ARRASTÃO: 8 bandidos mortos em confronto com a PM de Rondônia. VEJA AQUI
O comando do 7º Batalhão da Polícia Militar em Ariquemes (Rondônia) divulgou na a lista completa com a identificação dos oito bandidos mortos na segunda-feira, após um confronto contra policiais na BR 421, entre as cidades de Monte Negro e Campo Novo de Rondônia.
Um acreano está entre os bandidos mortos no confronto. Trata-se de Juzenir Alves do Nascimento, o “Cachaça” , de 28 anos, natural de Sena Madureira, mas que residia em Porto Velho. Segundo a PM, Nascimento foi um dos últimos a ser identificado pela família. Seu corpo foi levado para a capital de Rondônia pela a esposa e o cunhado para ser velado.
Juzenir tinha passagem pela policia por roubo a estabelecimento comercial e direção perigosa.
Kazu Miura escreveu (e ainda escreve) uma história ímpar no futebol. De tão incrível, sua trajetória por vezes costuma ser comparada à de Oliver Tsubasa – por mais que a verdadeira inspiração de ‘Super Campeões’ seja outro jogador japonês. Ainda assim, a epopeia vivida pelo atacante possui capítulos tão sensacionais que nem mesmo o anime ou o mangá foram capazes de imaginar. Miura saiu do Japão para desenvolver seu talento no Brasil e, quando voltou, se transformou em um dos maiores craques da história da Ásia. É reverenciado nos gramados nipônicos por quase três décadas, como segue acontecendo até hoje. Neste domingo, o ‘Rei Kazu’ comemorou 50 anos do jeito que mais gosta: calçando chuteiras, vestindo a camisa do Yokohama FC e vencendo seu jogo na rodada inaugural da segunda divisão da J-League. Obviamente, para receber as honras dignas de um rei.
A aventura de Kazu começa graças a um pai apaixonado por futebol. Nabuo Naya era um homem rico, herdeiro de uma cadeia de lojas. Encontrou tempo para incentivar o sonho de jovens jogadores, ao criar a Associação Nipo-Brasileira de Intercâmbio Futebolístico. A partir de 1982, começou a trazer os aspirantes do Japão ao Brasil, abrindo portas para que pudessem aprender um pouco da arte exibida nos gramados daqui. Sua cobaia, aliás, foi o próprio filho. Kazu desembarcou no país um tanto quanto mirrado, aos 15 anos, e sem falar mais do que o básico em português. Passou alguns meses no Juventus, até se mudar para o interior. O XV de Jaú fazia um trabalho referendado nas categorias de base. O ambiente perfeito para o habilidoso atacante se desenvolver.
Kazu se juntou aos juniores do Galo da Comarca no final de 1984. Teve seus momentos de provação, pensando em retornar ao seu país. Mas sua motivação vinha ao observar as crianças correndo atrás da bola nas ruas. Em 1985, excursionou com outros garotos do XV de Jaú ao Japão. Já em novembro daquele ano, aos 18, estreou pelos profissionais. Entrou no segundo tempo de um jogo pelo Campeonato Paulista, no qual o clube do interior venceu o Palmeiras por 3 a 2. Também participou da Copa São Paulo de 1986.
A partir de então, Rei Kazu passou a rodar pelo país, tentando se firmar. Teve uma breve passagem pelo Santos, clube com o qual seu pai havia feito parceira, montando uma verdadeira colônia nipônica na base – incluindo o outro filho, Yasutoshi, dois anos mais novo que Kazu e que pouco depois voltaria para Tóquio, defendendo o Yomiuri. O craque da família, no entanto, não durou muito tempo na Vila Belmiro. Passou pelo Palmeiras, disputando a Copa Kirin em seu país. Também defendeu o Matsubara, clube estabelecido por uma família de imigrantes japoneses. No entanto, sua eclosão no futebol brasileiro aconteceria a partir de julho de 1987.
Vestindo a camisa do CRB, Kazu se transformou em fenômeno no Campeonato Alagoano. O japonês veloz e de dribles insinuantes ganhou a simpatia dos torcedores alvirrubros. E deu sua contribuição na reta final do título estadual, assim como no Módulo Branco do Campeonato Brasileiro. Em 1988, voltaria ao XV de Jaú, para ser idolatrado no Estádio Zezinho Magalhães. Seu primeiro gol pelo clube, aliás, veio em grande estilo: abriu o caminho para a vitória por 3 a 2 sobre o Corinthians, pelo Campeonato Paulista. Tento que rendeu muito repercussão não só no Brasil, mas também no Japão, com o jovem atacante figurando nos jornais de lá.
Nos últimos meses de 1988, Kazu foi contratado pelo Coritiba. No Alto da Glória, viveu os seus melhores momentos no Brasil. Sob a confiança de Valdir Espinosa, figurou entre os melhores pontas do Campeonato Brasileiro, concorrendo até mesmo à Bola de Prata da revista Placar. Uma das suas partidas mais emblemáticas aconteceu contra o Sport: saiu do banco de reservas e infernizou a defesa rubro-negra com uma porção de dribles, até cruzar para Roberson anotar o gol da vitória. Após a partida, o nipônico explicou que se inspirava em Garrincha, assistindo aos vídeos do eterno camisa 7. Na capital paranaense, ainda conquistou o estadual em 1989, arma recorrente na equipe treinada por Edu – irmão de Zico, outro homem que elevaria o futebol japonês de patamar.
A última passagem de Kazu no futebol brasileiro ocorreu, mais uma vez, com a camisa do Santos – enfim, realizando o sonho de se firmar entre os profissionais do Peixe. Sua reestreia veio em fevereiro de 1990, pelo Campeonato Paulista. Já na partida mais marcante, dois meses depois, o japonês foi titular no ataque durante o clássico e anotou o gol que abriu a vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras. Por isso mesmo, ganhou o apelido de “Exterminador Verde” da torcida santista.
O retorno de Kazu Miura ao Japão aconteceu ainda em 1990. Voltou ao país para ajudar a desenvolver o futebol, prestes a se tornar profissional, e a seleção. Acabou coroado também como rei. O atacante integrou o forte Yomiuri, ao lado do irmão Yasutoshi e do reverenciado Ruy Ramos. Virou protagonista em um time já multicampeão, passando da ponta esquerda ao comando do ataque e ressaltando sua veia artilheira. Do Brasil, além da experiência e do amadurecimento, levou também a alegria na comemoração dos gols, com sua tradicional dancinha – inspirada em Careca. Conquistou os dois últimos títulos do Campeonato Japonês antes da profissionalização e se ratificou como craque na primeira edição da J-League, em 1993. Não contente em ser campeão com o rebatizado Verdy Kawasaki e em marcar o tento do título sobre o Kashima Antlers de Zico, também foi eleito o melhor jogador da competição e do continente naquele ano. Fez 20 gols em 36 partidas na campanha vitoriosa.
Ao mesmo tempo, Rei Kazu brilhava na seleção japonesa. Sua estreia aconteceu em 1990 e, dois anos depois, já faturava o inédito título da Copa da Ásia, dono da camisa 11 na equipe de Hans Ooft. Mas o ápice ficou guardado para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994. O atacante assinalou nove tentos nas etapas preliminares, até o hexagonal decisivo disputado no Catar. Balançou as redes mais quatro vezes. Inclusive no famoso empate com o Iraque por 2 a 2 na última rodada, que acabou tirando os Samurais Azuis do Mundial por conta de um gol sofrido aos 46 do segundo tempo. O craque também simbolizou a famosa “Agonia de Doha”.
Se não viajou aos Estados Unidos em 1994, Kazu ao menos fez história na Itália, a partir de agosto daquele ano. Tornou-se o primeiro japonês a entrar em campo pela Serie A, contratado pelo Genoa. Sua estadia no Estádio Luigi Ferraris, contudo, não foi das mais felizes. Fraturou o nariz logo em sua estreia, contra o Milan, após um choque com Franco Baresi. Reserva durante a maior parte da temporada, anotou um gol, justamente no clássico diante da Sampdoria, o que não evitou a derrota por 3 a 2. Independentemente disso, sublinhou seu papel como embaixador do futebol asiático ao resto do planeta – além de realizar um desejo, morando na terra de ‘O Poderoso Chefão’, trilogia da qual é fanático. Em 1995, retornou ao Verdy Kawasaki, sem ser campeão, mas empilhando gols na J-League. Inclusive, foi artilheiro do campeonato em 1996.
Kazu continuava arrebentando na seleção japonesa, por mais que o elenco tenha se desmanchado desde o trauma em Doha. Os nipônicos começaram a bater de frente contra seleções europeias e latino-americanas, com o astro liderando vitórias sobre adversários como Uruguai, México, Equador, Croácia, Iugoslávia e Polônia. Em 1996, integrou até mesmo na ‘seleção do mundo’ que disputou amistoso contra o Brasil. E quando surgiu a segunda chance de disputar uma Copa do Mundo, o Rei Kazu se esforçou. Foi ainda mais destrutivo nas Eliminatórias, anotando 14 gols – quatro deles em uma mesma partida da fase final, contra o Uzbequistão. E estava em campo para desfrutar do “Júbilo de Johor Bahru”, o jogo-extra em que os Samurais Azuis derrotaram o Irã por 3 a 2, com um gol de ouro no segundo tempo da prorrogação. O país comemorou pela primeira vez a classificação a um Mundial.
Todavia, Kazu não foi convocado à Copa de 1998. Chegou a ser pré-selecionado ao elenco de 26 jogadores, mas acabou cortado em maio, em decisão bastante contestada (e até hoje considerada inexplicável) do técnico Takeshi Okada. Diante da fraca participação na França, o comandante acabou demitido. E, aos 31 anos, o atacante fez apenas mais algumas aparições esparsas na equipe nacional. Encerrou sua trajetória com 55 gols em 89 jogos. Precisou se contentar com a Copa do Mundo de Futsal de 2012, integrando o elenco nipônico aos 45 anos.
Depois da frustração com Okada, Kazu se aventurou mais uma vez pelo futebol europeu. Jogou pouco pelo Croatia Zagreb (atual Dinamo), mas faturou o título nacional. Até estabelecer novamente o seu reinado eterno no Campeonato Japonês. Atuou por Kyoto Purple Sanga e Vissel Kobe, até assinar com o Yokohama FC em 2005. Naquele mesmo ano, teve uma rápida passagem pelo Sydney FC, compondo ataque ao lado de Dwight Yorke. A partir de então, defendeu apenas as cores do Yokohama. Auxiliou o time no acesso à primeira divisão da J-League em 2006, permanecendo por uma temporada. E, apesar da realidade modesta da segundona durante a maior parte do tempo, Rei Kazu não se afastou do status de lenda. Pelo contrário, apenas o renova, ano a ano.
Aos 50 anos, Kazu ainda desfruta de sua maior paixão. Pode não exibir os mesmos dribles deslumbrantes e o mesmo faro de gols de outros tempos, mas sua principal virtude permanece intacta: o caráter. A vontade de fazer o seu melhor e vencer. Enquanto as pernas ainda aguentarem, ele estará lá, de chuteiras. Neste final de semana, durante as homenagens pelo meio século de vida, foi enfático: “Já cansei de falar o quanto eu amo o futebol. Desde criança era a única coisa que eu fazia. Pretendo ficar na ativa enquanto meu corpo e minha paixão permitirem. Estar em campo aos 50 anos junto com meus companheiros é uma alegria muito grande. Acho que vou tentar seguir assim até os 60”. Vida longa ao rei.
Você pode até ter crescido com uma crença antiga de que as mulheres preferem caras marrentos para um namoro. A verdade, meu caro, é que elas gostam mesmo quando somos gentis e legais. E a ciência explica porquê.
Imagine a seguinte situação: você, um cara bacana quando o assunto é namoro, que manda flores e leva para jantar, se depara com o amor da sua vida. Porém, ela está interessada em um cara bem diferente: meio badass, badboy,narcisista, o famoso pegador da galera. Frustrante, certo? De fato, quando o assunto é pegação, elas até se interessam mais por esse perfil pretensioso e desapegado, como mostra uma pesquisa recente.
Acontece que uma pesquisa publicada no Journal of Research in Personality constatou que narcisistas tendem a parecer mais divertidos, atraentes e adaptáveis, tanto para homens quanto para mulheres. Porém, apenas por um curto prazo. Se você quer conquistar aquela gata do escritório e pretende um futuro repleto de filhos e um cachorro é melhor manter o perfil do cara legal e altruísta.
Um estudo no periódico Sex Rolesabordou o que os cientistas batizaram de “paradoxo do cara legal”. No experimento, dois grupos de mulheres foram escolhidos de forma aleatória para avaliar o comportamento de três homens que competiam por uma garota. Cada um deles tinha um perfil: o cara legal, o bonitão pegador e um terceiro mais na dele, neutro. Adivinhe quem foi o melhor avaliado? O cara legal!
O paradoxo vem do fato de esse tal cara legal ser escolhido quando o assunto é um namoro, porém se falamos de sexo casual, a tendência feminina é escolher os narcisistas, ainda segundo o mesmo estudo. Uma outra frente científica fortalece o coro das mulheres em busca de um mr. nice guy: quanto mais sensível e fácil de lidar você for, mais pontos tem com a ala feminina.
Isso porque ser sensível é se preocupar com as questões que preocupam uma mulher, dividir inseguranças, dúvidas, frustrações. Além de melhor ouvinte, esses caras tendem a ser mais companheiros e também compartilham mais coisas sobre eles mesmos, de modo que busquem a opinião da mulher com certa frequência.
TEM QUE FALAR FOFO AO TELEFONE, HEIN?
Mas, então, por que, diabos, os caras metidos a bonzões se dão tão bem com as mulheres mais lindas? Além do que já citamos lá em cima, outro motivo pode ser a audácia. Como são auto-confiantes e, de certo modo, egoístas, passam uma sensação de aventura bastante atraente, principalmente se for para sexo sem compromisso. “A mulher não foi educada para isso e sim para ter sexo com compromisso e sentimentos”, comenta Carla Cecarello, psicóloga especializada em sexualidade humana pelo Instituto H. Ellis. Talvez, nesse sentido, elas queiram quebrar paradigmas e desafiar uma cultura machista e patriarcal.
E aqui vem mais uma boa notícia para você que é um desses caras legais: o narcisismo tende a desgastar rapidamente uma relação. Muitas vezes, as pessoas tendem a repetir um padrão de relacionamentos ruins, mas, vamos combinar, não existe nada melhor do que um namoro zen, tranquilo, sem estresse, não é mesmo?
http://www.folha1.com.br/_conteudo/2017/02/blogs/outraspalavras/1215077-de-repente-70.html De repente, 70
11/02/2017 19:53
Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, 12 de fevereiro de 2017 De repente, 70 Arthur Soffiati
Completei 70 anos de vida anteontem. Tenho a impressão de que tudo foi muito rápido. Lembro bem da minha infância. Houve muita mudança a minha volta. Hoje, o mundo se transforma mais rapidamente que as pessoas. Aos 70, enfrento alguns problemas existenciais. O corpo não vai tão mal. Embora eu tenha sofrido uma isquemia, mais por herança genética que por hábitos de vida, noto que meu corpo está melhor hoje do que antes do acidente. Faço exercícios físicos pesados para a minha idade. Minha dieta é bastante balanceada. Mas minha dependência de medicamentos é considerável. Caí nas garras de médicos e creio que não sairei mais. Noto uma defasagem entre meu corpo e minha mente, meu espírito, se preferirem. Meu corpo envelhece, mas meu espírito não o acompanha. Ele estranha o tratamento que as pessoas me conferem como professor idoso e respeitável. O tratamento de “senhor” me soa muito esquisito. Na minha mente, eu sou “você”. Minha curiosidade aumentou com a idade. Aposentei-me do magistério depois de 40 anos em sala de aula não por cansaço da velhice, mas para me dedicar a meus projetos. Hoje, leio muito, estudo muito, escrevo muito. Ainda saio em explorações por nossa região. Minhas reflexões, contudo, levaram-me ao desencanto com o mundo. Atualmente, sinto-me mais situado na minha história e na história do mundo. Era para eu me sentir melhor, mas estou triste. O mundo não é ruim porque sou pessimista. Sou pessimista porque ele é ruim. Não gosto dos otimistas. Na tentativa de melhorar o mundo, eles o destroem mais ainda. O maior problema que enfrento decorre da defasagem entre mente e corpo. Sei perfeitamente que estou mais perto da morte natural do que aos 51 anos de idade, quando escrevi uma crônica muito melancólica e, ao mesmo tempo, cheia de humor. Dezenove anos depois, a presença da morte não se contenta com consolos fáceis. Ela está a minha espreita. Embora com minha saúde monitorada, posso sofrer um acidente repentino. Por mais longevo que seja (algo em que não acredito, dada a minha herança genética), a morte é inevitável. Não é medo dela propriamente o que sinto. Eu gostaria de viver o suficiente para realizar metade de meus planos. A totalidade deles é impossível porque eles aumentam diariamente. Nem a metade posso medir por não saber a dimensão do todo. Estudei e ainda estudo muito religiões e ciência. Meu parco conhecimento do mundo não me permite a conversão a qualquer religião. Por um lado, gosto do meu agnosticismo como atitude de sabedoria diante do universo. Creio que respostas provisórias para as minhas inquietações intelectuais com ele. Por outro lado, a falta de convicção em alguma crença sobre a sobrevivência do espírito após a morte do corpo me faz falta. Nem o mais convicto religioso pode garantir que sua alma sobreviverá à morte do corpo. Mas a esperança consola. Pessoas amigas tentam me ajudar dizendo que eu devo crer no além. Ter certeza nele. Fico com a impressão de que ter fé é fácil. Parece que posso comprá-la no comércio. Uma conversão minha nesta idade pareceria surpreendente a mim e aos outros. Ter fé não depende da vontade, pessoal. Aconselham-me também viver um dia de cada vez. Não consigo. Viver um dia de cada vez é esquecer minha história e a história na qual estou inserido. Como começar do zero ao acordar? Quem me dá tal conselho não o segue. Mas se aproxima dele por não mergulhar profundamente na sua própria vida e no mundo. Cada vez mais, encontro pessoas superficiais que vivem por viver. São pessoas que fazem da vida um selfie. Agradeço, amigos, mas não consigo ser um vivo-morto, um zumbi. Necessito viver os milênios, os séculos, os anos, os meses, as semanas e os dias. Não consigo viver sem passado nem me despreocupar do futuro. Aos 70 anos, voltei, de certa forma, aos meus 16. Na minha adolescência, eu queria me dedicar à música erudita, à literatura, às artes, ao estudo das ciências e da filosofia. E escrever muito. Só agora estou podendo. E a morte está a minha espreita. Gosto deste mundo, apesar de tudo. Se venho de outro, não me lembro dele. Se vou para outro depois da morte, não tenho certeza.
Não sou feliz, como pessoas amigas desejariam para mim, mas não sou infeliz. Felicidade permanente estressa. Infelicidade permanente é depressão. Vivo momentos de felicidade e de tristeza. Não ostento felicidade falsa. Não gosto de Mário de Andrade porque ele me ensinou o interesse por muitos campos do saber. Gosto dele por ter aptidão ao saber múltiplo. Não gosto de Edgar Morin por ter me ensinado a complexidade, mas por encontrar nele um intelectual que atenua a minha profunda solidão.
Concluo invocando Denis Diderot, embora eu não seja um iluminista. Estou em meio a uma floresta numa noite escura. Só tenho um lampião para iluminar o rumo. Aparece alguém me dizendo que posso encontrar melhor o caminho se apagar o lampião. Desculpem, amigos, continuarei com a lanterna acesa.
Vista aérea do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ) - 08/03/2011 (iStock/Getty Images)
Dois episódios de violência nos arredores da Marquês de Sapucaí deixaram três feridos em pouco mais de 24 horas, sendo uma das vítimas uma turista argentina, que está internada em estado gravíssimo no Hospital Souza Aguiar. Natália Cappetti Lorena, de 42 anos, foi atingida nas costas, enquanto seu marido, Juan Manoel Did, de 46, foi atingido de raspão, quando entraram errado em uma rua do Morro dos Prazeres, em Santa Tereza.
O episódio ocorreu por volta das 15h desta segunda-feira. Além deles, outro casal espanhol estava dentro do carro, mas nada sofreu. O grupo foi socorrido por policiais militares, já que a favela conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), e levado para o Hospital Souza Aguiar. Natalia Lorena foi operada, mas seu estado é grave, já que um dos seis tiros que atingiram o veículo acertou-a na altura da barriga. No ano passado, um turista italiano morreu ao entrar de moto por engano na mesma favela.
Na noite anterior, o ataque de traficantes ocorreu no Morro da Providência. Policiais do 4oBPM (São Cristóvão) seguiam em direção à Sapucaí, quando a viatura foi fuzilada por criminosos na saída do Túnel João Ricardo, na Central do Brasil. Um tiro atingiu o soldado Edilson Cordeiro Ferreira, que dirigia o veículo. Ele foi operado no Souza Aguiar e seu estado é estável. No fim da noite de domingo, traficantes da Providência voltaram a atacar um carro que acabara de sair da Cidade do Samba, na Gamboa. Quando o motorista errou o caminho, entrando num dos acessos ao morrro, foi abordado e levou vários tiros. Por sorte, ninguém se feriu.