Segundo ONG, apenas 12% dos usuários britânicos do Google se deram ao trabalho de ler os novos termos de privacidade
Novo modelo vai utilizar uma única regra de privacidade para cerca de 70 serviços da empresa
São Paulo - No último mês, os usuários do Google e de serviços da empresa (YouTube, Google+, logger etc) têm notado a exibição de uma mensagem de alerta sobre as novas regras de privacidade da empresa. E eles as têm ignorado
De acordo com uma pesquisa da ONG YouGov for Big Brother Watch, que monitora a transparência das empresas e defende a privacidade dos usuários, apenas 12% dos usuários britânicos do Google se deram ao trabalho de ler o novo documento. Outros 47% afirmaram desconhecer as mudanças que estão sendo feitas.
O novo modelo vai utilizar uma única regra de privacidade para cerca de 70 serviços da empresa. Hoje, cada um dos serviços possui uma regra própria. O objetivo do Google é simplificar o entendimento delas e evitar problemas judiciais.
O Google pretende ainda, com a nova política, ter mais liberdade para compartilhar os dados dos usuários entre seus serviços. Por exemplo, os dados do Gmail poderiam ser acessados pelo Picasa, ampliando a correlação entre eles.
“O impacto da nova política do Google não pode ser subestimado, mas se o público não sabe o que irá acontecer com suas informações, como eles podem fazer uma escolha sobre como usar o serviço?”, questionou o diretor da ONG, Nick Pickles, ao jornal Daily Telegraph.
“É importante que as pessoas leiam o novo regulamento antes de concordarem com qualquer termo”, afirmou um porta-voz da Comissão Europeia de Informação.
O Google se negou a comentar a pesquisa, mas comparou a mudança às frequentes alterações feitas pelo Facebook em suas regras de privacidade. A nova regra deve entrar em vigor a partir da próxima quinta-feira (01).