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A MALDADE se utliza da LIBERDADE

A escravidão personifica a liberdade O auge absoluto do sucesso cultural é convencer as pessoas de que elas são livres em sua escravidão. A ...

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Coisas do Brasil... Você é brasileiro de primeira classe ou classe econômica?

http://g1.globo.com/politica/noticia/delacoes-da-odebrecht-fachin-arquiva-citacoes-a-tres-parlamentares.ghtml

Qual é sua classe de brasileiro? Primeira classe ou classe econômica?

http://avaranda.blogspot.com.br/2017/08/injusticas-e-penitencia-social-helio.html?m=1

Calma pessoal... Somos todos reciclados.!

http://avaranda.blogspot.com.br/2017/08/o-que-e-ser-um-humanista-luiz-felipe.html?m=1

Aprecie ...!

https://instagram.com/p/BXdbwsxgdlP/

Mais dúvida no país das dúvidas...

http://avaranda.blogspot.com.br/2017/08/seguranca-de-urna-digital-acende-luz.html?m=1

domingo, 6 de agosto de 2017

"Artigo de imitação" / J R Guzzo

Artigo de imitação - J. R. GUZZO

REVISTA VEJA

Em matéria de democracia, como em tantas outras coisas que separam as nações desenvolvidas das subdesenvolvidas, o Brasil ficou só na foto



Um rei africano do século XIX, na atual Nigéria: roupas ocidentais que remetem aos trajes do Império Britânico (//Reprodução)

A DEMOCRACIA NO BRASIL lembra uma dessas fotos antigas de reis africanos que de vez em quando ilustram livros de história. Muitos deles, ouvindo oficiais do Império Britânico ou outros figurões europeus da época colonial que lhes davam lições de civilização, progresso e bons modos, parecem encantados. Acreditavam, como lhes era dito, que a Europa e as coisas europeias representavam o máximo a ser sonhado por um ser humano — e em geral chegavam à conclusão de que teriam muito a ganhar transformando a si próprios em soberanos civilizados o mais depressa possível. O meio prático de fazer isso, em sua maneira de ver as coisas, era imitar os trajes, jeitos e enfeites dos peixes graúdos que lhes falavam das maravilhas da rainha Vitória ou do imperador Napoleão III. Que atalho melhor para atingir esse estágio superior na evolução das sociedades humanas? O resultado aparece nas fotografias. As mais clássicas mostram uns negros magros, ou gordíssimos, com uma cartola de segunda mão na cabeça, ou um desses capacetes de caçador inglês, calças rasgadas aqui e ali, pés descalços — ou calçados com uma bota só, velha e sem graxa. Uns aparecem com casacas usadas, uma fileira de medalhas no peito e três ou quatro relógios saindo dos bolsos. Outros fazem questão de exibir-se para a câmera segurando um guarda-chuva aberto. É triste. Imaginavam-se nobres, modernos e iguais aos seus pares europeus. Eram apenas uns pobres coitados.
O problema é que nada tinha mudado na vida real. Junto com as novas roupas e os acessórios, as fotos mostram que os retratados conservavam, como sempre, seus colares com ossos, pulseiras de metal e argolas na orelha ou no nariz — e a história iria provar com fatos, em seguida, quanto foi inútil todo esse esforço de imitação. Das nações mais evoluídas, suas majestades copiavam os trajes. Não aprenderam as virtudes. Continuaram desgraçando a si e a seu país enquanto eram roubados até o último papagaio pelos que vieram ensiná-los a ter valores cristãos, avançados e democráticos.

Por outras vias, acontece no Brasil mais ou menos a mesma coisa. Na fotografia aparece uma democracia de Primeiro Mundo — mas a realidade do dia a dia mostra pouco mais que uma cópia barata e malsucedida do artigo legítimo. Temos uma Constituição, eleições a cada dois anos e uma Câmara de Deputados. Temos, imaginem só, um Senado e até um presidente do Senado. Temos um Supremo Tribunal Federal e até uma presidenta do Supremo Tribunal Federal; seus juízes se chamam ministros, usam togas pretas como os reis africanos usavam cartolas, e escrevem (às vezes até uma frase inteira) em latim. Temos partidos políticos. Temos procuradores gerais, parciais, federais, estaduais, municipais, especializados em acidentes do trabalho, patrimônio histórico, meio ambiente, infância, urbanismo e praticamente todas as demais áreas da atividade humana. Temos uma Justiça Eleitoral. Temos centenas de direitos legais, inclusive ao lazer, à moradia e ao amparo, se formos desamparados. Não falta nada — a não ser a democracia.

Pode passar pela cabeça de alguém que exista democracia num país com 60 000 homicídios por ano?


Em matéria de democracia, como em tantas outras coisas que separam as nações desenvolvidas das subdesenvolvidas, o Brasil ficou só na foto. Há uma Constituição, é claro, pois todo regime democrático precisa de uma — mas ela tem 250 artigos, que se metem a regular tudo, até a licença-paternidade, sem entregar realmente nada, e já foi modificada mais de 100 vezes em menos de trinta anos. As eleições são subordinadas a todo tipo de patifaria, a começar pelo voto obrigatório, seguido do horário eleitoral compulsório no rádio e na televisão e de deformações propositais que entopem a Câmara dos Deputados com políticos das regiões que têm menor número de eleitores. Os resultados são um monumento à demagogia, à corrupção e à estupidez. Dos quatro presidentes eleitos após a volta das eleições diretas, em 1989, dois foram depostos por impeachment e um está condenado a nove anos e meio de cadeia. Dos 513 deputados e 81 senadores, cerca de 40% respondem a algum tipo de procedimento penal, a maioria por corrupção — fora das penitenciárias, é a maior concentração de criminosos em potencial por metro quadrado que existe no território nacional. Na última campanha presidencial, a candidata Dilma Rousseff gastou 300 milhões de reais, boa parte fornecidos pelos maiores criminosos confessos do Brasil. O eleitorado, em grande parcela, é ignorante, desinformado e desinteressado pelos seus direitos. Temos uma aberração, a Justiça Eleitoral, que existe para dar ao país eleições exemplares — mas permite a produção dos políticos mais ladrões do mundo.
O Supremo Tribunal Federal, que na teoria tem a função de servir como o nível máximo da Justiça brasileira, é uma contrafação da corte suprema dos países desenvolvidos. Seu último feito, possivelmente sem similar em nenhuma outra nação, foi aprovar o perdão perpétuo para o autor confesso de mais de 200 crimes, dono de um patrimônio de bilhões de dólares, atendendo a um pedido até hoje inexplicável do procurador-geral da República — que, também na teoria, é encarregado justamente de pedir a punição dos criminosos. Seus juízes decidem tudo, do destino dos presidentes ao furto de codornas, e escrevem sentenças em português incompreensível. Temos 35 partidos políticos, que se reproduzem como ratos; alguns não têm um único deputado ou senador no Congresso. Essa monstruosidade não tem nada a ver com liberdade política. Quase todos os partidos brasileiros são criados apenas para meter a mão nas verbas de um “fundo partidário”, que já anda perto de 1 bilhão de reais por ano, tirados dos impostos pagos pelos contribuintes e distribuídos aos políticos. Recebem uma cota de tempo no horário eleitoral obrigatório, que põem à venda nos anos em que há eleição; também cobram para aceitar a inscrição de candidatos. Até outro dia, com o apoio em massa dos partidos de “esquerda”, o Brasil era talvez o único país onde se defendia um imposto, o imposto sindical, como se fosse um direito do cidadão — da mesma maneira como se transforma o voto, que é um direito, em obrigação legal.
Os direitos dos cidadãos, na verdade, talvez representem a área mais notável das semelhanças entre a democracia brasileira e os reis africanos que aparecem nas fotos-símbolo do colonialismo.

Nunca houve tantos direitos escritos nas leis; nunca o poder público foi tão incompetente para mantê-los. Não consegue, para desgraça geral, garantir nem o mais importante de todos eles — o direito à vida. Com 60 000 assassinatos por ano, o Brasil é hoje um dos países onde a vida humana tem o menor valor. Há uma recusa sistemática em combater o crime por parte de nove entre dez políticos com algum peso; o maior pavor deles é ser considerados, por causa disso, como gente da “direita”. Acham melhor, como as classes intelectuais, os comunicadores e os bispos, falar mal da polícia. Pode passar pela cabeça de alguém que exista democracia num país que tem 60 000 homicídios por ano?
A democracia, até agora, é uma experiência que não deu certo por aqui.

"A volta da primavera burra"

domingo, agosto 06, 2017

A volta da primavera burra - 

GUILHERME FIUZA

REVISTA ÉPOCA

Nunca se falou tanto em ser de esquerda ou de de direita – mas pensar assim, em 2017, é um anacronismo

Olha o gigante aí outra vez, gente! Todo mundo sabe que ele passa a maior parte do tempo adormecido, mas de vez em quando acorda. Desta vez foi para a campanha dos 342 – ou seja, o engajamento pelo número de votos necessário para aprovar a denúncia contra Michel Temer na Câmara dos Deputados. Enfim, o gigante deu aquela espreguiçada e balbuciou “Fora, Temer”.

O Brasil vive um de seus momentos de maior politização – ou pelo menos acha que vive. Em décadas recentes, nunca se falou tanto em ser de esquerda e ser de direita. Evidentemente, esse tipo de classificação ideológica diz muito pouco – ou, eventualmente, nada – sobre posicionamentos políticos, ainda quase 30 anos após a queda do Muro de Berlim. Em outras palavras: o sujeito que desperta para a política em 2017 entusiasmado para anunciar-se de esquerda (ou de direita) já é, acima de tudo, um anacrônico convicto.

A imensa maioria dos que se jogaram na campanha “342 agora” traz no fundo d’alma um anseio revolucionário progressista, um sonho de ajudar a esquerda (sic) a derrubar um regime imposto pela elite branca, velha, recatada etc. Melhor que isso, só se a causa estivesse conectada à realidade.

A tal denúncia redentora contra o presidente foi feita pelo procurador-­geral da República, Rodrigo Janot – um personagem do qual você ainda vai ouvir falar muito. Janot é herdeiro do sucesso da Operação Lava Jato, um arrastão virtuoso contra a corrupção montada no coração do Estado brasileiro pelo PT. O detalhe é que esse mesmo procurador-geral protegeu quanto pôde os maiores caciques desse mesmo PT contra essa mesma Lava Jato – conseguindo, por exemplo, a façanha de evitar que a investigação de Dilma Rousseff fosse autorizada no exercício do mandato presidencial, quando uma torrente de evidências do petrolão apontava sua responsabilidade nos movimentos da quadrilha.

Já quanto a Michel Temer, Janot produziu uma denúncia em tempo recorde, a partir de uma delação obscura do tubarão das carnes anabolizado pelo BNDES de Lula – aquele que nomeou o procurador, sendo devidamente refrescado por ele enquanto pôde.

Na tese bombástica de Joesley Batista, abraçada instantaneamente por Janot sem a devida participação da Polícia Federal ou mesmo da força-tarefa da Lava Jato, Temer é o chefão de toda a quadrilha – “a mais perigosa do país”, nas palavras dramáticas do açougueiro encampadas por Janot. Naturalmente o Brasil que ainda tem algum juízo não caiu nessa – porque acreditar que aquele vice obscuro e decorativo de Dilma mandava e desmandava em Lula, Dirceu e companhia era um pouco demais. No entanto, essa literatura malpassada e gordurosa foi homologada, também em tempo recorde, pelo companheiro Edson Fachin – ministro do STF que subia em palanques eleitorais de Dilma Rousseff, a presidente afastada.

Pois bem: nessa denúncia que despertou o gigante para o brado cívico dos 342 votos contra o mordomo do mal, está escrito que Temer patrocinou um “cala a boca” a Eduardo Cunha, o Darth Vader do PMDB. O detalhe é que não há sequer vestígios demonstrando o tal patrocínio, apenas uma interpretação livre e imaginativa do companheiro Janot. Você ainda vai ouvir falar muito dele.

A denúncia fatídica também traz a alegação de que Temer levou grana para mandar o Cade favorecer a JBS, do companheiro Joesley. Com outro pequeno detalhe tríplice: o suborno ao intermediário de Temer resultaria mais caro que a vantagem a ser obtida (!); a “operação controlada” misteriosamente não seguiu o dinheiro até Temer; e o Cade (oh, não!) recusou a vantagem pretendida pela JBS...

Essa é a denúncia histórica que mobilizou o gigante pela nova campanha da moralidade no país. Como pano de fundo, temos o governo intrigante do mordomo, que enxotou todos os ladrões da Petrobras bancando na presidência da empresa um executivo que não transige com falcatrua. Medida estranha para um chefão supremo de quadrilha. Enquanto isso, o ex-presidente da empresa que obedecia ao PT é preso pela Lava Jato.

Vá montando o quebra-cabeça aí, querido gigante. Aliás, seu último grande despertar foi em junho de 2013, na chamada Primavera Burra – que não fez nem cócegas no governo que estava arrancando as suas calças. Quer saber? Durma bem, gigante!

sábado, 5 de agosto de 2017

";A dívida pública do Brasil é uma das mais custosas do mundo..."

sábado, agosto 05, 2017
A meta, a dívida e a tertúlia - 

EDITORIAL O ESTADÃO ESTADÃO - 05/07 

 Conter a dívida pública é um dos objetivos centrais do mal compreendido programa de ajuste Conter a desastrosa dívida pública, uma das maiores e mais custosas do mundo, é um dos objetivos centrais do mal compreendido programa de ajuste, embora o assunto raramente seja mencionado quando se fala de política econômica. 

É essencial lembrar o endividamento quando se discute uma provável mudança da meta e alguns economistas propõem outras formas de balizar a gestão orçamentária. Antes de enveredar por um complicado debate, é bom lembrar alguns fatos prosaicos e fundamentais para qualquer planejamento. Para começar, o governo geral brasileiro deve mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) de um ano. O governo geral inclui todos os níveis da administração, mas o fundamental, para efeitos práticos, é o federal. A proporção foi de 73,1% em maio, quando a dívida atingiu R$ 4,67 trilhões, pelo critério brasileiro. 

Pelo critério do Fundo Monetário Internacional (FMI), com inclusão dos papéis em poder do Banco Central, o débito alcançou 78,3% e deverá chegar a 87,8% em 2022. Usar o critério do FMI facilita as comparações. Na mesma tabela, a dívida média dos países emergentes, no ano passado, era de 47,4% do PIB. A dos latino-americanos, de 58,3%, média que foi obviamente inflada pelo número brasileiro. É essa a comparação relevante.

 Vários países avançados carregam dívidas públicas maiores, mas em nenhum os juros pesam tanto quanto no Brasil, porque a inflação é muito menor e a classificação de risco de crédito, muito mais favorável. Além do mais, o Brasil foi rebaixado em duas ocasiões, no fim do governo petista, e hoje está dois degraus abaixo do limite do nível de investimento, reservado a países considerados confiáveis. Desde antes desse duplo rebaixamento a dívida pública vinha crescendo, por causa da deterioração das contas públicas. Nem os juros têm sido pagos integralmente pelo Tesouro, há alguns anos. 

O setor público tem sido incapaz de pôr de lado o dinheiro necessário para isso. Dinheiro para cobrir os juros – e até para amortizar o principal – só aparece quando surge nas contas públicas o chamado superávit primário. O resultado primário é a diferença entre a arrecadação corrente e o gasto da operação do governo, sem contar, portanto, o custo dos empréstimos levantados e frequentemente rolados. Para voltar a pagar juros e, em seguida, a amortizar a dívida, o setor público terá de retornar à geração de superávits primários. Pelos planos oficiais, isso deveria ocorrer por volta de 2019 ou 2020, mas hoje até isso é incerto. Além do mais, o saldo primário positivo deve ser no começo muito pequeno, insuficiente para cobrir toda a conta de juros. 

Para chegar ao saldo positivo, mesmo pequeno, o governo terá de reequilibrar as contas primárias, hoje com enorme buraco. A meta fixada para este ano, um déficit primário de R$ 139 bilhões, parece neste momento inatingível. Daí a conversa sobre a adoção de um alvo mais acessível. Já se fala também de uma alteração da meta de 2018, um déficit por enquanto fixado em R$ 129 bilhões. 

Será preciso aceitar um prazo mais longo para produzir superávits primários e conter a dívida? Alguns economistas têm proposto a mudança de balizas para a política fiscal. Fala-se, por exemplo, em concentrar a atenção no controle da despesa. 

O teto de gasto já em vigor poderia ser o passo inicial. Em outros países, a atenção é voltada para o resultado nominal, com inclusão dos juros. Pode-se enriquecer a discussão, mas, em qualquer caso, alguns fatos ficam inalterados: 1) para controlar o déficit nominal e conter o endividamento, é preciso reduzir o déficit primário e buscar superávits; 2) esse movimento, essencial para o controle da inflação, é fundamental também para a redução dos juros e, portanto, do custo da dívida; 3) a contenção do gasto é crucialmente importante, mas é dificultada pela rigidez do Orçamento. A reforma da Previdência é só um dos avanços necessários para tornar mais eficientes a gestão fiscal e a administração das funções governamentais. Qualquer balizamento fiscal servirá, se esses fatos simples forem levados em conta. O resto é pauta para agradáveis tertúlias em noites de inverno.

Mais confusão na Venezuela

http://observador.pt/2017/08/05/forcas-de-seguranca-cercam-ministerio-publico-da-venezuela/

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Que tal uma Democracia Digital?

http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/e-se-voce-pudesse-votar-as-leis-da-sua-cidade-ou-pais-este-app-quer-ajuda-lo-d8korn720d3uc5kugllr472ls

Sua convivência com o Facebook tem estudo acadêmico. Veja sua identificação... !

http://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/facebook-tem-quatro-tipos-de-usuarios-descubra-qual-e-o-seu-6skph0jcvcy1tae2ekxu1hv3o

Indecência de acusados de corrupção...

Barroso: 'Operação abafa' contra corrupção é visível. Veja mais no UOL. Acesse: http://uol.com/bqkf5K

Mais decepção...

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/suspeito-de-cobrar-r-7-milhoes-em-propinas-era-exaltado-por-paes-como-secretario-nosso-goleador.ghtml

Neymar é o profissional de futebol mais caro do mundo... Veja os outros nove !

http://app.globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/neymar-no-topo-veja-a-lista-dos-dez-jogadores-mais-caros-da-historia/

Expectativa de notícias de bom rendimento...

http://g1.globo.com/economia/noticia/revisao-da-meta-depende-da-evolucao-da-arrecadacao-diz-meirelles.ghtml

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Entrevista casual de candidato presidenciável

VÍDEO TOP! UMA CONVERSA COMPLETA DE DOIS JORNALISTAS DA FOLHA DE S. PAULO COM O PRESIDENCIÁVEL JAIR BOLSONARO.  O deputado Jair Bolsonaro foi procurado na Câmara dos Deputados por dois jornalistas da Folha de S. Paulo. E não era para uma entrevista para ser publicada, mas para levantar informações gerais sobre o candidato. O objetivo dessa conversa, segundo um dos jornalistas, conforme mostra o vídeo acima, foi colher informações sobre o pré-candidato a Presidente da República já que a Folha pretende cobrir as andanças de Bolsonaro pelo Brasil. Ao final da conversa, o deputado Bolsonaro indaga se não há problema do vídeo ser publicado. Não há problema, respondem os dois jornalistas. Tanto é que já está circulando intensamente pelas redes sociais e na própria página do Facebook do pré-candidato e na sua plataforma do Youtube. A conversa se deu próximo ao plenário em lugar público de aberto já que se ouve o burburinho de muita gente conversando, razão pela qual o vídeo foi legendado com as perguntas dos jornalistas e as respostas do deputado. De fato, o pré-candidato Jair Bolsonaro vem pontuando firme na pesquisas. No geral estaria em segundo lugar e em algumas cidades, como o Rio de Janeiro, por exemplo dispara na frente de todos. Ao longo da conversa Bolsonaro fala sobre algumas cidades e Estados onde seu prestígio o coloca em primeiro lugar. Tanto é que sua performance obviamente desperta a atenção da grande mídia. Para quem conhece pouco de Jair Bolsonaro, o bate-papo neste vídeo revela algumas posições políticas do parlamentar pré-candidato que ainda continua sem partido depois que largou o PSC quando o presidente da legenda apoiou uma facção comunista no Maranhão. O parlamentar, como todos sabem, não tem o beneplácito da grande mídia. Pelo contrário. Na maioria das vezes em que é citado em matérias e colunas políticas recebe cacetadas. Afinal, Bolsonaro rema contra a maré vermelha do 'politicamente correto' e bate de frente com com o viés bundalelê que tomou conta das narrativas jornalísticas da mídia mainstream. Justiça seja feita isso não é uma exclusividade dos jornalismo brasileiro. Os maiores veículos da grande mídia internacional costumam pegar pesado na defesa de todos os tipos de bestialidade jamais imaginados. Seja como for, Bolsonaro é por isso mesmo um ponto fora da curva que intriga os alegres rapazes e raparigas dos veículos midiáticos a ponto da Folha de S. Paulo fazer essa sondagem diretamente com o pré-candidato. Com o seu assumido viés esquerdista os Frias, donos da Folha, por certo se dedicarão a tentar descobrir chifres em cabeça de burro no que concerne à candidatura de Bolsonaro. Entretanto, os apoiadores mais entusiasmados da pré-candidatura do parlamentar que mais cresce nas pesquisas já criaram uma frase de advertência que tem inundado as redes sociais: "É bom Jair se acostumando!". Aluizio Amorim às 8/02/2017 02:19:00 AM

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Os disparates do ridículo...

segunda-feira, julho 31, 2017 Descolados e bacanas adotam vira-latas e pedem hóstia 'gluten free' - LUIZ FELIPE PONDÉ FOLHA DE SP - 31/07 A tipologia humana contemporânea chama a atenção pelo ridículo. Descolados e bacanas são pessoas que têm hábitos, afetos e disposições de alma mais avançados do que os "colados" e os "canas". Estes são gente que não consegue acompanhar os progressos sociais e se perdem diante das novas formas de economia, de sociabilidade e de direitos afetivos. Vejamos alguns exemplos dessa tipologia dos descolados e bacanas. Se você não se enquadrar, não chore. Ser um "colado" ou "cana" um dia poderá ascender à condição vintage, semelhante ao vinil ou ao filtro de barro. A busca de uma alimentação saudável é um traço de descolados e bacanas. Um modo rápido e preciso de identificá-los é usar a palavra "McDonald's" perto deles. Se a pessoa começar a gritar de horror ou demonstrar desprezo, você está diante de um descolado e bacana. Se você não entender o horror e o desprezo dele pelo McDonald's, você é um "colado" e um "cana". Essa busca pela alimentação segura bateu na porta de Jesus, coitado. A demanda dos católicos descolados e bacanas é que o corpo de Cristo venha sem glúten. Uma hóstia "gluten free". O papa, seguramente uma pessoa desocupada, teve que se preocupar com o corpo de Cristo sem glúten. A commoditização da religião, ou seja, a transformação da religião em produto, um dia chegaria a isso: que Jesus emagreça seus fiéis. Um segundo tipo de descolado e bacana é aquele pai que fica lambendo o filho pra todo mundo achar que ele é um "novo homem". Esse "novo homem" é, na verdade, um mito pra cobrir a desarticulação crescente das relações entre homem e mulher. Homens cuidam de filhos há décadas, mas agora pai que cuida de filho virou homem descolado e bacana, com direito a licença-paternidade de 40 dias, dada por empresas descoladas e bacanas. Além de tornar o emprego ainda mais caro (coisa que a lei trabalhista faz, inviabilizando o emprego no país), a sorte dessas empresas é que as pessoas cada vez mais se separam antes de ter filhos. As que não se separam, por sua vez, ou tem um filho só ou um cachorro. Logo, fica barato posar de empresa descolada e bacana. Queria ver se a moçada fosse corajosa como os antigos e tivesse cinco filhos por casal. Com o crescimento da cultura pet, logo empresas descoladas e bacanas darão licença de uma semana quando o cachorro do casal ficar doente. E esse "direito" será uma exigência do capitalismo consciente. Aliás, descolados e bacanas adotam cachorros vira-latas para comprovar seu engajamento contra a desigualdade social animal. Um terceiro tipo de gente descolada e bacana é o praticante de formas solidárias de economia. Este talvez seja o tipo mais descolado e bacana dos descritos até aqui nessa tipologia de bolso que ofereço a você, a fim de que aprenda a se mover neste mundo contemporâneo tão avançado em que vivemos. Uma nova "proposta" (expressões como "proposta" e "projeto" são essenciais se você quer ser uma pessoa descolada e bacana) é oferecer sua casa "de graça" para pessoas morarem com você. Calma! Se o leitor for alguém minimamente inteligente, desconfiará dessa proposta. Algumas dessas propostas ainda vêm temperadas com um discurso de "empoderamento" das mulheres que colaborariam umas com as outras. Explico. Imagine que uma mãe single ofereça um quarto na casa dela para outra mulher em troca de ela cuidar do maravilhoso e criativo filho pequeno dessa mãe single. Entendeu? Sim, trabalho escravo empacotado pra presente. Gourmetizado dentro de um discurso de "solidariedade feminina" e economia colaborativa. Na prática, você trabalharia em troca de casa e comida. Essa proposta é ainda mais ridícula do que aquela em que você, jovem, recebe a "graça" de trabalhar de graça pra um marca famosa que combate a fome na África em troca de experiência e para enriquecer seu "book". Na China eles são mais solidários do que isso, você ganharia pelo menos um dólar. Sim, o mundo contemporâneo é ridículo de doer. Com suas modinhas e terminologias chiques. Coitada da esquerda que abraça essas pautas criativas. Saudades do Lênin? MURILO às 09:22

Sobre a Revolução de 1964...

terça-feira, agosto 01, 2017 A VERDADE SOBRE A REVOLUÇÃO DE 1964 É OBSCURECIDA PELOS AGENTES DO MARXISMO CULTURAL QUE DOMINAM A GRANDE MÍDIA  Clique sobre a imagem para vê-la ampliada A imagem acima é o facsímile de um recorte do editorial do jornal O Globo de 1º de abril de 1964, ou seja, um dia depois dos militares banirem os comunistas do poder no Brasil. Faço esta postagem para comprovar a degenerescência do jornalismo da grande mídia incluindo aí a própria Rede Globo hoje em dia turbinada por suas emissoras de televisão aberta e por assinatura e que continua sendo a mídia de maior capilaridade e influência nacional. O texto do editorial, principalmente para os mais jovens que não viveram o episódio de 1964, deve soar completamente estranho haja vista para a lavagem cerebral a que tão expostos desde o dia em que descobriram quanto é um mais um. Para começar a palavra comunismo, que é uma categoria da filosofia política, foi banida dos textos jornalísticos como coisa que o movimento comunista não exista mais. Basta ler, ver e ouvir as análises e notícias procedentes da Venezuela. Tudo que tem acontecido naquele país que já foi outrora uma das nações mais desenvolvidas da América Latina tendo chegado a ostentar a quarta maior renda per capita do planeta, é decorrente apenas de uma coisa: a aplicação de um regime comunista de modelo cubano. No máximo a grande mídia nomeia o assassino regime comunista da Venezuela de 'bolivariano', eufemismo malandro para esconder a sua real natureza. O que aconteceu no Brasil em 1964 foi uma reação da Nação contra a implantação de uma tirania comunista. Graças aos militares, como reconhece o editorial de O Globo de 1º de abril de 1964. E foi o mais importante acontecimento já ocorrido no Brasil. Não fosse o regime militar o Brasil seria hoje em dia uma nação de zumbis esfaimados como é Cuba e mais recentemente a Venezuela. É incrível a desnaturação da história do Brasil fruto do que na atualidade se denomina de "marxismo cultural", conceito ao qual me refiro sempre e tento explicar em sucessivas postagens. Pois é o 'marxismo cultural' turbinado pelo pensamento politicamente correto o responsável por ter desnaturado os veículos de comunicação. E quem coloca em funcionamento essa usina gigantesca de "fake news" - notícias falsas -, são os jornalistas, principalmente da nova safra que já chegam às redações de cabeça feita pelos professores dos deletérios cursos de jornalismo ou de outros cursos da ditas "ciências humanas". Destaque para os Cursos de Direito onde o alunado é seviciado pelo denominado "direito alternativo", uma excrescência criminosa. O resultado se vê amiúde nas decisões dos tribunais. E essa gente formada nos madraçais universitários já chegou até mesmo ao STF.  Capa do jornal Ultima Hora do Rio de Janeiro, edição de 14 de dezembro de 1968, quando a revolução deu mais uma cassetada na canalha comunista e fez uma limpeza geral. Não fosse isso o Brasil seria atualmente uma grande Cuba e sujeito aos caprichos dos assassinos de Havana, como ocorre atualmente na Venezuela. É graças ao "marxismo cultural", que na verdade é um criminoso sistema de lavagem cerebral levado a efeito pelo show business, a grande mídia, as escolas e as universidades, que Lula e seus sequazes chegaram ao poder. Por isso estivemos e ainda estamos expostos ao perigo de sofrer um processo de venezuelização do Brasil. E isso ocorre porque nesta altura dos acontecimentos todas as instâncias de difusão cultural foram aparelhadas pelos comunistas e seus esbirros. Esse aparelhamento é tão grande e profundo que já alcançou os ditos grandes empresários e banqueiros que, na Venezuela, são cognominados de "boliburgueses". Aliás, a Operação Lava Jato demonstrou isso de forma inequívoca. Além disso todas as instâncias do aparelho estatal foram ocupadas pelos comunistas com destaque para alguns órgãos, como o Ministério da Educação, que produz cartilhas pornográficas para as criancinhas, como tem denunciado o pré-candidato presidencial deputado Jair Bolsonaro. Deve-se assinalar que a ocupação do aparelho estatal por esses marxistas não ocorre apenas no Brasil. Exemplo disso são os Estados Unidos onde denominam essa infiltração comunista nas estranhas da máquina pública de "deep state", ou seja, "Estado profundo", que se move nas sombras e se dedica, por exemplo, a vazar para a grande mídia informações que reforcem a narrativa esquerdista de determinados fatos. Repito mais uma vez e repetirei sempre enquanto for necessário: todo o mal que se abate sobre os brasileiros neste momento deriva da ação dos comunistas edulcorada pelo pensamento politicamente correto que orienta a grande mídia. Alguns jornalistas, muito poucos, que não rezam pela cartilha vermelha se submetem covardemente à patrulha dentro das redações dos veículos de mídia. Desta forma, a totalidade do noticiário político, econômico e cultural é produzido dentro dos cânones do 'marxismo cultural'. E o que é trágico é que as próprias Forças Armadas já foram contaminadas de cima a baixo por essa lavagem cerebral. Até porque, foi Fernando Henrique Cardoso, um marxista, que no seu governo criou o Ministério da Defesa. De lá para cá todos os ministros da Defesa foram comunistas. O atual, Raul Jungmann, é do PPS - Partido Popular Socialista, que procede do velho PCB, o Partidão de Prestes e seus asseclas. Não é à toa que recentemente os militares foram convocados para matar mosquitos, uma forma odiosa de ridicularizar as Forças Armadas. E quando agora foram convocados pela Presidência da República para garantir a segurança dos cidadãos do Rio de Janeiro, a convocação foi feita cheia de não me toques e justificativas o que por si só confirma todas as minhas assertivas nesta postagem. Além do mais fica claro - ou precisa desenhar? - por que há quase meio século não se lê, nao se ouve ou não se vê por meio da grande mídia escritos com teor similar ao editorial de O Globo de 1º de abril de 1964 que ilustra esta postagem?

segunda-feira, 31 de julho de 2017

"A estabilidade no serviço público

A estabilidade no serviço público - EDITORIAL O ESTADÃO

MURILOemPERCA TEMPO - O BLOG DO MURILO - Há 8 horas
*ESTADÃO - 31/07Já passou da hora de o Brasil discutir seriamente a questão da estabilidade no serviço público, princípio absolutamente desvirtuado* Uma nação que pretenda avançar em seu processo de amadurecimento democrático deve ter coragem de enfrentar o debate acerca de certos temas controvertidos, não raro tachados indevidamente como tabus. Não é salutar para a democracia haver questões intocáveis a priori, sobretudo quando a discussão pode ajudar a encontrar os meios de fazer da eficiência e da moralidade inarredáveis virtudes balizadoras da administração pública. Já passou ... mais »

domingo, 30 de julho de 2017

"Caçador de marajás"

Caçador de marajás 2.0 - GUILHERME FIUZA O GLOBO - 30/07 Uma mosquinha azulada zumbiu no ouvido do procurador: Deltan, tu és mais! Tu és Dartagnan! Pensa grande, rapaz! Depois de condenar Lula, Sergio Moro declarou que não é candidato a nada. Onde esse rapaz está com a cabeça? É no mínimo estranho um brasileiro chegar a esse nível de notoriedade e não começar a ciscar na política. Desconfiem desse juiz. Já o procurador Deltan Dallagnol, herói da Lava-Jato, é coisa nossa. Jovem ainda, já demonstrou estar sintonizado com a democracia de arquibancada. Fale a verdade: após anos de estudo e trabalho duro, você participa da captura da maior quadrilha da história, fica famoso, é idolatrado e faz o quê? Continua trabalhando duro? Claro que não. Isso é neurose de Sergio Moro. Qual um Lula da Silva, você chegou lá. Lá, onde? Num lugar paradisíaco, onde você poderá ter trânsito livre entre notáveis, ser lambido por artistas deslumbrados e ver cada espirro seu virar manchete. Para isso, basta largar de ser chato e trocar sua indumentária tosca de servidor pelo fardão de guerreiro do povo. Aí é correr pro abraço. Uma mosquinha azulada zumbiu no ouvido do procurador: Deltan, tu és mais! Tu és Dartagnan! Pensa grande, rapaz! És o cavaleiro que algema políticos — numa terra de moral frouxa onde odiar políticos é salvo-conduto! Sai de baixo dessa luz fria, meu jovem! A luz do Sol te espera! Dartagnol entendeu o recado e logo viu: no front enevoado das pesquisas de opinião, o tiro ao mordomo é o nome do jogo. Pediu licença ao rigor da Lava-Jato e foi ser feliz como franco-atirador contra o governo — quase um Ciro Gomes subtropical, ou um Molon repaginado, dado o nível da liberdade poética. E lá vai o procurador virtuoso, montado em seu cavalo branco contra os políticos — para virar político. Um brasileiro. Certamente, não o primeiro. Um dos mais famosos cavaleiros contra a imundície da política foi Fernando Collor de Mello, o Caçador de Marajás. O Brasil explodiu de esperança na cruzada do seu Partido da Reconstrução Nacional contra Sarney, o Temer da época. Menos de 30 anos antes, o cavalo branco da depuração política havia sido montado pelos militares — também num basta àquele mundo nojento dos corruptos. Collor e os militares ensinaram muito ao Brasil sobre o nojo. Fora os Protógenes e demais justiceiros de gibi, outro grande mosqueteiro contra a sujeira da política foi Getúlio Vargas. Ali o cavalo nem era metáfora. A revolução purificadora veio a galope do Sul — e após a faxina, como é comum acontecer, tomou gosto e foi ficando. A carne já era fraca. À exceção de lunáticos como Sergio Moro, portanto, o normal do homem público é privatizar o seu sucesso. Um Joaquim Barbosa, por exemplo: faz história condenando poderosos e vai continuar levando vida de juiz, afundado em processos empoeirados? Nada disso. Vida de celebridade é outra coisa: é preciso pairar, qual um ser imaginário, que se materializa em momentos cruciais — como para tentar salvar do impeachment a despachante da quadrilha que você condenou. A fama é sua, você faz o que quiser com ela — inclusive dar pinta em convescote da MPB. Todo brasileiro que sai do anonimato tem o sagrado direito de ser um ex-BBB de si mesmo. Deltan brilhou na maior investigação da República e teria, pode-se dizer, duas referências de homem público a seguir: Sergio Moro e Rodrigo Janot. O primeiro é esse ser estranho já descrito acima. O segundo é um ser esperto. Passou anos amortecendo Lula e Dilma, os regentes do petrolão, em triangulações com o STF e o companheiro Cardozo para fazer a enxurrada de denúncias morrer nas praias certas. Depois emergiu como príncipe da Lava-Jato, bajulado pela imprensa e por artistas despistados, para fazer o quê? Adivinhou, danadinho: montar no cavalo branco da faxina contra os políticos imundos. Fazendo sua caminha política com ataques à própria (especialidade da casa), Janot não é propriamente um ex-BBB de si mesmo, pois o que privatizou foi o sucesso alheio — no caso, de gente como Moro e Deltan. Já Deltan não achou graça na contrição de Moro e resolveu ser Janot na vida. É um modelo e tanto — sobretudo de coragem. Não pense que é fácil celebrar um acordo fajuto com um caubói biônico para tentar derrubar um presidente no susto. Uma manobra dessas requer, no mínimo, um altíssimo grau de desinibição — além de um juiz próprio, para homologar o que você mandar. Ainda mais se o tal caubói tiver sido enriquecido pelo ex-presidente quadrilheiro que você protegeu. Mas o plano era bom, porque o presidente que você escolheu derrubar é detestado pela opinião pública. Em qualquer hipótese, portanto, você poderá correr para o abraço da galera (a não ser que alguém te ponha em cana no caminho). Deltan sentiu o perfume da carne assada e aderiu à molezinha do tiro ao mordomo. Saiu disparando até sobre o ajuste fiscal — matéria na qual o governo atual está (segundo os números, não os panfletos) corrigindo o rombo histórico do PT, que não comove o jovem caçador de políticos corruptos. Ou seja: o rapaz está pronto. Vai, Dartagnol, ser ex-BBB de si mesmo. Guilerme Fiuza é jornalista
Qual o poder de fogo da Coreia do Norte? http://p.dw.com/p/2bUQd

Venezuela está em apuros ...

http://g1.globo.com/mundo/noticia/comeca-a-votacao-para-eleger-assembleia-constituinte-na-venezuela.ghtml

quinta-feira, 27 de julho de 2017

"A república dos sem-vergonha"... / José Nêumanne

José Nêumanne: A república dos sem-vergonha

Sob a égide de Temer, Lula e Cunha, Congresso tenta favorecer a corrupção

Publicado no Estadão
O historiador cearense Capistrano de Abreu (1853-1927), colega de classe de padre Cícero Romão Batista no seminário de Fortaleza, não ficou famoso por causa disso, mas por uma piada, seu projeto de Constituição, que rezava, categórico: “Artigo 1.º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Artigo 2.º: Revogam-se as disposições em contrário”.
Nenhum de nossos projetos constitucionais teve o poder de síntese dessa chacota, que de tão atual se tornou denúncia. A cada nova legislação este país se torna cada vez mais a “república dos sem-vergonha”. E a sociedade dos otários espoliados. A primeira página do Estado de anteontem registrou: Câmara quer mudar delação premiada e prisão preventiva. E a notícia a que ela se refere, da lavra de Isadora Peron, da sucursal de Brasília, completou: “Também estudam revogar o entendimento de que penas podem começar a ser cumpridas após condenação em segunda instância”.
Na mesma edição deste jornal, que se notabilizou pelas lutas pela abolição da escravatura, pela proclamação da República, contra o Estado Novo e a ditadura militar, os repórteres de política Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho relataram a saga de Vicente Cândido (PT-SP) para promover uma reforma política que inclua um Fundo Partidário de, no mínimo, R$ 3,5 bilhões; o distritão, em que só os mais votados para deputado se elegem; e, last but not least, a “emenda Lula”. Esta merece destaque especial, por impedir que postulantes a mandatos eletivos sejam presos oito meses antes da data marcada para a eleição, mesmo que só venham a ter suas candidaturas registradas oficialmente quatro meses após esse prazo. O nome do presidenciável do Partido dos Trabalhadores (PT), no qual milita Sua Candidez, é usado como marca registrada da emenda por atender ao fato de que Luiz Inácio Lula da Silva acaba de ser condenado a nove anos e meio de prisão e proibido de ocupar cargos públicos por sete anos pelo juiz Sergio Moro, na Operação Lava Jato.
A proibição de prender quem avoque sua condição de candidato é a mais abjeta das propostas do nada cândido (claro, impoluto) relator, mas não é a que produzirá, se for aprovada pelo Congresso Nacional, mais prejuízos, em todos os sentidos, para a cidadania. As medidas cinicamente propostas pelo “nobilíssimo” parlamentar produzem, em conjunto, um despautério que provocaria a aceleração do enriquecimento dos partidos e de seus representantes, em particular os dirigentes, sob a égide de um sistema corrupto e que trava a produção e o consumo, empobrecendo a Nação. O financiamento público das milionárias campanhas eleitorais legaliza a tunga ao bolso furado do cidadão.
Ex-sócio do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que não sai do País para não ser preso pela Interpol, Sua Candura-mor, o deputado ecumênico, integra o lobby a favor da legalização dos cassinos e foi um dos idealizadores da campanha de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara. A reforma ressuscita uma ideia que nunca pareceu ter muito futuro e sempre foi apregoada pelo presidente Michel Temer: o distritão. Trata-se da volta do tílburi ao Vale do Silício, pois reduz a pó as tentativas vãs de tonificar a democracia, dando mais força aos partidos, e estimula o coronelismo partidário, usando falsamente a modernização, confundindo-a com voto distrital.
Estado noticiou que o patrimônio de Cândido aumentou nove vezes nos últimos nove anos (descontada a inflação no período). Neste momento, em que as arenas da Copa do Mundo da Fifa em 2014 – de cuja lei foi relator – têm as contas devassadas por suspeitas de corrupção e um juiz espanhol mandou prender o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, o eclético parlamentar achou um parceiro no Senado: o relator da reforma política e líder do governo Temer na Casa, Romero Jucá (PMDB-AP).
Enquanto Cândido e Jucá providenciam a engorda dos cofres partidários para garantir as campanhas perdulárias, que vinham sendo feitas à custa de propinas milionárias, a comissão especial da reforma do Código de Processo Penal (CPP) batalha pelo abrandamento da legislação de combate à corrupção no Brasil.
A reforma do CPP, que é de 1941, foi aprovada no Senado em 2010. Na Câmara ficou esquecida até o ano passado e foi desengavetada durante o mandarinato do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso em Curitiba. O presidente da comissão especial que discute as mudanças na Casa, deputado Danilo Forte (PSB-CE), que apareceu recentemente na lambança de Temer ao tentar atravessar a adesão dos dissidentes do PSB ao DEM, discorda de presos fecharem acordos de delação premiada com procuradores.
Forte também considera que é preciso punir juiz que desrespeite as regras da condução coercitiva, que deveria ser empregada apenas se uma pessoa se negar a prestar depoimento. O presidente da comissão especial parece até ter inspirado sua ideia na recente decisão de Nicolás Maduro, que ameaçou de prisão os juízes que o Parlamento da Venezuela – de maioria oposicionista e contra a Constituinte que ele quer eleger no domingo, no modelo da pregada por Dilma – escolheu para a Suprema Corte.
A reforma política de Cândido e Jucá e as mudanças no CPP propostas por Forte, aliado de Temer, evidenciam tentativas de adaptar as leis eleitorais e penais do País aos interesses pessoais de chefões políticos encalacrados nas operações, Lava Jato entre elas, inspiradas em convenções da ONU, da OEA e da OCDE contra a roubalheira geral, importadas por Fernando Henrique e Dilma e agora ameaçadas pelos que defendem a impunidade de quem for flagrado. Esse “acordão”, que denota fraqueza e sordidez, põe o Brasil, já na contramão da prosperidade, também na trilha oposta da luta contra o roubo. Aqui a vergonha empobrece o portador.

Sem medo de punição... !

Joesley é titular de conta que ligou a Lula, e a usou para compras. Veja mais no UOL. Acesse: http://uol.com/bxkgD0

quarta-feira, 26 de julho de 2017

"Quando até a indignação é corrompida"


QUANDO ATÉ A INDIGNAÇÃO É CORROMPIDA

por Percival Puggina. Artigo publicado em 


 Um grupo de atores e artistas liderado por Caetano Veloso, criou o blog "342 Agora" e produziu um vídeo convocando a sociedade para mobilizar congressistas a aprovarem o processo contra Michel Temer. Com estudada indignação, proclamam frases como:
• Ele merece ser julgado pelos crimes que cometeu;
• Qualquer cidadão que está sob suspeita tem que ser investigado, por que teria que ser diferente com o presidente da República?
• Eu posso ser investigada, você pode ser investigado, ele tem que ser investigado;
• Um presidente ser acusado de corrupção passiva, formação de quadrilha e obstrução da justiça, não dá!
• Agora é deixar de lado nossas diferenças e se juntar por uma causa que é importante: o Brasil.
• O futuro do Brasil depende de você.
 Tudo muito certo, mas não recordo de ter ouvido qualquer desses senhores e senhoras expressando indignação com os bilhões de reais desviados para contas privadas, para operadores partidários, para dirigentes de estatais com rateios previstos entre partidos, sempre cabendo ao PT a maior quota-parte. Não ouvi um murmúrio sequer que pudesse ser entendido como decepção com o Bolsa Magnatas distribuída a figuras como Eike Batista e os irmãos Wesley e Joesley, com as contas-correntes nas grandes empreiteiras, com o conteúdo das delações que nominam pessoalmente dirigentes do PT, do PMDB, do PP (todos com 13 anos de serviços prestados ao governo petista). Nem um pio deram quando a Petrobras, tendo Dilma Rousseff como presidente do Conselho Deliberativo, fez a negociata de Pasadena, ou quando o BNDES jogou bilhões de reais nossos no poço sem fundo dos comunistas cubanos e venezuelanos, e de ditadores companheiros mundo afora. Uma cortina de silêncio parece encobrir de seus ouvidos o que as delações berram quase todo dia.
 Muito oportunista, portanto, essa empolgação moral. Sobreviveram sem qualquer incômodo através de uma década inteira de falcatruas, de inusitadas fortunas que luziam ante os olhos mais distraídos, de famílias inteiras, como a Da Silva, que saíram do subemprego para o mundo dos grandes negócios. Agora, que a acusação recai sobre o odiado Michel Temer - o primeiro a sentar na cadeira que tinham como sua para sempre - retomam o discurso golpista que grita "Fora!" a qualquer um que apóie o traseiro onde querem sentar.
 Quando o Congresso Nacional, em constitucional e prévio juízo político assim decidir, responda Temer por todos os crimes que tenha cometido. Celebrarei o evento! Mas não venham os irados do blog "342 Agora" com essa indignação de meia boca, hipócrita, corrompida, cuja exclusiva finalidade é atender suposta conveniência de quem comandou o maior esquema de corrupção política da história nacional.
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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

segunda-feira, 24 de julho de 2017