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domingo, 15 de abril de 2012

Todo prosa... / "Lean back", o que é isto?


09/04/2012
 às 14:17 \ MercadoPelo mundo

‘Lean back’, moçada, e leia: é a nova moda

O link acima abre uma apresentação de slides feita há menos de dois meses por Andrew Rashbass, presidente do grupo “The Economist” (em inglês). Para quem tiver paciência de aguentar um certo visgo Powerpointilhista de embromação corporativa, ela traz algumas ideias novas e surpreendentes – numa palavra, revolucionárias – sobre os padrões de leitura online na segunda década do século 21. “O velho é novo de novo”, afirma um dos quadros. O que isso quer dizer?

Resumindo, trata-se da constatação de que, após um período em que a leitura online foi feita basicamente em desktops e laptops, estamos entrando de modo resoluto na era do tablet, que – eis a tese, sustentada por pesquisas e tendências já visíveis de comportamento – muda tudo: daquilo que já se convencionou chamar de Lean forward para Lean back 2.0.
Lean forward, para quem não sabe, faz referência à posição do corpo do internauta diante da máquina, inclinado sobre ela: é uma postura ativa que favorece o compartilhamento de informação, a navegação nervosa de link para link e o vaivém da atenção entre texto e vídeo, por exemplo.
Lean back 2.0 – e agora a inclinação é para trás, em posição de relaxamento – nomeia o modo de ler no tablet. Este, descobre-se, parece inibir o compartilhamento e estimular mais o consumo de textos de fôlego longo que o de vídeos, lembrando o antigo modo de ler jornais e livros. O que explica a tirada de que o velho voltou a ser novo, além de justificar o acréscimo de um já batido “2.0” à expressão Lean back, para garantir que ninguém confundirá uma coisa com a outra.
A tendência se faria acompanhar, segundo os estrategistas da “Economist”, do surgimento de um novo público, interessado em consumir um novo tipo de produto cultural que rompe com o velho esquema bipolar “de prestígio” x “de massa” – uma turma numerosa, mas de gosto exigente, interessada em qualidade e detentora de uma característica inteiramente nova chamada “inteligência de massa”. “O inteligente é o novo cool”, diz outro dos slogans salpicados na apresentação.
Pode ser só uma aposta equivocada, claro. Não seria a primeira desde que o Vale do Silício transformou todo mundo em futurologista. No entanto, se as expectativas que vão se agrupando no pacote Lean back 2.0 tiverem um fundo de verdade (e a “Economist” é tudo menos boba), poucas vezes teremos visto uma notícia tão boa para a literatura, que sempre foi o território por excelência da inteligência de massa – ou, pelo menos, a sementeira que nunca deixou essa ideia morrer.
Seria lindo ver a tecnologia – logo ela, quem diria – reduzir finalmente a pó a ideia arcaica, mas ainda influente em certos círculos acadêmicos, de que a literatura se divide entre uma elite experimentalista ilegível e uma massa anencefálica de produtores de entretenimento.
Qualquer mudança nesse campo vai chegar ao Brasil com dez anos de atraso, é verdade. Mas vale a pena ficar de olho.

sábado, 24 de março de 2012

Amazon, Apple etc.: está online um e-curso intensivo

Amazon, Apple etc.: está online um e-curso intensivo

14/03/2012
 às 12:08 \ MercadoPelo mundo

Amazon, Apple etc.: está online um e-curso intensivo

Interessado em compreender melhor as entranhas do novo mundo dos e-books, em especial a luta dos modelos comerciais antípodas oferecidos por Amazon e Apple e como se situam escritores, editores e livreiros diante deles? Bem, levando-se em conta que, a maior parte do tempo, o Brasil ainda age como se nada disso existisse, você precisa em primeiro lugar saber inglês. Cumprido tal requisito, não existe curso melhor e mais intensivo do que ler a carta aberta – pró-Apple e grandes editoras – que o escritor best-seller Scott Turow (foto), presidente do Authors’ Guild, a associação dos escritores dos EUA, enviou aos membros da organização. Depois é só tomar fôlego e emendar, rolando a tela, na longa lista de comentários postados no site da AG, divididos entre o apoio e a crítica ao ponto de vista de Turow. Além de ser didático, o debate dá inveja: fora um papalvo internético ou outro, o grau de civilidade, informação, articulação e até estilo dos debatedores é de derrubar o queixo.
*
No momento histórico em que a Enciclopédia Britânica deixa de circular em papel, que tal olhar em volta e medir nosso atraso em relação ao país que ocupa a extremidade oposta da palavra Bric? Na China, segundo reportagem da “Economist”, a internet já mudou o panorama literário de cabo a rabo:
Embora os leitores eletrônicos ainda sejam escassos, a internet afetou enormemente os hábitos de leitura. Cada vez mais o público chinês lê livros em telefones, tablets e laptops. As pessoas com menos de 30 anos, que têm mais probabilidade de possuir tais equipamentos, são os leitores mais ávidos… O resultado é um jorro de ficção de massa, escrita (e lida) em websites, não no papel.
*
Somos campeões em consumo de celulares, mas você conhece alguém que leia ficção no smartphone? Eu conheço um cara. É um e-editor.
*
Nesse quadro marcado pelo que se poderia chamar de analfabetismo funcional literário, o pior é quando o hábito – mais que resignado, satisfeito – de falar para meia dúzia afeta o juízo do cidadão, levando-o a acreditar que quanto menos leitores tiver, melhor. Nessas horas convém lembrar que…
…Nabokov nunca perde de vista a narrativa, a melodia. Desconstruir ou fazer experiências abandonando o leitor tem sido, desgraçadamente, uma prática frequente demais. Creio que é necessário brincar e experimentar sem esquecer o interesse do leitor, e manter a história em alta sem se submeter a ela.
Isso é Enrique Vila-Matas defendendo, em entrevista ao “El País”, aquilo que chama de “vanguarda feliz”, e que poderia ser traduzido por “literatura esteticamente inquieta que não abre mão do prazer nem depende de teóricos acadêmicos para se afirmar” – conceito simples, mas precioso, que o escritor espanhol trata de aplicar mais uma vez em seu novo livro, Aire de Dylan.


quinta-feira, 22 de março de 2012

Todoprosa - VEJA.com / Companhia das Letras anuncia reestruturação....

16/03/2012
 às 12:33 \ MercadoVida literária
Principal editora de literatura do país, a Companhia das Letras anunciou há pouco – neste texto assinado pelo editor Luiz Schwarz em sua coluna no blog da casa – a criação escalonada, entre o mês que vem e março de 2013, de quatro novos selos que tornarão a empresa um “grupo editorial”. Os novos selos terão autonomia, “como se fossem novas editoras”, e para eles serão desviados inclusive autores que hoje são publicados pela Companhia. Os selos são Paralela (ficção comercial), Boa Companhia (antologias temáticas), Seguinte (infanto-juvenil) e Portfolio Penguin (negócios).
*
Não duvido que as fascinantes esculturas (como a da foto acima) do artista americano Brian Dettmer, que conheci no ótimo blog de Almir de Freitas, sejam a prova mais irrespondível de que, embora o mundo digital tenha muitos encantos, existem coisas que só um livro físico pode fazer por nós.
*
Momento egopress: meu romance “Elza, a garota” (Nova Fronteira, 2009) vai virar filme, anuncia hoje em primeira mão no “Globo” o colunista Ancelmo Gois. Os direitos de adaptação foram adquiridos pelo diretor e produtor Dodô Brandão, autor de “Dedé Mamata”, uma ficção que tem pontos de contato com a temática de “Elza”, e do documentário “3 Antônios e 1 Jobim”. Também publicado em 2010 em Portugal pela editora Quetzal, o romance conta a versão romanceada de uma tragédia política real: Elza era o codinome de Elvira Cupello Calônio, jovem militante do PCB que, sob suspeita de traição, foi assassinada pelos próprios companheiros em 1936, na esteira do fiasco da Intentona. A decisão final da execução foi de Luiz Carlos Prestes.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Do blog de Sergio Rodrigues / Todoprosa


Sergio Rodrigues>
02/2012
 às 13:25 \ Pelo mundo

Quando escritores falam de sexo – e isso não é ficção


Desta vez a lista do Flavorwire (em inglês) é picante: cartas de amor com conteúdo sexual, na maior parte dos casos explícito, assinadas por escritores famosos. Leitura muito divertida. James Joyce (foto), insuperável, faz até Charles Bukowski parecer um coroinha.
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O crítico acadêmico João Cezar de Castro Rocha publicou na última edição do Prosa & Verso um artigoalentador e de leitura obrigatória. Ainda bem que a fauna e a flora da universidade são diversificadas a ponto de incluir visões lúcidas, autocríticas e generosas como esta:
Dada a pluralidade da produção atual, é impossível decretar a morte da crítica ou o impasse definitivo da literatura, simplesmente porque há muito tempo não mais existe uma única forma de poesia, prosa ou crítica — aspecto que desautoriza juízos totalizadores.
A tarefa atual da crítica é realizar uma arqueologia das formas do presente, a fim de descrever os movimentos novos esboçados na prosa, na poesia, no ensaio e na interlocução crescente com os meios audiovisuais e digitais. O único modo de fazê-lo é dedicar-se à leitura atenta da produção contemporânea, em lugar de proferir sentenças magistrais, com base na hermenêutica mediúnica dos profissionais do obituário alheio.
Trata-se de evitar a vocação fóssil do crítico que recorre ao truque fácil de confundir o agudo com o obscuro.
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Este artigo (em inglês) de um renomado pesquisador acadêmico americano – sobre suas tentativas frustradas de consertar um artigo torto na Wikipedia citando fontes primárias, todas rejeitadas em nome de fontes secundárias duvidosas – levanta um ótimo debate sobre os limites do crowd-sourcing, que ambiciona engarrafar a tal “sabedoria das multidões”.
*
Não se deve acusar de provincianismo aqueles que vêm da província, mas, quando se comportam com arrogância sem igual, como fizera o Sr. Piffl-Percevic, aí, havendo oportunidade, cumpre, sim, registrar o fato.
Há um certo estado de espírito — entre o cansaço, a desilusão e a impaciência difusa — em que o último resquício de humor se despede do cidadão. Para esses casos extremos existe um bálsamo chamado Thomas Bernhard (aqui em “Meus prêmios”, Companhia das Letras, 2011).

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Curiosidades etimológicas / JANEIRO

http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/curiosidades-etimologicas/janeiro-um-mes-de-duas-caras/

03/01/2012
 às 15:24 \
 Curiosidades etimológicas

Janeiro, um mês de duas caras

O nome do mês de janeiro, palavra que desembarcou em nossa língua no século 13, remonta ao latim Januarius mensis ou apenas Januarius, que significava “mês consagrado ao deus Jano”, uma entidade que, na mitologia romana, era responsável pelos começos, pelas passagens e pelos portais. Deus bifronte, isto é, de duas caras (em algumas representações, uma de homem e a outra de mulher), Jano tinha o poder de olhar ao mesmo tempo para o passado e para o futuro, para dentro e para fora – e por isso veio a nomear o primeiro mês do ano, aquele em que se dá a transição entre o velho e novo.