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domingo, 5 de janeiro de 2014

Eusébio, o maior jogador de futebol português dos tempos românticos. morreu...



HOJE às 13:32
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Eusébio: Presidente da FPF enaltece «figura ímpar» que sempre apoiou a seleção

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) assinalou hoje «com pesar e consternação» a morte de Eusébio, que considerou «uma figura ímpar e incontornável do futebol português» e que apoiou a seleção nacional até ao fim.

«Foi naturalmente com pesar e consternação que saúdo o falecimento do nosso Eusébio (...) uma figura ímpar e incontornável do futebol português que deixou e deixará para sempre a sua imagem ligada ao desenvolvimento da modalidade», declarou Fernando Gomes.
Para o presidente da FPF, «a qualidade inigualável de Eusébio ficará para sempre na retina daqueles que tiveram oportunidade de o ver e as gerações vindouras lembrar-se-ão sempre do grande Eusébio», seja pelos jogos «no seu Benfica» ou na seleção portuguesa.
Diário Digital / Lusa

Barco com novidades tecnológicas da Marinha dos EUA / USS Independence


04/01/2014
 às 17:45 \ Tema Livre

Em vídeo espetacular, e em fotos, o incrível “USS Independence”, novo barco de guerra da Marinha americana


O “USS Independence”: capacidade de navegar a 70 km/h por quatro horas seguidas, enquanto outros porta-aviões atingem apenas 50 km/h 
Publicado originalmente em 8 de junho de 2011.
Amigos, este novo barco de guerra da Marinha americana, o USS Independence, é uma novidade tecnológica que pode revolucionar a concepção das armadas do mundo. Algo como os porta-aviões que, a partir do afundamento do poderoso Bismarck da Alemanha nazista, durante a II Guerra Mundial, em 1941, determinaram o fim da era dos grandes encouraçados.
Campeões de Audiência
Campeões de Audiência
Os tempos das velhas batalha visuais, que desde os galeões dos piratas colocava cada barco no seu horizonte de tiro, foi dramaticamente encerrada com o advento da aviação embarcada.
Um simples avião com um único torpedo era capaz de derrubar um colosso de aço: foi o que aconteceu com o Bismarck, que perdeu o rumo ao ser golpeado no leme pelo torpedo lançado pelo pequeno avião Swordfish que decolou do porta-aviões britânico HMS Ark Royal.
Rodando em círculos no Atlântico, a jóia de Hitler foi cercado pela Marinha inglesa, a Royal Navy, e afundado em maio de 1941.

A moderna cabine de controle do “Independence”: sistema de informação aberto e flexível, o que permite rápida adaptação às novas tecnologias
Esse novo conceito de guerra naval chegou ao extremos meses depois, em junho de 1942, na batalha de Midway, quando duas frotas se enfrentaram sem se verem. O combate aconteceu entre os aviões que decolaram de lado a lado. Afundando nada menos do que 4 porta-aviões japoneses, os EUA viraram a maré da guerra no Pacífico num confronto decisivo.
Pois este novo barco, o LCS (iniciais em inglês de “navio de combate no litoral”), ao que tudo indica, pode ser algo tão revolucionário quanto. Até pelo design, absolutamente inovador.

O navio foi construído para realizar três missões específicas: ações contra minas, combates em superfície e ataques a submarinos
É um protótipo leve, rápido como seria um carro da Fórmula-1 nas mesmas condições (faz 50 nós, 90 km por hora), construído em forma de agulha e que não passa de uma letal variação blindada de um trimarã. Carrega 3 helicópteros armados, tem forte poder de fogo — 3 canhões e 5 metralhadoras pesadas de diferentes calibres — e alta tecnologia nos seus 3 radares e 2 sensores eletrônicos, embora necessite de apenas 40 tripulantes. Pode, portanto, ser um fator de desequilíbrio em qualquer enfrentamento no mundo.
USS Independence é todo modulado, capaz de receber muita variação de armamento, e, apesar de seus 130 metros de comprimento, consegue fazer curvas na água que só uma lancha ou um jet-ski poderia imitar.
Vejam-no em ação. O vídeo é impressionante:

sábado, 4 de janeiro de 2014

Está confiante com o Ano Novo ? Leia as previsões de Época

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/01/b10-previsoes-astrologicasb-para-o-brasil.html

10 previsões astrológicas para o Brasil em 2014

O céu está favorável para os brasileiros na Copa do Mundo. Mas tem nuvem preta na política (mais revelações de corrupção) e no clima (lá vem mais inundação...)

JÚLIA KORTE
04/01/2014 11h29 - Atualizado em 04/01/2014 11h35

10 previsões astrológicas para o Brasil (Foto: ÉPOCA)
Como ler o mapa (Foto: ÉPOCA)
1. Catástrofes Climáticas (Aquário e Peixes)
A posição de Netuno no ascendente do Brasil sugere que haverá problemas de intoxicação ambiental, com vazamentos de substâncias químicas e petrolíferas. As inundações em áreas urbanas aumentarão.
2. Economia (Áries)
O segundo setor do mapa mostra
como funciona a economia. Sol,
Plutão e Urano pedem medidas firmes para evitar a alta da inflação nos próximos oito meses.

3. Educação (Touro)
Os elementos desse setor do mapa revelam que o governo dará prioridade à educação. Veremos algum projeto semelhante ao da área da saúde (Mais Médicos), com impacto nas urnas.
 
4. Transportes (Touro)
Saturno na casa 3 é um dos planetas que influenciarão o setor. A mobilidade terá mais atenção e investimentos. O risco é uma crise na mobilidade, que pode afetar a economia.

 
1. Catástrofes Climáticas (Foto: Ag STF)
5. Meio Ambiente e Agricultura (Virgem)
Haverá o risco de perdermos áreas de preservação para o agronegócio, para a especulação imobiliária e para as mineradoras, que chegam com força em 2014. Na agricultura, o uso excessivo de agrotóxicos prejudicará as exportações.

 
6. Artes e Esportes (Foto: Ron ElkmanSports Imagery/Getty Images)





6. Artes e Esportes (Gêmeos)
Júpiter na casa 5 favorece bom desempenho no cinema e na Copa do Mundo.  A mobilização popular em torno da Copa será intensa, tanto das torcidas quanto de manifestantes contra o governo.
7. Política (Escorpião)
O ciclo de Saturno, (de outubro de 2012 a novembro de 2014) favorece renovação na política. Estão previstas novas revelações  de corrupção. O Poder Judiciário continua agindo com firmeza e rigor.

 
7. Política (Foto: Marcelo Carnaval/Ag. O Globo)
8. Relações internacionais (Libra)
Saturno, Marte e a Lua dão sinais de que a liderança brasileira será solicitada por outros países. Isso exige mais cuidado com a diplomacia e a imagem do país.
9. Segurança pública (Capricórnio)
Veremos mais cenas violentas nas ruas nos próximos meses. Vênus na casa 9 pede ações para humanizar os presídios. Há possibilidade de revoltas de presidiários violentas.
10. Tecnologia e Ciência (Sagitário)
O ascendente do Brasil em Aquário favorece novas descobertas na ciência e avanços tecnológicos. Com isso, ganham força os programas que incentivam jovens inovadores de talento.

 
Maurice Jacoel (Foto: Reprodução)
5 perguntas para Maurice Jacoel*
O Brasil ganhará a Copa do Mundo?
Os astros estão a favor do Brasil. As forças que atuam no momento da Copa favorecem a Seleção.
E o cinema?
O país tem boas chances de se destacar no âmbito das artes em 2014, então é possível que algum  ator ou filme nacionais ganhe um prêmio internacional.
Haverá repercussões das manifestações?
Sim, no mundo todo. Elas fazem parte de um novo ciclo da história, que vai até 2021. Ainda não podemos compreender totalmente as mudanças.
O que esperar das próximas eleições?
Haverá surpresas nas coligações, e isso afeta o futuro político do país. Saturno aliado a Marte sinaliza uma transição significativa.

E a maior aposta para 2014?
Superar as crises com um novo modelo político. Essa afirmação se baseia no jogo de forças entre Júpiter, Saturno e Netuno.

* Maurice Jacoel é astrólogo e terapeuta em constelação familiar. Formado em filosofia pela USP, com pós-graduação em psicologia pelo Ijep.
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Terrorismo da Al Qaeda assinou o ataque que matou a brasileira Malak Zahwe no Líbano


Internacional

Grupo ligado à Al Qaeda reivindica atentado que matou brasileira no Líbano

Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) assume autoria de ataque contra reduto do Hezbollah em Beirute que matou cinco pessoas

Malak Zahwe, vítima do terror no Líbano
Malak Zahwe, vítima do terror no Líbano (Arquivo Pessoal)
A milícia Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), ligada à rede terrorista Al Qaeda, assumiu neste sábado a responsabilidade pelo atentado suicida no reduto do Hezbollah no sul de Beirute, que matou pelo menos cinco pessoas há dois dias, entre elas a brasileira Malak Zahwe, de 17 anos, e sua madrasta.
Em comunicado, o EIIL alerta para novos ataques em resposta a uma ofensiva contra o grupo nos últimos dois dias por forças rivais no norte da Síria, com a morte de dezenas de pessoas. Os terroristas afirmam ter "penetrado o sistema de segurança do Partido de Satanás no Líbano", uma referência irônica ao Hezbollah, cujo nome significa Partido de Deus, em árabe. Se confirmada, essa será a primeira vez que o EIIL ataca em Beirute, alvo de uma onda de atentados desde o verão passado, principalmente visando o Hezbollah e seus aliados.
Vítimas – A jovem Malak Zahwe nasceu em Foz do Iguaçu (Paraná) e se mudou para o Líbano quando tinha 13 anos. Era estudante e morava com o pai, a madrasta e mais três irmãos. De acordo com Bahjat Zahwe, que é tio da jovem, ela e a madrasta saíram de casa para comprar um vestido quando foram surpreendidas pelo ataque.
Filial – Também neste sábado foi confirmada no Líbano a morte do saudita Majid al-Majid, apontado chefe de outra milícia ligada à Al Qaeda, as Brigadas Abdullah Azzam. Al-Majid havia sido preso dias atrás, conforme comunicado feito ontem pelo Exército libanês. De acordo com um general do Exército libanês, que falou sob condição de anonimato, o terrorista estava sob custódia em um hospital e morreu de insuficiência renal.
Fundada em 2009, as Brigadas Abdullah Azzam levam o nome do terrorista palestino que foi um dos primeiros voluntários árabes a ir para o Afeganistão, nos anos 80, para combater os soviéticos. Considerado o “pai da Jihad Global”, Abdullah Azzam morreu no Paquistão em 1989, quando o veículo em que viajava explodiu.
(com Reuters)

"Ratos e homes" ensaio de J R Guzzo em Veja de setembro de 2012


terça-feira, setembro 11, 2012


Ratos e homens - J. R. GUZZO

REVISTA VEJA


Quando o ex-presidente Lula indicou o nome do procurador Joaquim Barbosa para o Supremo Tribunal Federal, em 2003, aplaudiu a si mesmo por mais esse lance da genialidade política que lhe é atribuída. Tornava-se, com isso, “o primeiro presidente deste país” a levar um negro à mais alta corte de Justiça do Brasil — o que não é bem assim, pois antes de Barbosa o STF teve dois ministros mulatos, já esquecidos na bruma dos tempos. Mas o que vale nas coisas da política, em geral, é o que se diz — e o que se disse é que havia ali um plano magistral. O novo ministro, agradecido pela honra recebida, seria um belo amigo do governo nas horas difíceis. Acontece que os melhores planos, muitas vezes, não acabam em bons resultados; o que decide tudo, no fim das contas, são os azares da vida. O grande problema para Lula foi que o único negro disponível para ocupar o cargo era Joaquim Barbosa — e ali estava, possivelmente, uma das pessoas menos indicadas para fazer o que esperavam dele.
Para começo de conversa, Barbosa dá a impressão de detestar, positivamente, o rótulo de primeiro "ministro negro” do STF. Não quer que pensem que está lá para preencher alguma espécie de “cota”; a única razão de sua presença no STF, julga o ministro, são seus méritos de jurista, adquiridos em anos de trabalho duríssimo e sem a ajuda de ninguém. Nunca precisou do apoio da “comunidade negra”, nem da Secretaria da Igualdade Racial, ou coisa que o valha. Também não parece se impressionar, nem um pouco, com gente de origem humilde. É filho de um pedreiro do interior de Minas Gerais, tornou-se arrimo de família na adolescência e ao contrário de Lula, que não bate ponto desde que virou líder sindical, em 1975, Barbosa começou a trabalhar aos 16 anos de idade e não parou até hoje.
O ministro, além disso, é homem de personalidade notoriamente difícil, sujeita a ásperas mudanças de humor e estoques perigosamente baixos de paciência. É atormentado por uma hérnia de disco que lhe causa dores cruéis e o obriga muitas vezes a ficar de pé durante as sessões do STF. É, em suma, o tipo de pessoa que se deve tratar com cuidado. Lula e o PT fizeram justamente o contrário. Quando Barbosa se tornou relator no processo do mensalão, em 2006, continuaram apostando todas as fichas na histórica impunidade com que são premiados no Brasil réus poderosos e capazes de pagar advogados caros. Descobriram, agora, que o trabalho de Barbosa puxou as condenações em massa no julgamento do mensalão — e jogou uma banana de dinamite no sistema de corrupção que há dez anos envenena a vida pública no Brasil.
A primeira trovoada séria veio quando o ministro aceitou a denúncia da procuradoria contra os quarenta do mensalão. Na época, o único deles com cabeça foi o ex-secretário-geral do PT Silvio ‘"Land Rover” Pereira; não contestou a acusação, foi punido com prestação de “serviços comunitários” e acabou resolvendo seu caso a preço de custo. Os demais, guiados pelo farol de Lula, preferiram ficar debochando. Durante o tempo todo, ele sustentou que o mensalão “nunca existiu”. Quando o julgamento começou, disse que não iria acompanhar nada: “Tenho mais o que fazer”. Delúbio Soares, operador-mor do guichê de pagamento do esquema, afirmou que tudo iria acabar em “piada de salão”. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, garantiu que o povo estava interessado, mesmo, é na novela das 9. O que queriam com isso? Imaginavam que Joaquim Barbosa, trabalhando como um burro de carga, com a tortura da dor nos quadris e seu temperamento de porco-espinho, estava achando engraçado ouvir que o seu esforço era uma palhaçada inútil? Lula e sua tropa tinham certeza de que o processo iria se arrastar até o Dia do Juízo Final. O ministro Barbosa, hoje, poderia dizer: “Não contavam com a minha astúcia”. No caso, sua astúcia foi entender a diferença entre “muito tempo” e “nunca”. Tudo seria demorado, claro. Mas ele tinha certeza de que terminaria o seu trabalho — e que os 80% de popularidade de Lula, aí, não iriam servir para nada.
Em sua curta obra-prima Ratos e Homens, um dos clássicos da literatura populista americana, John Steinbeck se inspira num antigo poema escocês para nos dizer que os mais bem cuidados planos deste mundo, sejam feitos por ratos ou por homens, são coisas frágeis; podem ser desfeitos pela roda do acaso, que é indiferente tanto aos projetos mais humildes quanto aos mais ambiciosos, e só acabam deixando mágoa e dor. Joaquim Barbosa talvez faça com que os mensaleiros se lembrem disso por muito tempo.

"Chorei por duas horas".... 'me deu vontade de chorar pelo resto de minha vida'


Pais não cruzam os braços (Revista Veja)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Fotos da Revista Época no primeiro dia do ano de 2014


http://epoca.globo.com/tempo/fotos/2014/01/fotos-do-dia-1-de-janeiro-de-2014.html
11 fotos

Banhistas observam arco-íris que apareceu no horizonte no último dia de 2013, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Banhistas observam arco-íris que apareceu no horizonte no último dia de 2013, na praia de Copacabana, no Rio de JaneiroCrédito: Leo Correa/APQueima de fogos de ano novo na vila olímpica de Krasnaya Polyana, na Rússia, uma das sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi
Queima de fogos na vila olímpica de Krasnaya Polyana, na Rússia, uma das sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno de SochiCrédito: Lesya Polyakova/APQueima de fogos em Londres, Reino Unido, em frente ao prédio do Parlamento e do Big Ben
Queima de fogos em Londres, Reino Unido, em frente ao prédio do Parlamento e do Big BenCrédito: Alastair Grant/APQueima de fogos em Copacabana, Rio de Janeiro
Queima de fogos na praia de Copacabana, no Rio de JaneiroCrédito: Leo Correa/AP

Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi / Passeio pelos locais das provas




Por Andy Isaacson- The New York Times News Service/Syndicate
Dando uma volta pelo futuro olímpico da Rússia



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Dando uma volta pelo futuro olímpico da Rússia

  Antes  que eu pudesse entrar no teleférico do Rosa Khutor, uma área de esqui que faz parte de Sochi, onde serão realizados os Jogos Olímpicos de Inverno do ano que vem, precisei primeiro passar por um detector de metais operado por soldados russos com metralhadoras e chapéus de pele. Isso não é algo que eu esteja acostumado a fazer. Nos teleféricos do oeste dos EUA, onde costumo esquiar, sou atendido por jovens alegres que não se importam de passar o dia todo em pé, se isso for necessário para transformar os sonhos em realidade.
Diferentemente dos soldados armados, Sasha Krasnov, o guia local com quem me encontrei, se sentiria em casa nas Montanhas Rochosas. Aos 27 anos e com os cabelos desgrenhados, ele se identifica como um "free rider" – ou seja, alguém que esquia fora das pistas traçadas. Uma tempestade havia trazido neve fresca durante a noite, dando fim a um longo período de seca e Sasha, com a cabeça protegida por um capacete sujo, estava feliz como uma criança na manhã de Natal.

O bondinho nos tirou da base e nos levou muito além de uma torre do relógio em estilo italiano construída com o dinheiro de um oligarca, em frente a uma floresta de olmos polvilhada de neve. Nuvens grossas escureciam minha vista, de forma que abri um mapa da trilha, que estava inteiro em russo. Nele podia ver que o Rosa Khutor era igual a qualquer resort europeu, com uma série de teleféricos ligando o vale do rio a 550 metros de altitude, com o pico sem árvores a 2.320 metros. Assim como nos Alpes, o resort tem uma abordagem tranquila em relação à criação das trilhas. Apenas algumas delas têm nomes, o que não fazia muita diferença de qualquer forma, a menos que você saiba ler cirílico, ou tenha facilidade com símbolos. Eu me perguntei em voz alta se haveria alguma espécie de demarcação, ou corda, para mostrar os limites do resort.
"Sem cordas!", respondeu Sasha com um sorriso de quem entende do assunto. "Isso aqui é a Rússia".

Cerca de uma década atrás, o governo russo decidiu que não havia razão para que perdessem turistas para a Suíça, a França ou a Itália. Eles trouxeram um construtor de resorts de Whistler, na Columbia Britânica, chamado Paul Mathews, para avaliar o potencial do Cáucaso para o turismo de inverno. Mathews olhou para as linhas escarpadas que cercavam o vilarejo sonolento de Krasnaya Polyana, no vale do rio acima de Sochi, uma cidade de cerca de 400.000 habitantes; em toda extensão, riachos profundos que desembocam dali; nas regiões glaciais e planícies tranquilas. O local o fez lembrar de Les Trois Vallées, na França, que está entre as maiores áreas interligadas de esqui do mundo. Mathews esboçou alguns planos e, em 2002, a Interros, um conglomerado comandado por Vladimir Potanin, um dos homens mais ricos da Rússia, e a Gazprom, a maior produtora mundial de gás natural, começaram a construir resorts de esqui.

Situada no Mar Negro, Sochi possui um clima temperado agradável que atrai russos aos refúgios a beira mar desde os tempos de Stalin. As palmeiras da cidade podem até enganá-lo e fazê-lo acreditar que está em outro país. "Sochi é um lugar como nenhum outro", afirmou o presidente Vladimir Putin ao Comitê Olímpico Internacional, quando a cidade foi escolhida para os Jogos de 2014. "Na orla, você pode curtir um dia primaveril, mas basta subir as montanhas e já é inverno".
Quando fui para Sochi em março, junto com meu amigo Than, o tempo nem era primaveril, nem estava bom. A tempestade de fim de inverno que havia desviado nosso voo para Moscou na noite anterior lançou uma sombra cinza e um humor meditabundo sobre a cidade subtropical. Procuramos um táxi para Krasnaya Polyana, uma viagem de uma hora em uma estrada larga de duas pistas, pelos desfiladeiros do Rio Mzymta. (Uma nova rodovia e uma ferrovia de alta velocidade estão sendo construídas do outro lado do rio e cortarão pela metade o tempo de viagem.)
"Isso é um ótimo presente para nós", afirmou Sasha, enquanto andávamos no teleférico na manhã seguinte. Descobrimos que a tempestade havia trazido neve demais, pois a metade exposta na parte de cima da montanha – que consiste de cascatas e cachoeiras – estava fechada. Sasha me entregou um transreceptor para avalanches que estava em sua mochila e perguntou se eu já havia utilizado algum. Iríamos esquiar voltados para dentro e sempre perto do teleférico – nada íngreme demais –, mas o perigo era claro: para todos os efeitos estávamos esquiando por conta própria. Isso aqui era a Rússia, afinal.
Gondolas ascend the slopes of the Rosa Khutor ski resort, one of the sites of events at the 2014 Winter Olympics in Sochi, Russia, Nov. 21, 2013. Wealthy Russians have long preferred the Alps to the country's own ski resorts, and Sochi's developers have a host of challenges to meet before the start of the Games in February. (© Andy Isaacson/The New York Times)

Fotos do da / O Globo / http://g1.globo.com/fotos/fotos/2014/01/imagens-do-dia-3-de-janeiro-de-2014.html#F1060821

http://g1.globo.com/fotos/fotos/2014/01/imagens-do-dia-3-de-janeiro-de-2014.html#F1060863

  • Visitante explora o interior de uma escultura inflável na Opera House em Sydney.

  • Investigadores do Exército libanês inspecionam o local de uma explosão de um carro bomba no sul de Beirute, no Líbano.