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sábado, 11 de novembro de 2017

Mapa da violência contra adolescentes e crianças no Mundo... Relatório da Unicef / G 1

Uma criança ou adolescente morre vítima 

da violência a cada 7 minutos no mundo, 

diz Unicef

América Latina e Caribe têm os mais altos índices de assassinatos em locais sem conflito armado. Números são de relatório do Unicef.

Por Gabriela Caesar, G1
 
Uma criança ou adolescente morre no mundo vítima da violência a cada sete minutos
A cada 7 minutos, uma criança ou adolescente morre vítima de violência no mundo, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em 2015, mais de 82 mil pessoas com idades entre 10 e 19 anos morreram vítimas de assassinato, conflito armado ou violência coletiva. Os índices mais altos estão na América Latina e Caribe, região onde ocorreram 24,5 mil dessas mortes.
Os dados são do relatório “Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes”, que será lançado nesta quarta-feira (1º) pelo fundo ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). O estudo usou dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.
Em 2015, houve 51,3 mil assassinatos de crianças e adolescentes em locais onde não há conflito armado. Quase metade desses crimes foram registrados na América Latina e no Caribe. Essa região concentra pouco menos de 10% da população nessa faixa etária.
Neste grupo, a Venezuela se destaca negativamente. A taxa no país é de 96,7 mortes para cada 100 mil crianças e adolescentes do gênero masculino. Em seguida, vêm Colômbia (70,7), El Salvador (65,5), Honduras (64,9) e Brasil (59).
Maiores taxas de mortalidade em países sem conflito armado
Número de mortos para cada 100 mil adolescentes homens de 10 a 19 anos
97977171666665655959VenezuelaColômbiaEl SalvadorHondurasBrasil0100255075125

Honduras
65
Fonte: Unicef
“O relatório nos diz que a maioria dos homicídios contra adolescentes não acontece em países que estão em conflito, como a Síria, mas em países da América Latina. E o Brasil encontra-se entre aqueles com a taxa mais alta de homicídios de adolescentes do mundo”, afirma Florence Bauer, representante do Unicef no Brasil.
Segundo a publicação, a região mais segura para crianças e adolescentes é a Europa Ocidental. Há 0,4 morte para cada 100 mil pessoas nessa faixa etária.

Palmadas

O documento também aponta que metade da população de crianças em idade escolar vive em países onde o castigo corporal e as palmadas na escola não está proibido. No total, são 732 milhões de crianças nessa situação, que vivem em países como Guiana, Somália e Nigéria.
O Brasil é um dos 59 países que tem uma legislação para proibir esse tipo de violência. Trinta e dois países passaram a impedir o castigo corporal nos últimos 10 anos.
Ainda de acordo com a publicação, cerca de 300 milhões de crianças de 2 a 4 anos do mundo sofreram agressão psicológica e/ou punição física por seus cuidadores em casa. Esse total representa 75% das crianças do mundo.

Conflito armado

Aproximadamente 31 mil crianças e adolescentes morreram em conflitos armados ou em decorrência de violência coletiva em 2015. O Oriente Médio e o Norte da África concentram 70% dessas mortes. Ali vivem 6% das crianças e adolescentes do mundo.
A Síria é o país com as taxas mais altas de mortes de meninos e rapazes de 10 a 19 anos por conflitos ou violência coletiva. São 327,4 mortes para cada 100 mil pessoas nessa faixa etária. Também não tiveram resultados positivos: Iraque (122,6), Afeganistão (49,4), Sudão do Sul (29) e República Centro-Africana (18,9).
Maiores taxas de mortalidade em países com conflito armado
Número de mortos para cada 100 mil adolescentes homens de 10 a 19 anos
327327123123494929291919SíriaIraqueAfeganistãoSudão do SulRepública Centro-Africana0100200300400
Fonte: Unicef
Quando considerada a taxa para as mortes de adolescentes mulheres por esse mesmo tipo de violência, a Síria continua com os piores índices. Houve 224,1 mortes para cada 100 mil crianças e adolescentes.
As taxas também foram altas em Iraque (84), Afeganistão (34,2) Sudão do Sul (15,9) e Somália (10,1).
Maiores taxas de mortalidade em países com conflito armado
Número de mortos para cada 100 mil adolescentes mulheres de 10 a 19 anos
2242248484343416161010SíriaIraqueAfeganistãoSudão do SulSomália050100150200250
Fonte: Unicef

"O declínio da esquerda" / Ruy Fabiano

POLÍTICA

O declínio da esquerda

Declínio, esquerdas, caída, despencar (Foto: Arquivo Google)
PT e PSDB, que por décadas simularam um antagonismo de fachada, chegam juntos ao ocaso político. Enquanto o PT padece as consequências do desastre que impôs ao país, o PSDB, que lhe oferecia falso contraponto, perde suas referências existenciais.
Sua identidade vincula-se à do PT, que protagoniza a esquerda carnívora, enquanto os tucanos posam de socialistas vegetarianos, no melhor estilo da estratégia das tesouras, concebida por Lênin.
Ambos, porém, são faces da mesma moeda, que ora sai de circulação, sob o desgaste da Lava Jato e da debacle institucional do país. Se o povo ainda não sabe o que quer, já sabe, no entanto, o que não quer. E o projeto esquerdista, lastreado no politicamente correto, que busca minimizar ou ultrajar os que se lhe opõem, se empenha em refundar-se sem dispor de lideranças que o renovem.




FHC chegou a dizer que Luciano Huck, o animador de auditório de TV, representa o novo na política brasileira. É um diagnóstico de desespero, que expõe o estado de indigência política do partido
.

O nome que despontava entre os tucanos, João Doria, prefeito de São Paulo, é alvo do fogo amigo, que cresce na razão direta de sua compulsão marqueteira. Seus maiores detratores estão dentro de casa – e seu maior concorrente é quem o apadrinhou: o governador Geraldo Alckmin. Parecem destinados ao abraço dos afogados, já que imersos num ambiente sem sinais de consenso.
Lula continua sendo o único nome no horizonte do PT, mas sua popularidade perde cada vez mais para os crescentes índices de rejeição. Seu projeto político hoje é escapar da cadeia. Não é pouco.
Dificilmente conseguirá registrar sua candidatura, como, aliás, já sinalizou o futuro presidente do TSE, ministro Luís Fux. Os petistas, por isso mesmo, passaram a conspirar contra as próprias eleições, como se depreende de reiteradas declarações da presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann. Sem Lula, disse ela, as eleições não terão legitimidade. Órfão de candidato, o partido joga no caos.
Daí o retorno de ações predatórias, de teor criminoso, cada vez mais violentas, sob o patrocínio do MST e do MTST, os “exércitos” de Stédile e Boulos, braços armados do partido, a invadir propriedades e detonar redes elétricas e patrimônio público.
Ambos parecem desejar uma intervenção militar, dada a estratégia de desafio à lei e à ordem que protagonizam.
Lula, como se sabe, prometeu “tocar fogo no país”, sob os auspícios daquelas milícias, caso não possa se candidatar. Ao que parece, é a única promessa que está disposto a cumprir.
Os tucanos, antevendo o drama que ora vivem, tudo fizeram para evitar o impeachment de Dilma Rousseff. Aderiram aos 44 minutos do segundo tempo, e embarcaram no governo Temer na expectativa de dominá-lo. Perderam para as raposas do PMDB.
Coadjuvantes de um governo que já nasceu fadado à impopularidade, discutem agora se dele devem desembarcar. Aécio Neves, presidente afastado, às voltas com a Justiça, quer ficar.
Precisa do guarda-chuva do Planalto. Tasso Jereissati, que o substituía interinamente, quer sair. E tem FHC a seu lado - o que, até há pouco, era um trunfo; hoje talvez já não seja. Aécio, ainda com os poderes formais do cargo, o afastou, abrindo nova crise, que não tem prazo para acabar – e talvez não acabe nunca.
Alberto Goldmann, ex-governador paulista e crítico feroz de João Doria, substitui provisoriamente Tasso e fala em união, vocábulo que, no PSDB, tornou-se uma abstração metafísica. Marcone Perillo, governador de Goiás, disputará com Tasso a presidência efetiva, convicto de que nenhum dos dois dará jeito na encrenca.
As eleições do ano que vem (se o ano realmente vier) já não serão bipolares, como as anteriores. Prometem um vasto elenco de candidatos, o que está longe de significar grandes alternativas ao eleitor. Quantidade, desta vez, será antônimo de qualidade.
O descrédito – que vai dos partidos às urnas eletrônicas – permeia todo o processo, que se antevia precedido de profunda reforma eleitoral. A reforma não veio - e a esperança de renovação do país muito menos. O candidato que mais cresce nas pesquisas, Jair Bolsonaro, evoca no imaginário popular uma ruptura com a conjuntura presente, seja lá em nome do que for.
O eleitor, desencantado, parece dizer que aceita qualquer coisa, desde que não seja o que aí está. O cenário não é dos mais promissores, para dizer o mínimo.

Hamilton, campeão da F1, desabafa sobre assalto: ‘Acontece todo ano aqui’

Hamilton desabafa sobre assalto: ‘Acontece todo ano aqui’

Campeão mundial de F1 revelou que bandidos apontaram amas contra seus colegas e cobrou melhorias na segurança do GP do Brasil

O tetracampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton deu detalhes sobre o assalto à van de sua equipe, a Mercedes, ocorrido na noite de sexta-feira, na saída do Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O piloto britânico disse que o problema é recorrente no Brasil e que a segurança precisa ser reforçada.
“Alguns membros do meu time tiveram armas apontadas ontem à noite saindo do circuito aqui no Brasil. Tiros foram disparados armas colocadas em suas cabeças. Isso é muito triste. Por favor, mandem orações para meus parceiros que estão aqui sendo profissionais, mesmo abalados. Isso acontece todo ano. A F1 e as equipes precisam fazer mais, não há mais desculpas”, escreveu Hamilton em seu perfil no Twitter.

A Mercedes informou que “itens valiosos” do time foram levados pelos assaltantes e que ninguém se feriu. Neste sábado, a equipe chegou ao autódromo escoltada pela polícia. O treino classificatório para o GP do Brasil começa às 14h (de Brasília).