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domingo, 25 de janeiro de 2015

Jornalista foge da Argentina para preservar sua vida

  • mundo

    [DATE]

    Jornalista que revelou morte de promotor foge da Argentina, mas Casa Rosada revela destino

    FELIPE GUTIERREZ

    DE BUENOS AIRES

    24/01/201523h41

    A agência de notícias Télam, que pertence ao Estado argentino, publicou uma nota que revela o destino de um jornalista que saiu do país por se sentir perseguido por ter revelado a morte do promotor Nisman.
    A agência de notícias publicou inclusive o recibo da compra do voo, com o valor da passagem e a forma de pagamento. As informações foram passadas pela empresa Aerolíneas Argentinas, que também é estatal.
    A conta oficial da Casa Rosada republicou a nota da Télam, que também aponta qual é a data marcada para a volta, 2 de fevereiro.
    O jornalista Damián Pachter, do "Buenos Aires Herald Tribune", foi a primeira pessoa a noticiar a morte do promotor Alberto Nisman.
    No domingo (18) ele tuitou o texto "acabam de me informar sobre um incidente na casa do promotor Nisman", às 23h35. Depois de cerca de 30 minutos, o repórter escreveu de novo, dessa vez para relatar que homem estava morto. Quatro dias antes, o promotor havia apresentado uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner.
    Antes de viajar, o jornalista conversou com o site "Infobae" e afirmou que sua vida corre perigo, que seus telefones foram grampeados e que está sendo seguido. Ele não disse por que estaria sendo perseguido, mas afirmou que o tuíte dele atrapalhou alguém e que teria arruinado algo.
    Fale com a Redação - novasplataformas@grupofolha.com.br
    FOLHA DE S.PAULO 2015
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    Jornalista que revelou morte de promotor foge da Argentina, mas Casa Rosada revela destino

    FELIPE GUTIERREZ

    DE BUENOS AIRES

    24/01/201523h41

    A agência de notícias Télam, que pertence ao Estado argentino, publicou uma nota que revela o destino de um jornalista que saiu do país por se sentir perseguido por ter revelado a morte do promotor Nisman.
    A agência de notícias publicou inclusive o recibo da compra do voo, com o valor da passagem e a forma de pagamento. As informações foram passadas pela empresa Aerolíneas Argentinas, que também é estatal.
    A conta oficial da Casa Rosada republicou a nota da Télam, que também aponta qual é a data marcada para a volta, 2 de fevereiro.
    O jornalista Damián Pachter, do "Buenos Aires Herald Tribune", foi a primeira pessoa a noticiar a morte do promotor Alberto Nisman.
    No domingo (18) ele tuitou o texto "acabam de me informar sobre um incidente na casa do promotor Nisman", às 23h35. Depois de cerca de 30 minutos, o repórter escreveu de novo, dessa vez para relatar que homem estava morto. Quatro dias antes, o promotor havia apresentado uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner.
    Antes de viajar, o jornalista conversou com o site "Infobae" e afirmou que sua vida corre perigo, que seus telefones foram grampeados e que está sendo seguido. Ele não disse por que estaria sendo perseguido, mas afirmou que o tuíte dele atrapalhou alguém e que teria arruinado algo.
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    FOLHA DE S.PAULO 2015

sábado, 24 de janeiro de 2015

Governos sem planejamento estrategico

https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8476746580751634921#editor/src=sidebar
Enviado por Míriam Leitão e Alvaro Gribel - 
24.01.2015
 | 
09h00m
COLUNA NO GLOBO

Erro dos governantes

O Governo Federal reconhece que há uma crise de água, mas não admite a de energia. Faz reunião sobre o tema e aparece magnânimo ajudando governos estaduais. Se o sistema elétrico depende de água, e há escassez hídrica, é claro que há risco de desabastecimento de energia também. Em Brasília e em São Paulo os governos falharam em evitar os riscos.
Tudo o que dependeu dos governantes não foi feito. Por razões eleitoreiras, o Brasil foi levado para perto de um colapso de abastecimento de energia e água. Brasília diminuiu o preço da energia, São Paulo reduziu a tarifa de água para quem consumiu menos, mas não subiu para quem consumiu mais.
A semana, que começou com um apagão por falta de energia para atender à demanda, termina com a incompreensível reunião que trata “apenas” de água, como se fosse possível separar. A ministra do Meio Ambiente é que falou — pouco e mal — como se só houvesse problemas nos estados e fosse restrito à água. Anunciou-se mais uma obra do PAC como se fosse resolver o problema emergencial.
A presidente Dilma reduziu o preço da energia de olho na eleição de 2014. O governador Geraldo Alckmin diminuiu o preço da água em ano de grande escassez. O PMDB no Rio ficou em silêncio sobre o nível do Rio Paraibuna.
O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, avisou que se os reservatórios chegarem a 10% não há como gerar energia. “Nenhum reservatório de hidrelétrica pode funcionar com menos de 10% de água. Há problemas técnicos que impedem as turbinas de funcionar”, disse. O nível vem caindo diariamente. No dia 11 de janeiro, os reservatórios do Sudeste estavam em 19,5%. No dia 22, em 17,28%, com 11 dias seguidos de queda. Estamos nos aproximando perigosamente do limite.
Entrevistei o novo secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, e perguntei se ele podia garantir que não haveria colapso de água em São Paulo. Ele disse: “não posso prometer isso porque existe uma condição meteorológica. Oferta de água não depende só do governo, depende do clima. O que estamos fazendo é todo o empenho para trazer mais água e fazer reuso para não chegar na situação de colapso”.
O que há de comum entre o secretário de Recursos Hídricos de São Paulo e o ministro das Minas e Energia vai além do sobrenome. A barra dos “Bragas” é que eles entraram agora em governos que erraram, estão tentando justificar o injustificável e dão notícias alarmantes a conta-gotas. Benedito Braga negou que tivesse havido falta de planejamento nos 20 anos de governo tucano em São Paulo. Disse que, “como hidrólogo”, não poderia prever o que está acontecendo:
— Nós estamos vivendo uma era de incerteza climática muito grande. Se olharmos os últimos 125 anos de dados do Instituto Agronômico de Campinas, já tivemos períodos de chuvas muito baixas, mas algo parecido com 2014 e 2015 nunca foi observado.
Isso também se diz em Brasília. “Nunca foi assim”. Pois é, esse é o tempo em que o clima fará surpresas, e o bom governante é aquele que se prepara para o improvável.
Eduardo Braga falou em racionamento se o país passar o nível “prudencial” de 10%. Ora, se abaixo de 10% as turbinas não funcionam, não é prudente esperar chegar a 10%.
A falta de noção de urgência das autoridades de Brasília e São Paulo se junta à do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. O estado entrou no volume morto do Paraibuna do Sul sem um sinal de alerta à população. A água pode acabar no Rio, mas Pezão descarta racionamento. As autoridades decidiram pular no precipício com a esperança de que nada aconteça. E o risco é nosso.

Seja racional com o consumo de água... Governo possibilidade de racionamento...

http://atarde.uol.com.br/mobile/brasil/noticias/1654902
Se os níveis de chuva permanecerem como estão em São Paulo, sem melhorarem o volume dos reservatórios que abastecem a cidade, e se o consumo continuar no nível que está hoje, da ordem de 20 m3 por segundo, em três ou no máximo quatro meses chegaremos ao colapso no abastecimento de água no Estado.
O "preocupante" diagnóstico, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, foi feito pelo governo federal na reunião realizada no Planalto na tarde desta sexta-feira, 23. Comandado pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o encontro com seis ministros avaliou a situação crítica dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Para tentar evitar que a situação chegue a este ponto e possa até mesmo comprometer a situação de geração de energia em algumas regiões, como é o caso principalmente do Rio, cada ministério estudará propostas para serem apresentadas em uma próxima reunião no Planalto, na Quarta-feira.
Com estas propostas aprovadas pela presidente Dilma Rousseff, o governo federal vai chamar os governadores dos três Estados para que eles apresentem os planos de contingência de que dispõem e, juntos, possam construir uma proposta conjunta de trabalho para tentar diminuir os prejuízos à população.
Como medida preventiva, o governo federal anunciou a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) uma obra que promete aumentar a disponibilidade de água no Sistema Cantareira e beneficiar a região metropolitana de São Paulo, que sofre com a escassez de água.
O projeto de transposição da bacia do Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira tem investimento estimado em R$ 830,5 milhões e será executado pela Sabesp, que distribui água no Estado de São Paulo.
O empreendimento é um dos projetos que o governo de São Paulo apresentou à presidente Dilma no fim do ano passado para reforçar o abastecimento de água no Estado. A obra irá integrar as águas da bacia do Rio Paraíba do Sul ao Sistema Cantareira por meio de um canal entre as represas Atibainha, que abastece São Paulo, e o reservatório Jaguari, no Rio de Janeiro.
A expectativa, segundo o Ministério do Planejamento, é que a obra aumente a disponibilidade hídrica no sistema Cantareira em 5,1 metros cúbicos por segundo. O empreendimento de interligação do reservatório Jaguari-Atibainha na carteira do PAC foi aprovada pelo comitê gestor do programa.
Segundo apurou a reportagem, o governo avaliou também na reunião os impactos da forte estiagem na irrigação, que poderá atrapalhar a produção agrícola e até mesmo na indústria, trazendo prejuízos ao País em momento em que a economia já enfrenta sérios problemas.
Até mesmo um planejamento de redução de fornecimento de água, em caso de agravamento da crise, foi tratado no encontro. Há uma decisão de que hospitais e residências serão preservados. Caso haja necessidade de escalonamento de consumo, uma das medidas poderia ser readequação de horários de aula e até suspensão, em último caso.
Além de Mercadante, participaram da reunião a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia), Nelson Barbosa (Planejamento), Gilberto Occhi (Integração Nacional), Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário).