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terça-feira, 22 de novembro de 2016

"A decadência do Ocidente" / Mario Vargas LLosa

A decadência do ocidente

O ‘Brexit” e a vitória de Trump são um sintoma inequívoco da morte lenta em que se afundam os países que perdem a fé em si mesmos e renunciam à luta

FERNANDO VICENTE
Primeiro veio o Brexit, e agora foi a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Só falta Marine Le Pen ganhar as próximas eleições na França para ficar claro que, assustado diante das grandes mudanças trazidas pela globalização, o Ocidente, ponta-de-lança da cultura da liberdade e do progresso, quer dar uma marcha-a-ré radical, refugiando-se naquilo que Popper chamou de “o chamado da tribo” – o nacionalismo e todas as doidices que lhe são congênitas, a xenofobia, o racismo, o protecionismo, a autossuficiência –, como se parar o tempo ou voltá-lo para trás fossem apenas uma questão de mexer os ponteiros do relógio.
Não há nenhuma novidade nas medidas propostas por Donald Trump aos seus compatriotas para que estes o elegessem. O surpreendente é que quase sessenta milhões de norte-americanos acreditaram nele e lhe deram respaldo nas urnas.
Todos os grandes demagogos da história atribuíram os males de que seus países padeciam aos estrangeiros perniciosos, neste caso os imigrantes, a começar pelos mexicanos bandidos, traficantes de drogas e estupradores, até chegar aos muçulmanos terroristas e aos chineses que colonizam os mercados norte-americanos com seus produtos subsidiados e pagos com salários de fome. E também têm responsabilidade, é claro, pela queda da qualidade de vida e pelo desemprego, os empresários “traidores” que levam suas empresas para o exterior tirando trabalho e aumentando o desemprego nos Estados Unidos.
Não é incomum que se digam bobagens em campanhas eleitorais, mas o é, sim, o fato de pessoas que se supõe que sejam bem formadas e informadas, com sólida tradição democrática, acreditem nelas e premiem o inculto bilionário que as profere alçando-o à presidência do país mais poderoso do planeta.
O ímpeto que possibilitou que Trump ganhasse as eleições mostra que ele é algo mais do que um mero demagogo
A esperança de muitos, agora, é que o Partido Republicano, que retomou o controle das duas casas legislativas e que tem em seus quadros pessoas experientes e pragmáticas, contenha os rompantes do novo governante e o dissuada de levar adiante as reformas extravagantes que prometeu realizar. Com efeito, o sistema político dos Estados Unidos possui mecanismos de controle e de contenção que podem impedir que um mandatário cometa loucuras. Pois não há dúvida de que, se o novo presidente se empenhar em expulsar do país onze milhões de imigrantes ilegais, em fechar as fronteiras a todos os cidadãos de países muçulmanos, em colocar um ponto final na globalização cancelando todos os tratados de livre comércio em vigor – inclusive o Trans-Pacific Partnership, em gestação – e punindo duramente as empresas que, para baixar seus custos, transferem suas fábricas para o terceiro mundo, provocará um terremoto econômico e social no seu país e em um número razoável de países estrangeiros, além de criar sérios problemas para a diplomacia dos Estados Unidos.
Sua ameaça de fazer os países da OTAN “pagarem” por sua defesa, algo que deixou Vladimir Putin encantado, fragilizaria de forma imediata o sistema de proteção dos países livres contra o novo imperialismo russo. O qual, diga-se de passagem, tem conquistado vitória atrás de vitória nos últimos anos: leia-se Criméia, Síria, Ucrânia e Geórgia. Mas não se deve contar demais com a influência mediadora do Partido Republicano: o ímpeto que possibilitou que Trump ganhasse essas eleições apesar da oposição de quase toda a imprensa e da classe mais democrática e bem-pensante, mostra que existe nele algo mais do que um mero demagogo rudimentar e desinformado: a paixão contagiosa dos grandes feiticeiros políticos de ideias simples e estabelecidas que arrastam multidões, a teimosia obsessiva dos caudilhos envoltos pela sua própria verborragia e que com ela envolvem os seus povos.
Um dos grandes paradoxos é que a sensação de insegurança, de que de repente a terra que pisavam começou a rachar e que os Estados Unidos entraram em queda livre, esse estado de ânimo que levou tantos norte-americanos a votar em Trump – idêntico ao que levou tantos ingleses a votarem pelo Brexit – não corresponde em nada à realidade. Os Estados Unidos superaram mais rapidamente e melhor do que o restante do mundo – em especial os países europeus – a crise de 2008, e, nos últimos tempos, vinham recuperando o emprego, além de ver sua economia crescer em ritmo razoável. Politicamente, o sistema funcionou bem durante os oito anos de Obama, e 58% da população faziam um balanço positivo de sua administração. Por que, então, essa sensação de perigo iminente que levou tantos norte-americanos a engolir as mentiras de Trump?
Não resolverão nenhum problema, agravarão os que já existem a criarão outros mais graves
Porque, é verdade, o mundo de antigamente é diferente do mundo de hoje. Graças à globalização e à grande revolução tecnológica do nosso tempo, a vida de todas as nações se encontra hoje em redefinição, experimentando desafios e oportunidades totalmente inéditos que remexem os alicerces de velhas nações como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, que acreditavam ser inamovíveis em seu poderio e riqueza, uma situação que abriu para outras sociedades – mais audaciosas, mais na vanguarda da modernidade – a possibilidade de crescer a passos de gigante e alcançar e superar as grandes potências de antigamente. Esse novo panorama significa, simplesmente, que o mundo dos nossos dias é mais justo, ou, se quiser, menos injusto, menos provinciano, menos exclusivista, do que o mundo de ontem.
Hoje os países precisam se renovar e se recriar constantemente para não ficarem para trás. Este mundo novo exige que se arrisque mais, que se reinvente sem cessar, que se trabalhe muito, que se impregne de boa formação, e que não fiquemos olhando para trás ou nos deixando levar pela nostalgia do passado. Este é irrecuperável, como logo irão descobrir aqueles que votaram pelo Brexit e em Trump. Não demorarão para perceber que quem vive olhando para trás se transforma em estátua de sal, como na parábola bíblica.
O Brexit e Donald Trump – assim como a França do Front National – significam que o Ocidente da revolução industrial, das grandes descobertas científicas, dos direitos humanos, da liberdade de imprensa, da sociedade aberta, das eleições livres, aquele que no passado foi pioneiro no mundo todo, está agora ficando para trás. Não por estar menos preparado do que os outros para enfrentar o futuro – muito pelo contrário –, mas por causa de sua própria complacência e covardia, pelo medo que sente ao descobrir que as prerrogativas que acreditavam antes serem apenas suas, um privilégio hereditário, estão agora ao alcance de qualquer país, por menor que seja, que saiba aproveitar as extraordinárias oportunidades que a globalização e os avanços tecnológicos colocaram pela primeira vez ao alcance de todas as nações.
O Brexit e a vitória de Trump são um sintoma inequívoco de decadência, dessa morte lenta em que se afundam os países que perdem a fé em si mesmos, renunciam à racionalidade e começam a acreditar em bruxarias, como a mais cruel e estúpida de todas elas, que é o nacionalismo. Fonte das piores tragédias experimentadas pelo Ocidente ao longo da história, ele agora ressuscita e, como os xamãs primitivos, parece adotar a dança frenética ou a poção vomitiva com a pretensão de derrotar a adversidade da praga, a seca, o terremoto, a miséria. Trump e o Brexit não resolverão nenhum problema, agravarão os que já existem e criarão outros mais graves. Eles representam a renúncia à luta, a rendição, o caminho para o abismo. Assim que se constatou o gigantesco equívoco, na Grã-Bretanha tanto quanto nos Estados Unidos, surgiram autocríticas e lamentações. Mas o choro também não é de muita utilidade neste caso; o melhor seria refletir de cabeça fria, admitir o erro, retomar a via da razão e, a partir de agora, enfrentar o futuro de forma mais corajosa e consequente.

"Nenhum outro animal foi tão divinizado e associado ao mistério e à mulher como o gato" / Juan Arias



A misteriosa afinidade entre a mulher e os felinos

Nenhum outro animal foi tão divinizado e associado ao mistério e à mulher como o gato



Nana, uma das gata de Juan Arias. FACEBOOK

Volta a ressuscitar a discussão sobre a preferência das mulheres pelos felinos, enquanto os homens escolheriam os cachorros. Os gatos, além disso, se entenderiam melhor com as mulheres, e os cães, com os varões.
Ignoro se alguns experimentos universitários realizados sobre o tema possuem valor científico. Há quem, para explicar isso, recorra ao fato de, desde tempos remotos, os cães terem sido usados pelos homens para a caça, com os gatos ficando em casa, perto da mulher.
Só isso?
O que é certo é que há mais de 5.000 anos nenhum outro animal foi tão divinizado e associado ao mistério e à mulher quanto o gato. Ainda hoje se discute em psicologia a simbologia do gato associado à mulher.
Seguimos nos perguntando por que os gatos são relacionados à independência, e os cachorros, à submissão. Isso tornaria os cães sempre amados, e os gatos, há séculos seriam divinizados, mas também execrados e amaldiçoados.
Como a mulher?
Nenhum animal teve uma trajetória tão tortuosa em seus simbolismos, medos e atração quanto o felino. No Egito fazia parte da divindade, personalizada na figura da egípcia Bastet, a deusa gata mulher, que protegia a felicidade das pessoas. Talvez por isso o gato seja um dos poucos animais nunca mencionados na Bíblia.


Na Índia simbolizava a sabedoria, com a gata sendo a deusa sábia, rainha da fertilidade. A Igreja, mais tarde, satanizou os felinos ao mesmo tempo que apresentou a mulher como obstáculo à virtude e mais facilmente possuída pelo demônio que os homens.
Nos séculos sombrios da Idade Média os gatos, por influência da Igreja, passaram a ser o símbolo do demoníaco e da maldade. Como a mulher? Foram perseguidos, esfolados vivos, queimados nas fogueiras, junto com as mulheres.
Foi o papa Inocêncio VIII, em 1484, que lançou a primeira perseguição contra os gatos, que foram sacrificados aos milhões. A vingança por aquela matança e aquela loucura religiosa foi em parte a chegada da peste negra à Europa, dizimando sua população, transmitida pelos ratos, que proliferaram com o desaparecimento de seus caçadores.
De inocente, aquele Papa culpado pelo massacre dos gatos, que já tinham sido divinos em outras religiões e culturas, tinha só o nome. Enfermo, por medo de ter que deixar o papado aos cardeais que suspiravam por vê-lo morrer para substituí-lo, tentou se curar com leite humano, mamando de uma jovem ama de leite e exigindo transfusões de sangue de crianças.
Tudo inútil. Aquele Papa se foi sem ser chorado.
Maldição dos gatos e das mulheres?
Hoje, envergonhado daquele seu antecessor, o papa Francisco faz diversas declarações a favor dos gatos: “São os animais mais inteligentes. Sempre gostei deles e conversava com eles”, disse a um jornalista francês que lhe perguntou se ele também considerava os gatos como demônios.
O grande artista Leonardo da Vinci chegou a considerar o gato como a “melhor obra de arte”. A mais bela.
Verdade ou não que as mulheres de hoje continuem preferindo os felinos como nos tempos antigos, em que eram vistos como deuses, é certeza que, em meio a tantas vicissitudes o gato, desde a mais remota antiguidade, foi visto como mais próximo do universo feminino.
Cleópatra se pintava imitando a linha curva dos olhos de uma gata. Desse animal se diz que não tem, nem nas horas de sono, uma postura que não reflita elegância.
A escritora italiana Camilla Cederna escreveu que “o gato, como a mulher, é quem escolhe a pessoa, não o contrário”.
Condenadas historicamente a ser dependentes dos homens, as mulheres, como aparece na literatura, talvez tenham visto na liberdade dos gatos um sonho secreto contra sua forçada dependência do varão.
Os gatos não precisam de nome. Não adianta chamá-los. Vêm quando querem, como escreveu em seu diário Marguerite Yourcenar. Eles decidem sempre o que querem fazer.
Os gatos amam estar limpos, são curiosos, independentes, solitários, ternos e selvagens ao mesmo tempo. Como a mulher?
São desconfiados. Preferem a solidão. Comedidos em seus afetos, sinuosos ao ponto de que não gostam de caminhar em linha reta. Margeiam com tato e delicadeza os objetos. São silenciosos e decidem quando receber e dar afeto. É difícil dominá-los e de nada adianta ralhar com eles. Olham para você, dão a volta e seguem seu caminho.
Nunca são óbvios e evidentes e possuem um toque de indiferença.
São introspectivos e sensíveis, aristocráticos e aguçados.
Os gatos são difíceis de entender. É preciso saber interpretá-los.
Escondem uma parte de seu mistério ancestral. E um bocado de seu instinto selvagem. Parecem-se com a mulher?
Entendem nossa linguagem? Minha gata Nana, sim. Posso dizer isso porque tenho minha mulher de testemunha. A gata, de rua, tem o costume de se aboletar nas minhas pernas quando leio ou assisto TV.
Durante alguns dias preferiu dormir numa poltrona a alguns metros de distância. Numa destas noites, enquanto Nana dormia profundamente, disse à minha mulher: “Que estranho a Nana não vir mais ficar comigo!”. Não se passou um segundo. Abriu os olhos, olhou pra mim, deu um salto e veio se acomodar nas minhas pernas.
Minha mulher não conseguiu acreditar.
Os gatos são assim. É inútil querermos entendê-los muito. Como a mulher?
São pequenos deuses ou demônios?
Ou são simplesmente felinos, o que não é pouco?
"Ler um gato é muito diferente do que ler um cachorro. O gato é um texto que se esquiva, se esconde entre duas auroras, na fronteira entre o mágico e o irreal. O gato é sinuoso, seu texto é macio, é poesia, nunca se deixa apreender por inteiro. O gato é escorregadio, vive nas entrelinhas.
Para ler um cachorro não se precisa de óculos especiais. Seu texto é escrito em maiúscula, diz claro e em bom tom o que pensa e a que veio.
O cachorro é prosa, o gato é música, é poesia".
(De Cachorros e Gatos, da poeta brasileira Roseana Murray)

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A República no camburão

A República no camburão

Camburão (Foto: Arquivo Google)
A política, como quase tudo na vida, nutre-se de símbolos. A prisão, no espaço de menos de 24 horas, de dois ex-governadores do Rio de Janeiro – Garotinho e Sérgio Cabral -, sob a mesma acusação, simboliza o onipresente drama nacional da corrupção.
Nada o expressa melhor que o passeio de ambos, de camburão, rumo às instalações do presídio de Bangu 8, que um, Cabral, inaugurou, e o outro o teme por ter, segundo disse, mandado para lá muitos inquilinos. Um reencontro problemático, sem dúvida.
Mas o símbolo aí não é negativo: o reencontro do Comando Vermelho com o Palácio Guanabara indica que algo está mudando.
Outro simbolismo, não desprezível, é o fato de as prisões terem ocorrido na sequência imediata da Proclamação da República, que inaugurou, há 127 anos, na mesma cidade do Rio de Janeiro, uma etapa nada republicana da história do país.
Fruto de uma quartelada, a República no Brasil entrou pela porta dos fundos e, nas palavras de um republicano de então, Aristides Lobo, “o povo a tudo assistiu bestializado”. Não foi chamado a participar e levou semanas para entender o que se passava.
É possível que até hoje não tenha entendido.
Voltemos ao presente – e a outro cenário simbólico. As prisões se dão no exato momento em que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, constata que está sem dinheiro até para pagar a seus servidores. Pior: quer que eles, os servidores, resolvam o problema que ele, governo, criou. Que paguem a conta.
Propõe redução de salários em 30% e pagamento dos que estão em atraso – em média, quatro meses –, já com os devidos descontos, em sete singelas prestações. Nada menos.
Estranhamente, o povo reagiu, embora mais uma vez bestializado. Mas sua ira não altera o essencial: não há dinheiro, e os governos não sabem fazê-lo; apenas gastam o que arrecadam – e alguns governadores, muitos, põem uma parte no próprio bolso.
O que ocorre no Rio não é fato isolado. Há mais estados falidos, vivendo o mesmo drama, ao tempo em que a Lava Jato prossegue sua faxina judicial, enquadrando gatunos. Só que agora, sem abandonar a esfera federal, investe na regional. Começa a caça aos governadores e, na sequência, aos prefeitos.
A semana política, que costuma inexistir quando pontuada por algum feriado, ignorou o 15 de novembro. Foi das mais densas, não apenas pelas prisões mencionadas, mas sobretudo pelas manobras parlamentares para esvaziar as dez propostas de combate à corrupção encaminhadas pelos procuradores da Força Tarefa da Lava Jato, que tramita na Câmara.
As dez viraram 18, depois 12 e o objetivo é que virem nenhuma – e que a Lava Jato acabe. Anistia para os crimes do passado – e não somente caixa dois – e um voto de confiança para o futuro, eis a síntese do que pretendem.
Trabalha-se por um desfecho como o da Operação Mãos Limpas, da Itália, que, entre 1992 e 1996, passou um trator na política daquele país, mas acabou esvaziada pela aprovação de leis que abortaram as investigações e culminaram na ascensão de um político, Sílvio Berlusconi, que simbolizava o oposto do que se buscava. Mas, naquela época, não havia ainda internet e redes sociais, o que faz toda a diferença em relação ao Brasil de agora.
É nas redes sociais que as manobras estão sendo denunciadas, com uma repercussão que assusta os parlamentares. A ausência dos partidos nas sessões da comissão especial das dez medidas evidencia o temor com o aprofundamento das investigações.
Sabe-se que poucos escaparão das garras da Lava Jato e que há um camburão a aguardá-los para um trajeto semelhante ao de Garotinho e Cabral. É a República no camburão.
No Senado, deu-se outro esvaziamento. Por falta de quórum, a comissão que examinaria a PEC do fim do foro privilegiado, de autoria do senador Álvaro Dias, não se reuniu. Se aprovada, a PEC devolverá políticos e autoridades dos três Poderes à vala comum dos cidadãos que os sustentam com impostos.
Numa hipótese, um ministro do STF poderia ser julgado por um juiz de primeiro grau, como Sérgio Moro. Há quem veja aí um exagero. O senador Ricardo Ferraço, por exemplo, acha que o foro deve ser mantido pelo menos para os presidentes dos três Poderes.
O certo é que a farra do foro deve acabar, o que facilitará sem dúvida o desenvolvimento de investigações como a Lava Jato. O desafio dos parlamentares que têm contas a acertar com a Justiça é ficar no âmbito do STF, que até aqui não condenou ninguém da Lava Jato, enquanto Sérgio Moro já condenou cerca de 120 infratores.
É a estatística a serviço da sobrevivência.