Postagem em destaque

O Informante quer nos ajudar ...

☄️Um dia teremos que admitir que o que batizamos de realidade é uma ilusão ainda maior que o mundo dos sonhos. Nosso objetivo no canal restr...

Mostrando postagens com marcador folha.com. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador folha.com. Mostrar todas as postagens

domingo, 23 de junho de 2013

Para aonde estamos indo....???

23/06/2013 - 11h33

As cidades estão em mãos estranhas

PUBLICIDADE

RICARDO MENDONÇA

O filósofo Gilberto de Mello Kujawski diz que os protestos pelo país simbolizam uma tentativa de apropriação da cidade por seus habitantes. Mas ele alerta para a possível entrega das ruas "aos que têm raiva". De tendência conservadora, Kujawski entende que o acúmulo de promessas não cumpridas explica a eclosão dos atos.
Ele destaca a desconexão entre anseios da população e as prioridades dos políticos, como o gasto com estádios. E reprova o comportamento de governantes no episódio, em especial o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a quem admira.
★
Folha - Como o sr. está vendo esses acontecimentos?
Kujawski - Com inquietação, claro. Ninguém sabe qual é o rumo das coisas.
Que balanço o senhor faz?
O lado bom foi definido por um cientista político cujo nome me escapou. Ele disse que é um movimento que está colocando a cidade em nossas mãos. Realmente São Paulo, Rio, as grandes cidades estão em mãos estranhas, de tecnocratas, engenheiros, políticos, administradores. Dos que não têm muita identidade com a cidade viva. Eles tratam de uma cidade que só existe na cabeça deles, muito regulamentada, burocrática, economicista. É uma cidade que foge aos padrões da vivência cotidiana.
Vivência cotidiana seria andar nos parques, ruas, encontrar um amigo e conversar tranquilamente numa esquina. Tudo isso está ficando impossível. A pessoa está conversando à noite com um amigo na esquina e pode ser baleada. O cotidiano da cidade está perturbado. O habitante não tem mais direito ao seu cotidiano.
O transporte traduz bem essa ideia de direito ao cotidiano?
O cotidiano seria andar de ônibus numa condução regular, decente, limpa, pontual. Não existe. Diariamente a gente vê atraso dos trens. Um incidente qualquer, os trens atrasam, fica aquele povo todo esperando. Você embarca como gado, é conduzido como gado.
E o aspecto ruim?
O ruim é que a cidade pode cair em mãos violentas, desajeitadas, mãos de sociopatas. Como é o que está acontecendo. Depredadores, vândalos, os que destroem tudo o que encontram. São os que têm raiva da cidade. Raiva porque a cidade não permite mais uma vida normal. Todos temos um pouco de raiva. Mas não é com raiva destrutiva que se conserta as coisas.
Por que esse movimento desencadeou agora?
Acúmulo de insatisfação. O brasileiro é vítima de promessas não cumpridas. É um mundo azul que está logo ali, mas nunca é atingido. Fiquei muito impressionado com um cartaz que dizia o seguinte: "Um professor vale mais que o Neymar". Achei muito interessante.
Os entusiasmos do país estão sendo conduzidos de maneira errada. E o governo, quando faz aqueles estádios monumentais, gasta fortunas, está nessa direção de favorecer mais o Neymar que o professor. Nossa professora que vai dar aula no meio rural, sem condução, com um sacrifício tremendo, essa é a maior heroína.
Nos atos, quem levantava bandeira de partido era censurado.
Censurado e hostilizado. Coerência: não querem interferência desse tipo de gente. Seria uma espécie de apropriação por um partido. Se fosse apropriado por partido, todas as pretensões ficariam desfiguradas, muito diminuídas. Nada de oficialização. Mas isso é bom e mau. É preciso que esse movimento deságue numa instituição para ter continuidade. Por enquanto não há mostra disso, outro perigo. Os líderes, se é que existem, são líderes embuçados.
Deveriam criar um partido?
Agora, não. Mas no final, deveriam. Sem institucionalização essa coisa não se sustenta. Veja o que ocorreu com o Ocupe Wall Street. Veio o inverno e o derrotou. O inverno tem uma força. Isso é interessante também, depende de fatores imponderáveis. Suponhamos que nesses dias estivesse chovendo torrencialmente. Esse movimento não existiria. Por falta de condições meteorológicas.
O que achou do comportamento das autoridades?
Errático. Primeiro entraram com violência. Foram criticados e então ficaram tímidos demais. Na hora de agir, não agiram. Deixaram perpetrar barbaridades por medo de censura. Cruzaram os braços, com medo da mídia, da sociedade.
Está falando de Geraldo Alckmin?
Infelizmente, sim. Porque eu o admiro.
E o Haddad?
Também vale. Mas aí eu não digo infelizmente (risos).

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vitrine de jornais // 14/06/2013

14/06/2013 - 06h27

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira

DE SÃO PAULO

*
Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Paulistano fica 'refém' de bombas em novo confronto
O Globo
Tensão urbana: Confronto se agrava em SP, com mais prisões e feridos
Valor Econômico
Investidor perde R$ 120 bi no ano com título público
Correio Braziliense
Enquanto o show não começa
Zero Hora
Preço do leite já subiu 10% após descoberta de fraude
*
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Estados Unidos planejam enviar armas para rebeldes sírios
The Washington Post (EUA)
Estados Unidos darão suporte militar aos rebeldes sírios
The Times (Reino Unido)
EUA irão dar armas para rebeldes sírios após confirmação do uso de sarin
The Guardian (Reino Unido)
Prisão perpétua para 'o pior assassinato contra policiais na última geração'
Le Monde (França)
A onda de choque de Tapie
El País (Espanha)
Estados Unidos anunciam ajuda militar para rebeldes sírios
Clarín (Argentina)
Tragédia se repete com 3 mortos e 315 feridos

terça-feira, 4 de junho de 2013

Vitrine de jornais... // 04/06/2013

04/06/2013 - 07h30

Veja as manchetes dos principais jornais desta terça-feira

DE SÃO PAULO

*
Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Indústria faz pressão por mais acordos internacionais
O Globo
O fim de uma era: Consumo menor e calote fazem banco frear crédito
Valor Econômico
Forte expansão atrai novos grupos ao setor de cimento
Correio Braziliense
Neymar, o novo astro na catedral do futebol
Estado de Minas
Quanto custo o dólar das férias
Zero Hora
Frota velha põe em risco transporte escolar no RS
Brasil Econômico
Eike venderá parte de exploração para fazer caixa na OGX
*
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Morte de senador coloca Christie em posição difícil
Le Figaro (França)
Familias ricas terão de pagar € 1 bi a mais em impostos
El País (Espanha)
Juizes poderão hackear celulares e computadores em investigações
Clarín (Argentina)
Falta açúcar, farinha, óleo, arroz, massa e carne nos supermercados

sábado, 25 de maio de 2013

Fato democrata !

Folha de S.Paulo - Mundo - Juízes acusam Berlusconi de comandar esquema de fraude tributária - 23/05/2013

23/05/2013 - 18h14

Juízes acusam Berlusconi de comandar esquema de fraude tributária

PUBLICIDADE
 
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi se envolveu em um esquema de fraude tributária quando era chefe de governo, disse um tribunal de Milão em um documento divulgado na quinta-feira, no qual explica sua decisão anterior de manter uma condenação a quatro anos de prisão.
Os crescentes problemas judiciais de Berlusconi criam tensões na frágil coalizão de governo da Itália, sobre a qual o político conservador tem poder de veto.
O caso da fraude tributária está se aproximando do seu recurso final, e um julgamento definitivo é possível dentro de um ano.
O tribunal disse haver provas de que Berlusconi comandava o esquema, no qual é acusado de ter inflacionado o preço pago por direitos para a exibição de filmes pela sua Mediaset a fim de reduzir o faturamento tributável. A fraude teria durado muitos anos, incluindo a época em que ele foi primeiro-ministro.
Na decisão de 8 de maio, os magistrados rejeitaram a alegação de que Berlusconi estava ocupado demais com a política para se envolver no plano. Eles determinaram que, mesmo quando era premiê, Berlusconi continuava sendo responsável pelas principais decisões da Mediaset, incluindo a gestão de direitos televisivos.
Conforme os juízes, o ex-premiê "criou e desenvolveu" o sistema de evasão fiscal que lhe valeu a condenação. "A concepção, criação e desenvolvimento do sistema que permitiu a existência de somas de dinheiro distintas da Fininvest e desconhecidas [do Tesouro], cujo objetivo era manter e alimentar ilegalmente recursos patrimoniais no exterior, é atribuída a Berlusconi", explicaram.
Berlusconi era o "real beneficiário" do sistema, consideraram os juízes, que o julgaram culpado de "gerir a enorme evasão fiscal".
Berlusconi, 76, foi premiê em quatro ocasiões, entre 1994 e 2011. Ele também está sendo julgado por pagar para fazer sexo com uma menor de idade.
De acordo com a imprensa italiana, as acusações de fraude fiscal contra Berlusconi devem prescrever entre o final de 2013 e início de 2014.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vitrine de jornais de 20/05/2013

20/05/2013 - 07h30

Veja as manchetes dos principais jornais desta segunda-feira

PUBLICIDADE
DE SÃO PAULO

*
Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Virada Cultural mais violenta tem arrastões e duas mortes
O Globo
Enxurrada de dólares - Empresas brasileiras captam mais no exterior
Valor Econômico
Inflação faz novos estragos nos balanços das empresas
Correio Braziliense
GDF pretende convocar 6,4 mil concursados
Estado de Minas
Galo é bi
Zero Hora
Importar médicos é bom para a saúde?
Brasil Econômico
Competitividade é questão do país, não da indústria
*
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Hackers chineses retomam ataques contra alvos americanos
The Guardian (Reino Unido)
Cameron negocia com trabalhistas para salvar lei sobre casamento gay
El País (Espanha)
Alemanha se aferra à austeridade com críticas ao BCE e à França
Clarín (Argentina)
Os negócios milionários de outro financiador dos Kirchner

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Quer ser criativo...??? Leia abaixo // Gilberto Dimenstein

gilberto dimenstein

 

07/05/2013 - 08h12

Receita para ser criativo

É sabido que as cidades mais criativas- Londres, Nova York, São Francisco, Berlim ou São Paulo, por exemplo - têm uma característica comum.
São marcadas pela diversidade. Não há chance de atrair por muito tempo grandes talentos para uma cidade que não abra espaço para gente fora do padrão. Natural que, em São Paulo a Vila Madalena fosse um polo de economia criativa.
Veja essa experiência que começa a prosperar nos Estados Unidos e Europa.
Chama-se Free Desk Here. Ou seja, Aqui Mesa Livre.
Empresas criativas, interessadas em aumentar a diversidade em seu ambiente de trabalho, anunciam em uma plataforma que oferecem gratuitamente uma estação de trabalho.
É especificado que tipo de pessoa gostaria de emprestar a mesa, focando alguém que, com sua presença, ajude a inspirar novas ideias.
Para quem ganha a mesa, a chance de ter uma estação de trabalho na faixa. Para quem cede, a possibilidade de ter mais criatividade em seu ambiente de trabalho, gerando mais criatividade.
Se quiser oferecer uma estação de trabalho, clique aqui.
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

domingo, 21 de abril de 2013

OGX, Eike Batista, atrai empresas como a Lukoil (russa), a Petronas (malaia) e Petrobras para recompor suas reservas de caixa

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/04/1266172-socorro-a-eike-tera-gigante-da-russia-malaios-e-petrobras.shtml
20/04/2013 - 22h30

Plano de socorro a Eike tem gigante da Rússia, malaios e Petrobras

PUBLICIDADE
RENATA AGOSTINI
DE BRASÍLIA

O socorro ao combalido grupo X, como é conhecido o império de empresas de Eike Batista que levam por superstição a letra nos seus nomes, começará pela petroleira OGX. O plano envolve um sócio russo, a venda de ativos e parcerias com a Petrobras em novos campos de petróleo.
Segundo a Folha apurou, a empresa negocia de forma avançada com a petroleira russa Lukoil, que pretende atrair como parceira, e com a malaia Petronas, para quem deseja passar parte de campo de petróleo para fazer caixa.
Os executivos de Eike já iniciaram também conversas com a Petrobras para firmar parcerias em campos da estatal, nos quais assumiria o posto de operadora.
Iniciar o resgate do grupo pela OGX é estratégico para Eike, que está sendo assessorado pelo BTG. De suas seis empresas com ações negociadas na Bolsa, foi dela o maior tombo --queda de 90% no valor dos papéis em um ano.
A crise de confiança contaminou várias operações do grupo. Ainda assim, a OGX representa quase um terço do império X, avaliado em pouco mais de R$ 14 bilhões.

Eike Batista

 Ver em tamanho maior »
Danilo Verpa - 25.mai.2012/Folhapress
AnteriorPróxima
O empresário Eike Batista participa da abertura de capital da CCX, de produção de carvão na Colômbia
O centro da estratégia está na Lukoil. A ideia é atrair a companhia, quarta maior petroleira privada do mundo, como sócia da OGX, cedendo participação de cerca de 40% no capital total da brasileira.
A fatia, segundo executivos próximos à operação, é suficiente para que os russos possam consolidar os números da OGX em seu balanço sem que Eike perca o posto de controlador de sua petroleira, considerada a "joia da coroa" do seu grupo.
A Lukoil esquadrinha os números da OGX desde o início do ano. Para isso, foi montado um "data room" --banco de dados com informações estratégicas da companhia.
A avaliação inicial foi positiva e, há cerca de um mês, os russos contrataram o escritório brasileiro Pinheiro Guimarães para iniciar a chamada "due diligence", uma averiguação detalhada dos ativos e informações da companhia antes da aquisição.
No momento, os advogados estão debruçados sobre detalhes como obrigações trabalhistas e de conteúdo local.
LEILÃO À VISTA
A expectativa é que o negócio possa ser fechado no início de maio, a tempo da 11ª rodada de licitações para áreas de exploração de petróleo, programada para os dias 14 e 15 e que oferecerá 289 blocos.
Para a OGX, a sociedade traria musculatura --e capital-- para uma oferta mais agressiva na disputa. A empresa precisa de novas áreas após campanha exploratória com resultado abaixo do "vendido" aos investidores.
Já os russos ganhariam um valioso atalho ao mercado brasileiro, ao ter acesso a uma empresa com corpo técnico já formado e considerado de boa qualidade.
Paralelamente, os executivos de Eike negociam a venda de 40% do campo de petróleo Tubarão Martelo para a Petronas, por US$ 1 bilhão.
Segundo apurou a Folha, as negociações estão em ritmo acelerado. O diretor jurídico da OGX, José Roberto Faveret, foi a Kuala Lumpur, na sede da Petronas, negociar os termos finais da operação.
A venda do campo traria alívio imediato à OGX, dispensando Eike de capitalizar a empresa --em outubro, o empresário se comprometeu a injetar US$ 1 bilhão do próprio bolso na empresa caso o plano de negócios estivesse comprometido por falta de caixa.
Em outra frente, a OGX movimenta-se para fechar parcerias com a Petrobras em campos já em operação. As conversas já foram iniciadas, segundo executivos do grupo, que falam sob reserva.
A intenção da OGX é entrar como sócia da estatal em alguns campos, assumindo o papel de operadora.
Procurada, a petroleira de Eike se limitou a dizer, por meio de nota, que "as informações não procedem".
Colaborou MARIANNA ARAGÃO, de São Paulo
Editoria de Arte/Folhapress

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Viver é perigoso... (iodo, tireoide, poluição, lobby) // Claudia Collucci

cláudia collucci

 

17/04/2013 - 03h00

Sobre iodo, tireoide, poluição e lobby


Enquanto a redução dos teores de iodo no sal aprovada pela Anvisa divide a opinião de pesquisadores, uma outra questão, tão polêmica quanto, permanece intocada: a tireoidite provocada por poluentes industriais.
Ano passado, um dos periódicos mais conceituados sobre imunologia, o "Journal of Clinical Immunology", publicou uma pesquisa brasileira sobre o aumento de casos de tireoidite crônica autoimune na divisa entre Santo André, Mauá e São Paulo, onde estão instaladas indústrias do setor petroquímico.
O resultado sugere a descoberta do novo tipo de doença, a tireoidite química autoimune, ligada a fatores ambientais, principalmente à poluição por agentes químicos.
A hipótese é que a poluição seja o gatilho para desencadear a formação de anticorpos antitireoideanos, que são substâncias que agridem a glândula tireoide ocasionando a tireoidite crônica autoimune.
O estudo, da professora de endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André (SP), Maria Angela Zaccarelli Marino, analisou 6.306 pacientes, com idade entre 5 e 78 anos, durante 15 anos que moram na capital paulista e em quatro cidades do Grande ABC.
Entre 1989 e 2004, os moradores estudados foram acompanhados em consultas médicas e exames laboratoriais de sangue com dosagens dos hormônios tireoidianos.
De acordo com a pesquisadora, os pacientes foram divididos em dois grupos segundo o local de moradia. Na região próxima ao parque industrial petroquímico estavam 3.356 pacientes do grupo 1. O grupo 2 foi composto por 2.950 de uma região afastada de área industrial.
Os resultados mostraram que, em 1992, somente 2,5% da população do grupo 1 sofriam de tireoidite crônica autoimune. Em 2001, o mesmo grupo já apresentava taxa de 57,6%.
Já a população que vivia longe da área químico-industrial não teve aumento significativo no período. Na comparação geral dos 15 anos, o grupo 1 apresentou 905 pacientes com a doença, contra somente 173 do grupo 2.
A região que concentra as indústrias petroquímicas tinha cinco vezes mais casos de tireoidite crônica autoimune na comparação com a área residencial estudada.
A pesquisadora alerta que a tireoidite crônica autoimune está relacionada com outras doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, artrite reumatoide, diabetes tipo 1, hepatite crônica autoimune, vitiligo e lúpus eritematoso sistêmico.
Nessa polêmica do iodo, cujo teor de sal já foi mudado três vezes nos últimos 15 anos, pelo menos em uma oportunidade houve um claro lobby da indústria salineira. Foi em 1998, quando uma resolução da Anvisa aumentou a proporção de iodo no sal de 40-60 microgramas por quilo para 40-100.
Na época, o setor reclamava que o limite mínimo de 40 e o máximo de 60 de sal eram muito próximos, o que levava a erros de dosagens e, consequentemente, a multas. A alteração foi feita sem o aval de assessores técnicos.
Espero que, no caso dos poluentes químicos, essa falta de repercussão do estudo da professora Maria Ângela seja só desatenção das autoridades em saúde pública. Mas não custa nada lembrar o tamanho e o poder do setor que está na outra ponta.
Avener Prado/Folhapress
Cláudia Collucci é repórter especial da Folha, especializada na área da saúde. Mestre em história da ciência pela PUC-SP e pós graduanda em gestão de saúde pela FGV-SP, foi bolsista da University of Michigan (2010) e da Georgetown University (2011), onde pesquisou sobre conflitos de interesse e o impacto das novas tecnologias em saúde. É autora dos livros "Quero ser mãe" e "Por que a gravidez não vem?" e coautora de "Experimentos e Experimentações". Escreve às quartas, no site.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Suspeita de superfaturamento na compra da sede da CBF

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2013/04/1263285-marin-pagou-r-70-milhoes-por-sede-da-cbf-imovel-poderia-ter-custado-r-39-milhoes.shtml
16/04/2013 - 03h05

Marin pagou R$ 70 milhões por sede da CBF; imóvel poderia ter custado R$ 39 milhões

PUBLICIDADE
LEANDRO COLON
MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
SÉRGIO RANGEL
DO RIO
Seleção BrasileiraO presidente da CBF, José Maria Marin, assinou um negócio superfaturado na compra da futura sede da entidade no Rio, apontam documentos obtidos pela Folha.
O prédio, com oito salas comerciais e 6.642,83 metros quadrados na Barra da Tijuca (bairro nobre na zona oeste da cidade), custou à confederação R$ 70 milhões.
Marin anunciou o negócio por esse valor em 27 de junho de 2012, mas só formalizou a compra em 31 de agosto.

Novo prédio da CBF

 Ver em tamanho maior »
Daniel Marenco/Folhapress
AnteriorPróxima
Novo prédio da CBF, localizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, passa por obras; nova sede foi comprada por R$ 70 milhões
Neste intervalo, a empreiteira que ergueu o prédio negociou cinco das oito salas para intermediários por R$ 12 milhões. As mesmas salas foram repassadas para a CBF por R$ 43 milhões.
As outras três salas foram vendidas diretamente para a entidade por R$ 27 milhões.
Caso tivesse pagado o mesmo valor que os intermediários pelas cinco salas (R$ 12 milhões), a CBF teria desembolsado no máximo R$ 39 milhões pelo complexo todo. Ou seja, R$ 31 milhões a menos do que os R$ 70 milhões que efetivamente pagou.
Procuradas, a entidade e as empresas envolvidas negaram haver irregularidades.
O NEGÓCIO
A CBF pagou R$ 15,2 milhões por três das cinco salas que comprou de intermediários. A Aprazível Empreendimentos recebeu um cheque de R$ 12,2 milhões e outros R$ 3,05 milhões foram pagos, segundo os documentos obtidos pela Folha, "anteriormente", sem mais detalhes.
Dois meses antes, em 28 de junho, a Aprazível havia recebido as três salas por R$ 8,5 milhões, da BT Empreendimentos, que ergueu o prédio.
Em 10 de julho, a D'Araújo Incorporação registrou a compra de uma sala e de garagens no prédio por R$ 2,5 milhões --mencionando acerto que havia ocorrido em dezembro de 2009.
A D'Araújo vendeu sua unidade à CBF, em 31 de agosto, por R$ 13,95 milhões (5,5 vezes superior ao que havia pago para a BT). Do total, R$ 11,1 milhões foram pagos em cheque e R$ 2,79 milhões em "moeda corrente já recebidos anteriormente".
No mesmo 31 de agosto, Marin registrou a compra de uma outra sala (e garagens) por R$ 13,75 milhões, sendo 70% da Zayd Empreendimentos 2025 Ltda. e 30% da BT.
Deste valor, foram R$ 11 milhões em cheque. Os demais R$ 2,75 milhões em "moeda corrente", "recebidos anteriormente". Os papéis indicam que a valorização desta parte específica do prédio pode ter sido de até dez vezes.
Semanas antes, no dia 17 de julho, a Zayd 2025 registrou em cartório que seus 70% foram comprados por R$ 902 mil da BT, mencionando que este negócio fora acertado em junho de 2009.
Só essa empresa recebeu R$ 9,9 milhões da CBF. Outros R$ 3,8 milhões ficaram com a BT.
Há ainda outras três salas vendidas diretamente pela BT para a CBF. Por elas, Marin pagou R$ 27 milhões.
A futura sede está em reforma e, por isso, a CBF ainda desembolsa R$ 130 mil mensais de aluguel para ocupar um andar em um condomínio de luxo na Barra, que ocupa desde 2002.

Isto é José Maria Marín

 Ver em tamanho maior »
Ricardo Moraes/Reuters
AnteriorPróxima
José Maria Marin, presidente da CBF, em coletiva de imprensa, no Rio Leia mais
COFRES CHEIOS
Marin, 80, assumiu a presidência da CBF em março de 2012 após Ricardo Teixeira, alvo de suspeitas de corrupção, deixar o cargo.
Com isso, Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, amigo de Marin, tornou-se vice-presidente e primeiro na linha sucessória da entidade.
Enquanto Marin ficou com a presidência da CBF e do comitê organizador da Copa-2014, Del Nero herdou o assento de Teixeira no Comitê-Executivo da Fifa.
Marin e Del Nero assumiram a confederação com cofres cheios. Segundo o último balanço disponível, a entidade teve um lucro de R$ 73 milhões em 2011.
Editoria de Arte/Folhapress

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Será que agora vai ser conhecido o acórdão do Mensalão ou ainda haverá embargos, recursos habituais, questionamentos oportunos e outros expedientes considerados justos, TUDO JUNTO para atrapalhar e ganhar tempo e transmitir dúvida ao processo ?


Último ministro do STF entrega voto sobre mensalão; acórdão deve sair nesta semana

Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília

Uma semana após o fim do prazo, o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), entregou a revisão do seu voto no início da noite desta segunda-feira (8). Ele era o último integrante da corte que faltava entregar sua parte.
A partir de agora, o STF já pode publicar o acórdão, documento que reúne todos os votos revisados e as sentenças, o que deve ocorrer dentro de alguns dias --provavelmente até o final desta semana. 

PENAS DO MENSALÃO

  • Arte/UOL
    Clique na imagem para ver quais os crimes e as punições aplicadas aos réus
Depois da divulgação do texto no "Diário da Justiça", as partes terão cinco dias para recorrer. Tanto a defesa quanto a acusação, no caso, a Procuradoria Geral da República, poderão apresentar embargos --como são chamados os recursos nesta instância. Só depois do julgamento dos embargos e com a confirmação da sentença é que os condenados poderão ser presos.
Durante o julgamento, que durou quatro meses e meio, 25 réus foram condenados pela participação em um esquema de desvio de dinheiro público para a compra de apoio parlamentar no início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006). Outras 12 pessoas foram absolvidas.
Ampliar


O julgamento do mensalão no STF200 fotos

10 / 200
17.dez.2012 - Depois de ficar internado por dois dias na semana passada, o ministro do STF Celso de Mello participa da sessão da corte que decide sobre a perda de mandato parlamentar dos deputados condenados no processo do mensalão Sergio Lima/Folhapress

Pouco tempo

Os defensores criticam o tempo exíguo que terão para analisar os milhares de páginas que provavelmente o acórdão terá. "É impossível fisicamente e juridicamente ler tudo isso em apenas cinco dias e, por isso, há um cerceamento da defesa", argumenta Marcelo Leonardo, que defende o publicitário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão.
"Só o acórdão da decisão de recebimento da denúncia, em agosto de 2007, ocupou uma Revista Trimestral de Jurisprudência do STF, com quase mil páginas, e era muito menor do que o julgamento", compara.
O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, rejeitou os pedidos feitos pelas defesas de alguns réus pedindo prazo extra para analisar o acórdão e apresentar recursos.
Em uma de suas decisões, o presidente do STF argumentou que os advogados puderam acompanhar todas as sessões do julgamento e já conhecem os votos. E, portanto, já poderiam começar a montar sua defesa.

Dois tipos de embargo

No STF, são aceitos dois tipos de embargo: os de declaração e os infringentes. Os embargos de declaração servem para questionar eventuais omissões ou contradições nos votos, mas não têm poder de reverter a condenação. Os 25 condenados podem apresentá-los.
Já os embargos infringentes podem ser usados somente pelos réus condenados que tiverem obtido ao menos quatro votos favoráveis e, se aceitos, podem modificar a decisão.
Encaixam-se neste caso 12 réus: José Dirceu, José Genoino (ex-presidente do PT), Delúbio Soares, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz (outro ex-sócio de Valério), Simone Vasconcelos (ex-funcionária de Valério), Kátia Rabello e José Roberto Salgado (ex-dirigentes do Banco Rural), pelo crime de formação de quadrilha; João Paulo Cunha (deputado federal do PT), Breno Fischberg (ex-sócio de corretora de valores) e João Cláudio Genú (ex-assessor parlamentar), por lavagem de dinheiro.

VEJA COMO FOI O DIA A DIA DO JULGAMENTO