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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Fernando Gabeira leva susto com o acidente da filha surfista Maya / Globo

‘Preferia que ela fosse tenista’

  • Gabeira fala do acidente da filha Maya no mar de Portugal
  • Ex-deputado federal soube do ocorrido pelo Twitter
ISABELA BASTOS - COLUNA GENTE BOA
Publicado:

Ex-deputado Fernando Gabeira comenta o susto que levou com o acidente da filha surfista em onda gigante de Nazaré.
Foto: Camilla Maia / Camilla Maia/19-08-2013
Ex-deputado Fernando Gabeira comenta o susto que levou com o acidente da filha surfista em onda gigante de Nazaré. Camilla Maia / Camilla Maia/19-08-2013
RIO - As imagens foram impressionantes. Maya Gabeira inconsciente, sendo retirada do mar gigantesco de Nazaré, em Portugal, pelo também surfista Carlos Burle, depois de cair numa onda enorme que quebrou seu tornozelo. Maya boiava, desacordada, e teve que praticamente ser ressuscitada. Pai da surfista, o ex-deputado federal Fernando Gabeira conversou com a coluna Gente Boa sobre o susto que tomou.
Como você soube do acidente?
Soube pelo Twitter. Acordei, entrei na internet e vi que a imprensa portuguesa já estava comentando. Eu sabia que era um momento perigoso. Ela falou que ia tentar bater o recorde (de ondas gigantes) e disse para mim: “Pai, vai ser um grande dia.”
E o que você fez?
Esperei pela ligação dela. Nós temos um combinado: Maya me telefona sempre que sai da água. Então estava mais ou menos programado que eu seria informado. A notícia que li era assustadora, e ao mesmo tempo me tranquilizava, porque dizia que ela já estava se recuperando. Só que levou uma hora até o meu telefone tocar.
Não é a primeira vez que ela se machuca...
Não, já quebrou o nariz oito ou dez vezes. O esporte que ela escolheu é muito sujeito a certas fraturas. A do tornozelo é comum, por causa da ligação com a prancha. Outros colegas já quebraram. Ela tá acostumada.
E você, já se acostumou aos riscos do esporte que ela escolheu?
Acostumar a gente nunca se acostuma totalmente. Eu fico preocupado, preferia que a Maya fosse tenista, mas ela não seria a mesma pessoa. Então está ótimo assim, mesmo com os riscos envolvidos. É a vida que ela escolheu, tenho que respeitar





















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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

"Compadecer-se dos beagles é fácil.... O animal é tão bacana"



Mario Sergio Conti
O colunista escreve às quintas 

O animal é tão bacana

A invasão do Instituto Royal ganhou o aplauso de aspirantes a celebridades e de oportunistas à cata de uma bandeira simpática

O mundo começou sem o homem e terminará sem ele. Existimos agora e aqui. Assim como o indivíduo não está só no grupo, e cada sociedade não está só entre as outras, o homem não está só no universo. Há os beagles e Lévi-Strauss.
O Instituto Royal, que usa animais na pesquisa de remédios para o câncer, foi invadido na semana passada. Foram tirados de lá quase 200 cachorrinhos que estariam sendo maltratados. Com black blocs na vanguarda, um grupo afrontou a PM. A causa é antiga, a União Protetora dos Animais existe no Brasil desde 1895. Novo é o recurso à violência, produto das jornadas de junho. As pessoas agora tentam resolver na marra problemas nos quais as autoridades sentam em cima.
A invasão do laboratório ganhou o aplauso de aspirantes a celebridades e de oportunistas à cata de uma bandeira simpática. Para eles, nada como filhotes de olhos aquosos e esgar semelhante à alegria humana. Ao contrário das ratazanas, os beagles são brincalhões. Fossem só roedores, a primeira opção nas pesquisas científicas, um Protógenes Queiroz pensaria 18 vezes antes de se abalar até o Instituto Royal.
Madame é perua; tal político, uma anta; a tigrada não foi ao leilão do Campo de Libra. A relação dos homens com os animais está entranhada na linguagem porque data do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça. Em comunidades religiosas houve o bode expiatório. Noutras, continua o tabu das vacas sagradas. A idolatria serviu de escusa para bater nas bestas. Como foi criado à imagem e semelhança da divindade, e só homem tem alma, tudo bem em atirar o pau no gato, ainda que dona Chica se admirasse do berro que ele deu.
Aí a razão proclamou: o que separa a sublime música humana do turvo grunhir dos porcos não é a alma, e sim a linguagem articulada, a consciência, a capacidade de entender Protógenes. E a razão gerou a coruja de Hegel, o homem-pássaro de Mozart, a pantera de Rilke. Na mesma cultura alemã, contudo, a serpente botou o ovo do nazismo, que fez pesquisas científicas e mimetizou matadouros industriais nos campos de extermínio.
Compadecer-se dos beagles é fácil. Além de afáveis, eles são fiéis como Argos, o cão de Ulisses, o único a reconhecê-lo quando voltou a Ítaca. Eles estão próximos do indivíduo, e quem está perto recebe atenção maior. O sujeito primeiro protege a si mesmo e à família, inventa o nepotismo e emprega o sobrinho, depois defende o clã e a classe, despreza quem não é do rebanho, seus rottweilers o protegerão da horda de hienas. Assim, a caminho do Porcão, a menina que se enternece com beagles olha com fleuma o menino que vende balas num cruzamento na Lagoa. Na tocaia, a menina crescerá águia e o menino envelhecerá rapina.
Difícil é se condoer da galinha, da vaca e do peixe surdo-mudo no mar. Só quem já entrou numa fábrica de carne, sentiu o odor da morte mecanizada, sabe que a dor dos animais não é frívola. Para acabar com ela teríamos todos que virar vegetarianos. O que levaria ao problema de sete bilhões de pessoas que se alimentem sem trucidar o frango, a rês, a tainha. Uma solução é talhá-los em nacos assépticos, embrulhá-los no celofane dos supermercados, esquecer que o presunto vem da natureza como a gente.
Outra solução é acabar com a bicharada. Como não havia comida para todos, Mao Tsé-Tung proibiu os animais de estimação. Não sobrou nenhum peixinho dourado para contar a história. Aqui, pet-shops fechariam as portas e passeadores de lulus perderiam o emprego. Mas com a grana da ração para bichos caseiros daria para arrematar o Campo de Libra. Embora o camarada Mao também determinasse que cada casal tivesse apenas um filho, política ainda vigente na China, o povo continuou a crescer, e a comida, a faltar.
A superação teria de ser radical — que a Humanidade aja de fato como espécie e ache o seu lugar na natureza, sem explorar seus membros e a outros animais. Que a Pré-História acabe e o homem deixe de ser ególatra, indivíduo. O Eu não é apenas detestável, ele não tem lugar entre o Nós e o Nada. No neolítico, o homem conhecia o fogo, rudimentos da agricultura e se protegia do frio. Aquele tempo não ficou para trás de todo, ele reaparece na simpatia pelos beagles. Como disse Lévi-Strauss no fim de “Tristes Trópicos”, esse tempo existe nos breves intervalos em que nossa espécie suporta interromper seu labor de colmeia e busca a essência do que ela foi e continua a ser, aquém do pensamento e além da sociedade: na contemplação de um mineral mais belo que todas as nossas obras; no perfume, mais sábio que os nossos livros, respirado no coração de um lírio; ou na piscada pesada de paciência, de serenidade e de perdão recíproco que um entendimento involuntário permite às vezes trocar com um gato.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Continue rezando pelo Brasil / Fraude na Câmara na discussão sobre royalties

Polícia da Câmara confirma fraude em votação de royalties


RIO - Seis meses após o Congresso Nacional derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff à redistribuição dos royalties do petróleo, inquérito recém-concluído pela Polícia Legislativa da Câmara atesta que houve fraude na votação do dia 6 de março, segundo o site do Congresso em Foco.

sábado, 13 de julho de 2013

Ensaio de Cristovam Buarque que mostra a dificuldade da ortodoxia se manter depois dos 'protestos das ruas'..


GUERRILHA CIBERNÉTICA - ARTIGO PARA O GLOBO, EDIÇÃO DE SÁBADO, 13 DE JULHO DE 2013


*Por Cristovam Buarque   O Brasil conseguiu realizar sofisticada “modernidade-técnica”, mas não fez sua “modernidade-ética”. Produzimos milhões de automóveis e temos um péssimo sistema de transporte público, inventamos e usamos urnas eletrônicas, mas não eliminamos a corrupção, nem no comportamento dos políticos nem nas prioridades das políticas; nem…

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Hoje na Eurocopa > Alemanha e Itália jogam a semi-final que indicará o adversário da Espanha no domingo

O jogo da semi-final começará às 15 horas e 45 minutos
As TV's BAND, GLOBO E SPORTV farão a transmissão a partir de 15 horas 
telhado-de-vidro-temperado-e-laminado-estadio-de-varsovia.jpg (635×400)
A disputa da última vaga para a final terá este palco, o estádio de Varsóvia



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