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sexta-feira, 29 de junho de 2012

A Educação vai bem... obrigado vovô!



29/06/2012 14h50 - Atualizado em 29/06/2012 15h34

À espera de obras, avô de aluna reforma 

telhado de escola em SC

Foram feitos oito pedidos de reforma para a instituição desde abril de 2011.
Verba foi liberada, mas obras só devem começar em 45 dias.

Avô de uma estudante de uma escola emSão José, na Grande Florianópolis, o militar da reserva Walmor Nicolau da Silva, 62 anos, cansou de esperar pelo poder público e resolveu agir. O colégio existe há 25 anos, mas nunca recebeu uma reforma no telhado, como mostra a reportagem desta sexta-feira (29) do Jornal do Almoço (veja o vídeo ao lado).
Walmor agora ajuda a consertar o telhado, que sofre com a ação dos cupins. "A diretora disse que tinha mandado um pedido para a secretaria, mas até agora nada veio, né? Quer dizer, a coisa complicou e eu tive essa atitude de vir fazer este trabalho.", lamenta o militar da reserva.
Desde abril de 2011, foram feitas oito solicitações para reformar a escola. O requerimento para a reparação do telhado, especificamente, foi realizado há mais de um mês. Em dias de chuva, alunos reclamam de que o material escolar fica molhado e que a água chega a formar poças no chão. "É livro molhado, os alunos se molhando com goteiras", reclama a estudante Bruna Marques.
Segundo o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Flávio Bernardes, já existe uma verba de R$ 2 milhões para reformar oito escolas da região. Porém, as obras só devem começar em 45 dias. "É uma questão de legislação. Depois do prazo legal para receber as propostas, temos um outro prazo de cinco dias. É um procedimento normal", explica o diretor.
 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Rio do Sul, em Santa Catarina, tem ideias interessantes para baixar os números de criminalidade...

Quarta-feira, Janeiro 18, 2012

ÉTICA DO TRABALHO PREVALECE EM RIO DO SUL, NO ALTO VALE DO ITAJAÍ EM SC. CIDADE CONSEGUIU ZERAR HOMICÍDIOS EM 2011!


À primeira vista, poucos pensariam que há um ano o estabelecimento de Nicanor Korris, 56 anos, era uma casa de prostituição. Assim como o Bar do Nika, que antes se chamava Bar da Geci, outras 15 casas de prostituição foram fechadas em 2011 pela Polícia Civil em Rio do Sul. As ações, somadas ao combate ao tráfico de drogas e ao combate à agressão contra mulheres, contribuíram para que o nível de homicídios na cidade, que foi de três em 2010, ficasse em zero no último ano.

Diferente de outros dois proprietários de estabelecimentos interditados, que recorreram à Justiça para manter abertas as casas, Korris procurou uma opção para não ter de fechar as portas do comércio:

— Agora está muito melhor. Vendo mais bebidas do que antes e ainda faço pastéis e bolinhos para os clientes. Ganho mais dinheiro do que ganhava antes.

Além do bar de Korris, outros proprietários de casas de prostituição também partiram para outros ramos, como hoteis e casa de eventos. Delegada regional de Rio do Sul, Patrícia Zimmermann D'Ávila explica que a decisão de fechar as casas partiu de investigações que apontaram que nestes locais se originavam roubos e até homicídios:

— Tivemos redução significativa nos números na criminalidade na cidade. Até mesmo os casos de embriagues na BR-470 foram reduzidos após a medida.


Outros 21 municípios da região de Rio do Sul também tiveram as casas de prostituição de fechadas. Apenas em Trombudo Central os estabelecimentos estão abertos. No entanto, segundo Patrícia, estes pontos também serão interditados nos próximos meses.

Ação com menores infratores auxilia na redução da criminalidade
Além das ações nas casas de prostituição, pontos de tráfico de drogas e contra a agressão a mulheres, a delegada acredita que o trabalho com adolescentes infratores feito pelo Poder Judiciário ajudou a reduzir os índices de criminalidade.

Juiz da Vara da Infância e da Juventude entre 2007 e 2010, Edison Zimmer comandou as mudanças no tratamento aos processos envolvendo adolescentes. Ao assumir a unidade, Zimmer determinou que os processos envolvendo adolescentes deveriam ser resolvidos em até 60 dias, para que, então, eles fossem encaminhados à internação e acompanhamento quando estivessem de volta à sociedade.

— Tivemos índices que comprovam a redução no crimes em Rio do Sul a partir disso. Tendo em conta que grande parte da população carcerária tem até 25 anos, se atacarmos hoje e dermos condições de reparação, teremos um número menor de adultos criminosos — resume o juiz.
Litoral desponta no número de crimes
Diferente de Rio do Sul, cidade de 61.198 habitantes, que não registrou homicídios em 2011, municípios do mesmo porte no Litoral Centro-Norte despontam na violência em Santa Catarina. Camboriú (62.361) e Navegantes (60.556) tiveram 30 e 21 assassinatos no último ano.

Em Camboriú, um homicídio ocorreu para cada 2.078 pessoas, índice mais preocupante divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, que responde pelo Litoral Centro-Norte, José Lucio Pires acredita que as características da região favorecem os crimes. O Litoral é um corredor às principais cidades do Estado e do país:

— Recebemos muitos trabalhadores da construção civil. Eles vêm de fora e depois que terminam o serviço ficam vulneráveis e podem até ir para o tráfico de droga.

Mestre em Ciência Jurídica da Univali, Juliano Keller do Valle concorda com a opinião do comandante da PM. Segundo ele, o fato das cidades do Litoral terem números maiores que Rio do Sul tem uma ligação direta com o caráter econômico da região:

— Muitas pessoas se dirigem aos locais onde há maior riqueza e mercado de trabalho em busca de sucesso. Porém, nesses pontos também há o consumo de drogas. As regiões de Itajaí e Balneário Camboriú é muito visada por criminosos, que acabam impactando nas cidades vizinhas. Do portal da RBS/Diário Catarinense