sábado, 14 de abril de 2012

Recomendo: CEM ANOS DO SANTOS FUTEBOL CLUBE !

http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/santos-futebol-clube-100-anos-dez-partidas-um-rei

Santos Futebol Clube: 100 anos, dez partidas, um rei

O centenário do clube onde jogou o maior de todos contado a partir dos jogos que definiram a sua história - dos tempos de Pelé ao começo da era de Neymar

Vítor, sofrendo um gol de pênalti da Portuguesa, no Campeonato Paulista, no Pacaembu
Vítor, sofrendo um gol de pênalti da Portuguesa, no Campeonato Paulista, no Pacaembu - Ronaldo Rotscho

Quando um grande clube comemora seus cem anos, uma nação de torcedores celebra a ocasião. Quando o centenário é do Santos, porém, a festa é do futebol. Afinal, nem mesmo as torcidas que já viveram momentos dolorosos por causa dele - e não faltam vítimas do clube paulista, espalhadas pelo Brasil e pelo mundo - conseguem escapar do fascínio causado pela equipe. O uniforme branco, simples e belíssimo; o pequeno e lendário estádio, um templo de peregrinação para qualquer amante do futebol; o elenco de heróis com uma lista de craques que faz inveja a qualquer outra agremiação - não faltam razões para reservar ao Santos um lugar à parte na galeria das grandes equipes do esporte mais popular do planeta. E mesmo nesse grupo seleto de superclubes o Santos é um caso extraordinário - ele é o único com a honra de ter revelado e coroado Pelé, o maior de todos os tempos. Curiosamente, o centenário acontece num momento em que Pelé é desafiado por um novo candidato a melhor da história, comandando uma equipe que aparece como adversária do Santos na disputa pelo status de melhor de todos os tempos. Foi justamente contra o Barcelona de Lionel Messi que o Santos sofreu sua última grande derrota. Mas foi justamente na final do Mundial de Clubes, em dezembro do ano passado, que uma nova era de glórias pode ter começado. Vencido pelo futebol vistoso, dinâmico e inteligente dos catalães, o Santos iniciou um novo trabalho nas suas divisões de base, priorizando a habilidade, o estímulo à criatividade e um estilo de jogo ofensivo e bonito - como nos tempos de Pelé, resgatados para servir de inspiração para o surgimento de novos ídolos. Portanto, que os rivais se preparem: depois de Neymar, vêm novos gênios santistas por aí
Dez jogos que marcaram a história do Santos

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Santos 7 x 6 Palmeiras, 1958

No início do Rio-São Paulo de 1958, Santos e Palmeiras fizeram uma partida que não valeu nada em termos de campeonato, mas entrou para a história pelo placar elástico e pelas reviravoltas, que levaram o público presente ao Pacaembu ao delírio. O Palmeiras saiu na frente, mas o Santos virou com gols do menino Pelé - aos 17 anos, ele fazia uma de suas primeiras grandes atuações - e Pagão. O Palmeiras voltou a empatar, mas, ainda na primeira etapa, o Santos marcou três vezes e parecia ter matado a partida. A equipe alviverde voltou arrasadora na segunda etapa. Com dois gols do lendário Mazzola, um de Paulinho e outro de Urias, conseguiu uma virada espetacular. A partida, porém, não havia acabado: em poucos minutos a equipe litorânea chegou à espetacular vitória, com dois gols de Pepe. Jornais da época dão conta de cinco mortes por infarto registradas após o encontro, nesta que foi uma das partidas mais emocionantes da história do futebol brasileiro. Neste mesmo ano, o Santos foi o campeão paulista e o jovem Pelé entrou para a história como maior goleador de uma edição do estadual, com a impressionante marca de 58 gols.

As crianças estão cada dia mais espertas e dão demonstração....


Como fabricar adolescentes problemáticos

13/04/2012 | 10:29 | LUCIANA VICÁRIAATUALIDADESCULTURAFAMÍLIAMODA E BELEZA | ,

Heidi se apoia sobre os livros que diz "devorar"
O mundo em que vivemos já traz uma série de angústias às crianças. Na intenção de protegê-las, pais, mães e avós falam sobre sequestro e explicam o que é violência já nos primeiros anos de vida. Não bastasse terem de conviver em uma realidade suficientemente complexa, nós (adultos) sabemos como piorar suas vidas.
Heidi Hankins, de apenas 4 anos, lê livros e desenha como uma criança de 7 anos. Seu Q.I (quociente de inteligência) é de 159, apenas um ponto a menos que Albert Einstein. Seus pais, orgulhosos, a incluíram no Mensa, uma organização internacional que integra os 2% mais inteligentes da população e exigiram da escola infantil que adiante a menina em dois ou três anos.
Heidi quer mais livros para ler, desafios de matemática para resolver, mas deseja ser tratada como uma criança normal, imagino. Destacá-la do grupo, ao meu ver, é um constrangimento desnecessário, uma violência ao seu direito de ser diferente. Não é difícil imaginar que, ao lado de colegas mais velhos, será o foco das atenções – e isso não costuma ser saudável. Até que me provem o contrário, uma criança de quatro anos superdotada deve conviver com crianças da mesma idade. Por mais que ela seja desenvolvida intelectualmente, experimente colocá-la diante de uma criança de sete anos. Há diferença no tamanho, no diálogo, nos desejos, nas brincadeiras.
O que dizer de uma criança de quatro anos vestida de periguete em uma passarela, com a mãe histérica gritando ao fundo?  Na Inglaterra, a moda são os concursos de beleza baby. Mães orgulhosas vestem suas meninas com vestidos bufantes, contornam aquelas boquinhas minúsculas com batom vermelho e ainda investem em calçados de salto para pés tamanho 23. Se alguém acredita que isso pode fazer bem a uma criança, me explique como.
A gente planta agora para colher lá na frente, dizia a minha avó. E poupar a criança das nossas neuroses, daquilo que não fomos e gostaríamos que elas fossem, é o melhor que podemos fazer.
Menina de 4 anos desfila com joias em um evento de beleza em Londres

Luciana Vicária é editora-assistente de ÉPOCA em São Paulo
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Somos todos idiotas....

http://revistaepoca.globo.com/Mente-aberta/ruth-de-aquino/noticia/2012/04/todos-os-outros-sao-hipocritas.html

Todos (os outros) são hipócritas

RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)
A Semana Santa, para os católicos militantes, é tempo de confissão dos pecados. O ainda senador Demóstenes Torres, demônio em pessoa para seus amigos traídos, é formado em Direito na Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Não sabemos como será a Páscoa de Demóstenes.
Se usará esse tempo como um período de contrição. Se pedirá perdão ao padre e a quem acreditou nele. Se recordará a infância na cidade de Anicuns, maldizendo o momento em que caiu em tentação e virou o símbolo maior da hipocrisia política no Brasil. Se continuará a se sentir vítima de um prejulgamento do DEM, partido do qual se afastou para não ser expulso. Se dormirá o sono tranquilo dos que têm foro privilegiado. Se sonhará com a ressurreição num país sem memória que reabilita Renans e Collors. Um país que adia perigosamente o julgamento do mensalão.
Escândalos morais no Senado e na Câmara indignam os brasileiros, que se sentem reféns de um esquema grotesco de corrupção. Mas esse caso envolveu um intocável. Dá azia, um certo asco. É quase como se o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, exemplo de pacificador incorruptível, fosse flagrado recebendo propina de um chefe do tráfico. Impensável. Por isso Beltrame resiste a entrar para a política.
O Lula sincero, antes de ser contaminado pelo poder, afirmou que havia “pelo menos 300 picaretas no Congresso”. Depois, presidente eleito com a bandeira da ética, nivelou-se por baixo e passou a fazer “o que todo mundo faz”.
No início de março, 44 dos 81 senadores defenderam Demóstenes das acusações de lobista de Cachoeira. Pouco a pouco, os amigos tiraram o corpo fora das labaredas. Entre as opções de futuro de Demóstenes – renúncia, licença, julgamento pelo Conselho de Ética –, talvez prefira ser julgado. O senador sabe bem quem estará do outro lado.>>>>
....Ninguém quer assumir a presidência do Conselho de Ética, acéfalo desde setembro do ano passado. O senador Lobão Filho, do PMDB do Maranhão, foi franco: “Essa missão de julgar os pares é muito espinhosa. Me deixa fora dessa”. Quem comandará o processo será o presidente do Senado, José Sarney, que andou ausente. A Semana Santa está aí, e Brasília vazia, em clima de pré-feriado. Deve existir uma explicação para Demóstenes cair em desgraça agora e não em 2009, quando já havia um relatório que o incriminava.
A hipocrisia não é um privilégio do atual réu. Em alguma medida, somos todos hipócritas. Diz o psicanalista Francisco Daudt: “A hipocrisia é essencial ao convívio social. Você não diz a uma mãe que o bebê dela é feio”. Daudt lembra ter ouvido de um entrevistado na televisão americana: “Não dou para ser casado ou político, não aguentaria ficar mentindo o dia inteiro”.
O que é preciso distinguir, segundo Daudt, é a mentira inócua, que funciona como “um lubrificante social”, da hipocrisia danosa. “Os exagerados dão uma pista das mentiras”, diz Daudt. “O falso moralismo cria suspeitas. Lembra nosso caçador de marajás? O pior é que às vezes eles acreditam tanto em suas mentiras que acabam criando personagens inexistentes.”
Demóstenes tem em seu gabinete várias ampliações de charges suas. Mostram “o herói Demóstenes”. Ele acreditava nisso. Era uma espécie de ícone da nova direita e dos jovens do DEM. Dificilmente aproveitará a Sexta-feira da Paixão para rezar e pedir perdão. Ele sabe que será perdoado. Em 188 anos de Senado, apenas um senador foi cassado pela Casa. E não foi por propina ou tráfico de influência. Foi por mentir a seus pares. Isso é pecado mortal.