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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Gilmar... mais liberdade para bandidos



Gilmar manda soltar investigados da Lava Jato no Rio



Gilmar manda soltar investigados da Lava Jato no Rio

Ministro do Supremo impôs medidas alternativas a Daurio Speranzini Júnior, executivo da GE e ex-executivo da Philips, ao empresário Miguel Iskin, da Oscar Iskin, e a seu sócio Gustavo Estellita





Amanda Pupo
08 Agosto 2018 | 14h17

Ministro Gilmar Mendes preside a sessão da 2ª Turma. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF (20/09/2016)
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as prisões preventivas de três investigados na Operação Ressonância, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro que investiga fraude nas licitações da área de saúde celebrados pelo Estado do Rio e pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.
Impondo medidas alternativas, o ministro suspendeu as prisões de Daurio Speranzini Júnior, executivo da GE e ex-executivo da Philips, do empresário Miguel Iskin, da Oscar Iskin, e de seu sócio Gustavo Estellita.
Nesta quarta-feira, 8,  o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 23 investigados da Operação Ressonância, que investiga fraudes em contratos na área da saúde celebrados pelo Estado do Rio e pelo Instituto Nacional de Traumatologia (Into). Na lista de alvos, estão Daurio Speranzini Junior e Miguel Iskin.
Daurio teve a prisão preventiva decretada em julho pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, após o Ministério Público Federal encontrar em sua residência um dossiê, datado de 20 de junho de 2018, contra um denunciante seu.
A testemunha relatou que a Philips, onde Daurio era CEO na época dos fatos, teria vendido equipamentos nesse esquema. Outra testemunha declarou que a empresa seria integrante do denominado “clube do pregão internacional” em contratos com a Saúde do Rio.
Também em julho, Bretas mandou prender novamente Iskin e Estellita, após Gilmar determinar a soltura dos dois em dezembro do ano passado. A empresa Oscar Iskin é apontada como líder do cartel formado por pelo menos 33 empresas, algumas delas atuando como laranjas das demais, que se organizavam no “clube”.
No caso de Iskin e Estellita, Gilmar concordou com os argumentos da defesa, de que não há “fundamento novo” para os recentes decretos de prisão, e que indiquem ainda contemporaneidade dos supostos delitos cometidos pelos dois empresários.
No caso de Daurio, o ministro afirmou que a apreensão dos documentos na casa do executivo não é apta para “preencher os requisitos autorizadores da decretação da prisão preventiva”.
O ministro ainda destaca que Daurio atualmente é CEO da GE, empresa que não é investigada no âmbito da operação.
Gilmar impôs medidas alternativas para os três, que são a proibição de manter contato com os demais investigados e de deixar o País, devendo entregar seus passaportes em até 48h. As decisões foram assinadas entre esta segunda e terça-feira.
“Rei do ônibus”. Nesta terça, Gilmar também determinou a suspensão de uma ação penal do empresário Jacob Barata Filho. No caso em questão, Barata responde por tentar embarcar para Portugal, quando foi preso em flagrante, com R$ 50 mil em moedas estrangeiras. Com a decisão de Gilmar, a audiência do “rei do ônibus”, marcada para esta quarta-feira, também está suspensa.
Alvo da Lava Jato no Rio, Jacob Barata Filho é apontado como pagador de R$ 270 milhões em propinas ao grupo do ex-governador Sérgio Cabral.
Jacob Barata Filho foi preso em flagrante no âmbito da Operação Ponto Final, no dia 2 de julho do ano passado, tentando embarcar para Portugal com cerca de R$ 50 mil em euros, dólares e francos suíços

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Discurso de ódio e hipocrisia

http://www.puggina.org/artigo/puggina/discurso-de-odio-e-hipocrisia/13253
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Artigos do Puggina

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DISCURSO DE ÓDIO E HIPOCRISIA

por Percival Puggina. Artigo publicado em 


 O escrutínio das causas que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff ainda não mereceu consideração nas avaliações internas do seu partido. Depoimentos só foram prestados e confissões só foram ouvidas em processos de colaboração premiada. O que mais aparece no noticiário é uma vitimização atacando o que denomina “discurso de ódio”, ante o qual o partido e suas iniciativas seriam vítimas indefesas e consternadas.
 Entre as vantagens que advêm dos meus 73 anos, incluo, sem dúvida, o acompanhamento ao vivo da política nacional durante largo período de tempo. A isso agrego o fato de ser colunista de jornais ao longo das últimas três décadas e meia. Se houve um traço nítido na ação política do PT durante esse período, foi, precisamente, a incitação ao ódio em pluralidade de formas e expressões.
Quase como parte de minha atividade cotidiana acompanhei o surgimento e o crescimento desse partido, mas qualquer um que já tenha idade para estacionar em vaga de idoso também assistiu a tudo. Observei a natureza das ações, o trabalho de organização dos movimentos sociais, o lado trotskista que reconhecia a centralidade da política, e o diálogo com organizações da luta armada (as tais frentes de “libertação nacional” em países da América do Sul, na América Central e na África).
Em todas as atividades compareciam, sempre, os elementos apontados por José Hildebrando Dacanal em “A Nova Classe - o governo do PT no Rio Grande do Sul. São eles: 1) a culpa é do sistema; 2) a sociedade tem que se revoltar; 3) os que se revoltarem votarão em nós; 4) a solução virá com a revolução socialista que nós faremos”. Cada passo dessa sequência não envolve qualquer generosa declaração de amor, mas exige a construção do antagonismo e a percepção do ódio como instrumento de luta.
Coerentemente, então, foram décadas de louvação a um homicida furioso como Che Guevara, para quem “O ódio é o elemento central de nossa luta! Ódio é tão violento que impulsiona o ser humano além de suas limitações naturais, convertendo-o em uma máquina de matar com violência e a sangue frio”. Não pensava diferente outro ícone frequentemente lembrado. Carlos Marighella, em seu minimanual do guerrilheiro urbano alerta que o guerrilheiro somente poderá sobreviver se estiver disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão e se for verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas. Não, a adoção de modelos não é uma tarefa inconsequente.
Como produto, a violência foi se tornando rotineira. Todo um divisionismo foi minuciosamente semeado entre raças, etnias, sexos, gerações, grupos e classes sociais. Gradualmente, num crescendo, desencadearam-se as invasões de propriedades rurais seguidas de corredor polonês para retirada dos proprietários, as destruições de patrimônio, as invasões de parlamentos e prédios públicos, os enfrentamentos às autoridades policiais, os trancamentos de rodovias e queimas de pneus, as destruições de lavouras, os black blocs, as campanhas pela mudança de nomes de ruas e todas as ações voltadas para o quanto pior melhor.
Não preciso que alguém me descreva os danos causados pelo ódio dentro de uma sociedade. Eu vi isso acontecer. Eu o rejeitei então e o rejeito agora. Ele não se confunde com a indignação contra a injustiça, contra o mal feito, nem com a denúncia do malfeitor. O que refugo, por absolutamente hipócrita, é a denúncia do “discurso de ódio” formulada como escudo protetor de quem dele se serviu para suscitar tanta divisão, antagonismo e malquerença no ambiente social e político brasileiro!

Diego Vox detona a TV Cultura...

https://youtu.be/ztR9OzaWWYU

Notícias terríveis de Brasília/ coluna de Cláudio Humberto


Cláudio HumbertoColunas

Cláudio Humberto

“Nós do Judiciário temos o dever de ouvir a todos
Presidente do STF, min. Cármen Lúcia na audiência sobre descriminalização do aborto
Entidades internacionais punem o Brasil por calote
O governo federal aplicou calote de R$4,3 bilhões (US$1,1 bilhão) nas contribuições de organismos internacionais, levando o País ao vexame de sofrer sanções como perda de direito a voto. Mas, embora tenha recuperado esse direito na Organização Internacional do Café (ICO) e na Organização Internacional do Açúcar (ISO), o Brasil está suspenso em entidades como Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
Dilma não autorizou
O calote do Brasil se deu nos anos de 2014 e 2015, auge da ojeriza da ex-presidente cassada Dilma Rousseff à diplomacia brasileira.
Documentado
O valor da dívida do Brasil junto a organismos internacionais foi citado em documento do Itamaraty em poder da coluna.
Tamanho conhecido
O Itamaraty realizou um levantamento das pendências no começo do ano, e fez gestões para o Ministério do Planejamento pagar.
Devo, não nego
O Ministério do Planejamento promete pagar tudo até o fim do ano, mas não conta se e quanto já pagou e quais organismos receberam.
Desafios de Meirelles: pesquisa e biografia pesada
Além do desafio de uma candidatura com baixos índices de intenção de votos, o candidato do MDB, Henrique Meirelles, tem uma biografia pesada para quem deseja ser eleito presidente da República: foi um festejado executivo financeiro nos Estados Unidos, presidiu o Banco Central no governo Lula, foi executivo de Joesley Batista no grupo J&F/JBS e ainda ministro do governo Michel Temer. Apesar disso tudo, não responde a um só processo, nem mesmo administrativo.
Aposta na campanha
Meirelles é quase um desconhecido para 70% do eleitorado, por isso acha que a campanha na TV e nas redes sociais o fará crescer.
Dicção melhorou
O entusiasmo quase juvenil de Meirelles contagia sua equipe. Aos 72 anos, aceitou submeter-se a fonoaudiologia para melhorar a dicção.
Coração na boca
Banqueiro pragmático, executivo cerebral, Meirelles tem dito a assessores, que quer aprender a “falar com o coração”.
Explode coração
A senadora Marta Suplicy ela fez questão de martirizar o presidente Michel Temer e a cúpula do MDB, divulgando na última hora, prazo final para confirmar sua candidatura, a nota sobre sua decisão de chutar o balde. Quase provocou ataque cardíaco coletivo no Planalto.
Conversa ruim
Marta Suplicy achou que deveria comunicar ao presidente nacional do MDB, Romero Jucá, com quem se relaciona bem, sua decisão de abandonar o partido e a reeleição. Mas a conversa foi péssima.
Presidiário ou hóspede?
País curioso o Brasil, que se indigna com flagrantes de bandidos controlando o crime organizado da cadeia, e poucos se queixam do fato de o ex-presidente Lula comandar seu partido do cárcere.
ANP tenta saída honrosa
Buscando uma saída honrosa, tentando antecipar-se às decisões em andamento do Congresso e da Justiça, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) convocou audiência pública para discutir a venda direta de etanol do produtor aos postos. Menos mal.
Desobediência
A CNI pediu ao STF para mandar a Justiça do Trabalho aplicar a lei de Terceirização. Juízes do trabalho têm usado um artigo da Lei Geral de Concessões para ignorar a nova lei de terceirização da atividade-fim.
Debandada à vista
Vai custar caro ao PSB a crise gerada pela decisão de aliar-se ao PT para “rifar” a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco. O partido deve sofrer uma debandada de insatisfeitos, pós-eleições.
Questão de perspectiva
Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas com o SPC Brasil, a maioria (60%) dos brasileiros consideram que os preços dos presentes estão mais caros em relação ao ano passado.
Posse em Bogotá
O ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) representará o presidente Michel Temer na posse do novo presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, em Bogotá, nesta terça-feira (7).
Pensando bem…
…dar calote em organismos internacionais, como faz o Brasil, é coisa de “anão diplomático”, como o governo israelense definiu a era Dilma.

PODER SEM PUDOR

Povos que não pensam
Ao visitar Portugal, Juscelino Kubitschek foi recebido pelo ditador Oliveira Salazar com festas e homenagens. Mas houve um momento em que conversaram a sós. Salazar fazia longa consideração sobre escritores, mas JK estava distante: não via a hora de entregar-se – digamos – a um programinha pessoal. O ditador não parava de falar:
– Nossos povos têm poetas e romancistas. Não têm, porém, filósofos…
Juscelino esperava a conclusão do raciocínio, e o ditador arrematou:
– …nossos povos, Excelência, não pensam.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
                                                                                                    www.diariodopoder.com.br

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