São Paulo
PM usa gás para evitar invasão ao Hospital Sírio-Libanês durante ato
Grupo com cerca de 50 pessoas tentou entrar pelo pronto-socorro. PM chegou a deter uma manifestantes, que foi liberada na sequência.
Do G1 São Paulo
A Polícia Militar usou gás de pimenta para reprimir uma tentativa de invasão ao Hospital Sirio-Libanês na noite desta terça-feira (13). O centro médico foi o destino de um grupo de cerca de 50 pessoas que protesta por melhorias na saúde pública em São Paulo .
Após o tumulto, os manifestantes seguiram em passeata para a sede da Secretaria de Estado da Saúde, na Avenida Doutor Enéas Carvalho de Aguiar. Por volta das 20h30, o grupo interditava o sentido Consolação da Avenida Paulista. Às 20h55, eles já estavam na Avenida Doutor Arnaldo e ocupavam o sentido bairro.
O grupo tentou invadir o hospital Sírio-Libanês pelo pronto-socorro da unidade. No tumulto na frente do Sírio, ocorrido por volta das 20h15, ao menos uma pessoa chegou a ser detida, mas foi liberada na sequência, após manifestantes gritarem pela liberação da jovem.
Por causa do gás de pimenta, alguns manifestantes chegaram a vomitar. Após a ação da PM, o grupo se dispersou pelas ruas da Bela Vista.
O ato reivindica melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS). Os manifestantes se reuniram por volta das 17h30 no Viaduto do Chá, depois seguiram para a Prefeitura e, em seguida, para o hospital.
O ato reivindica melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS). Os manifestantes se reuniram por volta das 17h30 no Viaduto do Chá, depois seguiram para a Prefeitura e, em seguida, para o hospital.
O protesto, chamado de “2ª Via Sacra de Luta pela Saúde”, se diz organizado por movimentos sociais, trabalhadores e usuários do sistema público de saúde. Na última quinta-feira (8), os manifestantes também protestaram em frente ao Hospital Sirio-Libanês.
Nesta noite, um representante do hospital permitiu que três manifestantes entrassem para conversar. Em nota, o Hospital Sírio-Libanês lamentou a forma como o protesto foi conduzido.
Segundo a instituição, a manifestação prejudicou pacientes, familiares e acompanhantes. "O Hospital Sírio-Libanês lamenta que, mais uma vez, as manifestações por melhorias na área da saúde estejam acontecendo dessa forma, em prejuízo do bem-estar de pacientes que merecem respeito." O texto diz ainda que a instituição é parceira do SUS, com projetos desenvolvidos nas áreas de assistência, ensino e pesquisa.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que considera "legítimas" as manifestações, mas é "totalmente contra atos de violência e vandalismo". "A pasta está investindo somente neste ano R$ 16 bilhões na ampliação de seus serviços de saúde, modernização de hospitais e em uma rede estadual de combate ao câncer, entre outros projetos. E vem solicitando ao Ministério da Saúde a revisão dos valores pagos pelo SUS, que estão defasados e geram prejuízo a centenas de Santas Casas em todo o estado", informa o texto.