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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Falta Ética no Conselho de Ética da Câmara ? /

Com polícia na porta, Cunha ainda teve 9 votos

Josias de Souza
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O Conselho de Ética da Câmara havia tentado abrir o processo que pode levar à cassação do mandato de Eduardo Cunha uma, duas, três, quatro, cinco, seis vezes. Decorridos quase dois meses, os membros do colegiado aprovaram, finalmente, a “admissibilidade” do processo. Deu-se na sétima tentativa.
Enquanto os deputados deliberavam, a Polícia Federal executava 53 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços varejados, estavam dependências da própria Câmara e as casas de Cunha, incluindo a residência oficial da instituição que o investigado faz o favor ao país de presidir.
A inflamação dos milicianos de Cunha no Conselho de Ética foi diminuindo à medida que o noticiário policial evoluía na internet. A despeito disso, houve novo pedido de vista. Não colou. Submetido a voto, foi rejeitado por 11 a 9. Protocolaram-se três pedidos de adiamento da votação.
Súbito, uma ordem emanada de Cunha levou a milícia parlamentar a retirar os requerimentos protelatórios. Estava entendido que o acusado tornara-se minoritário no Conselho de Ética. Votou-se, então, o parecer que recomendou a continuidade do processo de cassação. Apurados os votos, deu, de novo, 11 a 9.
Com tudo o que já está na cara, com a Polícia Federal nas dependências da Câmara, com agentes varejando a intimidade da terceira autoridade na linha da sucessão da República, com tudo isso Cunha ainda teve um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove votos (veja a lista aqui). Quem estava atrás de um fato que resumisse a ópera, já pode exclamar: “Não é possível!”

Poema para ser lido em linhas e entrelinhas... ! / Bertolt Brecht


POEMA DA NOITE

A lenda do soldado morto

Semana Bertolt Brecht
Fuzileiros Navais americanos prestam homenagem a soldado morto em emboscada no Afeganistão (Foto: AP)
Durava já seis anos a guerra
E a paz não aparecia
Então decidiu-se o soldado
E morreu como um herói
Mas a guerra não terminava
E o rei vendo morto o soldado
Ficou muito triste e pensou:
Morreu ele antes do fim.

O sol esquentava o cemitério
Onde o soldado jazia em paz
Até que um noite chegou ao front
Um médico militar
Tiraram o soldado da cova
Ou o que dele sobrou
E o médico disse
“Tá bom pro serviço
ainda tem muito pra dar!”

Saíram levando o soldado
Que já todo apodrecia
Rezavam em seus braços duas freiras
E uma puta qualquer
E como cheirava a morte
Um padre ia à sua frente
Soltando nuvens de incenso
Pra disfarçar o fedor

Uma banda puxava o andor
Fazendo bum bum tara trá
Pra que o soldado marchasse
Como no batalhão
Dois enfermeiros o erguiam
Para mantê-lo de pé
Pois se caísse por terra
Virava um monte de lixo!

Na frente um homem de fraque
marchava, usando uma gravata
Um bom cidadão consciente
um “Patriota da Pátria Amada”
Tambores e gritos saudavam
A mulher, o padre e um cachorro
O soldado ia morto oscilando
qual um macaco de porre
E quando cruzavam as cidades
Ninguém enxergava o soldado
Mas todos entravam na marcha
Gritando: “Pela Pátria lutar!”
Agitavam bandeiras rasgadas
Para esconder o defunto
Que só se via de cima
Mas em cima só brilham as estrelas…

E as estrelas nem sempre aparecem
Foi quando outro dia nasceu
Então de novo o soldado morreu
E foi outra vez enterrado!
Eugen Berthold Friedrich Brechou Bertolt Brecht (Augsburg, Alemanha, 10 de fevereiro de 1898 - Berlim, Alemanha, 14 de agosto de 1956) - Além de poeta, foi um dos mais influentes dramaturgos e encenadores do século XX. Seu trabalho contribuiu profundamente com o teatro moderno que é estudado e montado até hoje. Criou e dirigiu o grupo mundialmente conhecido Berliner Ensemble. As traduções dos poemas foram feitas por Paulo César de Souza

Provocação de Chico Caruso no blog de Ricardo Noblat


Charge (Foto: Antonio Lucena)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Mosaico da coluna de Augusto Nunes ... em 14/12/2015


14/12/2015
 às 18:22 \ Direto ao Ponto

Jornais de outros países mostram o que a imprensa brasileira insiste em esconder

The Wall Street Journal - 14-12-15 cortado
Capa da edição impressa do The Wall Street Journal desta segunda-feira

Folha - manifestação - 13-12-15 cortado
Capa da edição impressa da Folha de S.Paulo desta segunda-feira
14/12/2015
 às 17:15 \ Vídeos: Entrevista

Impeachment de Dilma Rousseff é o tema do Roda Viva desta segunda-feira

Faixa impeachment 2
O impeachment da presidente Dilma Rousseff estará no centro do Roda Viva temático desta segunda-feira, 14 de dezembro. A bancada de debatedores será formada por Janaina Paschoal (advogada e professora de Direito Penal da USP), Carlos Sampaio (deputado federal do PSDB de São Paulo), José Américo Dias (deputado estadual do PT paulista e secretário de Relações Governamentais da prefeitura da capital) e Heleno Taveira Torres (professor de Direito Financeiro da USP). Ilustrado em tempo real pelo cartunista Paulo Caruso, o programa exibido pela TV Cultura começará às 10 da noite.
14/12/2015
 às 17:13 \ Opinião

Valentina de Botas: A imprensa que tolera uma vigarista no governo achou intolerável a ocupação da ciclovia por manifestantes

VALENTINA DE BOTAS
Há uma fraude legitimamente-eleita como presidente da república e um movimento pacífico e democrático para que ela seja legitimamente destituída. Neste domingo, o movimento, como sempre de modo pacífico, foi às ruas. Todavia, para uma repórter da Folha de S.Paulo, a notícia quente na tarde ensolarada da maior cidade do país esbulhado era a manifestação na Avenida Paulista obstruir a superfaturada e mal executada ciclovia. A coisa se insere na moldura fascista dada pela prefeitura ao penetrar uma militante do PCdoB, representante da Subprefeitura da Sé, na reunião entre os movimentos pró-impeachment e a PM sobre a manifestação de domingo.
14/12/2015
 às 17:12 \ Opinião

Ricardo Noblat: Dilma ou Temer: quem é o futuro

Publicado no Globo
Dentro do PT e do governo, o clima é de desânimo. Ninguém teve coragem até aqui para dizer à presidente Dilma que o impeachment está na soleira da porta do gabinete dela no terceiro andar do Palácio do Planalto, e que talvez não demore tanto para entrar.
“Infelizmente, ela já foi”, limitou-se a observar para um amigo na última quinta-feira um dos poucos ministros que Dilma leva em conta. Ontem, confrontado com o tamanho modesto das manifestações, o ministro não mudou de opinião.
14/12/2015
 às 17:10 \ Opinião

Oliver: E vamos lá de novo

VLADY OLIVER
Reinaldo Azevedo fez um balanço bastante ponderado da “guerra midiática” a que estamos sendo submetidos. As redações país afora não se acanham em comemorar o que seria “uma vitória do governo”, o aparente fracasso das manifestações de ontem. Fracasso por quê, cara pálida? Quer dizer que a participação popular e não a gravidade das acusações é que pauta as atitudes dos políticos? É a popularidade da causa, e não sua decência, o real motor que move nossa representatividade? Tenha paciência.» Clique para continuar lendo
14/12/2015
 às 16:51 \ Feira Livre

A charge do Alpino