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segunda-feira, 27 de março de 2017

UM DISCURSO TÃO BREVE QUANTO MEMORÁVEL NA FORMA E NO CONTEÚDO


https://youtu.be/Y3iASt0p6SU

"Bombeiro salva cachorro em incêndio com respiração boca a boca"

http://www.caesonline.com/bombeiro-salva-cachorro-em-incendio-com-respiracao-boa-boca/




Bombeiro salva cachorro em incêndio com respiração boca a boca

Manobras cardíacas também foram feitas por um bombeiro, fundamentais para salvar a vida de Marley.


Andrew Klein, um bombeiro de Santa Mônica nos EUA, já pode ser chamado de herói. Graças a ele, o cãozinho Marley está vivo.
O fato ocorreu no dia 21/03/17. O prédio que Marley morava com sua família começou a pegar fogo. Billy Fernando, fotógrafo, estava passando de carro pelo local quando se defrontou com a cena. O homem, então, passou a registrar os acontecimentos com sua câmera fotográfica.
Billy conta que de repente viu Andrew correndo em direção à calçada trazendo algo nos braços. No início ele não se deu conta do que era, até perceber ser um cãozinho. Marley estava inconsciente, mole e sem se mover.
O quadro era aterrador.
Andrew não perdeu tempo e colocou uma máscara de oxigênio especial para cães para tentar salvá-lo. Porém, isto não foi suficiente e o bombeiro passou a realizar manobras cardíacas e até mesmo fazer respiração boca a boca para tentar salvar Marley.
A dona do cão assistia a tudo, apavorada, pois todas as tentativas se mostravam inúteis. Andrew, contudo, apesar do cansaço, não estava nem um pouco disposto a desistir.
Foram vinte minutos de uma luta exaustiva pela vida de Marley. Até que, surpreendentemente, o cãozinho começou a se mexer.
Billy, o fotógrafo, conta que o alívio foi grande para todos. Marley ressuscitou justo no momento em que todos esperavam pelo pior. O cão foi se recuperando devagar, meio desorientado, mas aparentando estar bem.
A dona de Marley chorou bastante de emoção, diz Billy, e agradeceu muito a Andrew. O fotógrafo acrescenta que os bombeiros, que já eram um modelo para ele, agora também são objeto de admiração profunda.
Marley foi encaminhado a uma clínica veterinária para maiores cuidados. Ainda não se sabe o motivo do incêndio.  Ninguém se feriu.
O cãozinho, depois de recuperado, foi levado ao Corpo de Bombeiros para um agradecimento muito especial a Andrew e seus colegas.

domingo, 26 de março de 2017

Fugindo de sua realidade. / El País..

Lanchas abarrotadas: As novas cruzadas dos imigrantes da América Central rumo aos EUA http://flip.it/-Skxoj

Lanchas abarrotadas: As novas cruzadas dos imigrantes da América Central rumo aos EUA

Todos os dias dezenas de migrantes e refugiados se lançam na costa do México em lanchas diante da pressão na rota migratória por terra


Barcos em Barra de San José, Mazatán, Chiapas. ENCARNI PINDADO
Ocós (Guatemala) 
“Que paguem os 8.000 pesos (400 dólares) e pronto”, determina o atravessador através de uma mensagem de áudio no WhatsApp.
“E se eles tiverem medo (...), que paguem para você. Se não, manda eles rodeando (por terra) e vai ser melhor para você”, sentencia, em uma segunda mensagem.


A primeira conclusão é que, pelo tom utilizado, está claro quem é que manda. A segunda é que no negócio do tráfico de pessoas, não se barganha. Os preços são determinados pelo atravessador. Ponto final.
A cada ano transitam pelo México 400.000 migrantes e refugiados, principalmente da América Central, com menos de 60 dólares no bolso, que participam de um êxodo silencioso em direção aos Estados Unidos.
Uma parte utiliza o trem de carga conhecido como La Bestia. No entanto, há cada vez menos migrantes que se arriscam a subir no trem desde que o Governo mexicano, em uma peculiar medida humanitária, obrigou a aumentar a velocidade de 30 para 60 km/h, o que aumenta o risco de sofrer uma mutilação quando se tenta saltar sobre o trem.
Centenas deles encontraram uma alternativa na nova Bestia do mar. Lanchas abarrotadas de gente que passam diariamente ao longo da costa de Chiapas rumo ao norte.
O perigoso município de Ocós, na Guatemala, e a paradisíaca Mazatán, na costa de Chiapas, são os epicentros de uma indústria de migrantes que sai da Guatemala, passa pelo Istmo de Tehuantepec em direção a Veracruz e termina como mercadoria amedrontada em Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos.


Pescadores em uma praia fronteiriça entre o México e a Guatemala
Pescadores em uma praia fronteiriça entre o México e a Guatemala ENCARNI PINDADO


“Por aqui saem ou passam umas três ou quatro lanchas por dia, com 15 ou 20 pollos [gíria para definir os migrantes] cada uma”, confirma Gabriel Ortega, vereador e mão direita do prefeito de Mazatán.
Salvadorenhos, hondurenhos e guatemaltecos fogem da pobreza e da violência das gangues por uma das tradicionais rotas do narcotráfico utilizando as velhas lanchas de pesca, agora com novos motores Yamaha.
Sentado em uma rede junto ao píer de San José, a poucos quilômetros de Mazatán (Chiapas), outro atravessador, hoje aposentado, faz uma pausa, ajusta o boné de beisebol, e recorda aquele dia de 2000, quando El Pelón, um conhecido seu, deixou se afogarem no mar 14 pessoas porque não queriam pagar, em uma das maiores tragédias de que se tem memória na região.
“Aqui são muitos os que vivem disso e já há alguns pescadores presos”, explica, enquanto balança na rede. O pescador sem dentes que durante tantos anos se dedicou a transportar os imigrantes da América Central, diz que o tráfico de pessoas é uma alternativa à pesca de mariscos ou camarão “porque o mar já não dá”.
Há nove meses, em frente ao mesmo cais onde bebe uma cerveja Victoria depois da outra, três crianças morreram quando uma lancha que levava 20 pessoas virou.


Lanchas abarrotadas: As novas cruzadas dos imigrantes da América Central rumo aos EUA
EL PAÍS


Apesar de não haver números de vítimas ou de migrantes que viajam clandestinamente à noite por mar, trata-se de uma rota cada vez mais frequente diante da pressão em terra e o aumento das detenções e deportações. No ano passado, os Estados Unidos deportaram 96.000 desses migrantes, em comparação aos 147.000 do México, segundo dados oficiais.
“A rota permanecia oculta e era usada para o tráfico de drogas, mas nos últimos meses, se sistematizou como uma rota para transportar pessoas”, explica José Luis González, sacerdote jesuíta que trabalha com refugiados em Frontera Comalapa.
Por uma quantidade que varia entre 400 e 800 dólares – para os cubanos pode ser o dobro – essa rota permite aos imigrantes da América Central avançar da Guatemala até Salina Cruz ou Huatulco, em Oaxaca.
Assim evitam os seis controles migratórios mais duros do país, parte do cinturão policial que o Governo mexicano mobilizou no sul do país como parte do Plano Fronteira Sul, parcialmente financiado pelos Estados Unidos.

Ocós, território Zeta

Depois de várias voltas intimidadoras com a moto, finalmente o jovem com uma camiseta do Barcelona se aproxima. “Querem lancha para o norte”, pergunta. “Procurem por dona Beti. Ali, ela arruma lugar para vocês”, responde, apontando para um hotel miserável no fim da rua.
Ocós, na Guatemala, onde começa a indústria marítima do tráfico de migrantes, é um município limpo de 40.000 habitantes no Departamento de San Marcos.
Aparentemente é um aprazível destino de férias com uma rua principal que desemboca em uma praia espetacular.
É também um dos pontos estratégicos do cartel dos Zetas para a saída de drogas da América Central e para o abastecimento de embarcações com cocaína da Colômbia, um dos corredores mais importantes do narcotráfico mundial.


Embarcações em Barra de San José, Mazatán, Chiapas
Embarcações em Barra de San José, Mazatán, Chiapas JACOBO GARCÍA


Os Zetas não deixaram escapar um de seus negócios mais rentáveis, o tráfico de pessoas, e controlam uma cadeia completa de uma rota que começa nestas praias.
Mas não. A orgulhosa mulher não é fácil. Olha os jornalistas, desconfia e responde de novo: “Eu já disse, nós não fazemos isso”.
Três pessoas diferentes nos mandaram para ela para fazer a viagem por mar, mas ela está desconfiada. “Meu irmão é pescador e não se mete nessas coisas”. “E neste hotel nem sequer permito que se hospede quem não seja do México ou da Guatemala”, afirma, apontando para uma placa. Mas as pessoas de sua cidade acham outra coisa.
Nesta espelunca os migrantes da América Central – e também aqueles conhecidos como “exóticos”, asiáticos e africanos – esperam vários dias até que se formem os grupos de 15 para empreender a rota.
A travessia dura de seis a oito horas.
Na popa há dois motores de 120 cavalos. Na proa, 500 litros de gasolina em galões, e sobre os bancos, 20 migrantes atemorizados e curvados sobre um pneu semivazio que poderia servir de boia, cruzando o Pacífico à noite sobre enormes ondas prateadas.
“Essa gente sofre”, diz o miserável atravessador sem dentes e sem escrúpulos, olhando para o ponto na água onde as três crianças se afogaram em junho.
Os jornais daquele dia lembram que quando a polícia chegou ao local, encontrou um pai ajoelhado, chorando junto aos corpos de seus filhos. O resto da tripulação escapou por um matagal quando pisou a terra firme, e seguiu caminho para os Estados Unidos. Pobres traficados por pobres no sul de Chiapas.

segunda-feira, 20 de março de 2017

O Estado sabe arrecadar. ..

Brasileiros já pagaram R$ 500 bilhões em impostos em 2017, aponta Associação Comercial. Veja mais no UOL. Acesse: http://uol.com/bhj8LC

sábado, 18 de março de 2017

sexta-feira, 17 de março de 2017

O Brasil escolheu ser infeliz e o projeto segue célere nas ruas e nas casas legislativas

http://avaranda.blogspot.com.br/2017/03/prevendo-o-desastre-helio-schwartsman.html?m=1

sexta-feira, março 17, 2017

Prevendo o desastre - 

HÉLIO SCHWARTSMAN

Folha de SP - 17.03

SÃO PAULO - Dezenas de milhares foram às ruas contra a reforma da Previdência. Na ponta do lápis, eu também deveria ser contra. Já passei dos 50 e, portanto, estou "quase lá". É improvável, ainda, que o sistema quebre nos próximos 30 ou 35 anos, de modo que um eventual colapso não me afetaria diretamente.
Quanto a meus filhos, que poderiam, sim, ser prejudicados pela inação, estou lhes dando uma educação que permitirá que busquem uma carreira fora do Brasil, se o país insistir em marchar voluntariamente para a inviabilidade. Mas, por motivos que transcendem a pura racionalidade, eu não quero que o Brasil fracasse, mesmo que já não esteja neste mundo para testemunhá-lo.

A discussão da Previdência é, no fundo, simples. Lá no início, adotamos o sistema de repartição simples, pelo qual são os trabalhadores em atividade e os contribuintes que arcam com as despesas das aposentadorias dos idosos e as pensões. É um sistema que pode dar-se ao luxo de ser generoso enquanto houver muitas crianças nascendo, precisa ir se tornando mais cauteloso (quase avarento) à medida que a população envelhece, e fica perigosamente perto da inexequibilidade quando a fecundidade cai muito e já não repõe a PEA (população economicamente ativa).

O Brasil já deixou de ser um país que produz muitos jovens e caminha rapidamente para ser um que gera muitos velhos. A taxa de fecundidade caiu de 6,28 filhos por mulher em 1960 para 1,72 em 2015 —o que é menos do que o necessário para manter a população constante. Nesse meio tempo, a proporção de idosos (mais de 60 anos) passou de 4,7% da população para 14,3%. E as projeções não indicam nenhum alívio à frente.
Nada contra buscar mais recursos para o INSS, mas não vislumbro crescimento econômico, maior formalização ou aumento de tributos que dê conta do tsunami demográfico que já está contratado. Ou fazemos uma boa reforma, ou não vai dar.