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domingo, 22 de junho de 2014

Estudo interessante sobre o Futebol

Football, Soccer ou Sepak Bola? Os nomes podem variar mas a paixão é a mesma http://www.brasilpost.com.br/renato-guimaraes/football-soccer-ou-sepak-bola_b_5515793.html?ir=Brazil&utm_hp_ref=brazil

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Football, Soccer ou Sepak Bola? Os nomes podem variar mas a paixão é a mesma


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Com os Estados Unidos seguindo adiante na Copa do Mundo, o "soccer" vai ganhando mais espaço, ainda que momentaneamente, no gosto dos americanos. Ao ponto de comentaristas de extrema-direita lamentarem que este esporte "de latinos e europeus" esteja pouco a pouco ficando popular com relação aos esportes nativos "puros", como o baseball, basquetebol e o verdadeiro e único "American football", aquele mesmo, das armaduras e da bola de formato ovalado esquisito. Há até quem se refira ao soccer como o "esporte oficial do terrorismo" e se pergunte por que nunca se ouviu falar de "baseball hooligans". Sério!
Se um dia o nosso futebol da bola redonda se tornar tão popular nos Estados Unidos como o "American football" existe o risco de a palavra "soccer" virar também dominante? O que pouca gente sabe é que esta forma de se referir ao futebol não é exclusiva dos Estados Unidos. De fato é desta forma que o "esporte bretão" é chamado em vários outros países, incluindo Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné e ilhas próximas, além do Japão e Irlanda. Há até vocábulos próprios, como "sepak bola", usado na Indonésia e o "caucio", usado pelos italianos.
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Futebol no mundo
Curiosamente o jornal neozelandês The New Zealand Harald perguntou aos seus leitores como deveria se referir ao esporte global da "bola redonda", "soccer" ou "football", e a resposta majoritária (60% contra 40%) foi em favor de football.
O fato de ser usado tanto nos Estados Unidos, como na Austrália e Nova Zelândia, dá uma pista de que na verdade a palavra "soccer" surgiu na Inglaterra onde era usada, ainda que com pouca regularidade, até meados do século passado. Depois da Segunda Guerra Mundial a palavra meio que entrou na moda por alguns anos, mas foi logo abandonada do uso cotidiano inglês nos anos 1980s exatamente na medida em que o esporte passou a ser mais popular nos Estados Unidos. Ou seja, o vocábulo virou "coisa de americano".
Mas de onde vem exatamente a palavra "soccer"? O pesquisador Stefan Szymanski publicou um paper no qual procura dar a explicação definitiva. Segundo ele a primeira menção à palavra "football" em língua inglesa remonta ao ano de 1486. Mas antes disso um jogo praticado na Terça-Feira Gorda que se assemelha ao futebol já era jogado e registrado em 1175.
Este jogo, que conceitualmente se trata de algo parecido com uma bola sendo jogada de um lado para outro, seja com os pés, mãos ou cabeça, passou por várias mutações ao longo do tempo. Daí surgiram as duas correntes principais, com suas dinâmicas e regras próprias: o "rugby", que permite o uso de mãos, e o "football", que as proíbe (com exceção do goleiro, claro). No fim do século XIX, ambas versões do jogo se organizaram em associações e cuidaram de normatizar as respectivas regras. A Rugby Association teve o nome reduzido para "Rugger" e a "Football Association" virou "Soccer".
Szymanski reproduz em seu paper uma carta enviada por um leitor ao New York Times em 1905 reclamando do uso (equivocado) feito pelo jornal do termo "socker" (SIC). Mas nessa época parece que o termo estava se consolidando na cultura americana. E a razão disso é que era usado para diferenciar do "American football", uma variação já popular naquela época que misturava elementos de rugby e soccer.
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Carta de leitor do New York Times reclamando do uso da palavra "socker"
A consolidação veio quando as regras do "American football" foram codificadas para minimizar o alto grau de violência envolvida na prática. Em 1905 a coisa estava tão feia que foram reportadas várias mortes em embates de times universitários. A instituição de regras claras foi encampada pelo presidente Rosevelt e houve até um debate se o American Football não deveria ser proibido em favor de uma versão mais "leve", neste caso, o "soccer".
O resto é história. O American Football acabou se consolidando nos Estados Unidos, já que falava muito fortemente ao espírito bélico e competitivo dos americanos (afinal estava praticamente descartada a possibilidade de um jogo terminar em empate). O soccer/futebol, por seu lado, se consolidou no resto do mundo e agora até os americanos parece que vão pouco a pouco se rendendo ao "jogo bonito". Isso apesar da firme oposição do povo radical do Tea Party e de seus porta-vozes na imprensa e no mundo político.
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A foto é verdadeira...e impressionante

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"Ninguém está entendendo nada". 'Talvez porque ela está sendo mais do que uma Copa de futebol....'

A força dos símbolos no caos da Copa

O Mundial está sendo uma caixa de surpresas, com equipes europeias de estirpe desmoronando incrédulas, e com outras do continente latino-americano nas quais poucos apostavam

  21 JUN 2014 - 15:15 BRT
"A Copa é um caos e uma surpresa", me diz um amigo carioca louco por futebol. E acrescenta: "A América Latina está ensinado a Europa a jogar". Talvez seja mais que isso. Uma coisa é certa: dez dias depois de sua abertura, o Mundial está sendo uma caixa de surpresas, com equipes europeias de estirpe desmoronando incrédulas, e com outras do continente latino-americano nas quais poucos apostavam. Estas constituem um terço das seleções participantes, mas já conquistaram metade dos pontos disputados.
Três times que nunca ganharam um Mundial – Costa Rica, Colômbia e Chile – já venceram suas duas primeiras partidas. Os europeus, com um número maior de participantes, acumulam menos vitórias. E alguns, a começar pelo último campeão do mundo, a Espanha, tiveram que fazer as malas de volta quase que antes mesmo de aterrissar.
Ainda não sabemos como vai acabar essa corrida de surpresas, mas já está claro que, como escreveu Roberto Dias no jornal Folha de S.Paulo, "a Copa do Brasil está sendo a Copa da América".
Estará ele se referindo a algum simbolismo em particular? 
Sem dúvida. Todas as coisas são mais do que parecem na superfície e não costumam acontecer por acaso. Essa falta de brilho de tantas seleções antigas da Europa, em contraste com as latino-americanas, nos obriga a refletir. Pois, como escreveu o filósofo francês Ernst Cossier, o homem é um "animal simbólico" e seus atos estão cheios de significados que vão mais além do que se percebe superficialmente.
Outro grande filósofo do simbolismo, Gilbert Duran, afirma que o que integra o "universo dos símbolos" permite descobrir que "nesse caos aparente existe uma certa ordem interna", uma realidade oculta.
Qual pode ser essa ordem interna escondida pelo caos da Copa que estamos vivendo no Brasil, na qual as seleções que estão surpreendendo não são, com exceções, as da velha Europa, mas sim as jovens latino-americanas?
O Brasil sempre usou sua genialidade no jogo de bola para chamar a atenção do mundo para um país que sempre sofreu de um certo complexo de inferioridade e que ainda traz em sua carne as feridas sangrentas de uma dura escravidão que o marcou dolorosamente e deu origem a profundas desigualdades sociais.
Hoje, o Brasil, que cresceu e está se superando, possivelmente já não precise tanto do brilho do futebol para aparecer e se fazer presente entre os grandes do mundo. Pode aparecer por outros motivos e virtudes.
E os outros países latino-americanos que estão surpreendendo nesta Copa?
Talvez não seja coincidência o fato estarmos admirando nas partidas dessas seleções, além de um jogo mais jovem, original e dinâmico, também a coragem e o esforço de seus jogadores. Eles que, graças a um desses simbolismos, "não esperam que a bola chegue a seus pés, mas sim vão buscá-la intrepidamente", como alguém comentou em um programa do SporTV.
Isso e o simbolismo - não menos importante - de que essas seleções chegaram à Copa do Brasil sem os antigos complexos de inferioridade diante dos europeus, sem medo e conscientes de seu valer e de seu valor. Não estariam triunfando justamente por ter perdido o medo do medo?
Será isso tudo um reflexo do que esses países começam a viver também fora do futebol, em um momento em que estão perdendo seus velhos complexos e se veem confiantes de ser, senão os melhores, pelo menos não inferiores a ninguém e muito menos a seus antigos colonizadores?
Este Mundial já estava se anunciando como diferente dos anteriores com a surpresa de que a maioria dos brasileiros preferia que tivesse ocorrido fora de seu país. Foram até capazes de colocar no banco dos réus tanto o Governo como a FIFA, pelo excesso de desperdícios na construção dos estádios.
Agora, quem sabe, passe para a história como um novo despertar – e não apenas no mundo do futebol – de outros povos deste continente americano, sempre condenados a ser vistos como de segunda classe na avaliação mundial.
É possível que, ao se fecharem as cortinas do Mundial de futebol brasileiro, os filósofos do simbolismo tenham que analisar este caos de uma Copa da qual se diz que "ninguém está entendendo nada". Talvez porque ela está sendo mais do que uma Copa de futebol.

Torcida argentina preocupa segurança de jogo marcado para Porto Alegre

http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/copa-2014/noticia/2014/06/invasao-de-argentinos-no-maracana-muda-esquema-de-seguranca-no-rs-4532692.html


Invasão de argentinos no Maracanã muda esquema de segurança no RS

Gerente de Operações de Segurança da Fifa está em Porto Alegre para definir medidas com órgãos locais

21/06/2014 | 15h08
Além do grande número de argentinos sem ingressos, o perfil dos torcedores do país vizinho preocupa a polícia gaúcha
Invasão de argentinos no Maracanã muda esquema de segurança no RS YASUYOSHI CHIBA/AFP
Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP
A chegada em massa de torcedores argentinos provoca uma série de ações especiais envolvendo a própria polícia argentina, autoridades brasileiras e a Fifa. Desde a semana passada, são estudadas ações preventivas para o jogo Nigéria e Argentina.
Há cerca de 10 dias, o governo argentino enviou para Porto Alegre um policial que atua como observador. Na quinta-feira, chegou o coronel da reserva da PM paulista Miguel Libório, gerente de Operações de Segurança da Fifa, para definir medidas com órgãos locais.
— Será um operação especial que vai durar três dias, na véspera, na data da partida e no dia seguinte. Eles moram perto e virão em carros — afirma o coronel João Diniz Godoi, comandante do Batalhão Copa.
Quais serão as medidas preventivas
Fronteiras e divisa
-Nas regiões de entradas no Estado, na fronteira com a Argentina e o Uruguai e na divisa com Santa Catarina, serão fiscalizados veículos. O trabalho será feito por servidores de sete órgãos públicos estaduais e federais, como Polícia Civil e Polícia Federal.
Beira-Rio
- A Fifa vai ampliar o número de seguranças privados no estádio. Serão mais de 240 homens espalhados por pontos estratégicos para tentar evitar tumultos como ocorridos no Maracanã, envolvendo torcedores argentinos e chilenos. Já os 140 PMs escalados para trabalhar dentro do Beira-Rio, que antes ficavam em salas aguardando serem chamados, vão dar apoio aos seguranças privados nas arquibancadas, nos bares e nas zonas de circulação de torcedores.
Áreas de isolamento
- A BM vai colocar 250 homens do BOE para fortalecer o efetivo que guarnece o gradil no arredores do estádio, com acesso exclusivo para quem tem ingressos. A meta é impedir invasões como as vistas no Maracanã. Também haverá atenção à região de bares da Cidade Baixa e outros pontos de concentração.
Cais do Porto
- Ônibus de excursões que permanecerem mais de um dia em Porto Alegre deverão ficar estacionados no Cais do Porto. A EPTC alerta que só o veículo pode ficar ali, sem passageiros. Os turistas que chegarem em motor-homes deverão se instalar em campings.

Fifa e CBF recebem relatórios de mais violência em protestos


Relatório entregue à Fifa adverte para risco de mais violência em protestos

Atualizado em  20 de junho, 2014 - 18:14 (Brasília) 21:14 GMT
O protesto realizado em São Paulo na quinta-feira foi a manifestação "que mais causou transtornos" desde o início da Copa do Mundo, segundo um relatório de inteligência feito por agentes de segurança à serviço da Fifa, ao qual a BBC Brasil teve acesso.
O documento, produzido por agentes de segurança privados contratados pela Fifa, diz também que o resultado do ato indicaria falhas no esquema de segurança local. Afirma ainda que o episódio pode ser um sinal de que os próximos protestos podem se tornar violentos.
Na ocasião do protesto, autoridades de São Paulo optaram pela estratégia de não enviar forças policiais para acompanhar a manifestação de perto.
A Polícia Militar só entrou em ação no final da manifestação, quando mascarados vandalizaram concessionárias de veículos e bancos.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira que a estratégia será diferente nos próximos protestos. "A estratégia vai ser revista pela polícia e ela estará presente", disse ele em entrevista a veículos de imprensa no interior de São Paulo.

‘Confiança traída’

O protesto de quinta-feira começou pacífico na avenida Paulista no meio da tarde. Os manifestantes se deslocaram pela avenida Rebouças em direção à Marginal Pinheiros – duas vias importantes da cidade.
No trajeto, houve uma série de discussões entre participantes. Grupos de mascarados queriam vandalizar bancos e lojas, mas eram dissuadidos por outros integrantes. Eles gritavam que se estabelecimentos fossem atacados, a marcha seria interrompida pela polícia antes de chegar ao seu destino.
Por outro lado, esses mesmos ativistas que lideravam o deslocamento também gritavam frases de apoio aos mascarados, adeptos da tática black blocs – conhecidos por promover atos de vandalismo.
Os manifestantes conseguiram chegar à Marginal Pinheiros e a bloquearam. O ato foi então encerrado. Porém, dezenas de mascarados começaram então a fazer barricadas e atacaram uma concessionária de carros, se dispersando após a chegada da polícia.
Ainda na quinta-feira, um porta-voz da Polícia Militar havia afirmado que o principal grupo organizador do protesto, o Movimento Passe Livre, havia pedido por meio de documento que a polícia não estivesse presente na manifestação.
Eles teriam divulgado ainda o trajeto pretendido da marcha – procedimento que deixou de ser adotado por muitos grupos de manifestantes após os protestos de junho do ano passado.
A Polícia Militar disse que havia dado um "voto de confiança" ao grupo e que teria sido traído.
A reportagem apurou que a opção da polícia de manter distância do protesto teria sido feita em parte porque o ato se realizava longe da Arena Corinthians, onde jogavam Inglaterra e Uruguai.
Na semana passada, na abertura da Copa, a polícia usou a força para impedir que um grupo de manifestantes marchasse em direção ao estádio.

A obesidade ronda a gente.../ Brasil é o 5º entre os 10 do ranking

http://news.discovery.com/human/genetics/top-10-countries-with-the-most-obese-people-named-140528.htm


Top 10 Countries with the Most Obese People Named

// 
Nearly 30 percent of the world’s population is either obese or overweight, according to a new study that also names the top 10 countries with the most obese people.
The study, published in the journal The Lancet, found that the number of overweight and obese people globally increased from 857 million in 1980 to 2.1 billion in 2013. Overweight is defined as having a Body Mass Index (BMI), or weight-to-height ratio, greater than or equal to 25 and lower than 30, while obesity is defined as having a BMI equal to or greater than 30.
“Obesity is an issue affecting people of all ages and incomes, everywhere,” co-author Christopher Murray, director of the Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), said in a press release.
“In the last three decades, not one country has achieved success in reducing obesity rates,” Murray said, “and we expect obesity to rise steadily as incomes rise in low- and middle-income countries in particular, unless urgent steps are taken to address this public health crisis.”
The researchers are also concerned over the new data on children and adolescents. Between 1980 and 2013, the prevalence of overweight or obese children and adolescents increased by nearly 50 percent, according to the study. In 2013, more than 22 percent of girls and nearly 24 percent of boys living in developed countries were found to be overweight or obese.
“The rise in obesity among children is especially troubling in so many low- and middle-income countries,” said Marie Ng, assistant professor of global health at IHME and the paper’s lead author. “We know that there are severe downstream health effects from childhood obesity, including cardiovascular disease, diabetes and many cancers. We need to be thinking now about how to turn this trend around.”
For the study, the researchers conducted what they say is a first-of-its-kind analysis of trend data from 188 countries. More than 50 percent of the world’s 671 million obese people live in just 10 of those countries:
  1. United States
  2. China
  3. India
  4. Russia
  5. Brazil
  6. Mexico
  7. Egypt
  8. Germany
  9. Pakistan
  10. Indonesia
The highest proportion of the world’s obese people, 13 percent, live in the United States. China and India together represent 15 percent of the world’s obese population. Rates in the study were age-standardized, meaning they were adjusted for differences in population size and ages over time and across countries.
Photo: Bill Branson, National Cancer Institute 

sábado, 21 de junho de 2014

Guerra civil da Ucrânia permanece sem solução...

Notícias
Rebeldes ignoram cessar fogo e atacam tropas no leste da Ucrânia
21 de junho, 2014 - 09:14 GMT

 Separatistas pró-Rússia em Donetsk, no leste da Ucrânia, onde o conflito continuou apesar do plano proposto por Kiev Grupos separatistas no leste da Ucrânia realizaram nas últimas horas uma série de ataques contra tropas do governo central, apesar do anúncio de um plano de paz e cessar-fogo unilateral anunciado na sexta-feira pelo presidente do país. Segundo informações oficiais, pelo menos seis soldados morreram e outros ficaram feridos em ataques nas regiões de Donetsk e Luhanks, que fazem fronteira com a Rússia. Em Donetsk, os separatistas atacaram tropas ucranianas do lado de fora do aeroporto de Kramatorks, e em Luhanks, a ofensiva obrigou soldados ucranianos a abandonarem o posto de vigilância de Izvaryne. As tensões continuaram exacerbadas apesar do anúncio, na sexta-feira, de um cessar-fogo unilateral de uma semana e um plano de paz por parte do presidente ucraniano, Petro Poroshenko. Ao anunciá-lo, o presidente ucraniano alertou que a trégua "não significa que a Ucrânia não revidará agressões contra suas tropas", mas dará tempo para os rebeldes se desarmarem. "Faremos de tudo para proteger nosso território", disse o presidente ucraniano. O plano de paz inclui 14 medidas, entre elas o desarmamento no leste, a descentralização desta região e uma eleição parlamentar local a ser realizada em breve. O plano prevê também a criação de uma zona desmilitarizada de 10 km na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, e de um corredor de segurança para que os separatistas pró-Moscou deixem as áreas de conflito. Rússia Porém, o ministro russo do Exterior, Sergey Lavrov, acusou a Ucrânia de acelerar as ações militares no leste do país, e de dar aos separatistas um ultimato sem prometer negociações. Conflitos no país começaram em novembro O cessar-fogo foi estabelecido um dia depois da segunda conversa travada entre Poroshenko e o presidente russo, Vladimir Putin. O correspondente da BBC News em Kiev, David Stern, disse que a Rússia tem enviado "sinais contraditórios" em relação ao plano. O porta-voz de Putin, Dmitriy Peskov, afirmou que o presidente ordenou que medidas fossem tomadas para "fortalecer as fronteiras russas". Porém, ele negou que o país tenha enviado milhares de soldados para a área de fronteira.


Visão da Física sobre o Futebol... / Ciência Hoje


Imponderável futebol clube

Empolgado com os jogos da Copa do Mundo no Brasil, Adilson de Oliveira lança mão da física para tratar em sua coluna de junho das circunstâncias indefiníveis que podem interferir no resultado de uma partida.
Por: Adilson de Oliveira
Publicado em 20/06/2014 | Atualizado em 20/06/2014
Imponderável futebol clube
O atacante Neymar, da seleção brasileira, é candidato a craque da Copa do Mundo no Brasil. Mas, como no futebol o imponderável não pode ser desprezado, será preciso esperar para ver se a previsão se confirma. (foto: Hao Ke/ Flickr – CC BY-NC-SA 2.0)
Estamos novamente em época de Copa do Mundo, o maior evento esportivo mundial, que ocorre a cada quatro anos – desta vez no Brasil. Apesar de todos os contratempos, como atrasos nas obras de infraestrutura e na construção de estádios, protestos, greves etc., a Copa começou e praticamente todas as pessoas ficam ligadas nos jogos.
Para nós, brasileiros, os maiores campeões das Copas e do futebol mundial (só não temos a medalha de ouro olímpica), há a grande expectativa do sexto título. Afinal, jogamos em casa, temos um time com grandes jogadores, que atuam nos melhores clubes do mundo (temos Neymar!), ganhamos a Copa das Confederações no ano passado, vencendo, na final, a Espanha, última campeã mundial.
Contudo, o futebol talvez seja o esporte coletivo mais imprevisível que existe. No basquete, voleibol, handebol etc., dezenas de pontos são marcados em uma partida, e um time muito superior tecnicamente dificilmente perde para o mais fraco. No futebol nem sempre isso é verdade. Apenas uma pequena falha muda o resultado do jogo. Como costumava dizer o famoso jornalista e radialista esportivo Benjamim Wright, “o futebol é uma caixinha de surpresas”.
As Copas do Mundo são famosas por resultados inusitados. Para nós, brasileiros, o maior trauma foi perder a final da Copa de 1950, em pleno Maracanã, no jogo em que precisávamos apenas de um empate com o Uruguai. Em um lance, o jogador uruguaio Ghiggia calou 200 mil pessoas. Se fosse possível voltar no tempo, com certeza gostaríamos de mudar esse resultado (veja a coluna A Copa e as viagens no tempo).
Uma partida de futebol é o que chamamos de um problema complexo com múltiplas variáveis
Será que podemos tentar entender essa imponderabilidade do futebol? A física pode ajudar nisso?
Uma partida de futebol é o que chamamos de um problema complexo com múltiplas variáveis. Temos 22 jogadores (cada um com a sua própria vontade) distribuídos em dois times em um campo que não é exatamente do mesmo tamanho em todos os estádios. O Maracanã tem 110 m x 75 m ou 8.250 m2 (375 m2 por jogador).
Diferentes condições, como clima (na Copa do Mundo teremos partidas na fria Porto Alegre e na abafada Manaus), condicionamento físico dos atletas e, principalmente, habilidades técnicas e táticas de cada jogador, para citar apenas algumas, podem interferir no resultado de um jogo.
Dessa forma, tentar explicar o resultado de uma partida de futebol tentando equacionar todas essas variáveis parece algo impossível de resolver. Da mesma maneira, muitos problemas físicos são muito complexos para ser resolvidos de uma forma exata, mas podemos resolvê-los se fizermos abordagens diferentes, com algumas aproximações e simplificações.
Por exemplo, se quisermos compreender o comportamento de um gás em um determinado volume (como dentro de uma sala), dependendo da abordagem utilizada isso pode se transformar em um problema insolúvel. Em uma sala de 27 m3 de volume (3 m x 3 m x 3 m), temos cerca de 1026 moléculas (10 seguido de 26 zeros!). Se quisermos descrever o movimento de cada molécula individualmente, teremos 1026 equações de movimento acopladas. Esse é um problema impossível de ser resolvido do ponto de vista matemático.
Não podemos tentar prever o movimento de cada jogador em uma partida de futebol. Diferentemente das moléculas de um gás, cada jogador tem características diferentes e vontade própria para decidir o que fará no jogo
Por outro lado, se, em vez de considerarmos o movimento de cada molécula, quisermos descrever propriedades que representam o comportamento como um todo, podemos obter informações importantes. Se descrevermos estatisticamente as colisões das moléculas nas paredes da sala, poderemos calcular a pressão, a temperatura e o volume do gás. Esse modelo é muito simplificado, mas permite calcular com boa precisão essas propriedades de um gás, que são de fato as relevantes para se determinar seu comportamento.
Não podemos tentar prever da mesma maneira o movimento de cada jogador em uma partida de futebol. Diferentemente das moléculas de um gás, cada jogador tem características diferentes e, principalmente, tem vontade própria para decidir cada movimento que fará no jogo. Mas podemos tentar compreender o comportamento coletivo dos jogadores e a forma de cada um se posicionar durante a partida em função do esquema tático proposto pelo técnico.
Como seria muita pretensão minha tentar descrever o comportamento dos jogadores em uma partida de futebol da mesma maneira que é possível fazer com um gás, como todo torcedor que acha que entende de futebol, vou apenas dar alguns palpites, apontar algumas variáveis que talvez sejam as mais relevantes.

Esquemas táticos e lances mágicos

Normalmente os técnicos de futebol apontam que o fator campo é determinante para a vitória do time. Campos maiores tendem a favorecer times que atacam muito, pois há mais espaço para a movimentação dos jogadores; campos menores favorecem times que jogam com postura mais defensiva, pois há menos espaço para a movimentação da bola. A torcida predominante de um time costuma incentivar mais os jogadores, e estes se empenham mais. Mas, se não estiverem jogando bem, a torcida maior pode vaiar e atrapalhar o time.
O futebol, por ser um jogo coletivo, faz com que os técnicos posicionem os jogadores com diferentes esquemas táticos, representados por números como 4-4-2 (quatro defensores, quatro meio-campistas e dois atacantes), 3-5-2 (três defensores, cinco meio-campistas e dois atacantes) ou o esquema da moda, 4-3-2-1 (quatro defensores, três meio-campistas, dois meias-atacantes e um centroavante).
Cobrança de falta
Seleção brasileira prepara-se para cobrar uma falta em partida contra a Bielorrússia em 2012. No futebol moderno, os lances de bola parada são extremamente perigosos e têm sido responsáveis por cerca de 70% dos gols feitos ultimamente em disputas de alto nível. (foto: Flickr/ daniel0685 – CC BY 2.0)
Cada esquema funciona ou não dependendo de cada jogador que vai ocupar ou não a posição. Times com muitos atacantes nem sempre ganham as partidas. Ao contrário, geralmente perdem, porque, para se ganhar um jogo, é necessário não apenas fazer gols, mas também não tomar gols.
Da mesma forma que um gás em uma sala, se o time estiver espalhado por todo o campo, ficando os jogadores muito distantes uns dos outros, haverá poucas interações entre eles, dificultando as trocas de bolas. Quando o time faz pressão na marcação, ou seja, os jogadores se aproximam muito dos adversários, normalmente consegue tomar posse da bola e atacar. Como em um gás, quando aumentamos a pressão, as moléculas vão para determinada direção. No futebol, essa direção é a meta do adversário.
Da mesma forma que um gás em uma sala, se o time estiver espalhado por todo o campo, ficando os jogadores muito distantes uns dos outros, haverá poucas interações entre eles, dificultando as trocas de bolas
Mas, se aumentarmos muito a pressão, pode ocorrer um vazamento, fazendo com que o gás escape do recipiente em que se encontra. Na partida de futebol, se todo o time estiver pressionando o adversário, um deles pode escapar e ir na direção oposta, surpreendendo o time que está pressionando. É o famoso contra-ataque. Uma arrancada de um jogador, driblando todo um time, como a que redundou no antológico gol de Maradona contra a Inglaterra na Copa de 1986, é um exemplo disso.
Outro exemplo de jogada que pode ser decisiva em um jogo são os lances de bola parada. Um escanteio, uma falta ou um pênalti são lances que costumam ser muito perigosos no futebol. É nesses momentos, em que os jogadores se posicionam normalmente em uma jogada ensaiada ou chutam a bola diretamente para a meta, que ocorrem grandes chances de gol. Nesse caso, tenta-se colocar a bola com precisão, esperando que ela interaja o menos possível, pois qualquer toque pode desviá-la do alvo.
O futebol é um esporte maravilhoso e emocionante. Em frações de segundo, decisões que sequer são raciocinadas produzem lances mágicos e memoráveis. Gênios do futebol como Pelé, Garrincha e Maradona, entre muitos outros, produziram em Copas do Mundo momentos inesquecíveis do futebol. Esperamos que essa Copa no Brasil também nos deixe na memória lances que contaremos para as futuras gerações, principalmente se forem da nossa seleção.

Adilson de Oliveira
Departamento de Física
Universidade Federal de São Carlos

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Excesso de crianças sem pais na fronteira dos EUA...


“A onda de crianças desacompanhadas na fronteira é um desafio humanitário”

O vice-presidente dos EUA viaja para Guatemala, El Salvador e Honduras

Ele pretende tratar da chegada de menores migrantes ao país norte-americano

Joe Biden, nesta quarta-feira em Washington. / MANDEL NGAN (AFP/GETTY IMAGES)
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recorre frequentemente ao seu número dois,Joe Biden, para que lhe ajude nas constantes crises que brotam no país – ou no estrangeiro – no momento mais inesperado.
O experiente político de 71 anos, senador durante muito tempo (1973 – 2009) e possível futuro candidato à presidência, foi escolhido, entre outras complexas missões, para lidar com o Congresso nas duras disputas orçamentárias ou encabeçar grupos especiais como o formado por Obama para buscar de que forma limitar a violência no uso de armas.
Com a última crise em pleno desenvolvimento, a massiva entrada ilegal de menores desacompanhados pela fronteira sul do país, o presidente mandou seu número dois à Guatemala, aonde nesta sexta buscará soluções para o crescente problema com os principais responsáveis da região, a principal fonte desta imigração infantil descontrolada.
Biden organizou uma reunião de emergência com os presidentes da Guatemala, Otto Pérez Molina, de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, e o coordenador geral do Governo de Honduras, Jorge Ramón Hernández Alcerro. Três quartos das crianças que chegam aos Estados Unidos, que segundo cifras oficiais superam os 47.000 entre outubro do ano passado e maio, procedem destes três países da América Central.
Pouco antes da reunião guatemalteca, o vice-presidente Biden explicou em entrevista exclusiva ao EL PAÍS os planos de Washington para lidar com esta crise imigratória, uma das mais graves sofridas pelos Estados Unidos nas últimas décadas.

Pergunta. Como explica o súbito fluxo de imigrantes menores sem acompanhantes aos Estados Unidos? Por que agora?
Resposta. Estamos muito preocupados com a onda de crianças sozinhas que cruzam a fronteira dos Estados Unidos. Estas crianças são as mais vulneráveis e muitos se convertem em vítimas de delitos violentos e abuso sexual. Também houve um aumento na quantidade de famílias que estão fazendo a viagem. A grande maioria destas pessoas também depende de perigosas redes de contrabando de seres humanos que os transportam através da América Central e do México, colocando em perigo sua segurança e até suas vidas. Muitos escapam do abuso, outros escapam das quadrilhas de delinquentes e da violência, e outros são vítimas do tráfico humano ou do abandono.
O aumento da quantidade de menores desacompanhados que imigra para os Estados Unidos é impulsionado por uma série de fatores, incluindo os sérios desafios da violência e a falta de oportunidades econômicas. Também existem algumas percepções errôneas na América Central de que as crianças se encontrarão seguras com seus pais uma vez que sejam detidas na fronteira pelos funcionários dos Estados Unidos, sem a possibilidade de traslado. Isto é um mal-entendido da política de imigração dos EUA, estas crianças não podem optar pelo processo da ação deferida para os menores de idade que chegam [procedimento DACA, na sigla em inglês] ou as concessões de cidadania incluídas na legislação de reforma migratória [atualmente bloqueadas no congresso]. Todas as crianças e as famílias estão sujeitas aos processos de deportação. O importante é que não vale a pena submeter as crianças a uma viagem perigosa quando não existe luz no fim do túnel.
P. O que os Estados Unidos farão para deter a crise atual?
R. Nós vemos isto como uma responsabilidade compartilhada por todos os Governos afetados. Nenhum Governo quer ver seus cidadãos colocarem suas vidas em perigo, e nosso trabalho é fazer o que for necessário para evitar que as pessoas continuem a fazê-lo. Nós vemos esta onda de crianças imigrando desacompanhadas ao longo da fronteira sudoeste dos Estados Unidos como um sério desafio humanitário. Para fazer frente a esta situação, o presidente encaminhou à Agência de Administração Federal de Emergências a coordenação de uma resposta de todo o Governo a esta situação urgente. Nossa primeira prioridade é manejar a situação humanitária assegurando que estas crianças sejam alojadas, alimentadas e que recebam qualquer tratamento médico necessário.

A responsabilidade é compartilhada entre todos os governos afetados
O vice-presidente dos EUA
Em segundo lugar, o Governo dos EUA está trabalhando em coordenação com o México e países da América Central para educar potenciais imigrantes sobre os perigos de tentar fazer uma viagem tão perigosa, e informá-los de que não serão beneficiados pela Ação Diferida [DACA, um programa de alívio migratório] nem pela possível reforma migratória. Estamos comunicando ativamente esta mensagem, e trabalhando por meio de canais internacionais para garantir que outras vozes verossímeis façam o mesmo.
Em terceiro lugar, vamos aumentar os recursos próximos à fronteira para elevar nossa capacidade de deter pessoas e manejar o processo de deportação o mais rápido e eficientemente possível. Também vamos incrementar o número de juízes dos serviços de imigração, promotores e funcionários encarregados da tramitação de asilo para ajudar no processamento eficiente destes casos, e, ao mesmo tempo, avaliar se alguns podem receber a proteção concedida pelo direito a asilo político.
P. Por que o Governo dos Estados Unidos não outorga um estatuto de Estado Protegido Temporário (TPS, na sigla em inglês) a estes menores?
R. El Salvador, Honduras e Nicarágua, atualmente, foram designados para receber o Estado Protegido Temporário com base em catástrofes que ocorreram. Isto permitiu que dezenas de milhares de pessoas destes países, que já estavam nos Estados Unidos há muitos anos, permanecessem aqui legalmente, com status temporário. Os cidadãos dessas nacionalidades que entrarem nos Estados Unidos hoje, não são aptos, sem importar sua idade. Acreditamos que há soluções mais sustentáveis para o desafio atual do que o TPS, que foi projetado para situações como desastres ambientais e conflitos armados.
P. Que medidas específicas serão requeridas a seus parceiros na América Central para desencorajar os menores de idade a virem para os Estados Unidos?
R. Viajo para a Guatemala para buscar uma resposta internacional em conjunto com os presidentes da Guatemala e de El Salvador, e também com representantes de Honduras e do México. Juntos, discutiremos medidas para frear o fluxo de imigrantes que empreendem a perigosa viagem aos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que trabalharemos para melhorar as oportunidades econômicas e a segurança em casa. Também nos ocuparemos de algumas percepções errôneas da política de imigração dos EUA. Sabemos, pelas discussões que tivemos até agora, que nossos parceiros entendem nosso interesse em promover a imigração segura e legal, e em desencorajar a imigração ilegal que expõe estes cidadãos, especialmente suas crianças, ao perigo.
Durante minha visita, espero abordar maneiras para poder melhorar nosso trabalho na região, para nos ocuparmos da raiz de algumas causas, incluindo a falta de segurança dos cidadãos, as oportunidades econômicas e a proteção das crianças.