mais importante que continuasse trabalhando para sustentá-los. “Esse juiz teve um profundo impacto em nossas vidas”, admite.
Hoje, Caprio tenta replicar esse gesto de compaixão. Segundo ele, o tribunaldeve ser um lugar amistoso, não de confrontos, e as pessoas tampouco devem ser ridicularizadas por suas ações. Fazer justiça, explica, não deve ser visto como uma espécie de caça das pessoas pelas autoridades. “Estamos lá para ajudar. Não há um dia em que não pense nessa história, especialmente quando há filhos na sala.” Ele comenta que os meninos chegam à corte junto com os pais, como se fossem eles seus protetores, dando-lhes apoio.
Os vídeos de Caprio com seus atores coadjuvantes reais registram milhões de cliques no YouTube. Aos adolescentes que comparecem ao tribunal por multas de tráfico, ele diz que não cobrará o valor se destinarem o dinheiro aos estudos. Caprio acredita que as histórias que chegam da sala têm sucesso na internet porque o público está acostumado a ver, no noticiário e nas séries da TV, que a instituição da Justiça nunca leva em conta as circunstâncias pessoais do acusado.

Charge de Chico Caruso...

A charge de Chico Caruso

Charge (Foto: Chico Caruso)

O mundo hoje é menos inteligente... Javier Marías

Javier Marías: “O mundo hoje é muito menos inteligente” http://flip.it/mm9CZo

Javier Marías: “O mundo hoje é muito menos inteligente”

Em seu novo romance, incerteza do retorno e segredos se entrelaçam em páginas que destilam nostalgia

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

"Você é sócio do caixa três" // Guilherme Fiuza

Você é sócio do caixa três

Depois de abarrotar o caixa eleitoral, as virgens de Lula decidiram proibir a doação das empresas

GUILHERME FIUZA
25/08/2017 - 17h06 - Atualizado 25/08/2017 17h25
O Brasil não falha: a ideia de criar um fundo público (seu dinheiro) para bancar campanhas eleitorais surge no momento em que João Santana (alguém se lembra dele?) pede à Justiça para desbloquear seus bens, porque está sem grana. Deu para entender? O marqueteiro-laranja do maior assalto da história da República está esquecido na prisão, tentando reaver sua fortuna, enquanto o país discute a oferenda de mais R$ 3,6 bilhões para engordar novos marqueteiros eleitorais.

Como isso é possível? Simples: dê uma olhada pela janela de seu computador e veja o Brasil, ao vivo, inflamado em seu despertar cívico, discutindo se o fundo público de financiamento eleitoral é de esquerda ou de direita. Se não for exatamente isso, é algo nessa linha, em geral um pouco mais tolo e surrealista. Se você fosse o João Santana, você faria o mesmo: “Deixa eu aproveitar o recreio intelectual dos idiotas que estão discutindo a ideologia de Adolf Hitler e salvar minha pele”.
Vamos interromper o recreio um minutinho, com todo o respeito à frivolidade geral, para uma lembrança saborosa: essa facada nas costas do contribuinte (você) nasceu – não ria – de um surto ético do PT. Naturalmente um surto ético de mentira, como tudo que provém das almas mais honestas do prostíbulo.
A situação era a seguinte: a Operação Lava Jato fervia, em plena revelação da máfia montada por Lula e Dilma com as maiores empreiteiras do país para roubar a Petrobras e a economia popular, quando o Partido dos Trabalhadores resolve dar seu grito contra o abuso do poder econômico perpetrado pelo capitalismo selvagem. Traduzindo para o português: depois de usar as empresas para abarrotar criminosamente seu caixa eleitoral, as virgens de Lula resolvem proibir a doação eleitoral de empresas – em nome da ética.
Não ficou clara a tradução? Vamos tentar de outra forma: o PT roubou você com o petrolão e vai te roubar de novo com o Orçamento da União. Se ainda não deu para entender, pelo menos rimou.
Podemos continuar essa conversa triste. Mas prometa que você não vai querer discutir se a proibição hipócrita das doações de empresas é de direita ou de esquerda. Hipocrisia não tem ideologia. Rimou de novo – rima pobre, como o espírito de um país que ama polemizar sobre o que não presta. É claro que o poder econômico sempre influenciará eleições – assim como o poder político, o poder cultural, o poder acadêmico, o poder familiar, o poder espiritual etc. Uma estrela de televisão que apoia um candidato está influenciando poderosamente o jogo eleitoral com o capital de sua fama. Não existe capital mais poderoso – e concentrado. Que tal proibi-lo? Nova lei: em ano eleitoral, artista famoso não pode abrir o bico sobre política.
Se você pode fiscalizar a promiscuidade entre artistas e políticos, pode fazer a mesma coisa sobre cartas marcadas entre empresas e partidos. Pode regular limite de gasto, tipo de contrato e condutas em geral – até onde você achar que deve, para controlar o tráfico de influência. Mas isso dá trabalho, então é melhor aderir à demagogia anticapitalista do maior ladrão da República.
Esse proselitismo malandro, supostamente progressista, tem entre seus arautos os heróis carnavalescos de sempre – vários dos quais de toga. Desse Supremo Tribunal Federal que tentou melar o impeachment de Dilma na mão grande, o mesmo que abençoou a tramoia de Janot com Joesley, só se ouvem tiradas espertas em busca de manchetes – tipo o “quero mudar o Brasil, não me mudar do Brasil” de Cármen Lúcia, frase matadora para bolo de aniversário. Sobre a garfada obscena de R$ 3,6 bilhões com a bênção do STF (o companheiro Barroso não falha), nenhuma tirada estilística.
Queridos legalistas ornamentais, onde está a investigação das operações bilionárias do BNDES com o caubói biônico, maior corruptor confesso do sistema político brasileiro, sob a regência do PT? A omissão geral sobre esse esquema pornográfico, protegido pelas flechas de bambu do procurador companheiro, é de esquerda ou de direita?
Até o procurador Deltan, expoente da Lava Jato, resolveu aderir à coqueluche ideológica do jardim de infância. Afinal, o oportunismo é de esquerda ou de direita?
Com a palavra, as viúvas de Adolfo.