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quarta-feira, 3 de abril de 2013

A maluquice está no Poder


03/04/2013
 às 17:33

A loucura no poder – de Kim Il-sung a Nicolás Maduro. Ou: Chávez vira um passarinho e canta para seu herdeiro político! É uma coisa, assim, “ornito-místico-afetiva”. Piu, piu, piu!!!

O mundo assiste um tanto perplexo às ameaças feitas por um hospício chamado Coreia do Norte. Numa eventual guerra, as forças norte-coreanas, embora gigantescas, não dariam nem para o cheiro. Ocorre que o país tem artefatos nucleares. E sempre há o risco de a China querer defender o aliado, embora eu duvide. Os celerados que mantêm aquele país debaixo do chicote deveriam ter sido contidos antes — militarmente, sim. A China teria protestado, mas enfiado o rabo entre as pernas. Tinha outras prioridades. E agora? Pois é… Deixe essa gente demencial ter armas atômicas para ver o que acontece.
Falei da Coreia do Norte porque, no país, difunde-se a crença oficial de que Kim Il-sung, avô do atual ditador, Kim Jong-un, ainda vela pelo povo lá do Reino dos Mortos. É uma espécie, assim, de zen-ateísmo-macumbismo. Todo norte-coreano tem de acreditar que, quando Il-sung nasceu, surgiu no céu uma estrela reluzente, e dois arco-íris tomaram a Terra. Também Kim Jong-Il, filho do outro e pai do atual dirigente — o gordoto taradinho que diz querer a guerra — teria sido bafejado por forças sobrenaturais.
Pois é… Agora volto à Venezuela. A retórica do tirano Hugo Chávez sempre apelou a certo messianismo. O dito “socialismo do século 21” não era mesmo coisa deste mundo. Mas o Beiçola de Caracas não tinha a ousadia de se comunicar com espíritos. O único ser das trevas com o qual conversava regularmente era Fidel Castro — que, segundo o empirismo, ainda vive. A morte do ditador deflagrou uma nova etapa na loucura que toma conta dos “bolivarianos”.
Está em curso um processo de santificação de Chávez. Agora Nicolás Maduro diz que o tiranete, como se fosse Zeus, veio falar com ele na forma de um passarinho. Não! Maduro não estava apelando a uma metáfora. Não, Maduro não estava usando uma figuração. Ele falou para que a população realmente acredite que isso é possível.
Quando o Colégio de Cardeais fez do argentino Jorge Bergoglio o papa Francisco, Maduro se manifestou. Afirmou que o líder bolivariano intercedera pessoalmente junto a Deus — nada menos — para que fosse escolhido um latino-americano para o Trono de Pedro. Observei, então, que sua expressão tentava ser referencial, como quem estivesse relatando um evento objetivo, um fato.
Uma semana depois da morte de Chávez, as TVs venezuelanas divulgavam um vídeo, feito por João Santana, o marqueteiro do PT, em que se declara a sua imortalidade. Também se tomaram providências para embalsamar o corpo, o que não se mostrou possível.
Há alguns dias, outro vídeo — um desenho animado tosco, com menos de um minuto — mostrava a chegada de Chávez ao Céu, onde se encontra com uma de suas vovozinhas e com nove outros “heróis” latino-americanos. O filme foi produzido por uma TV estatal e divulgado em todas as emissoras oficiais, às quais a oposição não tem acesso. Maduro, a exemplo do antecessor, fica horas no ar perorando em defesa do chavismo e de sua própria candidatura.
PassarinhosA transformação de Chávez num ente místico prossegue, sem conhecer o limite do ridículo. Nesta terça, ontem, Maduro revelou ao mundo que o ditador lhe apareceu na forma de um passarinho, quando fazia suas orações: “Eu o senti aqui, como uma bênção, nos dizendo: ‘Hoje começa a batalha. Rumo à vitória. Vocês têm nossa benção’. Eu o senti na minha alma”.
Maduro se encontrava na casa em que Chávez nasceu, em Sabaneta, no estado de Barinas, e se fazia acompanhar por seus irmãos. E ele contou, segundo se lê no G1“De repente entrou um passarinho, pequenininho, e me deu três voltas aqui em cima”, fazendo um gesto sobre a própria cabeça. E continuou: “[o passarinho] parou em uma viga de madeira e começou a cantar, um assobio lindo. Fiquei vendo-o e também cantei para ele, então. ‘Se você canta, eu canto’, e cantei. O passarinho me estranhou? Não. Cantou um pouquinho, deu uma volta e foi embora, e eu senti o espírito de Hugo Chávez”.
Eis aí. Esse é o candidato para o qual Lula gravou um vídeo. Esse é o candidato que, segundo o PT, conduzirá a Venezuela à redenção. Maduro é agora o São Francisco de Caracas.
Só para lembrar: A Venezuela tem um acordo de cooperação nuclear com o Irã. E seu futuro presidente fala com passarinhos e se comunica com os mortos. Ponto.
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O implicante frei Davi, da ONG Educafro, criou caso com o óbvio e pautou uma nova arma para cotas raciais



24/01/2013
 às 18:34

As falsas imputações de racismo não podem passar impunes, como o racismo

Não me impressiona que certas coisas aconteçam. O que é estupefaciente é que a antes chamada grande imprensa — cada vez menor na sua dimensão, digamos, democrática — lhes dê trela. A que me refiro?
Em dezembro, aconteceu um assalto na região do Taquaral, em Campinas. As testemunhas descreveram os bandidos. Eram pardos e negros. A PM determinou que grupos de jovens de cor parda e negra fossem alvos especiais da atenção da polícia para a apuração daquele caso em particular. O que há de errado nisso? Se os assaltantes fossem pernetas, a polícia diria: “Especial atenção com os pernetas”. Se fossem louros de olhos azuis, “Cuidado com os louros de olhos azuis”. Trata-se de mera caracterização.
Não para Frei Davi, o chefão de uma ONG chamada Educafro e notório criador de caso, chegado a ver racismo também onde não existe. 
Venham cá: então é legítimo que alguém se identifique como negro ou pardo para ter direito a cotas, por exemplo — e ninguém vê nisso racismo —, mas é um absurdo quando se diz: “Os ladrões eram negros, os ladrões eram pardos?”. A polícia deveria ter omitido esse dado?
Estão fazendo um barulho bucéfalo nas redes sociais. E, claro!, lá foi a diligente imprensa meter o gravador na boca do governador Geraldo Alckmin. Ele disse o óbvio. Lê-se no Estadão:
“O que houve foi um assalto ocorrido num bairro. Você tem um suspeito feito pelas características. É como se dizer: ‘Olha, teve um assalto aqui, e o suspeito é um loiro, uma pessoa loira, ou o suspeito é uma pessoa japonesa, asiática’. Enfim, o suspeito era uma pessoa de cor parda (…) Mas (esse foi) um caso específico, onde havia um suspeito. Não há nenhuma forma de discriminação”. Afirmou ainda que, caso se tratasse de preconceito, a punição seria “rigorosíssima”.
Quem poderia endossar uma ordem da PM para tomar especial cuidado com negros e pardos? Ora… A acusação é absurda! Chegará um momento em que será preciso responsabilizar judicialmente as acusações infundadas de preconceito. Isso demoniza as pessoas e as instituições, deixa-as marcadas. 
É evidente que a Educafro está atribuindo à polícia o que ela não fez. O caso é de tal sorte estúpido que nem deveria ser objeto de notícia — ou, então, que se evidenciasse a estupidez da coisa. O politicamente correto — e estúpido — dita a pauta. De agora em diante, quando a polícia tiver de caracterizar um eventual suspeito pardo ou negro, terá de dizer: “Suspeito não é branco, não é amarelo nem é vermelho”.
Essa é a intolerância dos tolerantes.
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 13 de janeiro de 2013

Desliguem o microfone de D.Dilma... Tirem a tinta da caneta de D. Dilma... Ensinem direção defensiva pra D. Dilma, ficou evidente a necessidade depois da derrapagem no episódio da intevenção no setor elétrico



12/01/2013
 às 6:09

Custo do arroubo chavista de Dilma: quase R$ 40 bilhões só no setor elétrico

Levante a mão quem é contra o barateamento, em si, da energia elétrica. Existe? E por que haveria alguém? Estupidez? Maldade congênita? Fetiche? A hipótese é, por si, um despropósito.  A questão, obviamente, não está em ser contra ou a favor, mas na forma como atuou a presidente Dilma Rousseff. Tudo considerado, a intervenção no setor elétrico foi a maior barbeiragem do seu governo até agora. Em pouco mais de quatro meses, o valor de mercado de 34 empresas brasileiras do setor de energia elétrica listadas na Bolsa de Valores caiu R$ 37,23 bilhões. Nunca antes na história destepaiz se operou uma “revolução” num setor da economia desvalorizando de forma brutal as empresas. É uma sandice.
E por que aconteceu? Porque Dilma agiu como se o mercado não existisse. Ela ignorou que uma das naturezas do capitalismo – de sua boa natureza – é botar preço nas coisas. Se o governo intervém num setor e, sem um plano consistente e conhecido de investimentos, baixa o valor do bem ou do serviço oferecido, sem a devida compensação, a máquina de calcular é acionada. E o que os investidores encontram ao fim das operações? Prejuízo. Por que esses investidores – que são, presidente Dilma, financiadores da atividade – continuariam a apostar no que certamente seria um mico? Por patriotismo? Por amor à causa?
Felizmente, o Brasil não é a Venezuela. E, acreditem, uma das estruturas que ajudam a impedir que seja é justamente haver um mercado relativamente estruturado, que serve de radar. Desestimula a sanha intervencionista dos governantes. Dilma achou que, no que concerne ao setor elétrico ao menos, poderia dar uma de Hugo Chávez: “Vou, faço e pronto!”. Não é assim, não! E que se note: tais arroubos voluntaristas não dão certo nem mesmo na Venezuela, como estamos cansados de saber.
“Ah, então vamos ficar agora à mercê desse tal mercado?”, pergunta o mais indignado. A menos que se tenha uma ideia melhor para conseguir os recursos necessários, parece-me que ele terá, sim, de ser considerado.
Não se trata de um braço de ferro. As empresas da área não têm como fazer estoque, por exemplo, para pressionar o governo. Quem notou a gigantesca trapalhada, reitero, foi o mercado, cuja natureza é buscar boas oportunidades. Dilma não negociou com ninguém o seu milagre da energia barata. Se era mesmo assim tão simples; se bastava atuar na base da canetada, com discurso na TV; se a solução para um problema complexo era tão fácil, pergunta-se o óbvio: por que ninguém teve a ideia, nem mesmo Lula, de fazê-lo antes? A resposta: porque nunca foi nem simples nem fácil.
O setor elétrico, ao contrário do anunciado, continuou a ser um dos gargalos graves da infraestrutura brasileira e, lembre-se de novo!, é ainda dependente das chuvas. Com um crescimento da economia ridículo, muito abaixo da média dos emergentes e de economias subdesenvolvidas da América Latina, TODAS AS TERMELÉTRICAS brasileiras tiveram de ser acionadas. Não é preciso ser bidu para saber que um barateamento da energia levará a um aumento do consumo. Se a sorte não sorrir para Dilma com chuvas torrenciais nos lugares certos, é evidente que aumenta a chance de haver crise de abastecimento, racionamento, apagão. Como a economia trotando como um pangaré, a gente vai levando… Mas quanto precisa e quer crescer o Brasil?
Dilma se meteu numa enrascada. Pior: está demorando para admitir o erro e acha que pode resolver tudo na base do puro proselitismo e do “faço e aconteço”. Aqui e ali se nota que o simples debate sobre a possibilidade de racionamento é tratada como se fosse sabotagem e conspiração. Alguns animadores de auditório do governismo atribuem as críticas à decisão do governo como mero braço de ferro entre os que querem uma energia mais barata e os que a querem mais cara, como se isso fosse uma questão de escolha. E não é.
Dilma não é exatamente uma entusiasta do mercado, não é? Vejam o tempo que demorou para admitir que precisava do setor privado para tornar aceitáveis os aeroportos brasileiros. Lembrei ontem aqui que a crise no setor explodiu em meados de 2006. Quase sete anos se passaram, e só agora se começa a dar uma resposta.
Eis aí um dos malefícios de se ter uma oposição raquítica no Brasil. O necessário trabalho de vigiar o governo – é a sua principal tarefa – fica restrito à imprensa. O apagão mais grave que enfrenta o país é o da crítica.
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 22 de dezembro de 2012

Reinaldo Azevedo . 32 milhões de visitas em um ano!


22/12/2012
 às 6:05

32 milhões de vezes “obrigado!”, meus leitores

Caros leitores,
chegou a hora de descansar um pouco — mas não muito, fiquem tranquilos! Este blog entra naquela fase de desaceleração típica de fim e começo de ano. Vocês sabem que, parado de verdade, eu nunca fico. Assim, podem voltar aqui a cada dia que é grande a chance de haver alguma novidade. Se aparecer um novo “plano nacional-socialista de direitos humanos” — a exemplo daquele que peguei na ponta da havaiana em 2009 —, não tenham dúvida de que estarei presente para chamar as coisas pelo nome que elas têm.
Mais uma vez, expresso a minha gratidão a vocês pela parceria generosa, inteligente, vigilante. Assim que expirar o dia 31, este blog terá tido, só em 2012, mais de 32 milhões de páginas visitadas. Em seis anos de existência, já resultou em três livros, todos muito bem-sucedidos. Tudo obra de vocês!
Embora o ano tenha chegado ao fim sob os auspícios de mercadores antigos e recentes de apocalipses, a gente nem se assusta nem se cansa. O Brasil deu um passo importante — não é a redenção porque isso, em história, não existe — contra os ladrões de dinheiro público, contra os ladrões de instituições, contra os ladrões da nossa generosidade.
Temos os nossos valores e os nossos princípios. E deles não abrimos mão. Não aceitamos um estado que seja maior do que a sociedade; não aceitamos um partido que seja maior do que os indivíduos; não aceitamos indivíduos que sejam maiores do que as instituições.
E seguiremos nessa trilha. Eles escolhem a difamação, nós escolhemos o esclarecimento; eles escolhem o linchamento da divergência, nós escolhemos o debate; eles querem nos esmagar, nós queremos civilizá-los com a força do estado de direito. E essa é uma batalha que se trava com alegria!
Que os crentes sintam seu coração confortado; que os não crentes creiam de tal sorte no humano que possam enxergar nele até o divino, como diz um poema antigo.
Que todos tenhamos vida em abundância!
Trinta e dois milhões de vezes, digo: “Obrigado, meus leitores!”. Seguiremos juntos.
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 14 de outubro de 2012

O pior momento do Ministério de Educação desde sua fundação ...(Kit gay)


14/10/2012
 às 16:40

Haddad tá cansadinho e chama crítica a kit gay de “ataque pessoal”. É o fim da picada!

É impressionante! Quando ministro da Educação, o senhor Fernando Haddad (PT) autorizou que fossem distribuídos nas escolas filmes em que se afirmava a superioridade da bissexualidade sobre a heterossexualidade e se defendia que travestis usassem o banheiro feminino. Isso é apenas parte das barbaridades. Há outras.
Seu adversário na disputa pela Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), foi indagado a respeito do material por repórteres da Folha e do Estadão (leia post a respeito) e disse 0 óbvio: o material é tecnicamente ruim porque, em vez de combater o preconceito, faz proselitismo em favor de determinadas práticas sexuais, o que não é função da escola nem do Estado.
E Haddad diz o quê? Não quer falar a respeito e chama a crítica de “ataque pessoal”. Na Folha, leio que o petista disse o seguinte: “É um ataque pessoal. Ele [Serra] sempre distorce a informação, eu não vou mais comentar. Eu já estou cansado desse tipo de ataque”.
Como, excelência? “Serra distorce”? Então dê a informação não-distorcida. Qual é a boa leitura sobre aquela porcaria que o senhor mandou produzir, vetado até pela presidente Dilma?
Fui ler o que Haddad chama “programa”. E fique com a impressão — na verdade, é mais do que isso — de que, se eleito, ele pretende usar algo como o kit gay nas escolas da Prefeitura.
Pergunto: a população de São Paulo tem ou não o direito de saber disso? Boa parte da imprensa paulistana acha que não. Eu acho que sim.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"A depredação das Instituições" é um espetáculo produzido e postado ao vivo por defensores do Mensalão como aula e que deveria ser proibida para menores ideológicos...

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/impunidade-nao-e-garantia-democratica-lewandowski-alias-e-apanagio-de-ditaduras/

05/10/2012
 às 4:25

Impunidade não é garantia democrática, Lewandowski! Aliás, é apanágio de ditaduras!

O voto desta quinta-feira do ministro Ricardo Lewandowski é a evidência escancarada de um Supremo Tribunal Federal infiltrado pelos interesses partidários mais mesquinhos – e pouco me importa se ele tem ou não a carteirinha do partido. Lewandowski é a prova de que, por meio do regime democrático, é perfeitamente possível promover a depredação das instituições, o seu rebaixamento, a sua desqualificação. Afinal, o presidente da República tem o poder de indicar o candidato ao Supremo. Ao Senado cabe sabatiná-lo e aprová-lo ou rejeitá-lo. Se o chefe do Executivo decide escolher um mero esbirro de um projeto político e se os senadores se comportam como despachantes do Palácio, toma assento na corte suprema do país o serviçal de um partido ou de um grupo. Como impedir que isso aconteça? Entregar a indicação a corporações de ofício também não é uma boa saída. Não há outro caminho: também nesse caso, só a vigilância democrática é eficaz – dos cidadãos, da imprensa, dos advogados, das pessoas de bem. “Ah, lá está o Reinaldo desqualificado o Lewandowski só porque não votou como ele queria…”
leia mais, se interessar pelo linnk > http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/impunidade-nao-e-garantia-democratica-lewandowski-alias-e-apanagio-de-ditaduras/

domingo, 26 de agosto de 2012

Ser honesta no Brasil é perigoso... Vejam a reportagem de Veja

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/pensem-nesta-vergonha-senhoras-ministras-e-senhores-ministros-do-supremo-ate-agora-esta-inocente-e-a-unica-punida-do-mensalao/

26/08/2012
 às 5:01

Pensem nesta vergonha, senhoras ministras e senhores ministros do Supremo: até agora, esta inocente é a única punida do mensalão!

Vocês têm de espalhar na rede a história desta mulher porque ela é a evidência viva do modo como “eles” operam. Ela se negou a endossar a roubalheira dos mensaleiros no Banco do Brasil. Sabem o que aconteceu? Perdeu o emprego, não consegue mais trabalho e já foi ameaçada de morte três vezes. Leiam a reportagem de Gustavo Ribeiro e Hugo Marques na VEJA desta semana.
Danevita: ela fez a coisa certa e, por isso, perdeu o emprego e recebeu três ameaças de morte
A publicitária Danevita Magalhães não ajudou a desviar recursos públicos, como fez o PT e seus dirigentes, não fraudou empréstimos bancários, como o empresário Marcos Valério, nem sacou dinheiro sujo na boca do caixa de um banco, como fizeram os políticos. Sua situação, porém, é bem pior que a de muitos deles. Ex-gerente do Núcleo de Mídia do Banco do Brasil, Danevita foi demitida por se recusar a assinar documentos que dariam ares de autenticidade a uma fraude milionária.
Depois de prestar um dos mais contundentes depoimentos do processo — desconstruindo a principal tese da defesa, de que não houve dinheiro público no esquema —, Danevita passou a sofrer ameaças de morte e não conseguiu mais arrumar emprego. A mulher que enfrentou os mensaleiros cumpre uma pena pesada desde que contou o que sabia, há sete anos. Rejeitada pelos antigos companheiros petistas, vive da caridade de amigos e familiares, sofre de depressão e pensa em deixar o Brasil. Só não fez isso ainda por falta de dinheiro.
O testemunho da publicitária foi invocado várias vezes no corpo da sentença dos dois ministros que votaram na semana passada. Entre 1997 e 2004, Danevita comandou o setor do Banco do Brasil responsável pelo pagamento das agências de publicidade que fazem a propaganda da instituição. Sua carreira foi destruída quando ela se negou a autorizar uma ordem de pagamento de 60 milhões de reais à DNA Propaganda, do empresário Marcos Valério. O motivo era elementar: o serviço não foi e nem seria realizado. Mais que isso: o dinheiro, antes de ser oficialmente liberado, já estava nas contas da DNA, o que contrariava frontalmente o procedimento do banco. Ela, portanto, negou-se a ser cúmplice da falcatrua. Em depoimento à Justiça, Danevita contou ainda que ouviu de um dos diretores da DNA que a cam­panha contratada jamais seria realiza­da. “Como não assinei, fui demitida”, lembra.
Depois disso, ela não conse­guiu mais arrumar emprego e perdeu tudo o que tinha. Saiu de um padrão confortável de vida — incluindo um salário de 15000 reais, carro do ano e viagens frequentes — para depender da boa vontade de amigos e morar na casa da filha, que a sustenta. “Estou sofrendo as consequências desse esquema até hoje. O pior é que eu não participei de nada. Você deveria falar com Dirceu, Lula…”, disse.
Danevita hoje vive reclusa na casa da filha e evita conversar sobre o mensalão. Ela conta que sofreu três ameaças de morte. Sempre telefonemas anônimos, pressionando-a para mudar suas alegações às autoridades. Seu desespero é tamanho que, em entrevista a VEJA, ela pediu para não ser mais procurada: “Peço que me deixem em paz. Eu não tenho mais nada a perder”, disse. Danevita credita aos envolvidos no esquema — e prejudicados pelo teor do seu testemunho — as dificuldades que tem encontrado no mercado de trabalho. Apesar de um currículo que inclui altos cargos em empresas multinacionais, ela conseguiu apenas pequenos serviços. A publicitária não tem dúvida de que os mensaleiros a prejudicam, mas não cita nomes. “Fico muito magoada com isso. Já perdi meu dinheiro e minha dignidade”, desabafa. Ela não acredita que o Supremo Tribunal Federal vá punir os mensaleiros.
Situação parecida vive o advogado Joel Santos Filho. Ele foi o autor da gravação do vídeo no qual o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo propina e contando como funcionava o esquema de arrecadação do PTB. A reportagem, publicada por VEJA em maio de 2005, está na gênese do escândalo. Foi a partir dela que o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson, revelou a existência do mensalão. Joel conta que foi chamado por um amigo empresário, que tinha os interesses comerciais prejudicados nos Correios, para colher provas de que lá funcionava um esquema de extorsão. Pelo trabalho de filmagem, não ganhou nada e ainda perdeu o que tinha. Durante as investigações do mensalão, Joel teve documentos e computadores apreendidos — e nunca devolvidos. Apesar de não ter sido acusado de nada, foi preso por cinco dias e ameaçado na cadeia: “Fui abordado por outro preso, que disse saber onde minha família morava e minhas filhas estudavam. Ele me alertou: ‘Pense no que vai falar, você pode ter problemas lá fora”. Joel sustenta sua família hoje por meio de bicos. “Fiquei marcado de uma forma muito negativa”, lamenta.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Mais um assunto de "ficção" para ser negado pelo time da corrupção....


06/08/2012
 às 20:41

Impressionante! Corruptos brasileiros desmoralizam até a Cruz Vermelha!

Por Leslie Leitão, na VEJA Online:
Há 20 anos trabalhando no Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o suíço Felipe Donoso está há três no Brasil, convivendo com as dificuldades de uma parceria em crise, como mostrou reportagem de VEJA desta semana. Psicólogo de formação, o delegado regional que representa cinco países da América do Sul (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, além do Brasil) tem se mostrado preocupado com a situação nebulosa das contas da Cruz Vermelha Nacional. Um episódio, em especial, tem feito com que ele cobre com mais veemência esclarecimentos da filial brasileira: o dinheiro arrecadado para as vítimas da guerra civil na Somália foi feito através de uma parceria entre as duas instituições.
Quando foi lançada uma campanha para ajudar as vítimas da Somália, em agosto do ano passado, duas contas bancárias foram disponibilizadas para a população fazer doações: uma da CICV e outra da Cruz Vermelha Brasileira. Qual foi o total arrecadado? Não sei dizer o total. Não tenho a mínima ideia, porque isso nunca isso foi comunicado a nós, apesar das várias tentativas. Sinceramente, não sei onde está o dinheiro arrecadado na conta aberta pela Cruz Vermelha Brasileira. Na conta da CICV, sei que foram depositados 139.922,75 reais até a segunda-feira, 30 de julho. Este é o valor exato na conta do banco HSBC. Na outra (do Banco do Brasil, aberta pela filial do Maranhão), não tenho como dizer.
Mas esse dinheiro não deveria ser repassado pela Cruz Vermelha à CICV, para que fosse enviado à Somália? Quando decidimos fazer a campanha de arrecadação de fundos, nos entendemos perfeitamente, através de cartas, inclusive, mencionando os temos do acordo: 100% do dinheiro deveriam ser passados para o CICV. Mas não foi. Não sabemos nem quanto foi depositado na conta deles.
Onde está o dinheiro? Não temos essa resposta. Na chamada Família Cruz Vermelha temos princípios rigorosos. Nessa política de arrecadação de fundos para vítimas é totalmente baseada na transparência e na responsabilidade. Infelizmente nós não temos acesso às contas e não fiscalizamos a Cruz Vermelha Brasileira ou nenhuma outra. Somos órgãos distintos. Mas não importa. A situação é inaceitável.
O senhor tem cobrado uma posição da Cruz Vermelha Brasileira? Mandamos um documento muito claro sobre os procedimentos financeiros no mesmo dia da abertura da nossa conta, 12 de agosto de 2011. A conta deles tinha sido aberta um dia antes. De lá pra cá temos cobrado um posicionamento sobre esse dinheiro. Em junho passado, aliás, numa reunião realizada aqui em Brasília, fizemos esse pedido mais uma vez. Não só nós do CICV em relação ao dinheiro da Somália, como o representante (Gustavo Ramirez) da Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho, que cobrou a mesma coisa em relação ao dinheiro do Japão. A resposta deles foi de que uma auditoria estava sendo feita e que a questão ficou “um pouco confusa”.
Essas suspeitas podem sujar a imagem de uma entidade na qual quase todos acreditam e confiam ? A imagem da Cruz Vermelha mundial foi afetada. A (Cruz Vermelha) argentina, a colombiana, todas vão sofrer com isso. Por isso o assunto nos preocupa tanto. Mas não temos nada a esconder. Eles (filial Brasileira) devem esclarecimentos sobre o que fizeram com o dinheiro. Não pode ficar uma suspeita dessas. Ainda estou sem explicações.
A Cruz Vermelha já enfrentou esse tipo de problema em outros lugares? Nunca. Trabalho na CICV há 20 anos e nunca presenciei algo parecido.
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mensalão visto por Reinaldo Azevedo


02/08/2012
 às 16:55

Lewandowski já perdeu! Com Cezar Peluso, 6 a 1 a favor da honra do tribunal. Placar será de 9 a 2

Cezar Peluso deu o sexto voto contra a solicitação de Márcio Thomaz Bastos. Já é a maioria. Já dá para antecipar, dadas as intervenções, que também votarão contra o desmembramento Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ayres Britto. Marco Aurélio vai acompanhar Lewandowski. O placar será de 9 a 2.
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Wikipedia sob suspeita de má-fé ou de má vontade com a verdade



16/07/2012
 às 17:01

Vejam quem é um dos Diderots da Wikipedia no Brasil! Ou: Nessa enciclopédia, Tiririca será professor!

Ah, as enciclopédias…
Em março deste ano, a empresa que edita a Enciclopédia Britânica anunciou o fim da versão impressa. Sinal dos tempos. Conserva uma eletrônica e uma online. O Google e o, vamos dizer, “saber popular” da Wikipedia tomaram o seu lugar.
Uma das melhores memórias que tenho está ligada a uma enciclopédia. Em 1976, venci um concurso nacional de redação — o tema era a preservação da natureza (já!!!), e eu aproveitei para dar um cacete na ditadura (ganhei, mas comecei a ter problemas…) —, e o prêmio era uma Barsa inteirinha, só pra mim. Lembro do dia em que as caixas chegaram, o cheiro dos livros, o orgulho de pai e mãe, essas coisas desta vida besta… A primeira edição da Barsa no Brasil foi coordenada pelo jornalista e escritor Antonio Callado. Muitos intelectuais brasileiros trabalharam na elaboração de verbetes, como é o caso do poeta Ferreira Gullar.
Pois é… Se a Britânica tinha entre seus colaboradores alguns dos mais destacados intelectuais do mundo e se a Barsa contou com gente como Callado e Gullar, a Wikipedia dá poderes de “eliminador” a um sujeito chamado “Chico Venâncio”. Quem é Chico Venâncio? Vamos ao começo da história.
Aqui, a prova das boçalidades do nosso enciclopedista; o Itamaraty está de olho nele: rapaz de futuro!
Aqui, a prova das boçalidades do nosso enciclopedista; o Itamaraty está de olho nele: rapaz de futuro!


O ministro Gilmar Mendes, do STF, não gostou de algumas barbaridades que estavam — e muitas ainda estão — em sua biografia na Wikipedia. E fez o óbvio: reclamou. Eis que surge no cenário o tal Venâncio, um rapaz de 23 anos, recém-formado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. Ele é uma das pessoas autorizadas a alterar verbetes da enciclopédia. Seu status é o de “eliminador”. Pode cortar as passagens que considera inadequadas. Huuummm…
Antes que continue, uma observação: não vou aqui reescrever o perfil de Mendes no Wikipedia, mas a quantidade de contrabando ideológico que se lê é assombrosa. A síntese feita, por exemplo, sobre a atuação do ministro do caso da Lei da Ficha Limpa é pura delinquência intelectual. Pois bem… Francisco Carvalho Venâncio — e o nome completo do rapaz — decidiu cortar da biografia do ministro apenas as informações que podem ser consideradas favoráveis ao ministro. As delinquências ficaram lá.
Flagrado em sua ação deletéria e procurado pela Folha para se pronunciar, escreveu um post em seu blog em tom meio debochado. Atenção! Juventude não é sinônimo de ignorância, não! A humanidade já produziu muitos gênios abaixo dos 30 e até dos 20. Venâncio poderia ser um deles, um novo Diderot de Brasília. Será o caso? Leiam (em vermelho) o trecho do texto intitulado “Artigo do Gilmar Mendes 1 (ou “Mamãe saí na Folha”)”. Assombrem-se!
Não comentei o motivo que me retornou a escrever no blog no último post. Na terça-feira a noite recebi um email de uma repórter da Folha de São Paulo me pedindo uma entrevista sobre a Wikipédia. A última coisa que eu esperava é que fosse um pedido de reação ao incômodo de Gilmar Mendes com as minhas edições em seu artigo!
Devo afirmar de antemão que é claro que eu não gosto de Gilmar Mendes e o considero o pior ministro que o STF possui. Acredito que ele tornou profecia as palavras de Dalmo Dallari. Os mais atentos lembrarão que iniciei esse blog pouco mais de um ano expondo motivos de porque acredito que Gilmar Mendes deva ser removido do STF.
Entretanto, faço o possível para que essa visão pessoal não enviese as minhas edições na Wikipédia. Seguindo as regras colocadas lá é bem mais fácil esquecer paixões pessoais do que imaginamos (uma grande beleza que eu vejo no critério de verificabilidade é que toda a discussão sobre qual é/se existe a verdade torna-se inútil).
(…)
VolteiDestaquei apenas os erros mais escandalosos do seu texto. Sim, senhores! Chico Venâncio entrou na universidade e dela saiu sem saber a diferença entre uma preposição “a” e o verbo haver — “há”  para indicar tempo decorrido, erro que uma criança medianamente alfabetizada já não comete.
O emprego do verbo “retornar” revela uma ignorância quase comovente porque não deixa de ser uma tentativa, coitado!, de falar difícil. Por “me retornou a escrever”, ele queria dizer “me fez voltar a escrever”. Uma simples “resposta” vida “pedido de reação”. Ignorando “os motivos pelos quais” ou “motivos por que” (separado, viu, Chiquinho!?), ele tasca um “motivos de porque”… Se tomar duas pingas, a exemplo do Apedeuta-mestre, começará a “achar de que…”
Notem que me atenho à, vamos dizer, performance linguística desse enciclopedista. E o conteúdo da glossolalia? Percebe-se a sua isenção, não é mesmo? Eis aí: essa gente aparelha até churrasco na laje. Por que não aparelharia a Wikipedia?
“Que absurdo pegar no pé do rapaz por causa de uns errinhos, Reinaldo!”  Ora, ele é um enciclopedista! A qualidade do seu texto reflete certamente a qualidade de suas edições. Ah, sim: um dos seus argumentos para manter no verbete certas ofensas e imprecisões é que se baseia em denúncias publicadas aqui e ali que não foram desmentidas…
Ah, bom! Mais uma prova de rigor intelectual! Mendes ou qualquer outro desafeto de Venâncio teriam de sair por aí, em tempos de Internet, a desmentir tudo o que se publica — obrigados a provar, então, que são inocentes — para impedir que calúnias e difamações sejam veiculadas nos verbetes.
Não sei quem cuida da Wikipedia no Brasil. O que sei é que Diderots dessa qualidade a empurram para a mais completa desmoralização. Transformaram a enciclopédia popular num capítulo da guerrilha ideológica suja.
Como diria Venâncio, talvez ainda “me retorne” ao caso… Nessa enciclopédia, Tiririca é professor! Parece que o Itamaraty está de olho neste recém-formado em Relações Internacionais. Com essa gramática, no lulo-petismo, o rapaz tem futuro!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A América Latina vai bem, obrigado....!!!???


29/06/2012
 às 20:03

No Dia da Desonra, Mercosul celebra a figura de Lula! Faz sentido!

Um bloco de países que suspende uma democracia, como o Paraguai, e incorpora uma ditadura, como a Venezuela, não poderia terminar melhor: fazendo culto à personalidade. Vejam esta foto.
Cristina entrega um retrato do Apedeuta a Dilma: "Cidadão do Mercosul"! Oportuno! Afinal, o bloco se rendia a uma ditadura e churava uma democracia (Natacha Pisarenko/Associated Press)
Cristina entrega um retrato do Apedeuta a Dilma: "Cidadão do Mercosul"! Oportuno! Afinal, o bloco se rendia a uma ditadura e chutava uma democracia (Natacha Pisarenko/Associated Press)
Vocês reconhecem a imagem. O Apedeuta foi considerado “Cidadão Ilustre” do Mercosul. Faz sentido… O homem que já declarou existir “democracia até demais” na Venezuela e que mantém uma relação de amizade com Mahmoud Ahmadinejad merece todas as honras no dia da desonra.
Ao anunciar o título conferido a Lula, Cristina Kirchner não perdeu a chance de exaltar as próprias virtudes: “Na verdade, um presidente não deixa de ser presidente e, para mim, a figura de Lula tem uma associação indissolúvel com a do meu companheiro de toda a vida [em referência ao Néstor Kirchner]“.
A esquerda populista da América Latina inaugurou uma nova aristocracia.
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Blog do Reinaldo Azevedo // ...você tem contra a sua cabeça uma arma, a Constituição....

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/leitor-voce-tem-contra-a-sua-cabeca-uma-arma-a-constituicao-o-codigo-penal-e-a-estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-que-o-brasil-seja-um-pais-reacionario-como-o-canada-a-holanda-a-finlandia-a-s/

14/06/2012
 às 18:41

Leitor, você tem contra a sua cabeça uma arma, a Constituição, o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente! Que o Brasil seja um país reacionário como o Canadá, a Holanda, a Finlândia, a Suécia, a Noruega…
Ele tem 16 anos e lidera a quadrilha responsável por pelo menos 12 de 17 arrastões a restaurantes e bares na cidade de São Paulo desde fevereiro.
Ele participou pessoalmente de seis desses doze.
Ele tem liderado as ações que estão servindo ao baixo proselitismo político. Os que não se conformam com o fato de a capital e o estado exibirem alguns dos mais baixos índices de violência do país (homicídio, o mais grave, em particular) estavam e estão usando as ocorrências para tentar demonstrar que a eficiência da política de segurança pública é uma balela, que tudo caminha para o caos, que as coisas estão fugindo ao controle. Petistas em particular parecem mais felizes do que pinto no lixo. Vocês sabem como é…
Ele foi preso em fevereiro, depois do assalto ao bar Nello’s. Mas foi posto em liberdade pela Justiça, que cumpriu a lei, diga-se. Solto, deu curso às suas aventuras — desventuras para as vítimas — em série.
Ele não esconde o rosto, não, embora saiba da existência de câmeras em muitos estabelecimentos porque, afinal, os únicos que têm algo a temer são os clientes e donos dos estabelecimentos assaltados.
Ele pratica seus assaltos armado com um revólver e com os artigos 27 do Código Penal e 228 da Constituição, que garantem a inimputabilidade penal aos menores de 18 anos. Nós todos somos, então, assaltados e aviltados em nossos direitos fundamentais pelo revólver dele e pelos artigos 27 do Código Penal e 228 da Constituição.
Pois é… Recorro à anáfora com o propósito óbvio de deixar claro que eu não posso citar o nome dele. No máximo, o apelido: “Didi”. A lei o protege também disso. E é bastante severa. Leiam o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
O estatuto era tão dedicado à defesa do adolescente ao qual se “atribui um ato infracional” que o parágrafo 2º do Artigo 247 trazia isto:
“Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação ou a suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números.”
Uma Ação Direita de Inconstitucionalidade acabou suprimindo essa parte. Como se nota, até a livre circulação de ideias podia ser suprimida para proteger esta expressão da doçura adolescente que é Didi, um verdadeiro pastor amorável de Virgílio…
Vigarice intelectual e moral A vigarice intelectual e moral no Brasil decidiu fazer um pacto com o crime ao estabelecer a inimputabilidade penal aos menores de 18 anos. É como declarar um “pratique-se o crime” para os bandidos abaixo dessa idade. Didi, ora vejam, pode votar! Pode eleger presidente da República. E também pode apontar um arma para a nossa cabeça e encarar as câmeras na certeza de que nada vai lhe acontecer.
“Ah, como Reinaldo é reacionário! Só mesmo os reaças defendem essa tese”! Então vamos rever o limite da inimputabilidade em alguns dos países mais “reacionários” do planeta:
Sem idade mínima — Luxemburgo
10 anos- Nova Zelândia e Grã-Bretanha
12 anos - Canadá, Espanha, Israel, Holanda
14 anos - Alemanha, Japão
15 anos - Finlândia, Suécia, Dinamarca
16 anos - Bélgica, Chile, Portugal