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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Capa do G1 em 06/05/2015 / 17h e 35 minutos

PMDB volta a apoiar medidas do ajuste fiscal do governo
Ontem, líder do partido havia retirado apoio e cobrado posição do PT.
DIREITO DOS TRABALHADORES
SIGA: Senado inicia sessão que deve votar PEC das Domésticas
Aprovada, lei aguarda regulamentação.
CONDENADO NO MENSALÃO
Itália trava extradição de Pizzolato
Justiça vai analisar recurso em 3 de junho.
Itália trava extradição de Pizzolato (Rede Globo)
INVESTIGADO NA LAVA JATO
Ministro do STF concede prisão domiciliar a mais um empreiteiro
Sócio da Galvão usará tornozeleira eletrônica.
Dilma diz que vê panelaço como protesto 'normal' (Reprodução)
ATO CONTRA O GOVERNO
Dilma diz que vê panelaço como protesto 'normal'
Propaganda do PT causou 
manifestação.
APOSENTADORIA DE JUÍZES
Dilma e Temer perderam poder com 'PEC da Bengala', afirma Renan
Presidente vai deixar de indicar 5 ao STF.
FINANCIAMENTO ESTUDANTIL
Justiça determina renovação do Fies na Bahia; MEC diz que vai recorrer
Decisão é válida apenas para o estado.
CRISE NA EDUCAÇÃO
Secretário deixa cargo 7 dias após confusão com professores no PR
Governo pediu desculpas por ação policial.
Preso confessa facadas em assalto no RJ (Reprodução/Polícia Civil)
'FORA DE SI'
Preso confessa facadas em assalto no RJ
Roubo foi flagrado 
em vídeo; VEJA.
Polícia apura se homem foi morto ou se matou (Reprodução/Instagram)
HOTEL DE LUXO EM SP
Polícia apura se homem foi morto ou se matou
Empresário foi achado amarrado.
Alckmin diz que reajuste de 15% na água é correto (BDBR)
SÃO PAULO
Alckmin diz que reajuste de 15% na água é correto
Sabesp queria aumento de 23%.
Petrobras cai de 30º para 416º em ranking mundial (Reprodução/GloboNews)
MAIORES EMPRESAS
Petrobras cai de 30º para 416º em ranking mundial
Em 2012, estatal 
era 10ª em lista.
'PEDALADAS FISCAIS'
TCU multa diretores da Caixa por manobra que inflou lucro de 2012
R$ 716 milhões foram pegos indevidamente.
RIO DE JANEIRO
MP recorre de decisão que soltou acusados de matar cinegrafista
Santiago foi atingido por rojão em protesto.
Presos 2 por roubo em SP 
de R$ 7 milhões (Reprodução/SPTV)
ASSALTO MILIONÁRIO
Presos 2 por roubo em SP 
de R$ 7 milhões
Quadrilha invadiu 
transportadora.
Jovem é preso após matar a 
avó com privada (Sérgio Ratto/ Jornal Ipanema)
INTERIOR DE SP
Jovem é preso após matar a 
avó com privada
Rapaz teria tido um surto, diz 
polícia.
Veja as notícias da tarde no G1 em 1 minuto (G1)
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Boletim traz as notícias do 
momento.

terça-feira, 5 de maio de 2015

"O Petrolão abasteceu campanha de Dilma" ... / Paulo Roberto Costa / Veja


À CPI, Costa reafirma que dinheiro 

do petrolão abasteceu campanha de 

Dilma


Delator do esquema afirmou ainda ter tratado com diversos 

políticos e que valor da propina era embutido no orçamento das 

obras pelas empreiteiras

 - Atualizado em 
O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa presta novo depoimento à CPI que investiga os crimes de corrupção na estatal, em Brasília, em 05/05/2015
O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa presta novo depoimento à CPI que investiga os crimes de corrupção na estatal, em Brasília, em 05/05/2015(Lucio Bernardo Jr/Divulgação)
Um dos principais delatores da operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa fala nesta terça-feira à CPI que investiga os desvios na estatal. Em seu depoimento, ele reafirmou as acusações feitas em depoimentos à Justiça e disse que parte dos recursos desviados financiou a campanha de Dilma Rousseff em 2010.
O ex-diretor admitiu que atendeu a um pedido do ex-ministro Antonio Palocci e 'liberou" 2 milhões de reais para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. O valor, segundo Costa, partiu dos recursos desviados da Petrobras. "Houve um pedido de 2 milhões para a campanha da presidente Dilma", admitiu ele. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) perguntou: "E o senhor autorizou que fosse tirado da cota do PP, porque o Alberto Youssef não o faria sem o senhor autorizar?". Costa confirmou: "Sim".
O delator confirmou ter tratado de propina com diversos políticos. Entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros, os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB), atual senador. Costa isentou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). ​
Paulo Roberto Costa afirmou ainda que o valor da propina era embutido no orçamento das obras pelas empreiteiras. "O sobrepreço que tinha nesse processo aí era de 3%, 2%, 1%, que se não tivesse a formação do cartel não teria porque seria um processo competitivo", disse ele, negando que tenha alterado sua versão sobre a origem da propina.
Costa reafirmou que as doações eleitorais de grandes empresas carregam interesses escusos. "Não existe doação sem que as empresas depois não queiram recuperar o que foi doado. Isso não existe. E foi me dito por mais de um empresário. Se ele doa 5 milhões de reais, ele vai querer cobrar mais na frente 20 milhões de reais", declarou. A afirmação vai ao encontro da tese dos promotores a respeito do uso de doações oficiais para pagar propina.
O ex-diretor, que era funcionário de carreira da Petrobras, disse que foi alçado a um posto de comando por indicação política do PP e afirmou que o esquema de corrupção não partiu nem de funcionários nem das empresas. "Nada disso teria acontecido se não fosse alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez", declarou.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu uma exceção ao ato que proíbe a tomada de depoimento de presos nas dependências da Casa: a regra não vale mais para quem cumpre prisão domiciliar. Por isso Costa pôde ser ouvido no plenário da CPI.
À CPI da Petrobras, o delator voltou a citar o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. Costa disse que houve um pedido de ajuda financeira para a campanha ao governo do Estado feito "por um secretário que hoje ocupa uma vaga no Senado", referindo-se ao pessebista Fernando Bezerra, ex-ministro da Integração no governo Dilma e investigado na Lava Jato. "Esse contato foi feito e o recurso, repassado", resumiu o ex-diretor da estatal.
Costa, que se disse arrependido de ter participado do esquema de corrupção, saiu em defesa da petrolífera brasileira e afirmou que, apesar dos erros, a estatal não é uma empresa "de fundo de quintal". "A Petrobras tem controles e acompanhamentos. As pessoas que trabalham lá são sérias", afirmou. O ex-diretor, por outro lado, disse que não pode responder sozinho pelas irregularidades na companhia. "Não tem nenhum contrato que foi aprovado por mim ou por algum diretor de forma isolada. Todos foram aprovados pela diretoria executiva - ou seja, pelo presidente e por todos os diretores", disse.
PSDB - Costa relatou à CPI que, em 2009, foi procurado pelo então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, com uma oferta: o tucano disse que poderia "minorar" ou "postergar" os trabalhos de outra Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava a Petrobras. Em troca, o tucano pediu um "ganho financeiro". O intermediário da reunião foi Eduardo da Fonte (PP-PE), hoje líder do PP na Câmara dos Deputados. Segundo Costa, houve outros dois encontros em que os detalhes foram acertados. Costa não soube dizer se o pagamento foi feito de forma oficial ou extraoficial, mas assegurou que o valor foi repassado pela empreiteira Queiroz Galvão. "Esse valor foi efetivado, foi pago e esse evento (a CPI) depois deixou de ter a prioridade", afirmou.
Pasadena - No caso da refinaria de Pasadena, cuja compra causou um prejuízo de 792 milhões de dólares à estatal, Costa afirmou que a responsabilidade é do conselho de administração da empresa. "Estão imputando à diretoria da Petrobras toda a responsabilidade pela compra da refinaria. É só qualquer pessoa ler o estatuto da Petrobras e vai ver que a diretoria da Petrobras não tinha autonomia para compra ou venda de qualquer ativo. Quem tinha era o Conselho de Administração", disse ele. Na época, o conselho era presidido por Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
Prejuízo - O delator contou ter alertado o conselho de administração da empresa sobre a política de preços da companhia, que impediu correções no valor do combustível nos últimos anos. "A Lava Jato é 10% do prejuízo que a Petrobras teve nos últimos anos devido à defasagem de preço", disse ele. Costa afirmou ter avisado ao conselho "quatro ou cinco vezes", baseado em estudos, sobre os riscos da escolha. Mas ele não foi ouvido. "A proposta negativa vinha por parte do presidente do conselho, o ministro Guido Mantega. Ele é quem dizia não ao aumento de preços. Plenamente ciente das consequências disso", afirmou. ​

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O procurador da República no DF foi atacado por militantes do PT por causa de reportagem de Época que mostra Lula como investigado pelo MPF por ajudar empreiteiras em contratos de 4 bilhões e 100 milhões de dólares do BNDES para obras em Cuba, Venezuela, República Dominicana, Gana...

ALVO O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Suas visitas  a países africanos e latino-americanos, patrocinadas pela Odebrecht, estão na mira do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)Procurador é alvo de 

ataques e se defende após reportagem de ÉPOCA sobre Lula

O procurador da República no Distrito Federal Anselmo Henrique Cordeiro Lopes usou as redes sociais para se defender das acusações


REDAÇÃO ÉPOCA
04/05/2015 - 11h40 - Atualizado 04/05/2015 11h46
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O procurador da República no Distrito Federal Anselmo Henrique Cordeiro Lopes usou as redes sociais para se defender de acusações contra ele após a publicação da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme mostrou a reportagem, é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por ajudar empreiteiras, dentre elas a Odebrecht, a obter contratos de US$ 4,1 bilhões com dinheiro do BNDES em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba.

núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília abriu, há uma semana, investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil. Em sua página no FacebookCordeiro Lopes afirma que tem sido alvo de "diversos ataques, injúrias, calúnias e difamações por parte de defensores do ex-presidente, por meio de notas em blogs, páginas eletrônicas e perfis da internet, que estão lançando diversas mentiras" contra ele. E completa: "Apesar de não ser o titular do procedimento mencionado pela revista, as agressões estão sendo dirigidas contra minha pessoa em razão de um despacho assinado por mim, o qual deu origem à apuração." Em razão disso, esclarece que:
1. Meus pais são médicos e ninguém da minha família tem ou teve um escritório de advocacia chamado “Cordeiro Lopes”, e muito menos esteve envolvido em qualquer tipo de investigação ou ilicitude.

2. Não possuo nenhuma coluna no jornal Folha de São Paulo; o único artigo que publiquei nesse artigo, chamado “A Sociedade Não Silenciará” , trata do tema dos perigos de agrotóxicos e transgênicos e foi escrito em resposta a críticas feitas pela Senadora Kátia Abreu;

3. Até onde tenha chegado a meu conhecimento, não existe procedimento em aberto contra minha pessoa na Corregedoria do MPF. As representações contra mim formulada pelo ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (que é réu de ação penal firmada por mim) foram devidamente arquivadas pela Corregedoria do MPF e pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

4. Não sou amigo de nenhum deputado federal do PSDB. A propósito, até o dia de hoje, nunca votei em candidatos do PSDB (aliás, fui eleitor do PT até o surgimento do escândalo do “Mensalão”).


5. A investigação que trata de possível tráfico internacional de influência cometido, em tese, pelo ex-presidente Lula da Silva, apesar de ter iniciado a partir de despacho por mim firmado, hoje está sob a direção de outro membro do Ministério Público Federal.

6. O procedimento autuado que tem por objeto o suposto ilícito mencionado no parágrafo anterior é público e pode ser acessado, com base na Lei de Acesso à Informação, por qualquer cidadão que queira acompanhar a apuração e colaborar no esclarecimento dos fatos. O acompanhamento, inclusive, pode ser realizado a partir da página de transparência do Ministério Público Federal.

7. Nos últimos 7 anos e 8 meses, desde que entrei no MPF por meio de concurso público, tenho atuado, de corpo a alma, em defesa dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, em prol da proteção ambiental, em favor da implementação de diversos direitos humanos e no combate à corrupção. Não serão calúnias, difamações e agressões veiculadas pela internet que subtrairão minha disposição inesgotável de buscar sempre a verdade, a justiça e a punição dos ilícitos.

Revisão da guerra do Paraguai depois de 150 anos ... / DW.de

http://www.dw.de/ap%C3%B3s-150-anos-historiadores-reescrevem-a-guerra-do-paraguai/a-18419656


AMÉRICA LATINA

Após 150 anos historiadores reescrevem a Guerra do Paraguai

Conflito entre o Paraguai e a Tríplice Aliança foi o maior da América do Sul. Durante mais de um século a historiografia foi marcada por mitos e pelo nacionalismo, hoje revistos pelos pesquisadores.

Paraguaios mortos na guerra
Há 150 anos, Brasil, Argentina e Uruguai se uniam para lutar contra o Paraguai na pior guerra da América do Sul. No dia 1° de maio de 1865 os três países assinaram em Buenos Aires o Tratado da Tríplice Aliança, que traçou a direção do conflito, transformando-o em uma guerra longa e sangrenta.
Até o final dos anos 1980 e início dos 1990, a historiografia sobre esse acontecimento partia de uma perspectiva nacionalista ou era baseada em uma visão que considerava o conflito fruto do imperialismo britânico e de seu modelo capitalista.
Hoje, graças ao acesso a documentos da época, os historiadores desfazem mitos que se perpetuaram no continente sul-americano desde o fim do conflito. Esse material só se tornou disponível após o fim da Guerra Fria, a queda de ditaduras latino-americanas e abertura de arquivos.
Assim, historiadores paraguaios, argentinos, brasileiros, uruguaios, europeus e americanos começaram a reescrever a história da guerra a partir da análise empírica dos fatos históricos, deixando de lado a idealização do conflito.
"Esses historiadores ainda são influenciados por ideias e conceitos existentes em seus países, claro, mas, ao mesmo tempo, têm uma formação acadêmica que permite evitar deturpações na análise do passado", afirma o historiador Francisco Doratioto, da Universidade de Brasília (UnB).
Análise histórica
Recentemente os pesquisadores esclareceram questões controversas sobre a Guerra do Paraguai, como os motivos que levaram Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai a travarem uma luta sangrenta até 1870.
"A Guerra do Paraguai pode ser interpretada como o ápice de um processo histórico que vem desde 1820, que é a formação dos Estados nacionais na região", afirma Doratioto, acrescentando que há diferentes interpretações sobre esse aspecto. "Algumas dão mais ênfase à geopolítica, outras abordam processos econômicos, mas não há dúvidas, por parte de historiadores que trabalham sobre o tema, de que a guerra teve causas regionais", reforça.
Já a suposta manipulação britânica foi desmistificada. "Não há prova arquivista da participação do Reino Unido. O que havia eram belas ideias, mas sem fundamento histórico", afirma o historiador Thomas Whigham, da Universidade da Georgia.
Conflitos na região do Rio da Prata eram comuns no século 19. A Guerra do Paraguai começou com uma intervenção de pequena escala, como tantas outras. Em outubro de 1864, o Brasil invadiu o Uruguai para defender cidadãos brasileiros residentes no país, que enfrentava uma guerra civil.

Igreja de Humaitá no Paraguai destruída na guerra
Em retaliação, o Paraguai apreendeu, em novembro, o vapor brasileiro Marquês de Olinda. Em dezembro, o ditador paraguaio Francisco Solano López declarou guerra ao Brasil e invadiu a região do Mato Grosso do Sul.
Guerra declarada
Em março de 1865, o Paraguai invadiu a província de Corrientes, na Argentina. Essa invasão foi o estopim para a assinatura do Tratado da Tríplice Aliança, que tornou o conflito ainda incerto em uma guerra, com o envolvimento de todos na região.
A assinatura do tratado ocorreu no dia 1° de maio de 1865. Por insistência brasileira, o documento estipulava a destituição de Solano López do governo paraguaio, o que limitava as possibilidades de uma solução diplomática para o conflito.
"Esse foi o primeiro grande tratado de cooperação entre Brasil e Argentina. Ele representou uma carta de intenção de que as armas não seriam depostas até que o governo de Solano López fosse derrotado", afirma o historiador Vitor Izecksohn, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
E, de fato, a guerra só iria terminar em 1870 com a morte de Solano López. O conflito impactou, em diferentes graus e maneiras, todos os países envolvidos. Em âmbito mais abrangente, ele definiu as fronteiras na região.
Tragédia paraguaia
O Paraguai foi arruinado na guerra. Grande parte da população morreu em consequência da guerra, não somente em combates, mas também de doenças e de fome. Estima-se que o país tenha perdido 90% da população masculina.
"Isso faz desse conflito uma guerra moderna com um número grande de civis mortos. Ela foi realmente devastadora para o Paraguai", afirma o historiador Hendrik Kraay, da Universidade de Calgary. Além do custo humano, ela prejudicou a economia do país, acabando com o modelo desenvolvimentista que havia sido adotado pelo governo paraguaio.
Para o Brasil, a guerra foi fundamental para a queda do Império, pois o Exército saiu fortalecido e com um orgulho institucional que não existia anteriormente. Ela também endividou o país, o que arranhou ainda mais a imagem da monarquia.
O conflito foi importante também para a unificação da Argentina, além de impulsionar sua modernização e seu desenvolvimento econômico.
"O caso mais irônico é o do Uruguai, que supostamente foi o estopim da guerra, mas saiu dela mais ou menos como estava antes", afirma Whigham.
A memória da Guerra do Paraguai continua bastante presente, principalmente, no Paraguai, mas também na Argentina e no Uruguai. "Os partidos políticos que estão no poder ou na oposição nesses países hoje são os mesmos daquela época. Então no Rio da Prata, a história continua presente na política atual", conta Doratioto.