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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Os quatro suicídios / Maria Lucia Victor Barbosa



DOMINGO, 15 DE FEVEREIRO DE 2015



OS QUATRO SUICÍDIOS


Maria Lucia Victor Barbosa

14/02/2015

Mario Vargas Llosa, escritor peruano e Prêmio Nobel de literatura, em artigo publicado pelo O Estado de S. Paulo em 08 de fevereiro de 2015, discorreu sobre suicídio político, que é de teor coletivo e “praticado nos países que, presos de um desvario passageiro ou prolongado, decidem empobrecer-se, barbarizar-se, corromper-se ou todas essas coisas juntas”.

Vargas Llosa cita como exemplos desse tipo de suicídio na Europa, Hitler e Mussolini “que chegaram ao poder por vias legais e um bom número de países centro-europeus que se atiraram nos braços de Stalin sem maiores pudores”. Na atualidade o escritor aponta a Grécia, “que em eleições livres acaba de levar ao poder o Syriza, um partido demagógico e populista de extrema esquerda que se aliou para governar com um pequeno grupo de direita ultranacionalista e antieuropeu”.

Como latino-americano Llosa não podia deixar de dizer que em matéria de suicídio político “a América Latina é pródiga em exemplos trágicos”. Ele analisa especialmente a Argentina na fase peronista que arruinou o país antes considerado de Primeiro Mundo, mas absteve-se de falar no atual e desastroso governo de Cristina Kirchner. Focou também na Venezuela sob o comando do caudilho messiânico, Hugo Chávez, sucedido por Nicolás Maduro “que embora inepto para tudo o mais, na hora de fraudar eleições, encarcerar, torturar e assassinar opositores,” não vacila.

Sem dúvida a América Latina é pródiga em suicídios políticos e muitos outros exemplos podem ser dados. Entre eles o do Brasil que recentemente cometeu quatro suicídios políticos ao eleger petistas.

 Lula da Silva foi presidente de direito durante dois mandatos e presidente de fato na gestão de Dilma Rousseff, assim continuando no mandato que ora se inicia. E ele não pretende apear do cargo mais alto da República, pois avisou que já está a postos para dar continuidade ao seu longevo poder, em 2018.

Esta sequência que visa à hegemonia petista confirma a profecia de José Dirceu, o Bob como é conhecido nas lides criminosas do petrolão e que praticamente está livre da Papuda depois de ter sido o cérebro do esquema igualmente criminoso do mensalão. Talvez, os 20 anos previstos por Dirceu ainda sejam poucos.  Quem sabe ele próprio retome a carreira interrompida e entre em campanha para se eleger presidente da República em 2022. Afinal, a propensão para suicídios políticos na América Latina é arraigada.

A questão é que os caminhos da vida e das sociedades ainda são mutáveis, imprevisíveis e complexos, antes que os avanços tecnológicos confirmem um mundo inteiramente controlado que aparece nos livros e filmes de ficção.  No nosso caso o dinamismo social, político e econômico está trazendo complicações que se antepõe ao projeto petista de poder.

 O primeiro mandato de Lula da Silva foi fácil. Ele singrou nas águas da estabilidade econômica obtida pelo Plano Real de FHC. Pareceu excelente para os pobres das bolsas esmola e para os ricos banqueiros, empreiteiros, enfim, para a “dona zelite” que lucrou como nunca antes nesse país. O período foi cantado em verso e prosa pelo ególatra, tido pelo povo como um operário pobrezinho que logrou chegar lá. Contudo, no decorrer do tempo o partido autointitulado como o único ético, puro, aquele que vinha para mudar o que estava errado, extrapolou em escândalos de corrupção e na incompetência governamental.

Nos quatro anos de Rousseff o processo de arrebentar a economia se consumou, o que pode ser simbolizado pela devastação da Petrobras assaltada pelo PT e companheiros. Como não podia deixar de ser caiu vertiginosamente a aprovação da criatura, enquanto no Congresso surgiu uma verdadeira oposição liderada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Para piorar, o desenrolar da operação Lava Jato vai se aproximando perigosamente de Lula da Silva e de Rousseff.

Como não podia deixar de ser, o presidente de fato entrou em campo. Junto com o ministro da Justiça e outros tenta influir na Operação Lava Jato para anular as delações feitas. Pede também o impossível a Rousseff: que ela seja simpática e dialogue com os partidos, com os movimentos sociais, com governadores e prefeitos.

Lula pode até conseguir algumas coisas, exceto mudar instantaneamente a insatisfação popular com a economia e controlar a ação judicial contra a PTbras aberta por acionistas americanos que se sentiram roubados.

Lembra um amigo meu, que um bilionário chamado Madoff deu um gigantesco golpe em investidores americanos.  Em dois anos foi julgado, condenado e preso nos Estados Unidos. Hoje, aos 80 anos, trabalha na lavanderia da prisão. Se viver mais 30 anos, sairá, mas é pouco provável. Vai ver, que o grande temor de Lula, Rousseff e demais companheiros é a lavanderia, único meio de impedir que brasileiros cometam outro suicídio politico.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Forma enviesada de usar a grife Petrobras... / "A vingança de Paulo Francis"


segunda-feira, novembro 24, 2014

 

A VINGANÇA DE PAULO FRANCIS

Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)

Em seu artigo, “Justiça a Paulo Francis, Ainda que Tardia”, de 23/09/2014, a professora de Direito Internacional da Universidade de São Paulo, Maristela Basso, recorda que anos atrás, no programa Manhattan Connection, Paulo Francis “sugeriu a privatização da Petrobras e chamou atenção para o fato de que seus diretores desviavam dinheiro para contas na Suíça, e era preciso investigar”. Mas, o jornalista não tinha as provas necessárias, sendo então denunciado pelo presidente da Petrobras, Joel Rennó e mais sete diretores que o processaram através do Poder Judiciário dos Estados Unidos.  “A indenização aos diretores, mais custas e honorários foi estipulada em 100 milhões de dólares”, quantia impossível de ser paga por Paulo Francis. Como consequência ocorreu sua morte, em fevereiro de 1997, em Nova Iorque, por um enfarte fulminante.
O que diria hoje o brilhante Francis diante do assombroso, estrondoso, o mais gigantesco escândalo entre os muitos ocorridos no governo petista, chamado de petrolão e que agora começa vir à tona graças ao eficiente trabalho do juiz Sérgio Moro, da Polícia Federal e do Ministério Público?
Durante anos funcionários de carreira foram alçados por Lula a diretores da Petrobras. Eles funcionavam como receptadores de empreiteiras, que pagavam propinas para obter contratos de grandes obras da Petrobras, sendo que 1% a 3% eram repassados a partidos como o PT, PMDB e PP, segundo se sabe até agora. Tais repasses faziam com que as empreiteiras superfaturassem o custo das obras.
Ao mesmo tempo, um intricado sistema de lavagem de dinheiro era organizado pelo doleiro Alberto Youssef, que se encontra preso e optou pela delação premiada. Também o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, que se encontra em prisão domiciliar, seguiu o caminho da delação expondo juntamente com Youssef o assalto á Petrobras, do qual ambos participaram assiduamente.
Mais prisões aconteceram como a do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, indicado pelo mensaleiro José Dirceu, de quatro presidentes de grandes empreiteiras e de 15 executivos, na 7ª etapa da Operação Lava Jato denominada Juízo Final. O chamado “operador” do PMDB, Fernando Antonio Falcão Soares, cognome Fernando Baiano, entregou-se a polícia depois de permanecer foragido e deve ter grandes falcatruas a contar se optar pela delação premiada. Muitos outros ainda devem comparecer á Justiça, pois há uma extensa relação de políticos cujos nomes permanecem em sigilo.
A perda da Petrobras com os desvios pode chegar a 21 bilhões, segundo o banco americano Morgan Stanley. Tudo se passou durante os mandatos de Lula da Silva, sendo que Dilma Rousseff deles participou como ministra de Minas e Energia, depois ministra da Casa Civil, tendo sido também presidente do Conselho da Petrobras. Rousseff foi eleita presidente da República e a roubalheira se estendeu pelos quatro anos de seu primeiro mandato.

Por isso, quando petistas com aquele cacoete de atribuir sempre aos outros seus erros, falam que a culpa de tudo é dos governos anteriores, estão certos. Anteriormente foram oito anos de Lula da Silva e quatro de Dilma Rousseff. Mesmo assim estes não viram, não ouviram, não sabem de nada.
Some-se aos descalabros da Petrobras a condição econômica do País. Como bem resumiu Celso Ming, “a situação atual é de paradeira, alta inflação, contas públicas degradadas e deterioração das contas externas” (O Estado de S. Paulo, 19/11/2014).
Diante de tantas dificuldades o PT vai chocando seus ovos de serpente, dos quais na hora certa nascerão venenosíssimas urutus. Entre eles  podem ser citados:
1 – O Decreto 8.243 que constitui os Conselhos populares, espécie de sovietes compostos pelos chamados movimentos populares ligados e sustentados pelo PT. Caberá a eles se sobrepor ao Legislativo e ao Judiciário. O Decreto já foi rejeitado pela Câmara, mas deverá voltar ao Congresso.
2 – O recente manifesto do PT que aponta para o objetivo de alcançar a hegemonia e se refere, entre outras coisas de cunho autoritário, à censura dos meios de comunicação.
3 – A visita não oficial ao Brasil de Elias Jaua, ministro-chefe das milícias bolivarianas da Venezuela. Posteriormente ele aparece no vídeo de um canal de TV estatal venezuelana assinando um convênio com o MST na cidade de Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. Esses convênios na verdade são cursos de treinamento para a revolução socialista.
4 – A insidiosa campanha contra a polícia acusada de matar pessoas. Não se menciona o número de assassinatos de pessoas por bandidos, nem quantos policiais morreram heroicamente para proteger a população. Só falta pedir que a polícia ande desarmada para enfrentar facínoras fortemente armados.
Diante de tanta degradação e de um futuro nebuloso, o que diria o brilhante polemista, o corajoso jornalista Paulo Francis? Pena que ele não pode mais se expressar, mas, pelo menos está vingado. 
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é sócióloga www.maluvibar.blogspot.com.br

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O pessoal do PT é barra pesada.... E La Nave Va...


A DITADURA DA MILITÂNCIA

Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
O PT, cuja essência é autoritária sempre requereu para si o monopólio do poder, da virtude e da verdade. Logrou ascender ao cargo mais alto da República na quarta vez depois da escalada persistente de Luís Inácio da Silva, cuja imagem cuidadosamente construída simbolizou o proletário para estar de acordo com a teoria de classes de Karl Marx. Ele nunca foi um proletário – homem pobre com família numerosa que só tem por bens sua prole – e sim, por breve tempo, esteve entre os metalúrgicos que compõem a elite do operariado.
Conquistado o poder o PT se desfez do monopólio da virtude, pois se no Brasil a corrupção é histórica e endêmica, a militância petista dos altos cargos transformou seu partido no mais corrupto de toda nossa história.
Quanto ao monopólio da verdade evidenciou-se na prática ao contrário, ou seja, da propaganda enganosa às contabilidades criativas o governo do PT fez da mentira sua arma de sustentação e manutenção no poder. Nesta linha de conduta os petistas abusaram do contraditório, contradizendo o que antes afirmavam como o próprio Luís Inácio que se disse uma metamorfose ambulante.
Além do mais, petistas nunca erram sendo os outros são sempre os culpados. Em outra estratégia o governo dividiu para governar estimulando o ódio entre ricos e pobres e, num esdrúxulo recorte da luta de classes promoveu o embate entre brancos e negros, heterossexuais e homossexuais.
Na recente campanha que terminou com uma pequena diferença a favor de Rousseff  a exacerbação da mentira teve contornos sórdidos e logrou transformar primeiro, Marina, depois Aécio, em monstros perniciosos que ao lado dos banqueiros matariam os coitadinhos dos pobres de fome e lhes tiraria todos os benefícios presenteados pelo pai Lula. Marina seria a vacilante, a homofóbica. Aécio o bêbado que batia em mulher. Essas e outras sandices eram difundidas incessantemente na propaganda eleitoral gratuita, em palanques onde Rousseff “fez o diabo” e Luís Inácio parecia necessitado de um exorcismo. Conforme a revista Veja, odiada por Lula e demais companheiros: “o PT distorceu fatos, falsificou a história e manipulou eleitoralmente a divulgação de informações, jogando o nível da disputa na lama”.
No seu discurso após ser reeleita, Rousseff lançou Luís Inácio ao chamá-lo duas vezes de presidente. Portanto, nem bem terminou uma campanha outra já começou como demonstração do projeto que visa á continuidade do PT no poder. Contudo, seria interessante considerar alguns fatos:
1º - Luís Inácio perdeu feio no seu berço político, São Paulo, onde não logrou eleger o terceiro poste. Perdeu no Rio de Janeiro, no Sul e em vários Estados. Seu partido, ainda que continue forte, perdeu deputados, senadores, governadores.
2º - O primeiro mandato da criatura, arrasador para a economia, tende a piorar neste segundo com aumento da inflação, da inadimplência, da queda da renda, do desemprego e do crescimento zero.
3º - O PT tanto utilizou o ódio como ferramenta de divisão social que conseguiu implantar esse sentimento na sociedade. Isto apareceu de modo inequívoco no comportamento antipetista que se alastrou praticamente pela metade dos eleitores durante a campanha, de modo nunca havido e que tende a continuar.
4º - O projeto golpista do governo de criação de comitês populares ou sovietes foi derrubado na Câmara, enquanto vai se armando no Congresso uma oposição que inclui parte do PMDB.
6º - Partidos estão se engalfinhando por ministérios e demais cargos e vai ser difícil contentar a todos, a menos que  Rousseff acrescente mais ministérios aos 39 já existentes com as devidas repercussões negativas para os cofres públicos.
Disto se deduz que Luís Inácio e seu partido nunca enfrentaram tantas dificuldades. Entretanto, não se pode subestimar poderio petista. Para enfrentá-lo seria necessário o surgimento lideranças parlamentares de fato oposicionistas e a manutenção da lucidez antipetista na sociedade
Se tal não acontecer e o governo dominar o STF nos moldes bolivarianos, domesticar o Congresso e a sociedade não reagir, a ditadura da militância se instalará de vez através de uma constituição feita à sua imagem e semelhança, da censura aos meios de comunicação, de outras medidas autoritárias que implantem a sonhada democracia de massas. Ainda é tempo de não virarmos uma Venezuela e sistemas congêneres da América Latina. Todavia o perigo existe porque os embriões da falsa democracia já estão plantados no Brasil.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga www.maluvibar.blogspot.com.br

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Expectativa ruim para depois das eleições segundo socióloga ....

domingo, junho 29, 2014


DEPOIS DA ELEIÇÃO O TSUNAMI

Cartoon publicado no blog português Humografe
Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
A Copa do Mundo precedida por manifestações selvagens dos “black blocs” ou dos ditos movimentos sociais, de greves políticas oportunistas, de perturbações da ordem que martirizaram populações em diversos estados brasileiros, agora decorre em clima festivo nos estádios renomeados de arenas.
O desempenho da seleção brasileira tem sido sofrível e começou com um constrangedor gol contra, mesmo assim se a bola entra na rede o grito que reboa é de alegria intensa como se a alma, a vida, a redenção das pessoas pudessem estar contidas no chute providencial.
Lula, o pai da Copa, crê piamente que a euforia popular que o futebol propicia é invenção e dádiva sua às massas empolgadas. Aliás, o criador e a criatura sempre se atribuem o que é esforço, trabalho e mérito dos brasileiros. Na verdade, o governo corrupto, incompetente, burocrático, perdulário, patrimonialista mais atrapalha que ajuda, especialmente os que querem produzir.
De todo modo, a Copa existiu para ser o grande palanque de Lula e consequente apoteose de Rousseff a ser aclamada nas urnas por um povo feliz com a vitória da seleção. Algo, porém, maculou o cálculo de marketing visando a continuidade de poder do PT: o monumental coro do xingamento sofrido pela governanta na abertura dos jogos.
Hipocritamente Lula se mostrou indignado com o impropério. Logo ele um desbocado afeito a palavrões e à cafajestice que lhe rendem aplausos dos áulicos que o rodeiam ou dos auditórios devidamente selecionados para ovacioná-lo.  E para explicar a vaia o presidente de fato partiu novamente para cima da elite branca e da mídia. Ao que se saiba, Lula e sua família não são negros e sem trabalho ou esforço ascenderam à elite econômica e política do país. Melhor dizendo, chegaram à classe alta, pois o significado correto de elite é produto de qualidade, coisa que o ex-presidente está longe de ser.
De todo modo, o palanque da Copa não está funcionando para o PT. Uma coisa é futebol, outra é inflação, inadimplência, queda do emprego, retração da produção industrial, pibinhos que nos deixam na rabeira dos BRICS.
Ressalve-se que basta ser dona de casa para perceber a péssima situação da economia, fruto de um dos piores governos que o Brasil já teve. Basta ir ao supermercado. Rousseff, por sua vez, recebeu a herança maldita do criador e é esta situação que transborda das vaias, das infidelidades partidárias, das pesquisas de opinião que mostram a governanta ladeira abaixo. Diante de tal situação parece que pela primeira vez o medo venceu a esperança do PT permanecer no poder.
O medo pode paralisar ou impelir a reações fortes. Lula não quer assumir o lugar da criatura na campanha, pois sabe o descalabro que será 2015 do ponto de vista da economia com as inevitáveis decorrências sociais. Prefere colar na governanta e com sua verborragia e suas mentiras elegê-la. Sendo ela vitoriosa precisará de anteparos para governar. Se for outro o eleito, os mesmos anteparos se converterão em obstáculos para tentar inviabilizá-lo.
Desse modo, enquanto o povo contente grita gol, as garras totalitárias do PT se estendem sobre a nação. O Marco Civil está em curso, significando que sutilmente foi baixada a censura sobre os meios de comunicação, sobre a liberdade de pensamento. Já existe até uma lista de jornalistas “malditos” que deverão ser expurgados pelo partido.
Sem o ministro Joaquim Barbosa, honrosa exceção de competência, coragem e honradez o STF retoma os conhecidos caminhos da impunidade e o primeiro ato é permitir que mensaleiros trabalhem, passando assim por cima de critérios e privilegiando companheiros em detrimento dos demais presos. Em breve pode ser que especialmente os quatro mensaleiros do PT estejam leves, livres e soltos.
Tem mais e pior, a relembrar velhos tempos, quando existia a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Aguarda para votação no Congresso o decreto 8.243, apelidado de “bolivariano”. Por esse decreto presidencial serão criados conselhos compostos por uma vaga sociedade civil e pelos ditos movimentos sociais, organizados, manobrados e custeados pelo governo petista. Os conselhos ou soviets deliberarão em todos os órgãos públicos. A tal participação popular, na verdade ideológica, inclusive, se sobreporá ao Congresso, ficando assim resolvidos todos os problemas de governabilidade em um possível novo mandato da criatura, ou seja, do criador. Afinal, é ele quem manda.
Aproveite, pois, o povo, alegrias e festas da Copa porque depois da eleição virá o tsunami.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga www.maluvibar.blogspot.com.br

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

“A história é a ciência da infelicidade dos homens”... Raymond Queneau

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2013/11/artigo-santa-mafia.html

sábado, novembro 30, 2013


ARTIGO: A SANTA MÁFIA.

Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
Dia após dia a história se desenrola. Nestes quase doze anos de governo petista me vem à mente uma definição de Raymond Queneau: “a história é a ciência da infelicidade dos homens”. Não que tenhamos tido uma história edificante, mas me refiro à sordidez, à imoralidade, à corrupção galopante, ao teatro de mentiras e, especialmente ao escândalo descortinado pela máfia do mensalão, considerada santa pelos próprios mafiosos.
Entretanto, contra tudo e contra todos, numa luta insana para fazer justiça, pela primeira vez em nossa história a cúpula do mais poderoso partido foi parar na cadeia. Esse feito inédito se deveu à tenacidade, à coragem e à competência de um cidadão de origem humilde, negro que nunca recorreu a cotas, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa. Insultado por petistas hidrófobos, que têm como tática desqualificar e intimidar quem não reza por sua cartilha, o ministro Barbosa já entrou para a história com honra e gloria, ao contrário dos péssimos exemplos que se veem, a começar pelo ex-presidente Lula da Silva que melhor seria ser chamado de presidente, pois é quem manda e desmanda na sua grei mafiosa como poderoso chefão beneficiário de todos os vícios detectados pelo STF.
Infelizmente, o ministro Barroso recém-chegado ao STF abriu caminho para os embargos infringentes, chicanas protelatórias ao infinito com intuito de livrar a máfia de suas penas. E o ministro Celso Mello votou a favor dos tais embargos possibilitando a José Dirceu que já foi chamado de chefe da quadrilha, a José Genoíno o moribundo do ano e a Delúbio Soares autor de famosa piada de salão, o regime semiaberto em vez do fechado. Ano que vem a situação do trio pode melhorar bastante, uma vez que o próximo presidente do STF será o ministro Lewandowski. Quanto aos auxiliares de Dirceu, da base aliada ou ligados ao seu gerente do mensalão, Marcos Valério, deverão mofar na cadeia.
Escapou em fuga rocambolesca, escafedendo-se para a Itália, Henrique Pizzolato, também pertencente à “família”. Homem forte de Lula da Silva no Banco do Brasil e exímio autor de dossiês falsos contra inimigos, função comum a petistas aloprados, deve estar seguro junto à Berlusconi como aqui está o inimputável Cesare Battisti, assassino e terrorista italiano protegido de Lula da Silva.
Como aparecerão nos futuros livros de história as fotos de Dirceu e Genoíno de punho erguido, simbolizando o comunismo? Serão considerados heróis ou cínicos a rir debochadamente dos eleitores que não se cansam de eleger bandidos para representá-los? Se a história for escrita por intelectuais petistas prostituídos à causa a dupla vai ficar bem na foto.
Privilégios na prisão, revoada de parlamentares companheiros à Papuda para prestar solidariedade aos seus iguais, apoio total do PT aos pobrezinhos dos condenados, presos políticos do seu próprio partido e julgados injustamente por juízes indicados por seus presidentes, lamúrias sem fim e a surrada tese da vitimização e da culpa das elites e da mídia, no momento é bastante para santificar a máfia do mensalão.
Destaque-se José Dirceu que já arrumou emprego num hotel da elite em Brasília, o St. Peter, graças à amizade com o dono, companheiro que já foi devidamente beneficiado pelo governo em agradecimento ao favor prestado à “família”. Assim, no luxo e no conforto o chefe da quadrilha vai ser “gerente administrativo” com salário de R$ 22.000,00 e poderá continuar a fazer lobby, quem sabe na suíte presidencial.
Á exemplo dos paraguaios que boicotaram a entrada de senadores em shoppings, restaurantes, postos de gasolina e táxis por não terem suspenso a imunidade de um de seus pares, Victor Bocato, acusado de falcatruas, ninguém deveria mais se hospedar no tal hotel. Mas no Brasil isso seria querer muito.
Menos afortunado Genoíno não obteve o que queria com a encenação mambembe de infarto, os constantes chiliques, a nauseante choradeira. Médicos da Universidade de Brasília e da Câmara atestaram que ele não sofre de cardiopatia grave.  Mas, enquanto Genoíno choraminga deputados solidários se articulam para evitar sua cassação. De fato, a bancada da Papuda tende a aumentar.
Enquanto a história vai acontecendo Dilma Rousseff segue em vertiginosa campanha fazendo o diabo, como disse que faria. Pesquisa do Ibope mostra que se a eleição fosse hoje ela ganharia em primeiro turno. Talvez, ganhe mesmo em 2014. Os eleitores estão otimistas, contentes com a inadimplência, realizados com a inflação alta, maravilhados com os juros que voltaram aos dois dígitos. Lula da Silva dirá que mesmo depois de quase 12 anos de governo petista tudo é culpa do Fernando Henrique. Como não existe oposição todos acreditarão piamente e os homens farão história buscando alegremente no voto sua infelicidade.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga e edita oblog www.maluvibar.blogspot.com.br