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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Médicos brasileiros viraram os "judeus do PT" / Rodrigo Constantino

02/09/2013 
 às 10:18 \ FascismoSaúde

O fascismo do PT contra os médicos

Em sua coluna de hoje, Luiz Felipe Pondé destroçou o populismo autoritário do PT no caso dos médicos cubanos, e ainda fez uma ótima analogia: os médicos brasileiros viraram os “judeus do PT”, em uma analogia ao nazismo. O artigo está excelente. Nem vou comentar. Segue na íntegra:
O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que as pessoas acreditem que a reação dos médicos brasileiros é fruto de reserva de mercado. Os médicos brasileiros viraram os “judeus do PT”.
Uma pergunta que não quer calar é por que justamente agora o governo “descobriu” que existem áreas do Brasil que precisam de médicos? Seria porque o governo quer aproveitar a instabilidade das manifestações para criar um bode expiatório? Pura retórica fascista e comunista.
E por que os médicos brasileiros “não querem ir”?
A resposta é outra pergunta: por que o governo do PT não investiu numa medicina no interior do país com sustentação técnica e de pessoal necessária, à semelhança do investimento no poder jurídico (mais barato)?
O PT não está nem aí para quem morre de dor de barriga, só quer ganhar eleição. E, para isso, quer “contrapor” os bons cidadãos médicos comunistas (como a gente do PT) que não querem dinheiro (risadas?) aos médicos brasileiros playboys. Difamação descarada de uma classe inteira.
A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego descente está aquém do investimento na formação.
Ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias.
Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo.
"Assim como os judeus foram o bode expiatório dos nazistas, os médicos brasileiros estão sendo oferecidos como causa do sofrimento da população. Um escândalo."
É um erro achar que “um médico só faz o verão”, como se uma “andorinha só fizesse o verão”. Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios.
Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada “salva vidas”. Isso é coisa de cinema barato.
E tem mais. Além do fato de os médicos cubanos serem mal formados, aliás, como tudo que é cubano, com exceção dos charutos, esses coitados vão pagar o pato pelo vazio técnico e procedimental em que serão jogados. Sem falar no fato de que não vão ganhar salário e estarão fora dos direitos trabalhistas. Tudo isso porque nosso governo é comunista como o de Cuba. Negócios entre “camaradas”. Trabalho escravo a céu aberto e na cara de todo mundo.
Quando um paciente morre numa cadeira porque o médico não tem o que fazer com ele (falta tudo a sua volta para realizar o atendimento prático), a família, a mídia e o poder jurídico não vão cobrar do Ministério da Saúde a morte daquele infeliz.
É o médico (Dr. Fulano, Dra. Sicrana) quem paga o pato. Muitas vezes a solidão do médico é enorme, e o governo nunca esteve nem aí para isso. Agora, “arregaça as mangas” e resolve “salvar o povo”.
A difamação vai piorar quando a culpa for jogada nos órgãos profissionais da categoria, dizendo que os médicos brasileiros não querem ir para locais difíceis, mas tampouco aceitam que o governo “salvador da pátria” importe seus escravos cubanos para salvar o povo. Mais uma vez, vemos uma medida retórica tomar o lugar de um problema de infraestrutura nunca enfrentado.
Ninguém é contra médicos estrangeiros, mas por que esses cubanos não devem passar pelas provas de validação dos diplomas como quaisquer outros? Porque vivemos sob um governo autoritário e populista.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ensaio sobre o "Custo Brasil" // Rodrigo Constantino

DESARRANJO DA ECONOMIA: GOVERNO DO PT FLERTA ATÉ MESMO COM A INSTABILIDADE E O REAL DERRETE.

Num artigo enxuto e objetivo, o economista Rodrigo Constantino foi ao ponto em seu blog no site da revista Veja, ao comentar a disparada do dólar e o tenebroso contexto de crise econômica que turva o horizonte da Nação. Compara o governo do PT a uma cigarra irresponsável que apostou na permanência do verão e o inverno inclemente chegou, como não poderia deixar de ser, pegando a cigarra sem qualquer tipo de agasalho.
O blog do Rodrigo Constantino que estreou recentemente no site de Veja, preencheu uma importante lacuna no que tange a comentários e análises econômicas no âmbito da grande mídia. Apesar de ser economista, Rodrigo Constantino consegue falar de economia sem abusar do “economês” e não hesita em meter o dedo na ferida. Não segue a cartilha politicamente correta e não patina no texto, como fazem os ditos jornalistas de economia em sua maioria mais especializados em louvar o desgoverno do PT. 
Por isso vale a pena visitar diariamente o blog de Constantino. Leiam:
Mais um dia de nervosismo no mercado de câmbio brasileiro. Apesar de novas intervenções do Banco Central, a moeda se desvalorizou e fechou com o dólar acima de R$ 2,41. A velocidade da desvalorização, somada às tentativas do governo de segura-la, demonstra que há elevado grau de tensão por parte dos investidores.
Parte – somente parte – do problema se deve a fatores externos. O dólar, na esteira da recuperação da economia americana e consequente expectativa de retirada dos estímulos monetários do Fed, tem se valorizado frente a outras moedas também. Mas não na mesma magnitude do real. Abaixo, a valorização do dólar em relação a alguma moedas, no ano de 2013:
Como se pode ver, nossa moeda perdeu bem mais que as outras, e em curto espaço de tempo. Se formos analisar os últimos 3 meses apenas, o quadro é mais impressionante ainda. Temos a má companhia da África do Sul e da Índia, que chegou a adotar controle de capital. São os patinhos feios do mercado, pois tinham pilares de areia, frágeis. Já os países latino-americanos da Aliança do Pacífico, que levaram mais a sério o compromisso com os fundamentos macroeconômicos – responsabilidade fiscal, meta de inflação e abertura comercial – sofreram impacto, mas em magnitude bem menor.
Não adianta buscar culpados lá fora. O Brasil está pagando parte do preço de seus erros no passado. A perda do controle sobre a inflação, o excesso de intervenção arbitrária em diversos setores da economia, a expansão contínua dos gastos públicos e do crédito estatal, os malabarismos contábeis, tudo isso contribuiu – e muito – para a perda de confiança dos investidores. Tensos, eles partem em retirada no primeiro sinal de deterioração do cenário externo para os países emergentes.
O Brasil não fez nenhuma reforma estrutural importante, como a previdenciária, trabalhista ou tributária, que reduzisse o “Custo Brasil” e permitisse aumento de nossa produtividade. Foi uma cigarra irresponsável que apostou na permanência do verão, esquecendo que o inverno, um dia, chega. Parece que os primeiros sinais do frio já começaram a chegar, e nossa cigarra não tem um só casaco… Do blog de Rodrigo Constantino

quarta-feira, 24 de julho de 2013

"Fatofobia" / Rodrigo Constantino / 'O prognóstico não é nada bom..'

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/fatofobia-por-rodrigo-constantino/#more-805269
fobiasocialansiedade.jpg (630×400)
24/07/2013
 às 8:27 \ Feira Livre

‘Fatofobia’, por Rodrigo Constantino

Publicado no Globo desta terça-feira
RODRIGO CONSTANTINO
A presidente Dilma tem atacado a “postura pessimista” daqueles que criticam a situação econômica. Ela foi buscar até em Camões inspiração para acusar esses “profetas do Apocalipse”. Sinto-me, em um surto de megalomania narcisista, diretamente atingido. Afinal, tenho feito duras críticas ao modelo econômico nos últimos três anos, aqui nesse espaço, alertando que o modelo era insustentável e que teríamos sérios problemas.
Para os “desenvolvimentistas”, não há problema algum, ou, se há, eles vêm de fora. Tenho dificuldade de compreender por que as economias de Chile, Peru, Colômbia e México continuam crescendo bem mais que a nossa, e com bem menos inflação. Mas deve haver alguma explicação mirabolante que me escapa.
Ou, então, a equipe da presidente sofre do que podemos chamar de “fatofobia”. Não é “fotofobia”, ainda que possa ser medo da luz também; é “fatofobia” mesmo, ou seja, um verdadeiro pavor dos fatos. A realidade pode assustar. E o governo opta pela via fácil: negá-la.
Senão, vejamos: a presidente diz que tem “certeza” de que a inflação fechará o ano dentro da meta. A meta, não custa lembrar, é 4,5%, o que já é um patamar bastante elevado para padrões internacionais. Mas Dilma tem em mente outro valor: o topo da banda, existente para casos esporádicos.
Em seu governo, o topo virou a meta, e a presidente dorme tranquila com mais de 6% ao ano de perda do poder aquisitivo da moeda. Quem perde o sono é o povo, que precisa fazer compras no supermercado.
Outro fato que a presidente escolhe ignorar diz respeito aos crescentes gastos públicos. Eles sobem sem parar. Não tem crise na ilha da fantasia em Brasília. Não há nada de “anticíclico” neles, pois na época da bonança eles aumentam, e na época do arrefecimento também. Mas a presidente faz uma comparação em relação ao PIB e conclui que eles não subiram tanto.
Ora, presidente, permita-me a sinceridade, mas isso é malandragem! Se o próprio PIB tem crescido de forma insustentável, estimulado justamente pelo gasto público e também por muito crédito sem o devido lastro na poupança, é claro que a proporção do gasto sobre o PIB pode ficar até estável, e ainda assim isso representar um grave problema. Foi o que aconteceu na Espanha, por exemplo. O crescimento artificial da economia, turbinado pelo crédito e o governo, mascarou a magnitude do problema.
Todos sabem que o governo vem apelando para “malabarismos contábeis” bastante rudimentares. Esses truques baratos jogam a sujeira para baixo do tapete, mas ela está lá. E um dia vem à tona. Não dá para enganar todo mundo o tempo todo.
O que me remete a um pensamento assustador: nossa crise nem começou! É verdade que o clima ruim já se instalou, mas os esqueletos ainda estão bem escondidos nos armários. Além disso, o custo do capital no mundo ainda está muito barato, e a economia chinesa cresce perto de 7% ao ano. O que vai acontecer quando a taxa americana de juros subir, ou a economia chinesa embicar?
Não vamos ignorar que a China plantou seus próprios problemas, com um modelo intervencionista, totalmente calcado em investimentos direcionados pelo estado. Há inúmeros “elefantes brancos” por lá, até “cidades fantasmas”. Administrar essa transição para uma economia mais voltada para o consumo não é nada trivial. Se o trem descarrilar no processo, sai de baixo! O Brasil será duramente afetado.
Portanto, eis a situação: vamos muito mal das pernas, com baixo crescimento, parcos investimentos, e alta inflação. Mas isso tudo em um cenário em que ainda há abundância de capital nos mercados e forte crescimento chinês. Como efeito disso, ainda temos um quadro de pleno emprego. Pergunta: o que acontece com a inadimplência dos bancos se o desemprego subir, lembrando que o governo vem aumentando em mais de 20% ao ano o crédito público? Pois é…
O prognóstico não é nada bom. E quanto mais o governo fugir dessa dura realidade, tal como uma menina foge desesperada da barata, pior será o ajuste necessário depois. O governo não fez o dever de casa. Perdemos a incrível oportunidade que veio de fora. E bilhetes de loteria como este não aparecem o tempo todo. O que fazer agora?
A primeira coisa deveria ser aceitar os fatos como eles são. Como lembrou Aldous Huxley, os fatos não deixam de existir porque são ignorados. Isso demanda coragem, uma postura de estadista, que assume os erros passados para poder mudar o curso. Como não vejo isso acontecendo no atual governo, vou seguir com minha maldição de Cassandra, espalhando alertas pessimistas por aí.