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NOTÍCIAS DE BRASÍLIA

sábado, 10 de janeiro de 2015

O Amor, o Ódio, o namoro, as circunstâncias, a maluquice... tudo junto e misturado !

França caça namorada de terrorista; casal era ligado a membro do Islã radical francês

Hayat Boumeddiene, 26 anos, namorada de Amedy Coulibaly, 32 anos, apareceu em fotos vestidas com trajes típicos mulçumanos e empunhando armas
Da Redação, com agências (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 10/01/2015 09:51:29
  
O casal de terroristas franceses que participou do assassinato de uma policial, na última quinta-feira, e do sequestro de mais de 15 pessoas está junto há mais de quatro anos e já fizeram visitas a um membro do Islã radical francês Djamel Beghal  na zona rural de Cantal, no centro da França.
Na ocasião, Hayat Boumeddiene, 26 anos, namorada de Amedy Coulibaly, 32 anos, apareceu em fotos vestidas com trajes típicos mulçumanos e empunhando armas. Coulibaly, morto durante o sequestro de ontem, aparece em uma das fotos ao lado de Djamel Beghal, que seria o mentor dele, segundo o jornal francês Le Monde. 
Amedy Coulibaly e Hayat Boumeddiene (Foto: AFP)
Beghal cumpriu dez anos de prisão por terrorismo e seria um dos responsáveis por treinar jovens interessados em integrar a jihad. Segundo as autoridades francesas, Coulibaly e Chérif Kouachi, suspeito de ser um dos atiradores que mataram 12 pessoas no ataque ao jornal Charlie Hebdo, foram vistos juntos em 2010. 
Hayat está sendo procurada pela polícia francesa. De acordo com informações da rede de televisão CNN, ela estaria no supermercado judeu e escapou do cerco da polícia junto com os reféns. Segundo o Le Monde, Boumeddiene não estava presente no sequestro no mercado e seria suspeita de agir apenas na morte da policial. 
Foto de Amedy Coulibaly e Hayat Boumeddiene em treinamento com grupo islâmico na França (Foto: Reprodução/Le Monde)
A polícia francesa já havia emitido um comunicado para a procura tanto de Hayat quanto de Amedy Coulibaly. No comunicado, o casal é descrito como “armado e perigoso”.
De acordo com o FBI, os franceses ainda tentam localizar Hayat e reforçaram o pedido por informações sobre a fugitiva. 
Hayat Boumeddiene, companheira de Amedy Coulibaly, em treinamento com grupo islâmico (Foto: Reprodução/Le Monde)
Amédy Coulibaly já foi condenado a cinco anos de prisão em 2013 por seu envolvimento na tentativa de fuga da prisão de um membro do Grupo Islâmico Armado (GIA), que era condenado à prisão perpétua pelo ataque contra o Museu Train of Orsay em 1995.
Nascido em Juvisy-sur-Orge, no departamento de Essonne, na França, em 27 de fevereiro de 1982, Coulibaly foi o único menino em uma família de 10 filhos. Ele já trabalhou para a Coca-Cola. Em 15 de julho de 2009, ele esteve com o ex-presidente Nicolas Sarkozy, junto com 500 jovens. Coulibaly pediu um emprego ao ex-presidente. 
O histórico criminal dele mostra diversas ocorrências por roubo, inclusive antes de completar 18 anos, ligação com tráfico e até assalto à mão armada a um banco em setembro de 2002. 
O crime mais grave foi em 2010, quando foi preso por portar 240 cartuchos de calibre 7,62mm e fotos tiradas em abril com Djamel Beghal Murat, um islamista radical que foi condenado por um ataque à Embaixada dos EUA, em Paris. Ele foi investigado pelo ataque, mas liberado por falta de provas.

Deu sorte....! Testemunha francesa relata encontro com suspeito de ataques

Testemunha francesa relata encontro com suspeito de ataques
http://youtu.be/0UE2JHKscS0

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Vídeo > A perseguição aos assassinos de jornalistas do Charlie Hebdo... / JN


Quase em simultâneo, em Paris, a polícia atacou um supermercado kosher onde um homem tinha feito pelo reféns. O sequestrador, identificado como Amedy Coulibaly, foi morto pela polícia. Embora alguns dos reféns tenham sido libertados, a Reuters avança que quatro reféns morreram.
Amedy Coulibaly, é suspeito de ter assassinado, a tiro, uma mulher polícia, quinta-feira, na sequência de uma acidente de trânsito, em Montrouge, no sul de Paris. A polícia confirmou, esta sexta-feira,que Amedy, de 34 anos, faz parte da mesma célula terrorista dos irmãos Kaouchi.
No total, 17 pessoas morreram nos ataques dos últimos dias em França levados a cabo pelos dois irmãos e por Amedy. Os três extremistas foram abatidos pelas autoridades. Um dos suspeitos afirma que a al Qaeda do Iémen financiou a operação, mas o grupo apenas elogia a operação terrorista, sem reivindicar a sua autoria.
A al-Qaeda prometeu, esta sexta-feira, novos ataques em França num vídeo colocado na Internet e detetado pelo serviço norte-americano de vigilância de sítios islâmicos na Internet (SITE).
LER ARTIGO COMPLETO
 

A falácia da Teologia da Libertação / Mídia sem Máscara

http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/15617-2015-01-07-13-35-36.html


A técnica da superposição é, a rigor, o único procedimento estilístico e dialético do sr. Boff e o resumo quintessencial do seu, digamos, pensamento.

O estilo é o homem? Sim, e o é para o bem e para o mal. Para o bem, quando a análise revela, por trás das construções sintáticas e figuras de linguagem, a percepção viva de aspectos obscuros e dificilmente dizíveis da experiência humana, que assim emergem da nebulosidade hipnótica onde jaziam e se tornam objetos dóceis da meditação e da ação, transfigurando-se de fatores de escravidão em instrumentos da liberdade. Para o mal, quando nada mais se encontra por baixo da trama verbal senão o intuito perverso de construir uma “segunda realidade” à força de meras palavras, transportando o leitor do mundo real para um teatro de fantoches onde tudo e todos se movem sob as ordens do distinto autor, elevado assim às alturas de um pequeno demiurgo, criador de “outro mundo possível”.

Para demonstrá-lo, pedirei ao leitor a caridade de seguir até o fim esta exposição do sr. Leonardo Boff, conselheiro de governantes e, segundo se diz, até de um Papa, bem como, e sobretudo, porta-voz eminente de uma “teologia da libertação” onde não se encontra nenhuma teologia nem muito menos libertação:

“A pobreza não se restringe ao seu aspecto principal e dramático, aquele material, mas se desdobra em pobreza política pela exclusão da participação social, em pobreza cultural pela marginalização dos processos de produção dos bens simbólicos...

“A pauperização gera por sua vez a massificação dos seres humanos. O povo deixa de existir como aquele conjunto articulado de comunidades que elaboram sua consciência, conservam e aprofundam sua identidade, trabalham por um projeto coletivo e passa a ser um conglomerado de indivíduos desgarrados e desenraizados, um exército de mão-de-obra barata e manipulável consoante o projeto da acumulação ilimitada e desumana.

“Essa situação provoca um modelo político altamente autoritário... Somente mediante formas de governo autoritárias e ditatoriais se pode manter um mínimo de coesão e se abafam os gritos ameaçadores que vêm da pobreza.”

O trecho é extraído do livro E a Igreja se Fez Povo (Círculo do Livro, 2011, p. 167). Tudo o que aí se descreve realmente aconteceu. São fatos, e fatos tão bem comprovados historicamente, que não teríamos como recusar ao sr. Boff um definitivo “Amém”, se não nos ocorresse a idéia horrível de perguntar: Aconteceu onde e quando?


O segundo parágrafo fala-nos de algo que aconteceu na Europa nas primeiras décadas do século XIX: massas de camponeses reduzidos à miséria pelo rateio dos seus parcos bens e obrigados a deixar suas terras para vir à cidade compor um “conglomerado de indivíduos desgarrados e desenraizados”,  reservatório de mão-de-obra barata para a prosperidade dos novos capitalistas. Karl Marx descreve em páginas que se tornaram clássicas a formação do proletariado urbano com os destroços do antigo campesinato, no começo da Revolução Industrial.

Mas justamente onde isso aconteceu não aconteceu nem pode ter acontecido o que se descreve no parágrafo anterior: a “pobreza política pela exclusão da participação social” e a “pobreza cultural pela marginalização dos processos de produção dos bens simbólicos”. Bem ao contrário, a vinda dos camponeses para as concentrações urbanas coincidiu com o advento das eleições gerais, não apenas convidando mas forçando a participação das massas numa política que lhes era totalmente desconhecida no tempo em que viviam no campo, isoladas dos grandes centros. E coincidiu também com a criação da instrução escolar obrigatória, que extraía os filhos dos proletários das suas culturas locais provincianas para integrá-los na grande cultura urbana da razão, da ciência e da tecnologia, substancialmente a mesma cultura das classes altas, dos malditos capitalistas. Pode-se lamentar a dissolução das velhas culturas locais, mas ela não aconteceu pela exclusão e sim pela inclusão das massas na vida política e na cultura urbana.

A “exclusão da participação social” e a “marginalização dos processos de produção de bens simbólicos” aconteceram, sim, mas a centenas de milhares de quilômetros dali, em países da África, da Ásia e da América Latina que viriam a ser chamados de “Terceiro Mundo” justamente porque neles não houve Revolução Industrial nenhuma, nem portanto integração das massas, seja na política, seja na cultura urbana. O sr. Boff cria a unidade fictícia de um espantalho  hediondo com recortes de processos históricos heterogêneos e incompatíveis, ocorridos em lugares enormemente distantes uns dos outros. A única realidade substantiva desse monstro de Frankenstein é o ódio que o sr. Boff desejaria instilar contra ele na alma do leitor.

Mas a fisionomia do monstro não estaria completa sem uma terceira peça, que o sr. Boff vai buscar em outro lugar ainda:

“Esta situação, diz ele, provoca um modelo político altamente autoritário... Somente mediante formas de governo autoritárias e ditatoriais se pode manter um mínimo de coesão e se abafam os gritos ameaçadores que vêm da pobreza.” 

Descontemos a imprecisão vocabular -- “provocam” em vez de “produzem” – e a sintaxe subginasiana: “esta” em vez de “essa” e “se pode manter um mínimo de coesão e se abafam os gritos” em vez de “se pode produzir um mínimo de coesão e abafar os gritos”. Vamos direto aos ponto essencial: é verdade que para controlar as massas esfomeadas surgiram governos autoritários, mas não na Europa da Revolução Industrial nem nos EUA da mesma época, onde justamente iam triunfando as instituições democráticas junto com o capitalismo nascente, e sim, bem ao contrário, em países subdesenvolvidos (ou empobrecidos pela guerra), que, invejando a prosperidade das nações industrializadas, mas não dispondo de uma classe capitalista pujante e criativa, resolveram industrializar-se às pressas e à força  por via burocrática, desde cima, por meio do investimento estatal maciço e da economia planificada. Foi essa a fórmula econômica da Alemanha nazista, da Itália fascista e, obviamente, a de todas as nações socialistas queridinhas do sr. Boff. Foi também, pelas mesmíssimas razões, e embora em menor grau, a da ditadura Vargas e a do governo militar brasileiro.

Em suma, se fosse possível juntar o que há de mau nos países mais distantes, nos tempos mais diversos e nos regimes mais heterogêneos, teríamos aí o monstro ideal contra o qual o sr. Boff  deseja voltar a ira da platéia. O sr. Boff aposta na possibilidade de que o leitor não repare na superposição postiça de recortes e, impressionado pela soma de maldades, acredite piamente estar vivendo entre as garras do monstro, tirando daí a conclusão lógica de que deve deixar-se libertar pelo sr. Boff.

Nisso, e em nada mais, consiste a “teologia da libertação”. A técnica da superposição é, a rigor, o único procedimento estilístico e dialético do sr. Boff e o resumo quintessencial do seu, digamos, pensamento. Podemos encontrá-la, praticamente, em cada página da sua autoria, onde em vão procuraremos outra coisa.

Já poucas linhas adiante temos outro exemplo, no trecho em que ele usa a figura de S. Francisco de Assis como protótipo do revolucionário que ele mesmo pretende ser. O leitor, paciente e bondoso, por favor, siga mais este paragrafinho:

“Tal atitude [a de S. Francisco ao rejeitar os bens do mundo] corresponde à do revolucionário e não a do reformador e do agente do sistema vigente. O reformador reproduz o sistema, introduzindo apenas correções aos abusos por meio de reformas.... O que [Francisco] faz representa uma crítica radical às forças dominantes do tempo... Não optou simplesmente pelos pobres, mas pelos mais pobres entre os pobres, os leprosos, aos quais chamava carinhosamente ‘meus irmãos em Cristo’.”


Francisco aparece aí, pois, como o revolucionário que em vez de servir ao sistema vigente busca destruí-lo e substituí-lo por algo de totalmente diverso. Nem discuto a inverdade histórica, que é demasiado patente. S. Francisco jamais se voltou contra o sistema hierárquico da Igreja, mas, ao contrário, fez da sua ordem mendicante o instrumento mais dócil e eficiente da autoridade papal. Para usar os termos do próprio Boff, corresponde rigorosamente à definição do “reformador” e não à do “revolucionário”. Mas o ponto não é esse. A coisa mais linda é que, segundo o sr. Boff, quando Francisco se aproxima não somente dos pobres, mas “dos mais pobres entre os pobres”, isto é, dos leprosos, há nisso um claro protesto contra a hierarquia social. Mas desde quando a lepra escolhe suas vítimas por classe social? Não eram leprosos o rei de Jerusalém, Balduíno IV, e o rei da Alemanha, Henrique VII, filho do grande imperador Frederico II e de Constança de Aragão? Francisco recusaria o beijo ao leproso de família rica? Superpondo artificialmente a idéia da deformidade mórbida à da inferioridade econômica, que lhe é totalmente alheia, o sr. Boff faz do menos anti-social dos gestos de caridade cristã um símbolo do ódio revolucionário, e o leitor, estonteado pela imagem composta, nem percebe que foi feito de trouxa mais uma vez, engolindo como pura teologia católica a velha distinção marxista entre reforma e revolução. Desfeito pela análise o jogo de impressões, a “teologia da libertação” do sr. Boff revela-se nada mais que uma técnica de escravização mental.

Sim, o estilo é o homem. Uns escrevem para mostrar, outros para esconder e esconder-se, lançando, desde as sombras, a miragem de uma falsa luz.



Publicado no Diário do Comércio.

"Nós, os vermes..." João Pereira Coutinho / blog do Murilo


terça-feira, agosto 26, 2014

Nós, os vermes - JOÃO PEREIRA COUTINHO

FOLHA DE SP - 26/08
Se nós, ocidentais, não respeitamos o que somos, por que motivo devem os outros respeitar-nos?

Que beleza, leitor: um grupo intitulado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) agora domina partes da Síria e do Iraque. Melhor: já faz vídeos. Com decapitações de ocidentais. E proclamações: existe um novo Califado, dizem os assassinos, renascido das cinzas otomanas que a Primeira Guerra provocou.

Essa utopia terrena está atraindo jihadistas do mundo inteiro. Do mundo inteiro, vírgula: do Reino Unido em especial. O premiê David Cameron está pasmo. Membros do seu governo, "idem". E a "inteligência" britânica quer saber como é possível que cidadãos britânicos, que nasceram e cresceram à sombra do Estado de bem-estar social, viram as costas ao Ocidente para lutarem contra o Ocidente.

Boas perguntas. Nenhuma delas é especialmente misteriosa. Qualquer pessoa com dois neurônios compreende que, no caso do Reino Unido, a produção de jihadistas explica-se pela belíssima cultura de "tolerância" que, durante duas gerações, permitiu que muitas mesquitas locais fossem antros de ódio e extremismo.

Só Deus sabe --ou Alá, já agora, para não ferir certas sensibilidades ecumênicas-- a extrema dificuldade legal que Londres teve para extraditar Hamza al-Masri, o famoso "Capitão Gancho" da mesquita de Finsbury Park, em Londres, para os Estados Unidos, onde era acusado de vários complôs. O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem estava preocupado com os "direitos humanos" de um terrorista, mas não com os direitos das vítimas que ele potencialmente causava com as suas palavras de loucura e morte.

E só agora a ministra do Interior britânica, a conservadora Theresa May, promete legislação pesada para o extremismo e as incitações ao ódio --em espaços públicos, escolas, mesquitas etc. Até os trabalhistas aplaudem a "coragem" da senhora.

Não admira: como informa o "Daily Telegraph", existem mais cidadãos britânicos de origem muçulmana marchando nas fileiras do EIIL do que no exército de Sua Majestade. Eis um retrato da pátria de Churchill.

Mas há outro. Porque não existem apenas fanáticos islamitas que, dentro do Ocidente, pregam a morte do Ocidente. É preciso relembrar os fanáticos revisionistas e multiculturalistas que, na mídia e nas universidades, foram oferecendo as doces pastagens da retórica antiocidental.

Caso clássico: anos atrás, Ian Buruma e Avishai Margalit escreverem um livro que inverte o título (e a tese) do celebrado "Orientalismo" de Edward Said. Chama-se "Ocidentalismo" e é um estudo sobre a visão deturpada e grotesca do Ocidente produzida pelos seus inimigos.

E, no topo da lista, está um longo rol de intelectuais ocidentais --de Spengler a Heidegger, sem esquecer o demencial Sartre-- para quem o Ocidente era um antro de decadência/declínio/corrupção/brutalidade/desumanidade/exploração (pode escolher à vontade). Essa retórica, escreviam os autores, acabou por emigrar para o mundo inteiro, Oriente Médio em especial. E é hoje repetida, "ipsis verbis", pela turma do EIIL.

No livro, há até um episódio pícaro (e grotesco; atenção, famílias) que ilustra bem como as más ideias viajam depressa. Acontece quando o Taleban tomou Cabul em 1996, pendurou o presidente afegão Najibullah no poste, encheu os seus bolsos de dólares e colocou cigarros entre os dedos quebrados do cadáver.

Mensagem: esse aí é um produto degenerado do Ocidente em seus vícios e ganâncias.

(Curioso, lembrei agora: as campanhas antifumo poderiam usar a imagem do antigo presidente afegão enforcado e com cigarros entre os dedos. E o lema: "Fumar prejudica a saúde." Mas divago.)

Porque a questão é glacial: se nós, ocidentais, não respeitamos o que somos ou temos, independentemente de todos os erros cometidos (e corrigidos: será preciso lembrar a escravatura, abolida por aqui e praticada ainda no resto do mundo?), por que motivo devem os outros respeitar-nos?

Gostamos tanto de nos apresentar como vermes que os outros acabam olhando para nós como vermes.

Soluções?

Deixemos isso para os líderes do mundo, como Barack Obama, que tipicamente não sabe o que fazer. (Uma sugestão: que tal reduzir à Idade da Pedra quem tem a mentalidade de homens das cavernas, senhor presidente?)

Mas já seria um grande contributo se o Ocidente fosse um pouco mais intolerante com a intolerância daqueles que recebemos, alimentamos, sustentamos --e enlouquecemos de ódio com o ódio que sentimos por nós próprios.


Postado por MURILO às 10:26

"O mito da minoria infiltrada de vândalos" / do blog de Aluízio Amorim / Felipe Moura Brasil

Transcrição de Aluiízio Amorim 

Transcrevo o texto de Felipe Moura Brasil por expressar aquilo que eu considero como verdadeiro e por isso assino embaixo. Não deixem de ver também o vídeo! Leiam:
Bem mais grave do que o mito da “minoria infiltrada de vândalos” nos protestos do Movimento Passe Livre em 2013 no Brasil é o da minoria radical muçulmana, decerto defendido pelos “especialistas” da Globo News. Não é difícil disseminá-lo. Basta mostrar às pessoas que os terroristas que matam inocentes são minoritários entre os muçulmanos e daí concluir que a maioria é pacífica uma vez que não comete atentado algum. Diga ainda que líderes de tais e quais entidades muçulmanas condenam os atos e pronto. Já convenceu os incautos.
O problema é que terroristas recebem apoio moral, financeiro e religioso daqueles que não são os próprios terroristas, mas que podem e devem ser chamados de radicais. No vídeo legendado abaixo, Ben Shapiro mostra por meio dos dados de pesquisas feitas em cada país com população muçulmana quantos indivíduos são radicais de fato.

Pois é. Mais de 800 milhões de muçulmanos são radicais. Mais da metade da população muçulmana na Terra. E, infelizmente, o mito da minoria radical muçulmana “ainda vai matar muita gente civilizada”, como supostamente aconteceu nesta quarta-feira em Paris, já que durante o atentado, parcialmente filmado por testemunhas nos prédios vizinhos, os agressores gritavam “Alá é grande”, em árabe. (A chargista Corinne Rey, que assina como Coco, presenciou o ataque e afirmou ao jornal francês L’Humanité que os terroristas “falavam francês perfeitamente” e “reivindicaram ser da Al Qaeda”.)
Eu também havia falado aquiaqui e aqui da histeria politicamente correta que, sob a bandeira do multiculturalismo, impede não só certas medidas de segurança que eventualmente podem salvar vidas, mas o próprio debate sobre quais delas seriam as mais eficazes para conter o avanço dos radicais islâmicos sobre o Ocidente.
Citei os casos emblemáticos do atirador de Fort Hood e dos terroristas de Boston, em que a morte de inocentes poderia ter sido evitada não fosse a irresponsabilidade – para dizer o mínimo – disfarçada de “tolerância” promovida pelo governo Obama, o mesmo que abriu caminho, como mostrei aquiaqui e aqui, para os terroristas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS, na sigla em inglês) cometerem as maiores atrocidades no Iraque, decapitando e executando cristãos, yazidis e até jornalistas internacionais.
Como escrevera João Pereira Coutinho no artigo “Nós, os vermes“: “Mas já seria um grande contributo se o Ocidente fosse um pouco mais intolerante com a intolerância daqueles que recebemos, alimentamos, sustentamos – e enlouquecemos de ódio com o ódio que sentimos por nós próprios.” Em seu livro A civilização do espetáculo, Mario Vargas Llosa também defende ideia semelhante, enfatizando que é o imigrante quem tem de se adaptar à cultura local, não o contrário.
Na Inglaterra, vale lembrar que Mohammed já é o nome mais popularentre os bebês do sexo masculino; e, só para se ter uma ideia de como o pavor de ferir suscetibilidades vai se transformando na pura submissão de um país às imposições de uma religião minoritária que representa apenas 4,5% de sua população, a rede Subway resolveu abolir todos os derivados de porco (basicamente presunto e bacon) de seu cardápio para, segundo eles, não ofender os muçulmanos.
Os conservadores, tratados no mínimo como porcos pelos esquerdistas, também tiveram suas ideias - ainda mais saborosas que presunto e bacon - abolidas do cardápio universitário ocidental para não ofender os professores militantes. E o resultado prático está aí: um rastro interminável de sangue. Leiam mais lá na excelente coluna de Felipe Moura Brasil e vejam outros vídeos.

Polícia francesa amplia sua preocupação além do atentado ao Charlie Hebdo

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150108_franca_suspeitos_presos_hb

França prende 7 em megaoperação de busca a atiradores

  • 8 janeiro 2015
EPA
Megaoperação policial tenta localizar dois irmãos suspeitos de ataque à revista
A polícia francesa prendeu sete pessoas na megaoperação de busca a dois suspeitos do ataque à redação do seminário satírico Charlie Hebdo que deixou 12 mortos em Paris na quarta-feira.
As sete pessoas, que teriam relação ou seriam familiares dos suspeitos, foram detidos na cidades de Reims e Charleville-Mezieres, e também na área de Paris.
Fotos foram divulgadas dos dois irmãos suspeitos de envolvimento do ataque e mandados de prisão foram expedidos contra Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 34 e 32 anos, respectivamente, que estariam "armados e perigosos". Um terceiro suspeito se rendeu.
Cherif Kouachi foi condenado em 2008 a três anos de prisão por pertencer a um grupo baseado em Paris que enviava combatentes jihadistas ao Iraque.
Oito jornalistas, incluindo o editor da revista, e dois policiais estão entre os mortos.
O alerta contra terrorismo de Paris foi colocado em nível máximo e tropas extras foram deslocadas para patrulhar redações da imprensa, locais religiosos, estações de transportes e outras áreas sensíveis.
Vigílias foram realizadas em Paris e em outras cidades do mundo em homenagem aos mortos. Muitos carregaram cartazes com a frase "Je Suis Charlie" (Eu sou Charlie) em solidariedade às vítimas.
A imprensa francesa, citando documentos oficiais, havia identificado um terceiro suspeito como Hamyd Mourad, de 18 anos, da cidade de Reims, no nordeste da França. Ele se entregou à polícia, supostamente após ver seu nome circular nas redes sociais.
Milhares de pessoas se reuniram na Praça da República, no centro de Paris, para uma vigília
Após a prisão do jovem, a hashtag #MouradHamydInnocent (#MouradHamyInocente) virou trending topic no Twitter. Segundo a mídia local, ele estava em sala de aula no momento do ataque.
Manifestações contra o ataque, o mais sangrento ocorrido na França em 50 anos, foram realizadas por todo o país.
Em pronunciamento à nação, o presidente francês, François Hollande, chamou o atentado de "assassinato covarde" e declarou um dia nacional de luto nesta quinta-feira.
Hollande afirmou que a tradição da França de liberdade de expressão foi atacada e convocou os franceses a se unirem contra o terrorismo. "Nossa melhor arma é a união", afirmou Hollande.

Polêmicas

O semanário satírico causou polêmica no passado por causa de sua abordagem irreverente sobre o noticiário e fatos do cotidiano.
Em novembro de 2011, um atentado a bomba foi lançado contra a revista, que havia publicado uma caricatura de Maomé, sagrado para os muçulmanos. O islamismo proíbe qualquer representação do profeta.
O ataque de quarta-feira ocorreu enquanto a revista realizava uma reunião editorial, levantando suspeitas de que os atiradores sabiam do evento.
Entre os mortos, estão o editor da revista, Stéphane Charbonnier, os cartunistas Cabu, Tignous e Wolinski, e o colaborador e economista francês Bernard Maris.
Charbonnier, de 47 anos, já havia recebido ameaças de morte no passado e vivia sob proteção policial.
A ilustradora Corinne Ray disse que os homens mascarados entraram no edifício depois de forçá-la a digitar o código que abria a porta principal. "Eles afirmaram que pertenciam à al-Qaeda", afirmou ela, acrescentando que os atiradores falavam francês fluentemente.
Testemunhas afirmaram ter ouvido pelo menos 50 disparos tanto dentro da sede do semanário quanto fora. Um vídeo amador capturou o momento em que um disparo fatal foi feito contra um policial ferido e agonizando na calçada.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Capa JB online 07/01/2015

http://m.jb.com.br/mobile/

A Internet no Futuro.... Tele Síntese

http://www.telesintese.com.br/samsung-diz-que-90-dos-produtos-se-conectara-internet-ate-2017/

SAMSUNG DIZ QUE 90% DOS PRODUTOS SE CONECTARÃO À INTERNET ATÉ 2017

Empresa afirma que futuro da internet das coisas depende de ecossistema aberto.


O presidente e CEO da Samsung Electronics, Boo-Keun Yoon, afirmou na noite de ontem (5) que 90% dos produtos fabricados pela empresas vão se enquadrar no conceito de internet das coisas até 2017, e que a meta é ter 100% dos produtos capazes de se conectar à internet até 2020. Ele falou em apresentação à imprensa durante a feira CES, que acontece em Las Vegas, nos Estados Unidos.
De acordo com o executivo, a internet das coisas é o tema mais importante para a indústria de eletrônicos no momento, com potencial para revolucionar a vida das pessoas. Yoon defendeu o uso de padrões abertos para garantir que a internet das coisas, de fato, engrene. Convidou Alex Hawkinson, CEO da Smart Things, empresa de automação residencial adquirida ano passado pela Samsung para falar sobre o tema. “Para que a Internet das Coisas seja um sucesso, ela precisa ser aberta. Qualquer dispositivo, de qualquer plataforma, deve ser capaz de se conectar e comunicar com outros”, ressaltou Hawkinson.
Ele ainda afirmou que, apenas em 2015, a empresa reservou US$ 100 milhões para investimento em pesquisa e inovação em IoT. Também conclamou a indústria a se unir para garantir a evolução e sucesso da tecnologia. “Toda a indústria deve participar. É óbvio que isso vai revolucionar nossas vidas e todas as indústrias. Temos que fazer parcerias com todo mundo”, disse. (Com agências internacionais)

A charge que gerou ódio ... e fez mais 12 mortes e 4 feridos em Paris...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015