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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cidades Para Pessoas | São Paulo vai ganhar uma plataforma de ideias/ Superinteressante

Cidades Para Pessoas | São Paulo vai ganhar uma plataforma de ideias

São Paulo vai ganhar uma plataforma de ideias

 12 de setembro de 2013
A ativista Jane Jacobs dizia que a cidade é uma eterna obra inconclusa, um imenso laboratório de tentativa e erro. 
cercaPara ela, as cidades têm algo a oferecer às pessoas apenas porque, e apenas quando, são criadas e moldadas pelas pessoas. É só olhar em volta e percebemos que há uma porção de gente tentando usar seus talentos para moldar espaços urbanos em lugares melhores para viver. O que faz com que sejam bem sucedidos é que algumas cidades possuem sistemas que permitem e convidam as pessoas a fazer isso – enquanto a estrutura burocrática de outras emperra e desencoraja esse processo criativo.
A boa notícia é que São Paulo vai ganhar uma plataforma para que os paulistanos proponham ideias para sua cidade chamada Sampa Criativa, uma iniciativa do SescSP, SenacSP e da Fecomércio. Nesse portal poderão entrar iniciativas como a da minha amiga Carolina Ferrés, que está tentando convencer uma incorporadora imobiliária na Vila Madalena, em São Paulo, a trocar um muro por uma cerca verde, para criar uma superfície mais interessante de ser percorrida. “Precisamos de uma cidade com menos muros” diz ela, e eu concordo.
Também haverá espaço para o projeto do artista plástico Ciro Schu e do orquidófilo Alessandro Marconi, que criam esculturas de madeira com orquídeas plantadas pela cidade. O vídeo que mostra o trabalho deles me deixou emocionada ao ver dois homens sensíveis e lindos plantando respiros de beleza em uma cidade tão cinza.
A verdade é que depois de passar um ano percorrendo 12 destinos pelo mundo entrevistando urbanistas, políticos, empresários e ativistas, as iniciativas mais interessantes que encontrei eram como essas da Carol, do Ciro e do Alessandro: vinham das pessoas que estavam experimentando ideias e testando as vocações das suas cidades. E aí percebi que, quando se trata da gestão política de uma cidade, os bons projetos não são só os que envolvem uma ideia para resolver um problema. São principalmente os que criam sistemas para que as ideias das pessoas sejam testadas e incorporadas ao processo de planejamento urbano. Como diz o pesquisador e escritor Augusto de Franco, inovação não é ter uma ideia genial, é criar um ambiente que permite que a inteligência coletiva aconteça. Em outras palavras, as cidades brasileiras precisam de sistemas para que a Carol, o Ciro e o Alessandro possam testar e melhorar progressivamente suas ideias para transformá-las em modelos replicáveis. E espero que essa lacuna seja preenchida pela Sampa Criativa.
Quando me perguntam qual o projeto mais bacana que conheci com o Cidades para Pessoas sempre cito o Instituto de Sustentabilidade de Portland, que tem como função conectar os setores que moldam a cidade. O instituto tem sedes em alguns bairros de Portland, onde faz articulações entre a iniciativa privada, as organizações ativistas, a universidade e o poder público. Nas palavras do diretor do Instituto Rob Bennet, eles “conectam os ‘queros’, ‘tenhos’ e ‘possos‘ para transformar desejos em projetos coletivos”. Foi desse sistema que a vontade de morar em uma cidade mais agradável substituindo a infraestrutura cinza (concreto e asfalto) por verde (concreto permeável e canteiros de plantas) se transformou no projeto Grey to Green. Como em Portland chove muito, a água que corria por cima do asfalto chegava muito poluída ao rio Williamette, que corta a cidade. Agora, com estruturas permeáveis, a água se infiltra aos poucos no solo e chega muito mais pura aos lençóis freáticos. Era só isso que faltava para que o processo de despoluição das águas do Williamette, que começou há 30 anos, chegasse a um nível em que as pessoas pudessem nadar no rio novamente. Foi a criação desse sistema onde ideias podem ser testadas que permitiu que as pessoas possam agora nadar no rio durante o verão.
williamette
O sociólogo Robert Park diz que “a cidade é a tentativa mais bem sucedida do homem de refazer o mundo em que vive mais de acordo com os desejos do seu coração. Mas, se a cidade é o mundo que o homem criou, é também o mundo em que está condenado a viver daqui por diante”. Sistemas centralizados em que poucas pessoas tomam as decisões que moldam a vida de muitas tendem a nos deixar reféns de uma cidade ruim. Sistemas que, ao contrário, permitem que a inteligência coletiva se manifeste, tendem a nos devolver o direito à cidade que, nas palavras do geógrafo David Harvey “não é um direito individual de ter acesso aos recursos urbanos, é um direito coletivo de mudar a cidade e, em última instância, mudar a nós mesmos”. Espero que estejamos nesse caminho.
(semana que vem farei um texto mais detalhado contando como vai funcionar a Sampa Criativa)

domingo, 21 de abril de 2013

A capacidade de tomar decisões por conta própria está em CHEQUE....! O livre-arbítrio não existe. . .

por Texto Salvador Nogueira

Tá Tudo Dominado

O livre-arbítrio não existe

A ciência comprova: você é escravo do seu cérebro


Você se interes
sou pelo tema desta reportagem e, por isso, resolveu dar uma lida. 
Certo? Errado! Muito antes de você tomar essa decisão, a sua mente já havia resolvido tudo sozinha – e sem lhe avisar. Uma experiência feita no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, colocou em xeque o que costumamos chamar de livre-arbítrio: a capacidade que o homem tem de tomar decisões por conta própria. As escolhas que fazemos na vida são mesmo nossas. Mas não são conscientes. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma seqüência aleatória de letras. Eles deveriam escolher uma letra e apertar um botão quando ela aparecesse. Simples, não? Acontece que, monitorando o cérebro dos voluntários via ressonância magnética, os cientistas chegaram a uma descoberta impressionante. Dez segundos antes de os voluntários resolverem apertar o botão, sinais elétricos correspondentes a essa decisão apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro que controlam a tomada de decisões. “Nos casos em que as pessoas podem tomar decisões em seu próprio ritmo e tempo, o cérebro parece decidir antes da consciência”, afirma o cientista John Dylan-Haynes. Isso porque a consciência é apenas uma “parte” do cérebro – e, como a experiência provou, outros processos cerebrais que tomam decisões antes dela. Agora os cientistas querem aumentar a complexidade do teste, para saber se, em situações mais complexas, o cérebro também manda nas pessoas. “Não se sabe em que grau isso se mantém para todos os tipos de escolha e de ação”, diz Haynes. “Ainda temos muito mais pesquisas para fazer.” Se o cérebro deles deixar, é claro.

A pessoa decide

O voluntário precisa tomar uma decisão bem simples: escolher uma letra. Enquanto ele faz isso, seu cérebro é monitorado pelos cientistas
1. Observa a tela...
O voluntário olha para uma seqüência de letras, que vai passando em ordem aleatória numa tela e muda a cada meio segundo.
2. Escolhe uma letra...
Na mesa, existem dois botões: um do lado esquerdo e outro do lado direito. O voluntário deve escolher uma letra – e, quando ela passar na tela, apertar um desses dois botões.
3. E aperta o botão.
Pronto. A experiência terminou. O voluntário diz aos pesquisadores qual foi a letra que escolheu e em que momento tomou a decisão.

Mas o cérebro já resolveu

Bem antes de a pessoa apertar o botão, ele toma as decisões sozinho
10 segundos antes
Os córtices medial e frontopolar, que controlam a tomada de decisões, já estão acesos – isso indica que o cérebro está escolhendo a letra.
5 segundos antes
Os córtices motores, que controlam os movimentos do corpo, estão ativos. Olhando a atividade deles, é possível prever se a pessoa vai apertar o botão direito ou o esquerdo.

E já é possível prever pensamentos

Além de provar que o livre-arbítrio não existe, a neurociência acaba de fazer outro enorme avanço: pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, construíram um computador capaz de ler pensamentos. Ou quase isso. Cada voluntário recebeu uma lista de palavras sobre as quais deveria pensar. Enquanto ele fazia isso, um computador analisava sua atividade cerebral (por meio de um aparelho de ressonância magnética). O software aprendeu a associar os termos aos padrões de atividade cerebral – e, depois de algum tempo, conseguia adivinhar em quais palavras as pessoas estavam pensando. O sistema ainda tem uma grande limitação – ele só consegue ler a mente de uma pessoa se ela estiver totalmente concentrada. O que nem sempre é fácil. “Às vezes, no meio da experiência, o estômago de um voluntário roncava, ele pensava ‘estou com fome’”, e isso embaralhava o computador, conta o cientista americano Tom Mitchell, responsável pelo estudo
.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Silêncio, calma, solidão...



Solidão faz bem para a criatividade

Carol Castro 26 de outubro de 2012  
É como cantam por aí: pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza. Com o resto não seria diferente… Ser excluído de grupos sociais pode estimular sua criatividade. Mas só se você tiver confiança suficiente para encarar a solidão.
Uma pesquisa das Universidades Cornell e Johns Hopkins, nos Estados Unidos, fez o teste com200 alunos. Todos tiveram de responder a algumas perguntas para mostrar quão importante era para um cada um deles se sentir único, diferente da multidão. Aí metade recebeu o aviso de que não participaria das atividades principais (os pesquisadores deixaram claro: vocês foramrejeitados na seleção), enquanto a outra parte dos voluntários recebeu a aprovação para todas as tarefas. Na sequência, eles tiveram de desenhar um ET (!) ou encontrar uma palavra que se ligasse a outras três (por exemplo: peixe, mina e corrida; a palavra certa seria “ouro”).
No fim da história, quem se sentia excluído, mas gostava de ser diferente da maioria, encontrava respostas mais criativas e fazia desenhos mais interessantes. Para saber se eles realmente se sentiam rejeitados, os pesquisadores deram 6 frases, do tipo “eu me senti rejeitado por ser excluído das outras tarefas”, e pediram para dizer quanto concordavam com cada uma delas.
“Se você está em um estado de espírito em que não se importa com o que os outros pensam, você está aberto para ideias novas, que podem não ter vez quando você se preocupa com a opinião dos outros”, explica Sharon Kim, líder da pesquisa.
Viu só? É bom ser excluído, às vezes. Aliás, os pesquisadores fizeram o estudo inspirados nas histórias de Lady Gaga (não dá para negar que a mulher é criativa, vai), Albert Einstein e Steve Jobs.
Crédito da foto: flickr.com/vladbg

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Recomendo: Viva mais 100 anos // Exercício de futorologia... // Eu daqui a cem anos // Superinteressante // Rodrigo Rezende


Tecnologia

Meu dia em 2112

Tenho uma tarefa ingrata: contar um dia na minha vida para um leitor de cem anos atrás. E de forma que ele me entenda. Difícil. Naquele tempo, eles ainda usavam as mãos para escrever, acredita?

por Rodrigo Rezende
1º de agosto de 2112.

Caro leitor,

Esta matéria é para comemorar os 125 anos da SUPER. Talvez você ache que teletransporte e telepatia são hoje coisas corriqueiras. Bem que eu gostaria de teletransportar meu chefe ou ler a mente das mulheres. Pena que nada disso existe hoje. Talvez haja no futuro. Mas não ouso cravar isso. Em 2012, o pessoal da SUPER não tinha aprendido a lição da edição número 1, com os supercondutores. Tentaram prever o futuro mais uma vez. Sem sucesso, claro. Agora não vamos cair no mesmo erro. Por isso, decidimos escrever esta matéria para um leitor do passado. Para você de 2012: bem-vindo ao presente.


8h00

"Bom dia. em 2142 você Terá câncer", diz o médico que se materializa assim que entro no banheiro. Mas nem ligo. Todo dia de manhã o app médico vem com algum diagnóstico diferente. Alimentado por milhares de sensores que buscam sinais de doenças 24 horas, ele sabe tudo sobre meu corpo. Também pudera: há sensores na privada, nas minhas roupas, na cama e até no chão. Todos prontos a disparar a qualquer sinal de proteína que indique doença. Mas o câncer não me assusta porque sei que os nanobots vão dar conta do recado. Esses robozinhos menores que o ponto em cima deste "i" circulam pela minha corrente sanguínea o tempo todo, exterminando qualquer célula cancerosa. Aí em 2012 você ainda não está tão tranquilo, mas as coisas estão evoluindo. Na sua época, cientistas do Hospital de Massachusetts criaram um chip capaz de identificar câncer em 115 de 116 pacientes com a doença. Já para os cientistas em 2112, câncer é fichinha perto de outro inimigo: a gripe. Eu mesmo estou meio mal agora e não tenho muito o que fazer. As mutações do vírus da gripe continuam dando um baile na medicina.

9h30

Checo meus e-mails. Logo na primeira mensagem, meu chefe se materializa na cadeira do escritório e grita: "Quando você entrega esse texto?". Na realidade, não tem ninguém na cadeira. Se eu o vejo, é porque está dentro do meu olho. Calma. Parece esquizofrenia, mas é só tecnologia. Eu uso uma lente de contato eletrônica com acesso à internet. E a imagem do meu chefe está projetada nela. Ela tem a mesma resolução que a minha retina e simula um espaço 3D tão bem quanto meu olho. É ela que traduz instantaneamente para a minha língua o que colegas indianos e chineses falam em nossas teleconferências. E que traz meus amigos virtualmente ao bar quando saio sozinho. Em 2012, só existem protótipos dela. Um deles foi o do cientista Babak A. Parviz, que conseguiu colocar uma tela de LEDs com resolução de 8x8 dentro de uma lente de contato. Pena que não dava nem para jogar Atari nela. Outra versão foi o paleozoico Google Glass. Aí no passado foi até publicado no YouTube um vídeo com um protótipo dele.

10h15

"Preparar carro". Basta o pensamento para ele se ligar e me esperar na porta de casa. Desperdício de combustível? Nada disso. Muitas décadas depois do originalmente previsto pela primeira SUPER, os supercondutores finalmente entraram para o dia a dia. Carros, trens e ônibus agora são todos movidos por eletromagnetismo. O petróleo hoje vale menos que água. Estradas foram substituídas por trilhos para supercondutores. Mas está na hora de sair. Penso "abrir porta". A porta de casa se abre. E não é telecinese. Infelizmente, ainda dependo de um aparelho para poder acionar objetos com a mente. É o tradutor mental: um conjunto de sensores eletromagnéticos em forma de capacete que capta a atividade dos meus neurônios e interpreta exatamente o que penso. Ele se conecta à internet e comanda tudo, do editor de texto ao micro-ondas. Pois é: a neurociência avançou bastante nos últimos 100 anos. Aí em 2012 já existem formas rudimentares do tradutor mental: gente jogando videogame e macacos controlando braços mecânicos com a mente em laboratório. Mas o primeiro a usar um tradutor mental de fato foi o gênio da física Stephen Hawking. Desenvolvido por cientistas do MIT, o tradutor com a tecnologia iBrain permitiu que o físico se comunicasse mesmo depois da paralisia total no corpo.

10h30

Dirigir é coisa do passado. A onda agora é viajar parado. O carro faz tudo sozinho: estaciona, calcula o trajeto e dá a partida. Aí em 2012 você também não está muito longe disso. Foi no seu ano que o Google conseguiu licença para andar com um carro sem motorista nas ruas de Las Vegas (EUA). Atecnologia do seu tempo ainda era baseada em câmeras, radar e laser. Mas pelo menos funcionava. Já o meu carro aqui não quer sair do lugar. Será defeito de software? Checo pela lente de contato se ele está atualizado. Ok, está. Abro na lente o programa "Conserte Tudo 2112". Nada. Deve ser problema nessa maldita lente. É ela que liga o carro. E é ela que... Opa, uma moça piscando em vermelho no meu campo visual. Programei a lente para sinalizar toda vez que passar alguém compatível com o meu perfil. Pelo menos alguma coisa ainda funciona direito. Vou pedir ajuda a ela.

10h35

Meus problemas acabaram: carro arrumado. E ainda descolei o ID da lente da moça - algo como o número de celular mais perfil de Facebook em 2012. Ela me deu uma mãozinha no conserto. Agora só preciso resolver um detalhe: perdi minha mão. Dei bobeira enquanto acenava um tchau para a moça no meio do trilho supercondutor, e um carro superveloz decepou minha mão na hora. Mas tudo bem. Era biônica mesmo. Compro outra logo mais. Tinha essa mão desde os 15 anos, quando era moda trocar órgão biológico por mecânico - do mesmo jeito que era moda fazer tatuagem no século passado. Estranho? Não tanto. Aí em 2012 já tem gente trocando mão biológica por biônica - como um austríaco de 26 anos que vai amputar sua mão sem movimentos e substituí-la por uma prótese. A diferença é que hoje trocamos mãos, pernas e outros órgãos em bom estado por partes mecânicas. Afinal, elas são mais fortes e têm coordenação motora melhor. Não quer ser androide? Também não tem problema. Se perder um olho, um rim ou um pulmão, basta ir à loja de órgãos e comprar um novo. Graças à evolução da engenharia genética, agora é possível criar um órgão inteiro a partir de um punhado de células.

13h45

"Oi, moça. Tudo bem?" Assim que ela atende a ligação da minha lente, é como se eu me teletransportasse para uma cadeira dentro do ateliê onde ela trabalha. No canto do meu campo visual, vejo uma cena digna do histórico Exterminador do Futuro. Com um comando de seu tradutor mental, a moça dá ordens a um nanobot. Ele vai até uma pilha de matéria e começa a se reproduzir, tal como seres unicelulares. E, em segundos, bilhões de nanobots esculpem o bloco de matéria. Surge do nada uma obra de arte. É assim que se constroem objetos em 2112. Basta projetar um design ou fazer um download direto na internet e mandar para os nanobots. Aí em 2012 você pode achar que está a anos-luz dessa tecnologia. Mas cientistas da Intel já trabalham em um meio de montar objetos usando as propriedades de atração e repulsão na carga elétrica da matéria. Enquanto os nanobots esculpem, eu tento agilizar o meu lado com a moça: "Você conhece o restaurante do elevador espacial?", pergunto. Sem desviar o olhar da escultura, ela responde: "Não". Eu: "Quer conhecer?". Ela:"Pode ser". Eu: "Hoje às 21h00?". Ela: "Ok. Conversamos lá. Até!". De repente, a sala de casa aparece de novo na minha lente. E um sorriso aparece nos meus lábios.

21h00

Céu azul. Nuvens e mais nuvens. O elevador espacial sobe mais ou menos como um avião em 2012. Mas aí o céu vai ficando roxo. E cada vez mais escuro. Estrelas começam a aparecer. De repente, surge a Terra azul lá embaixo. Pronto: estamos no espaço. Em essência, o elevador espacial é uma haste de 100 mil km de altura fincada na superfície da Terra. Mas como um haste 8 vezes maior que o diâmetro do planeta e que alcança um quarto da distância até a Lua consegue ficar de pé? A resposta está na física e nos nanotubos de carbono. Gire uma bola de tênis amarrada a um cordão. A corda não fica fixa, esticada? O mesmo princípio é usado no elevador com a rotação da Terra. Só que a rotação da Terra é de 1 670 km/h na linha do Equador - tão rápido que estouraria qualquer cordão. A menos que ele fosse feito de nanotubos de carbono, um material 180 vezes mais duro que o aço. Ele já existe aí em 2012. Mas os cientistas ainda só conseguiam fabricar tubos de poucos centímetros. Chegamos ao restaurante, que fica em um satélite geoestacionário a 35 mil km de altura. Logo que sentamos à mesa, ela me diz: "Eu sou de câncer". E aponta para a constelação de câncer pela janela. O tradutor mental lê meu cérebro e percebe que não sei nada de zodíaco (se ainda existe até 2012 por que não continuaria existindo aqui em 2112?). Então, minha lente mostra o texto que repito: "Quer dizer que você é muito ligada à família, não é... (Ops, qual o nome dela? Aparece na lente: Renata)... Renata?" Ela me olha com cara de que ouviu palavrão. "Desculpa, Ana" - tento o segundo sopro da lente. Cara de que chupou limão. "Quer dizer, Elisa!" - o jeito é improvisar. Ela vira de lado, olha para o espaço e me deixa no vácuo. Sem saber o que fazer, vou ao banheiro. Maldita lente com defeito! No meio do caminho, lembro: Carolina! De nada adianta. Minha mesa já está mais vazia que o espaço sideral. Lá fora no mirante, Carol conversa com 2 amigos reais e 3 virtuais. No meio do restaurante, coloco a mão no olho, jogo a lente no chão e piso em cima. Essa lente só serve mesmo é para lixo espacial. Pois é, amigo de 2012. O futuro chegou. Mas a vida continua não sendo fácil.
Dá uma olhada neste vídeo e veja como provavelmente será a sua vida:
Sight from Sight Systems on Vimeo.


Para saber mais
A Física do Futuro,
Michio Kaku, Rocco, 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sexo pode fazer os homens se apegarem e desejarem relacionamento sério – inclusive com prostitutas – Como as pessoas funcionam

Sexo pode fazer os homens se apegarem e desejarem relacionamento sério – inclusive com prostitutas – Como as pessoas funcionam

Sexo pode fazer os homens se apegarem e desejarem relacionamento sério – inclusive com prostitutas

Ana Carolina Prado 26 de setembro de 2012
Da série “Coisas que você não sabia sobre o amor e relacionamentos (parte II)”
Um estudo publicado em agosto na revista Men and Masculinities (disponível aqui) desmente a ideia amplamente difundida de que os homens que pagam por sexo não querem compromisso. Os pesquisadores concluíram que, embora isso seja verdade num primeiro momento, muitos homens que se tornam clientes regulares de prostitutas frequentemente desenvolvem sentimentos profundos de afeição por elas e passam a desejar uma conexão emocional além do sexo.
No estudo, foram analisadas ​​2.442 postagens em um fórum popular em que os usuários classificavam o serviço de profissionais do sexo e contavam sobre suas experiências. Aproximadamente um terço dessas postagens falava sobre envolvimentos emocionais com as prostitutas e muitos dos seus clientes expressaram o desejo de desenvolver relações que iam além da mera interação física.
Em outras palavras, eles muitas vezes passam a querer um relacionamento amoroso sério e monogâmico. “A provedora do sexo deixa de ser só a fornecedora de uma breve experiência e passa a ser vista como uma parceira romântica na vida real”, explica a autora principal do estudo, a psicoterapeuta Christine Milrod.
“Muitas das narrativas revelam surpresa a respeito do desenrolar dos fatos: o que era meramente uma transação de pagamento por sexo se torna algo em que sentimentos surgem e o cliente se questiona se os sentimentos do provedor do sexo são fingidos ou se baseiam em amizade mútua e sentimentos profundos partilhados”, diz o estudo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cão da raça mastin inglês ocupa cama de sua dona com mais de 100 quilos...

http://colunas.revistagalileu.globo.com/buzz/2012/09/26/viral-cao-gigante-toma-conta-da-cama-de-sua-dona-e-nao-quer-levantar/


Viral: cão gigante toma conta da cama de sua dona e não quer levantar

A dona de Lincoln, o cachorrão da foto, resolveu filmar sua rotina diária para acordá-lo. O resultado é um vídeo de três minutos de reclamações caninas e muita manha. Confira a filmagem que já alcançou mais de 60 mil visualizações:
Lincoln, caso você esteja se perguntando, é um mastife (ou mastim) inglês, raça de cães grandes que pode chegar a medir 75cm de altura (sobre as quatro patas) e pesar 110 kg.
Quer ver mais vídeos de cachorros rabugentos? Então conheça o

domingo, 22 de julho de 2012

"O modo de vida masculino está falido. Estamos à beira de uma revolução feminista..."

Surreal

E se... o mundo fosse governado pelas mulheres?

O mundo seria mais doce, na opinião das próprias mulheres. Elas estariam dispostas a dividir o poder com os homens, que as dominaram por milênios.

por Eliza Muto* e Stefan Gan*



Visão feminina
O mundo seria mais doce, na opinião das próprias mulheres. Elas estariam dispostas a dividir o poder com os homens, que as dominaram por milênios. Nessa nova sociedade prevaleceriam governantes do sexo feminino, porém mulheres e homens teriam os mesmos direitos e também as mesmas oportunidades.
Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, não acredita que os homens fossem prejudicados nesse universo cor-de-rosa. “As mulheres podem ascender ao poder, mas não dominar o mundo”, diz. Opinião parecida tem a socióloga Heleieth Saffioti, um dos maiores nomes do feminismo brasileiro: “Se fosse assim, estaríamos só trocando o sinal do sexismo”.
Ambos os sexos poderiam desenvolver suas potencialidades – no trabalho, na vida familiar ou na vida social. Enquanto a mulher trabalhasse para garantir o sustento da família, o homem cuidaria do lar e dos filhos. Ou o contrário. “O importante é que haja uma divisão das tarefas e que ambos tenham os mesmos direitos”, afirma a uruguaia Lucy Garrido, coordenadora da Articulación Feminista Marcosur, iniciativa que congrega mulheres de vários países sul-americanos.
Os homens só teriam a ganhar com essa novíssima ordem mundial. Eles pagam caro para dominar a cena. Só para dar dois exemplos: não podem broxar e têm de garantir o leite das crianças. No mundo feminino, eles poderiam relaxar e dar mais vazão à sensibilidade. “Eles poderiam expressar melhor suas emoções e se cuidar mais, ou seja, ter características mais ‘femininas’”, diz a psicóloga Ana Carolina de Oliveira Costa, da USP.
A sensibilidade feminina também poderia dar um fim permanente às guerras. Na opinião de Lucy, “as mulheres poderiam tentar solucionar conflitos por meio do diálogo e da negociação”.
Visão masculina
Os homens temem um mundo governado por mulheres. Na opinião deles, elas mostrarão suas garras e virarão o jogo, deixando o sexo masculino em posição de inferioridade. Para o psicanalista Jacob Pinheiro Goldberg, a era feminina chegará em breve. “Estamos à beira de uma revolução feminista. O modo de vida masculino está falido”, diz. Segundo ele, é natural que haja uma inversão de papéis. Os homens perderiam os melhores postos na economia, na política e – o pesadelo supremo do machão – ficariam encarregados das tarefas domésticas, como limpar a casa e cuidar dos filhos.
Assim, na visão masculina, é provável que o relacionamento entre os sexos fique ainda mais complicado. Para o cientista político mexicano Adrian Gurza Lavalle, da PUC de São Paulo, os homens ainda estão acostumados com a idéia de serem a fonte de sustento da família e vão relutar em aceitar a nova realidade. “A compreensão da família ainda não mudou. E vai mudar muito vagarosamente”, diz ele. “No México, por exemplo, a taxa de divórcio é brutal na fronteira com os EUA, pois lá a mão-de-obra favorece as mulheres, e os homens ficam de lado. Isso causa um conflito familiar.”
Em uma coisa os homens concordam com a visão feminina desse mundo imaginário: a vida seria mais pacífica caso elas governassem. Evaldo Alves, professor de economia internacional da Fundação Getúlio Vargas, põe fé na habilidade diplomática das garotas. “As mulheres entendem melhor as relações humanas e costumam valorizar mais a negociação e o diálogo”, afirma. “Não é por acaso que elas já ocupam, hoje em dia, cargos políticos tão importantes”. Como exemplo, o professor cita Angela Merkel (primeira-ministra alemã) e Michelle Bachelet (presidente do Chile).
*Os repórteres Eliza Muto e Stefan Gan são casados e dividem as tarefas domésticas.

Um cão pode somar mais saúde à sua vida...!

http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/ter-um-cachorro-deixa-seu-coracao-mais-saudavel/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super

Ter um cachorro deixa seu coração mais saudável


Carol Castro 20 de julho de 201     2          
A gente já falou por aqui que cachorros podem ajudar a diminuir o estresse no trabalho e conquistar mulheres. Mas há mais um motivo para gostar da ideia de ter um bichinho desses em casa: eles deixam seu coração mais forte.

Pesquisadores de uma universidade japonesa monitoraram 191 pessoas, entre 60 e 80 anos, com colesterol alto, diabetes, e pressão sanguínea alta. Cerca de 40% dos participantes tinham um cachorro em casa. E foram esses os voluntários que mostraram maior variação nos batimentos cardíacos – isso diminui o risco de morrer por conta de alguma doença no coração.
Entre os pacientes com problemas em alguma das artérias do coração, aqueles que tinham um cão viveram um ano a mais do que os outros doentes, segundo a pesquisa.
Os pesquisadores não sabem explicar o motivo dessa melhora, mas acredita-se que ter a companhia de um cachorro supre parte da nossa necessidade de interação social e ainda nos deixa menos estressados.
Mais um motivo para você adotar um cachorro, hein?
Crédito da foto: flickr.com/praline3001