Rasgando o verbo. Se pudéssemos conversar com Montesquieu sobre a Governabilidade dos Três Poderes, sistema criado por ele em 1748, é bem provável que ele afirmasse que não se aplicaria ao Brasil. Para que a tripartição de poderes possa funcionar é necessário independência e harmonia entre eles. Em outras palavras, entendo que somente uma Democracia pujante possa entender, aceitar e praticar a tripartição dos poderes. No Brasil, isso é impossível. Repartir poderes significa dividir responsabilidades, para a obtenção dos melhores resultados. Imaginem administrar uma cidade como se fosse uma empresa S/A e cujos resultados aos acionistas, o povo, fosse distribuir bem estar social para todos. Nós estamos atrasados em tudo, a começar pela essência do que é ser servidor público. Ninguém, em instância alguma deve se servir do que é público. Na verdade, não existe dinheiro público, pois todo e qualquer recurso tem dono e ele atende pelo nome de contribuinte. Dessa forma, nenhum poder está acima do outro, porque apenas o povo, legítimo dono, das cidades, dos estados e do país, está acima de qualquer poder. Por fim, se os poderes não se respeitam, acabam perdendo suas funções basilares o que em outras palavras significa dizer que passaram a ser dispensáveis e devem ser substituídos. Em tempos de Transição Planetária, com a Terra tendo passado a Quinta Dimensão, não há mais espaço para regras impostas que não primem pela qualidade e o atendimento a maioria dos seres humanos. Os tempos são outros e nada e ninguém pode parar o que está por vir.
