Com polícia na porta, Cunha ainda teve 9 votos
Josias de Souza
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O Conselho de Ética da Câmara havia tentado abrir o processo que pode levar à cassação do mandato de Eduardo Cunha uma, duas, três, quatro, cinco, seis vezes. Decorridos quase dois meses, os membros do colegiado aprovaram, finalmente, a “admissibilidade” do processo. Deu-se na sétima tentativa.
Enquanto os deputados deliberavam, a Polícia Federal executava 53 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços varejados, estavam dependências da própria Câmara e as casas de Cunha, incluindo a residência oficial da instituição que o investigado faz o favor ao país de presidir.
A inflamação dos milicianos de Cunha no Conselho de Ética foi diminuindo à medida que o noticiário policial evoluía na internet. A despeito disso, houve novo pedido de vista. Não colou. Submetido a voto, foi rejeitado por 11 a 9. Protocolaram-se três pedidos de adiamento da votação.
Súbito, uma ordem emanada de Cunha levou a milícia parlamentar a retirar os requerimentos protelatórios. Estava entendido que o acusado tornara-se minoritário no Conselho de Ética. Votou-se, então, o parecer que recomendou a continuidade do processo de cassação. Apurados os votos, deu, de novo, 11 a 9.
Com tudo o que já está na cara, com a Polícia Federal nas dependências da Câmara, com agentes varejando a intimidade da terceira autoridade na linha da sucessão da República, com tudo isso Cunha ainda teve um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove votos (veja a lista aqui). Quem estava atrás de um fato que resumisse a ópera, já pode exclamar: “Não é possível!”
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