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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Para que bolso vai o dinheiro arrecadado em impostos e taxas...? / G1

20/01/2014 11h58 - Atualizado em 20/01/2014 12h32


Carga tributária brasileira é 2ª maior da 




América Latina, mostra OCDE


Impostos e tributos pagos no país em 2012 somaram 36,3% do PIB.
Guatemaltecos são os que pagam menos tributos na região. 

Do G1, em São Paulo
O Brasil tem a segunda maior carga tributária entre os países da América Latina, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (20) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No ranking, que compreende 18 países, o país aparece atrás apenas da Argentina.
Segundo o levantamento, os impostos e tributos pagos pelos brasileiros e pelas empresas no país correspondem a 36,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Na Argentina, essa proporção é de 37,3%. No Uruguai, terceiro no ranking, a carga tributária é de 26,3%.
Na outra ponta, Guatemala, República Dominicana e Venezuela são os países onde a "mordida" dos impostos é mais leve: 12,3%, 13,5% e 13,7% do PIB, respectivamente. Os dados são referentes a 2012, os mais atuais da entidade.
Em média, a carga tributária da região ficou em 20,7% do PIB em 2012, segundo a OCDE, acima da taxa de 20,1% do ano anterior.
A entidade aponta, no entanto, que a taxa ainda está abaixo da registrada entre os países que fazem parte da organização, de 34,6%. Trinta e quatro países – em sua maioria desenvolvidos – compõem a OCDE. Nesse grupo, a maior carga tributária é a da Dinamarca, de 48% do PIB.
Crescendo
Os dados também mostram que a carga tributária brasileira como proporção do PIB vem crescendo desde 2010. A última redução aconteceu em 2009, quando o PIB teve um forte crescimento, de 7,5%, o que fez com que os impostos passassem a representar uma fatia menor da economia. 
Carga tributária (% do PIB)
Argentina - 37,3%
Brasil - 36,3%
Uruguai - 26,3%
Bolívia - 26,0%
Costa Rica - 21,0%
Chile - 20,8%
Equador - 20,2%
México - 19,6%
Colômbia - 19,6%
Nicarágua - 19,5%
Panamá - 18,5%
Peru - 18,1%
Paraguai - 17,6%
Honduras - 17,5%
El Salvador - 15,7%
Venezuela - 13,7%
República Dominicana - 13,5%
Guatemala - 12,3%
América Latina - 20,7%
OCDE - 34,6%

quarta-feira, 10 de julho de 2013

OCDE faz críticas ao desenvolvimento econômico do Brasil.. // ANSA


Para economista da OCDE, Brasil não é imune a crises

À ANSA, um economista citou os principais problemas do país

Ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto: Ansa)
Ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto: Ansa)
10 JULHO, 13:56SÃO PAULOCARLO CAUTI
(ANSA) - Um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) rever as perspectivas de crescimento do PIB do Brasil, o economista sênior da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o italiano Andrea Goldstein, declarou em entrevista à ANSA que a economia brasileira está apresentando sinais negativos e que, se o mundo entrasse em uma nova crise, o país não seria imune às consequências, como aconteceu em 2008.
    "O baixo crescimento do Brasil se deve a um problema de condução macroeconômica. De um lado, temos a falta de investimentos, do outro, a inflação, que está ressurgindo. Também existe o problema da pressão tributária e dos gastos públicos, que estão pesando sobre as decisões de investimento e de consumo das empresas e das famílias", declarou Goldstein.
    Segundo o economista, autor de vários livros, entre os quais "BRIC: Brasil, Rússia Índia e China no comando da economia global" e "A Economia do Brasil", o país sofre por falta de estratégia. "Os investimentos têm um retorno em 20-30 anos, e não podem ser realizados imediatamente. O que falta é um planejamento de longo prazo, além da qualidade do dinheiro público gasto", afirmou.
    Goldstein lembrou como o Brasil foi capaz de fazer grandes investimentos em infraestrutura, como a central hidrelétrica de Itaipu, mas ao mesmo tempo não conseguiu planejar obras que atendessem às necessidades da população. Ele também disse que os investimentos para a Copa do Mundo "tiveram somente um aspecto simbólico e de imagem", mas não resolveram problemas reais, como a deficiência de transportes entre os aeroportos e as grandes cidades brasileiras.
    "O problema do Brasil é político. No exterior, todo mundo acha que o país é governado há 10 anos por um partido de esquerda, mas ninguém entende que a maioria que o apóia é a mais heterogênea possível. O sistema político brasileiro permite esse tipo de situação de paralisia, com os 'dinossauros da política', os caciques das áreas periféricas que continuam mantendo o controle. Isso eu acho que é um dos problemas culturais que impedem investir onde é realmente necessário", defendeu Goldstein.
    Segundo o economista, a atual situação de crise das empresas de Eike Batista também é um "sinal negativo para o Brasil". "Em primeiro lugar, porque a mineração e a extração petrolífera estão entre os principais setores da economia brasileira. Mesmo com todos os problemas que poderia criar a 'doença holandesa', permanecia a esperança do aumento de pontos no PIB graças a esses setores. Mas agora está claro que é muito mais difícil explorar o pré-sal do que tinha sido previsto", analisou.    "Um segundo aspecto negativo é que estamos falando de uma pessoa que era considerada membro de uma classe de novos capitalistas brasileiros que aparentemente iriam mudar a cara do país e que, ao contrário, hoje aparecem com fortes dificuldades. O terceiro ponto negativo é a grande exposição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com as empresas de Eike. Isso demonstra que as críticas às políticas econômicas do banco realizadas nos últimos anos estavam corretas", salientou Goldstein.
    O economista explicou que, por todas essas razões, o Brasil não consegue crescer a ritmos acelerados, e "mesmo quando cresce por um ano com um PIB como a China, nos anos seguintes deve reduzir o crescimento por causa dos desequilíbrios provocados pelo próprio crescimento. Isso demonstra que o Brasil não tem a capacidade de crescer a um ritmo muito elevado".
    "Se o contexto externo se mantiver positivo ou neutro, o Brasil poderá crescer a taxas baixas. Entretanto, se a economia internacional entrasse em crise, a situação ficaria realmente difícil para o Brasil. Essa seria uma 'tempestade perfeita' para os investimentos brasileiros", disse Goldstein. (ANSA)

sábado, 10 de novembro de 2012

China poderá ser a primeira potência mundial em 2016 // El País

http://economia.elpais.com/economia/2012/11/09/actualidad/1352456628_222082.html

China superará a EE UU y se convertirá en la primera potencia mundial en 2016

El gigante asiático e India también acapararán casi la mitad del PIB mundial dentro de 50 años

Un informe de la OCDE concluye que la economía crecerá un 3% hasta 2060

Hacer augurios a largo plazo no resulta una tarea sencilla. Como decía el prestigioso economista del siglo XX John Maynard Keynes: “A largo plazo, todos muertos”. Aun así la OCDE considera que dentro de 50 años China e India se habrán convertido en las grandes potencias económicas del mundo. El organismo que agrupa a los 32 países más industrializados del planeta sostiene que estos dos países acapararán casi la mitad de la riqueza mundial en 2060.
En un informe titulado Una mirada a 2060: Una visión global del crecimiento a largo plazo, la OCDE concluye que la economía mundial crecerá a un ritmo del 3% durante los próximos 50 años. El organismo estima que la actual crisis económica se desvanecerá y la economía volverá a rugir con consistencia, aunque con un patrón diferente al actual. El informe detecta importantes variaciones entre los progresos de las diferentes naciones. Señala a los países en vías de desarrollo como los se comportarán con más vigor y espolearán el crecimiento, aunque poco a poco su evolución se irá ralentizando hasta coincidir con la media de los países de la OCDE.
Alemania es el país que menos crecerá en las próximas cinco décadas
Este ritmo desigual del crecimiento económico provocará un cambio radical en el equilibrio mundial. “El PIB combinado de China e India pronto superará al de las economías del G-7 y rebasará a la de todos los miembros actuales de la OCDE en 2060”, señala el informe de la OCDE divulgado este viernes. India, con un crecimiento sostenido del 5,1%, será el país que mejor evolucione en las próximas cinco décadas. Así, la economía india pasará de representar el 7% del total, al 18% en 2060 con un mayor progreso a partir de 2030. China, que tendrá un crecimiento del 4%, elevará su peso específico del 17% al 28% del total. No obstante, la economía china logrará convertirse en la más importante del mundo en 2030. A partir de ese año mantendrá su peso específico sin engordar más.
El área euro representa actualmente el 17% de la economía global, pero según las proyecciones de la OCDE dentro de 50 años supondrá solo el 9% del global. Por su parte, Estados Unidos cuya economía representa el 23% mundial, reducirá su peso hasta el 16% en 2060.
El informe de la OCDE concluye que la economía española avanzará un 1,7% durante los próximos 50 años. Además, la renta per cápita española crecerá un 1,4% hasta 2060, por debajo de la media mundial. Según las previsiones de la OCDE Alemania será el país con menor crecimiento del PIB entre 2011 y 2060. Su economía solo avanzará un 1,1% durante ese periodo. Aunque la renta por habitante alemana aumentará un 1,4% anual en los próximos 50 años, frente al 2,6% mundial.

Alerta al envejecimiento

El documento del organismo internacional señala el envejecimiento de la población como uno de los lastres que perjudicarán a la productividad de los países y su ritmo de crecimiento. La OCDE defiende una mejora de los niveles de educación para combatir este contratiempo.
Las proyecciones demográficas que realiza la OCDE “sugieren que el envejecimiento en los próximos 50 años será especialmente rápido en Asia, los países del este de Europa y los países del sur de Europa”. Estos países duplicarán la tasa de dependencia con la vejez e incluso se cuadruplicará en China. Por cierto, el envejecimiento más acelerado en este país explica por qué la India e Indonesia superará su tasa de crecimiento en menos de una década.
La OCDE estima que la población mundical crecerá un 0,3% anual durante los próximos 50 años. “En igualdad de condiciones, el crecimiento total de la población de más edad actuará como un lastre para el crecimiento del PIB per cápita en varios países”, concluye el informe que considera que disminuirá la población en edad de trabajar. Aunque también concluye que la tasa de paro bajará de los niveles actuales.
La OCDE espera un fuerte crecimiento de los países con bajos ingresos. No obstante, espera que se mantengan las grandes diferencias en los niveles de vida de los países a pesar de que los ingresos per cápita de las economías más pobres llegará a cuadruplicarse hasta 2060. China e India, por ejemplo, multiplicarán por más de siete y las economías más desarrolladas solo se duplicarán. No obstante, los estándares de vida no serán entre un 25% y un 60% del de los países desarrollados en 2060, según la OCDE.
El estudio señala que el ahorro es uno de los motores que impulsarán el crecimiento en los próximos años. Indica que las tasas de ahorro privado descenderá en la mayoría de los países durante los próximos 50 años debido al envejecimiento de la población. “Sin embargo, la tasa de ahorro global se mantendrá estable hasta 2030 por la acción combinada de alto ahorro en China y la India”.
También el aumento del ahorro público de los países desarrollados para neutralizar el fuerte aumento de la deuda servirá para impulsar el crecimiento en los próximos años. Por eso, la OCDE considera que la aplicación de medidas de consolidación fiscal (subida de impuestos y recortes de gastos) más ambiciosas podrían elevar el nivel de vida y reducir los desequilibrios así como mejorar las perspectivas económicas de los países en el periodo de análisis.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A geração 'nem-nem' - - Estadão

A geração 'nem-nem' - opiniao - versaoimpressa - Estadão


A geração 'nem-nem'

26 de setembro de 2012 | 3h 22  
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O Estado de S.Paulo
Um em cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos não trabalha nem estuda. É a chamada "geração nem-nem", dimensionada em estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Esses jovens são vítimas de um "desalento estrutural", como analisou Fernando de Holanda Filho, professor da Fundação Getúlio Vargas, ao jornal O Globo (16/9). Ou seja: são pessoas que desistiram de procurar trabalho, porque não têm quase nenhuma qualificação, e tampouco querem voltar a estudar, porque não se sentem atraídas pela escola.
No total, há 5,3 milhões de jovens que não trabalham nem estudam, indica a pesquisa coordenada pelo professor Adalberto Cardoso. Se fossem computados os jovens que ainda procuram alguma ocupação, o número saltaria para 7,2 milhões. Num país com cenário de baixo desemprego e economia em expansão (em 2010, ano em que os números usados na pesquisa foram colhidos, o PIB cresceu 7,5%), isso significa que uma parcela importante dos brasileiros não está participando do desenvolvimento experimentado nos últimos anos. Uma vez sem perspectiva, alguns deles podem cair na criminalidade.
As mulheres, principalmente em razão da maternidade, são maioria nesse grupo - elas somam 3,5 milhões, e os homens, 1,8 milhão -, o que inclui a desigualdade de gênero na equação. O impacto também é maior entre os mais pobres. Na parcela da população com renda per capita de até R$ 77,75, a geração "nem-nem" chega a 46,2%. E é notável a disparidade regional: no Norte e no Nordeste, a incidência passa dos 25%, contra 13% no Sul e 16,8% no Sudeste.
Os países ricos também têm seus "nem-nem", mas o motivo é a recessão persistente, que inexiste no Brasil. Entre os 34 integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média dos jovens que se encontram nessa situação é de 15,8% - contabilizando-se os que ainda procuram emprego e se considerando que a faixa etária usada como critério é mais larga, de 15 a 29 anos.
A OCDE afirma, no entanto, que a situação dos "nem-nem" na maioria dos países estudados é transitória e que os motivos variam de lugar para lugar, incluindo-se aí questões culturais - o que explica, por exemplo, que 77% das jovens mexicanas nem trabalhem fora de casa nem estudem, preferindo dedicar-se à formação da família.
As eventuais dificuldades econômicas dos países integrantes da OCDE - que incluem potências como Estados Unidos e Grã-Bretanha e também emergentes como Turquia e México - não impediram que o investimento em educação fosse não apenas mantido, como, em alguns casos, experimentasse sensível ampliação. Como mostra o mais recente estudo da organização, o Education at a Glance 2012, isso aconteceu com pelo menos 24 dos 34 membros durante os anos de 2008 e 2009, que foram de forte crise e recessão. Segundo a OCDE, tal cenário se explica pela conclusão generalizada de que apostar em educação traz benefícios tanto para os indivíduos quanto para a sociedade, ainda mais em tempos de dificuldades econômicas. Em 2008, um homem com instrução superior nos países da OCDE ganhou, em média, 58% mais do que aquele que possuísse apenas nível secundário. Em 2010, esse porcentual subiu para 67%.
Tal perspectiva é semelhante no Brasil, mas, ao que parece, uma parte considerável dos jovens brasileiros não consegue enxergar essa oportunidade, quer por desinformação, quer porque não se sente estimulada a enfrentar a rotina de estudos em escolas de baixa qualidade. Trata-se de um indicativo de que o crescimento econômico brasileiro pode ter seus problemas agravados no futuro próximo, porque é essa geração que terá de enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais exigente. Portanto, a escassez de mão de obra com um mínimo de competência técnica, que é um dos entraves crônicos do desenvolvimento no Brasil, tende a se acentuar - a não ser que haja uma virada drástica e imediata no sistema educacional, de modo a atrair novamente essa massa de jovens para os estudos e a especialização, fazendo-os perceber que a educação pode significar um futuro melhor.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Educação> o país registrou o quarto maior aumento de gastos em educação segundo estudo da OCDE...!

BBC Brasil - Notícias - OCDE: Brasil é país com maior vantagem salarial para diplomados


OCDE: Brasil é país com maior vantagem salarial para diplomados

Atualizado em  11 de setembro, 2012 - 06:52 (Brasília) 09:52 GMT
Universitário (Foto: Reuters)
Estudo aponta que diferença de salários aumentou durante crise econômica mundial
O Brasil é o país com a maior diferença salarial entre pessoas com diploma universitário e as com grau de instrução inferior, segundo um estudo feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta terça-feira.
De acordo com o secretário-geral da organização, Angel Gurría, a diferença salarial existente no Brasil entre pessoas com ensino superior e as demais representa "o triplo da média dos países da OCDE".
A vantagem salarial média nos 34 países da OCDE entre pessoas que cursaram o terceiro grau e as com nível de instrução menor é de 67% no caso dos homens e de 59% entre as mulheres.
O estudo "Olhar sobre a Educação 2012" da OCDE analisou os dados de 42 países.
Nem todos forneceram, no entanto, números sobre todos os aspectos pesquisados. Apenas 32 países forneceram dados no quesito que indica o Brasil com a maior diferença salarial entre pessoas com curso universitário e as demais.

Recessão

O relatório aponta também que a diferença de salários entre pessoas com ensino superior e as demais aumentou durante a recessão econômica mundial.
A vantagem salarial de homens com ensino superior passou de 58% em 2008 para 67% em 2010 nos países da OCDE.
No caso das mulheres com ensino superior, a diferença salarial em relação às demais passou de 54% para 59% entre 2008 e 2010 nos países da organização.
Apesar das condições incertas do mercado desde 2008, a maioria das pessoas com diplomas de curso superior "continua obtendo benefícios financeiros muito vantajosos", diz o secretário-geral da OCDE.

Investimentos maiores

O Brasil também se destaca no estudo em relação a investimentos realizados na educação.
O país registrou o quarto maior aumento em gastos na educação no período de 2000 a 2009 entre os 33 países do estudo que forneceram estatísticas a respeito.
Os investimentos em educação no Brasil passaram de 10,5% do total dos gastos públicos em 2000 para 16,8% em 2009, diz o estudo.
Na OCDE, a média de gastos com educação é de 13% do total da despesa pública.
O Brasil, segundo o estudo, também é o país que mais ampliou os gastos por aluno no ensino primário e secundário entre 29 países que forneceram dados a respeito.
Os gastos no Brasil com alunos do ensino primário e secundário aumentaram 149% entre 2005 e 2009, diz o relatório, que ressalta, no entanto, que o nível anterior era bem abaixo do observado em outros países.

Ensino superior

Apesar da ampliação considerável dos investimentos em educação, o Brasil está entre os países que menos aumentou os gastos com alunos do ensino superior, ocupando a 23ª posição em uma lista de 29 países.
Houve, na realidade, uma queda de 2%, já que o nível de gastos com alunos do ensino superior não acompanhou o aumento de 67% no número de universitários entre 2005 e 2009, diz o relatório.
Segundo o estudo, o Brasil investe 5,5% de seu PIB na educação, abaixo da média de 6,23% do PIB nos países da OCDE.
"Como muitos países da OCDE, a maior parte dos investimentos brasileiros é feita no ensino primário e secundário. No caso do Brasil, isso representa 4,23% do PIB, mais do que a média de 4% da OCDE", diz o estudo.
"Em contraste, o Brasil investe apenas 0,8% do PIB no ensino superior, o quarto nível de investimentos mais baixo entre 36 países (que forneceram dados sobre o assunto)."
O Brasil também só investe 0,04% do PIB em pesquisas e desenvolvimento, a menor fatia do PIB entre 36 países do estudo, afirma a OCDE.

sábado, 17 de março de 2012

Feche a torneira... Tome banho bolivariano (de 3 minutos)... Tenha em casa um copo para cada familiar...

Arranje soluções de varejo e interaja com a família. 
Distribua suas ideais de uso da água com amigos
Atualizado em  17 de março, 2012 - 06:30 (Brasília) 09:30 GMT
Reservatório de água seco em Huesca, na Espanha. | Foto: AP
Aumento dos usos diferentes da água deve causar conflitos dentro de países em todo o mundo
A escassez de água no futuro poderá aumentar os riscos de conflitos no mundo, afirmam especialistas que participam do Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França.
Apesar da quantidade de água disponível ser constante, a demanda crescente em razão do aumento da população e da produção agrícola cria um cenário de incertezas e conflito, segundo os especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) diz que a demanda mundial de água aumentará 55% até 2050.
A previsão é que nesse ano, 2,3 bilhões de pessoas suplementares – mais de 40% da população mundial – não terão acesso à água se medidas não forem tomadas.
"O aumento da demanda torna a situação mais complicada. As dificuldades hoje são mais visíveis e há mais conflitos regionais", afirma Gérard Payen, consultor do secretário-geral da ONU e presidente da Aquafed, federação internacional dos operadores privados de água.
Ele diz que os conflitos normalmente ocorrem dentro de um mesmo país, já que a população tem necessidades diferentes em relação à utilização da água (para a agricultura ou o consumo, por exemplo) e isso gera disputas.
Problemas também são recorrentes entre países com rios transfronteiriços, que compartilham recursos hídricos, como ocorre entre o Egito e o Sudão ou ainda entre a Turquia e a Síria e o Iraque.

Brasil x Bolívia

O Brasil também está em conflito atualmente com a Bolívia em razão do projeto de construção de usinas hidrelétricas no rio Madeira, contestado pelo governo boliviano, que alega impactos ambientais.
Tanto no caso de disputas locais, que ocorrem em um mesmo país, ou internacionais, a única forma de solucionar os problemas "é a vontade política", segundo o consultor da ONU.
O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) Vicente Andreu, que também participa do fórum em Marselha, acredita que hoje existe maior preocupação por parte dos governos em buscar soluções para as disputas.
"O problema dos rios transfronteiriços é discutido regularmente nos fóruns internacionais. Aposto na capacidade dos governos de antecipar os potenciais conflitos."
Durante o fórum, que termina neste sábado, o Brasil defendeu uma governança global para a água e a criação de um conselho de desenvolvimento sustentável onde a água seria um dos temas tratados de maneira específica.
"A água está sempre vinculada a algum outro setor, como meteorologia, agricultura ou energia. Achamos que ela tem de ter uma casa própria para discutir suas questões", diz Andreu.

Direito universal

Mulher coleta água no Mianmar. | Foto: Reuters
ONU diz que 800 milhões de pessas não tem acesso a água potável
Na declaração ministerial realizada no fórum em Marselha, aprovada por unanimidade, os ministros e chefes de delegações de 130 países se comprometeram a acelerar a aplicação do direito universal à água potável e ao saneamento básico, reconhecido pela ONU em 2010.
No fórum internacional da água realizado na Turquia em 2009, esse direito universal ainda era contestado por alguns países.
Os números divulgados por ocasião do fórum mundial em Marselha são alarmantes. Segundo estudos de diferentes organizações, 800 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável e 2,5 bilhões não têm saneamento básico.
Houve, no entanto alguns progressos: o objetivo de que 88% da população mundial tenha acesso à água potável em 2015, segundo a chamada meta do milênio, já foi alcançado e mesmo superado em 2010, atingindo 89% dos habitantes do planeta.
Mas Gérard Payen alerta que o avanço nos números globais ocultam uma situação ainda preocupante.
"Entre 3 bilhões e 4 bilhões de pessoas não têm acesso à água de maneira perene e elas utilizam todos os dias uma água de qualidade duvidosa. É mais da metade da população mundial", afirma.
Ele diz que pelo menos 1 bilhão de pessoas que têm acesso à água encanada só dispõem do serviço algumas horas por dia e que a água não é potável devido ao mau estado das redes de distribuição.
Segundo Payen, 11% da população mundial ainda compartilha água com animais em leitos de rios.
De acordo com a OMS, sete pessoas morrem por minuto no mundo por ingerir água insalubre e mais de 1 bilhão de pessoas ainda defecam ao ar livre.