Postagem em destaque

DIÁRIO DO PODER informa ...

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nada mau... Aprenda com os ingleses


Cartas de Londres: Not bad

"Not bad" (Foto: Arquivo Google)
É da natureza humana ser autoindulgente, discursar sobre o quanto está sofrendo, que se sente injustiçado. Deixar claro, na forma de um lamento ou de um grito enfurecido, que o que recebeu é de má qualidade ou insuficiente, ou mesmo que o que esperava chegou atrasado.
É só observar uma criança pequena e perceber que a insatisfação está entranhada no nosso ser. Se você der alimento e um lugar quente para um bichinho, ele provavelmente vai estar bem, mas isso não vale para pessoas. Em outras palavras, o “mimimi” é comum e até esperado no nosso dia a dia.
Da mesma forma, o ser humano é famoso por se gabar pelo o que lhe acontece de bom.
Das pequenas vitórias cotidianas (quase perder o ônibus mas conseguir embarcar no último minuto, elogios ao seu novo visual) à promoção no trabalho ou compra de uma casa ou carro, é comum que esfreguemos isso na cara de amigos e conhecidos, que por sua vez também irão precisar da gente na hora de detalhar suas conquistas.
Tudo isso não vale para os ingleses, que provavelmente também sentem lá no fundo aquela necessidade imensa de reclamar da vida ou de contar vantagem, mas que a reprimem bem reprimida e que a substituem pelo chamado “understatement”, conceito que você passa a conhecer intimamente quando vem morar aqui.
Funciona assim.
Você vai almoçar com um amigo. Pede um prato que te parece bom mas que quando chega na mesa é a pior experiência culinária que você já teve. Em vez de amaldiçoar o chef ou falar minutos sobre como aquele lugar decaiu, em vez de reclamar com o garçom e depois pedir para ele chamar o gerente, você simplesmente comenta: “É, não seria minha primeira escolha”.
Ou você vai viajar. E se depara com a paisagem dos seus sonhos, aquela que você economizou meses e meses para poder ver, e ela é melhor ainda do que nas fotos e vídeos. Em vez de comentar que está sem fôlego, em êxtase, que nunca imaginou que aquela experiência fosse possível, que é sortudo por ter estado ali...
...você diz: “Ok”.
Ou, como diriam os ingleses nessa situação, com uma expressão indecifrável, “not bad”.

"Só restou a truculência"


Editorial do Estadão: Só restou a truculência
Sem argumentos legais ou políticos para derrubar o impeachment, já que o afastamento de Dilma é consenso entre os brasileiros e segue estritamente a previsão constitucional, Lula deixou de lado o pouco que lhe restava de responsabilidade e partiu para o ataque frontal às instituições

Por: Augusto Nunes 27/04/2016 às 17:19




A presidente Dilma Rousseff sofreu mais uma significativa derrota na tramitação do processo de impeachment no Congresso. A comissão do Senado que avalia o caso escolheu como relator o tucano Antonio Anastasia (MG), ligado ao presidente do PSDB, Aécio Neves. Os governistas tentaram de todas as formas impedir que Anastasia fosse eleito, mas o colegiado foi implacável: seu nome foi avalizado com apenas 5 votos contrários entre os 21 membros titulares, placar que reitera a galopante desvantagem de Dilma na luta contra o impeachment.

Essa desvantagem tende a crescer, porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em quem o Palácio do Planalto depositava a esperança de manipular o processo em seu favor, demonstrou indisposição para interferir nas escolhas da comissão e no prazo para a conclusão dos trabalhos, que a maioria oposicionista pretende encurtar.

Os seguidos reveses de Dilma e do PT no campo institucional – na Câmara, no Senado e no Supremo Tribunal Federal, que avalizou todo o processo de impeachment até aqui – certamente explicam o destempero do chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou sua tropa para ir às ruas e desestabilizar um eventual governo de Michel Temer.

Sem argumentos legais ou políticos para derrubar o impeachment, já que o afastamento de Dilma é consenso entre os brasileiros e segue estritamente a previsão constitucional, Lula deixou de lado o pouco que lhe restava de responsabilidade e partiu para o ataque frontal às instituições.

Em encontro da Aliança Progressista, que reúne partidos de esquerda de várias partes do mundo, Lula disse que Dilma é vítima de “uma aliança oportunista entre a grande imprensa, os partidos de oposição e uma verdadeira quadrilha legislativa, que implantou a agenda do caos”. Essa frase – que estava num discurso escrito, ou seja, não foi dita de forma impensada – resume o atentado que Lula da Silva e seus comparsas estão dispostos a cometer contra a democracia no Brasil.

Incapaz de reunir os votos necessários para impedir o impeachment, nem mesmo depois de tentar comprar deputados num quarto de hotel em Brasília, Lula agora desqualifica o mesmo Congresso que lhe foi tão útil nesses anos todos – e que, acima de qualquer consideração sobre sua qualidade, foi eleito pelo voto direto e, portanto, é legítima representação popular.

No discurso, Lula disse também que o impeachment é uma “farsa” que “envergonha o Brasil aos olhos do mundo”, como se a grande vergonha brasileira não fosse a devastadora corrupção capitaneada pelo PT e seus acólitos, que gangrenou as estruturas do Estado, arruinou a Petrobrás e rebaixou a política nacional a um ordinário balcão de negócios.

O que se vê é Lula fazendo o possível para ampliar essa vergonha, lançando no exterior sua campanha para desacreditar as instituições democráticas. Àqueles dirigentes partidários estrangeiros, o chefão petista disse que “em todo o mundo há vozes responsáveis alertando para os riscos de um golpe de Estado no Brasil” e pediu aos colegas que “levem a seus países a mensagem de que a sociedade brasileira vai resistir ao golpe do impeachment”.

O problema, para Lula, é que sua voz já não tem o vigor dos tempos em que se julgava um grande líder mundial. A campanha movida por ele e por Dilma para sensibilizar governos e entidades mundo afora contra o tal “golpe” tem sido um completo fracasso.

Nem mesmo a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), bloco de inspiração bolivariana, conseguiu aprovar alguma moção de repúdio ao impeachment.

Mas Lula não parece se importar com o vexame. “As ameaças à democracia no Brasil e na América Latina dizem respeito a toda a comunidade mundial. Dizem respeito à luta entre civilização e barbárie”, disse o líder da tigrada. Ele tem razão: hoje, mais do que nunca, é preciso defender a civilização, calçada no respeito às leis, contra a barbárie, representada pela truculência daqueles que, por não terem mais um pingo de dignidade, não sabem perder.

terça-feira, 26 de abril de 2016

O cuspe como argumento ... / Kim Kataguiri

terça-feira, abril 26, 2016

O rosto cuspido e escarrado do petismo - 

KIM KATAGUIRI

Folha de SP 26/04

Os petistas sabem que o governo já acabou. Criaram a fantasiosa narrativa do "golpe" já pensando na sobrevivência do partido no pós-Dilma. A militância precisava de um combustível, de um inimigo em comum, para se reunificar. Mas esse novo mito fundador não foi suficiente para conter o ódio, a intolerância e o fascismo dos simpatizantes do PT.

Logo depois de proferir seu voto sobre o processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, o deputado Jean Wyllys (RJ), do PSOL —partido que diz fazer "oposição à esquerda", mas que é mais subordinado ao governo do que a própria base aliada—, cuspiu em alguns de seus colegas que votaram "sim".

A atitude, além de caracterizar quebra de decoro parlamentar —o que pode dar início a um processo no Conselho de Ética e culminar na cassação do mandato do deputado—, também demonstra a revolta dos simpatizantes do petismo contra o resultado de um processo absolutamente democrático.

O ator José de Abreu, recentemente, cuspiu num casal numa discussão política em um restaurante em São Paulo. Em seu Twitter, disse que não se arrependeu e ainda chamou o casal de "covarde" e "fascista". No último domingo (24), falou sobre o caso no "Domingão do Faustão" e declarou que a cusparada "foi uma reação de um ser humano normal", claramente se colocando como vítima no incidente.

Não sei qual é a definição do ator para os termos "ser humano" e "normal", mas, com certeza, não é aquela que está no dicionário. Pessoas normais não cospem em quem discorda de suas posições políticas. E esse nem foi o caso: o casal apenas demonstrou sua indignação com a corrupção do partido que José de Abreu defende com unhas, dentes e mentiras. Apesar de o petismo alçar a corrupção ao patamar de categoria de pensamento, não é possível dizer que o episódio tenha se tratado de discordância ideológica.

No último sábado (23), no Masp, "artistas" cuspiram e vomitaram em fotos de parlamentares que votaram a favor da admissibilidade do processo de impeachment. Além do claro caráter antidemocrático do ato, que hostilizou a figura de políticos simplesmente por pura intolerância, também causa repulsa o fato de esse show de horrores ter sido chamado de "manifestação" por setores da imprensa.

Os defensores do governo não se satisfizeram em nos causar nojo ideológico com seu discurso hipócrita e autoritário. Decidiram nos causar nojo físico. A cusparada tornou-se símbolo máximo do pensamento petista. No lugar do diálogo e da tolerância, a ignorância e o rancor.

Essa nova maneira de expressar o petismo demonstra uma mentalidade que não é só doentia, mas perigosa. A ditadura da propina acabou, e a militância do PT terá de aceitar isso. Foi-se o tempo daqueles que apenas defendiam a democracia quando ela lhe convinha. O fim do governo Dilma dará início a um novo tempo para a nossa República. E não há cuspe que impeça isso.

Humor de Chico Caruso no blog de Ricardo Noblat

HUMOR

A charge de Chico Caruso

Charge (Foto: Chico Caruso)

"O Exorcismo" // Maria Lucia Victor Barbosa

segunda-feira, abril 25, 2016


O EXORCISMO

Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
O exorcismo é uma cerimônia religiosa na qual se esconjura o demônio ou espíritos maus. Utilizada pela Igreja Católica e muitas outras religiões já apareceu em forma de ficção em filmes que revolveram crenças e medos antigos.
O primeiro destes filmes, “O Exorcismo”, teve enorme sucesso. Na história morreram três padres que tentaram livrar uma adolescente do obsessor medonho que a atormentava e a transformava numa figura hedionda. As pessoas que assistiram o enredo, mesmo sem crença nos ardis do demônio, quedaram horrorizadas.
Charge by Sponholz
Mais recente, o filme “O Ritual” não foi menos aterrorizante. Conta que um jovem padre foi enviado ao Vaticano para aprender o ritual do exorcismo. Mas ele não crê no demônio e sua fé em Deus é vacilante. Todavia, o sacerdote assistiu aulas de um vaticanista, o qual ensinou que, ao final da cerimônia o condutor deve obrigar o demônio a dizer seu nome para que a vítima seja libertada.
Dito isso façamos uma analogia, isto é, “um ponto de semelhança entre coisas diferentes” e, simbolicamente conclamemos o exorcismo político do PT (Partido dos Trabalhadores ou Partido das Trevas).
Para melhor embasar essa analogia nada como citar um dos mais conceituados e brilhantes sociólogos, o alemão Max Weber, que em um dos trechos de “A Ciência como Vocação” afirmará:

“Cuidado, o diabo é velho; envelhecei também para compreendê-lo. Isso não significa a idade, no sentido da certidão de nascimento. Significa que se desejarmos haver-nos com esse diabo teremos de não fugir à sua frente, como gostam de fazer tantas pessoas hoje. Em primeiro lugar, temos de perceber-lhe os processos , para compreender seu poder e suas limitações”.
Como processo o PT foi fundado numa propositada ilusão e se transformou numa farsa danosa ao país. Iludiu incautos com a promessa mentirosa de ser o único partido ético, para depois institucionalizar a corrupção. Atribui-se uma ideologia de esquerda devidamente adaptada aos desígnios de poder de seus dirigentes, através da qual destilou o ódio entre ricos e pobres, negros e brancos. Simulou democracia para chegar ao totalitarismo que é sua essência.  O fundamento de sua força foi a mentira e como o diabo inverteu os sinais confundindo a noção entre certo e errado. Glorificou a criminalidade. Justificou a imoralidade. Introduziu o abominável “politicamente correto”.  Estimulou a ganância de seus adeptos e os seduziu com a vaidade dos cargos. Uniu-se à escória política do País. Simulou o que não era. O ódio, o rancor, a intriga, violência foram suas armas para destroçar os adversários transformados em inimigos.
Esse Partido das Trevas se metamorfoseou na seita dos adoradores da “serpente do mal” ou jararaca, uma falsa divindade que se sentiu acima da lei e do comum dos mortais. Embriagado com tanto poder a jararaca estava longe das condições psíquicas para manejá-lo, não passando de um tosco Mussolini de Terceiro Mundo, um reles farsante a quem chamaram de estadista, atribuindo-lhe virtudes que nunca teve.
A seita não nasceu do proletariado, como querem fazer crer, mas do peleguismo sindical, do carnaval esquerdista das academias, dos artistas embevecidos consigo mesmos, de parte do clero da Teologia da Libertação essa esdrúxula mistura de Jesus Cristo com Karl Marx.
Voltando a Max Weber na mesma obra não se pode deixar de citar o seguinte trecho:
“Se tentarmos construir intelectualmente novas religiões sem uma profecia nova e autêntica, então, num sentido íntimo, resultará alguma coisa semelhante, mas com efeitos ainda piores”. “E a profecia acadêmica finalmente, criará seitas fanáticas, mas nunca uma comunidade autêntica”.
O ritual político do PT começou. As legiões alcunhadas de “pão com mortadela” prometem cuspir fogo e enxofre na defesa da jararaca de ovos de ouro. A criatura, cujo fracasso é muito mais do seu criador do que dela, de novo está fazendo o diabo. E só há um jeito do exorcismo chegar ao seu termo: Lula terá que dizer seu nome e partir para sempre: Lulanás 
Sem ele o Partido das Trevas chegará ao fim e o Brasil, aos poucos, se libertará do mal que a seita de fanáticos e aproveitadores produziu.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Billy Paul - Me And Mrs. Jones (1972)


Cantor e música que permearam meu passado
e de muitos de nós

Humor de Paixão... em Gazeta do Povo

A queda! 
9

Josias de Souza


Charge de Paixão...

A arte de Antonio Lucena / blog de Ricardo Noblat

Arte de Antonio Lucena


Mais indícios sobre a atuação de Lula desde o primeiro mandato...


POLÍTICA

A hora e a vez de Lula

Lula (Foto: Celso Júnior / AE)Lula (Foto: Celso Júnior / AE)
Ricardo Noblat
Na tarde quente do domingo 5 de junho de 2005, um homem de meia idade e uma vidente famosa em São Paulo foram admitidos no apartamento do então presidente Lula, em São Bernardo do Campo.  Lula e a vidente conversaram a sós por vinte minutos. Depois que ela foi embora, Lula contou ao homem sobre o terremoto que ameaçava desestabilizar o seu governo e sobre o que faria para tentar sobreviver.
Há três semanas, o noticiário da imprensa girava em torno de um único assunto: a compra pelo governo de votos de deputados para aprovar projetos do seu interesse. Feita pelo deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente do PTB, a denúncia ganhara status de escândalo e estava preste a ser alçada à condição de o maior escândalo de corrupção desde a chegada do PT ao poder.
Para isso, só faltava Jefferson conceder uma entrevista explicando em detalhes tudo o que dissera até ali, e acrescentando novas revelações. Pouco antes da chegada do homem e da vidente ao seu apartamento, Lula ficara sabendo que já não faltava mais nada. Jefferson falara à jornalista Renata Lo Prete, da Folha de S. Paulo. E a entrevista seria publicada no dia seguinte.
Entre outras coisas, Jefferson diria que deputados de partidos aliados do governo recebiam o que chamou de um "mensalão" de R$ 30 mil pago pelo tesoureiro do PT Delúbio Soares. Segundo Jefferson, ele alertara a respeito vários ministros do governo – entre eles, José Dirceu, da Casa Civil, e Antonio Palocci, da Fazenda. E em janeiro último, alertara também o próprio Lula, que chorou.
“A entrevista do Roberto vai virar o país de cabeça para baixo”, comentou Lula com o amigo que o ouvia em silêncio. “Todo mundo vai achar que o governo não se sustentará mais de pé e que talvez nem consiga chegar ao fim. Mas acredite: a montanha vai parir um rato. Pensam que vão me destruir. Pois vou me reeleger e fazer meu sucessor”. 
  
Lula não contou como imaginava sobreviver. Mas como se falasse sozinho, aduziu em voz baixa: “Vou aproveitar para me livrar de Zé Dirceu e até de Palocci”. De Dirceu, Lula se livraria dali a um mês ao forçá-lo a pedir demissão. Dirceu assumiu seu mandato de deputado federal, mas foi cassado. Acabou condenado a sete anos e 11 meses de prisão. Ficou 11 meses preso.
Foi preso novamente pela Lava-Jato no ano passado e virou réu. Quanto a Palocci, Lula livrou-se dele em março de 2006 quando o caseiro Francenildo Costa teve seu sigilo bancário quebrado ilegalmente pelo governo. Francenildo havia flagrado Palocci uma dezena de vezes em uma mansão de Brasília frequentada por prostitutas e lobistas.
O mensalão não foi um escândalo, e o petrolão outro. Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, admitiu na semana passada que os dois não passam de uma coisa só – um bilionário esquema de corrupção para sustentar no poder o PT e seus aliados. Lula reelegeu-se, elegeu Dilma e a reelegeu. Mas Dilma está a poucos dias de cair. E ele, Lula...
A Lava-Jato dispõe de indícios e provas suficientes para prender Lula por obstrução da Justiça, ocultação de bens em nomes de terceiros e recebimento de dinheiro por palestras que não fez. Lula só não foi preso ainda porque o Supremo Tribunal Federal avocou a responsabilidade de decidir o futuro dele, uma vez que Dilma o havia nomeado ministro. Em breve, pode mandar prendê-lo. Ou deixar que o juiz Sérgio Moro o faça.

A intimidade do Palácio do Planalto ....

segunda-feira, abril 25, 2016


TENSÃO PRÉ-IMPEACHMENT: PALÁCIO DO PLANALTO REFORÇA ESTOQUE DE MEDICAMENTOS PARA TAQUICARDIA, INSÔNIA E DEPRESSÃO.
Nem mesmo o passeio a New York teve impacto positivo no humor da "Presidenta" que segundo afirmam, continua muito tensa. Foto DP by Adriano Machado/IstoÉ

A Presidência da República reservou R$ 3,6 mil para compra de remédios para tratamento de taquicardia, depressão, insônia, amidalite, entre outras enfermidades. No total, segundo a ONG Contas Abertas, foram 50 ampolas de adenosina (taquicardia), 1.200 ampolas de água destilada, 280 comprimidos de amoxicilina (antibiótico para bactérias), 10 frascos de lidocaína (anestésico), 100 ampolas de midazolam (sedação e insônia) e 120 comprimidos de quetiapina (anti-psicótico).
Enquanto isso, nas redes sociais a galera não perdoa e parte para a gozação sugerindo medicamentos da denominada "medicina alternativa" afirmando que conferem um maior "empoderamento" aos pacientes. Mesmo assim, admitem que numa crise aguda nem o já famoso "Ficabonzin" resolve. Neste caso o mais indicado é o "Chá de Sumiço".
EXPLOSÕES NERVOSAS
No início do mês, a revista IstoÉ revelou que a presidente Dilma, dominada por sucessivas explosões nervosas, estava consumindo medicamentos controlados, tipo tarja preta. A revista contou que Dilma, “além de destempero, exibe total desconexão com a realidade do País”.
A adenosina, conforme descrição da internet, é um remédio antiarrítmico cardíaco utilizado para tratar taquicardia. A quetiapina é um medicamento anti-psicótico. Ele é usado para tratar o transtorno bipolar (psico maníaco depressiva) em adultos e crianças que tenham pelo menos 10 anos de idade. A quetiapina também é usada em conjunto com medicamentos antidepressivos para tratar transtorno depressivo maior em adultos. Já o maleato de midazolam é um medicamento de uso adulto indicado para tratamento de curta duração de insonia.
Outro produto adquirido, a amoxilina,  é um antibiótico muito usado para tratar vários tipos de infecção bacterianas, como amidalite, bronquite, entre outras. A água destilada é utilizada para enxaguar instrumentos após imersão na solução de desinfecção/esterilização a frio, entre outras finalidades. Do site Diário do Poder

Um dia de Dilma ... / Arnaldo Jabor

Arnaldo Jabor
Estou aqui no meu cantinho do Alvorada, falando sozinha, agora dei para isso, mas falo, sim, registrando nesse gravador a história de minha missão neste país, onde tentei combater sem trégua os perigos maiores que nos ameaçam. Um, dois, gravando, esse gravador é uma merda que o Mercadante deixou aqui, mas tudo bem... Declaro de peito aberto o que penso da vida e o que fiz para proteger meu Brasil brasileiro. Querem me impichar, dar um golpe. Será que conseguiram? Eu vos falo do passado, pois são sete horas de domingo, depois de uma noite insone. Quando me ouvirem, vocês já saberão se eu fui banida ou não.
Começo dizendo que minha consciência está em paz. Minha máxima sempre foi: os fins justificam os meios. Sim. Muita gente metida a ética acha isso até um crime, mas eu, não. Meus fins uniram o País. Sim, uni vocês até mesmo contra mim, porque confundiram minha sutileza ideológica com incompetência, acharam que eu errava, sem saber que meu acerto era no futuro. Nunca errei.
Meus queridos, o Brasil estava perdido entre muitas ideologias metidas a ‘moderninhas’, social-democracia, liberalismo, mas eu restaurei o essencial: a luta contra o imperialismo norte-americano, contra a desnacionalização de nossas riquezas, contra a sociedade de empresários reacionários, contra o lucro, colocando o Estado no topo, no centro de tudo, pois de lá emana a verdade para essa sociedade de ingênuos e ignorantes. Meus fins sempre justificaram os meios, sim, e não me arrependo de nada.
Essa porra de gravador está gravando?... Vamos ver: ‘...porra de gravador está gravando’, sim. Declaro aqui, também, que acho o Brasil tão frágil ideologicamente, que tem de ser dirigido por um grande Estado, sim. Só um Estado provedor pode proteger o povo nas lutas sociais que ele nem sabe que está travando, mas eu sei, porque nós somos da ‘elite de esquerda’. Não, ‘elite’ não, fica feio. Pronto, apaguei.
Eu tenho orgulho de ter usado o Estado e seu tesouro acumulado para distribuir riquezas para o consumo tão ansiado pelos pobres-diabos, sim, mesmo que os cofres públicos tenham ficado vazios para investir. Populismo? Eu chamo de catequese, conquista de adeptos para o grande futuro que virá! Disseram que eu quebrei o Estado para isso, mas e daí? Fiz isso, sim, porque o fim justifica esse meio; o fim era garantir apoio para próximas eleições do nosso PT, pois era fundamental que ficássemos para sempre no poder desse país alienado e reacionário, até a chegada do futuro socialista.
Eu já vejo nosso futuro. Nossas massas cantarão unidas com desejos uniformes, com uma felicidade preestabelecida, com desejos programados, assim como a Coreia do Norte (de uma forma ‘light’, claro); se bem que nossos irmãos coreanos, às vezes, exageram um pouco... Aquele presidente parece um porquinho, mas está na ‘linha justa’, porque é temido pelos americanos, nosso inimigo principal.
Na luta contra os ianques, sempre falávamos da importância da democracia. Mas tenho de confessar uma coisa: para nós, ‘democracia’ sempre foi uma estratégia para tomada do poder... Falávamos: temos de pedir democracia burguesa, para depois fazer o centralismo democrático, que tanto usou nosso grande irmão Stalin. Democracia o cacete... O povo não sabe se governar. Um minuto de silêncio para tomar um rivotril.
Alô, alô, voltando a gravar... Bem, vamos lá, me criticaram muito pela política de aliança com canalhas. Sim, por que não? Eu odiava ver suas carinhas pedindo verbinhas, puxando meu saco, mas me aliei a eles, sim, uns filhos da p... necessários, para aprovar coisas naquele ninho de cobras, que votam minha saída. Vocês acham que eu gostava daquele hipopótamo do PDT, que me beijou a mão, vocês acham que eu gostava de ver o brilho eterno daquele cabelo pintado do Lobão, do traidor Temer, em quem sempre vi a inveja debaixo de sua cara de mordomo de filme de terror?
Eu fiz tudo certo. Distribuí cargos sem fim, verbas infindas para seus currais... Fiz isso porque sei que é preciso praticar o mal para atingir o bem. Será que o Maquiavel disse isso?
Eu sabia de tudo, eu sabia que a compra da refinaria de Pasadena ia ser um rombo pavoroso, mas como conseguir dinheiro para minha reeleição sem tutu, sem propinas? Propinas de esquerda, é claro. Não mandei comprar aquela refinaria lata velha, mas fiz vista grossa, sim, quando aquele caolhinho Cerveró me entregou uma página solta com uma piscadinha do olho bom.
Bom, gravando mais... Quero dizer tudo para o futuro. Tenho orgulho de tudo que fiz...
Eu menti, sim..., menti na campanha, dizendo que não ia ter comida no prato do povo, menti nos bilhões que arranquei dos bancos para esconder o déficit público, eu menti, sim, sobre as pedaladas. Uma mentira repetida vira verdade, pelo bem de meu povo.
Olha aqui, meu querido, volta com essa bandeja, joga esse café de merda fora e faz outro que eu possa engolir, porra, essa massa atrasada não sabe nem fazer um café? Vai logo, cacete!
Continuando: essa porra desse neoliberalismo funciona muito na prática. Por isso, sempre lutei para impedir que sejamos um país todo ‘coxinha’, todo organizado, com o povo trabalhando feliz para o capitalismo. É muito difícil desenvolver esse país de merda. Por isso, temos de destruir o capitalismo por dentro, já que não dá mais pé uma revolução russa. Mesmo uma avacalhação é melhor, mais revolucionária – seria uma espécie de ‘esculhambação criativa’, ha, ha, ha...
É isso aí... São sete horas da manhã de domingo... Aqui, fica minha mensagem. Se eu for impichada, o Lula vai adorar, porque será o ‘mártir’ da direita e eu é que me fodo como fracassada... E um escroto; vai fazer sua campanha em cima de minha desgraça... Que vou fazer, se banida? Tricô? Para onde vou?
E se eu não for banida, o Lula se muda para o Planalto para preparar sua candidatura em 18.
E eu vou ter de obedecer. Vou ter de recontratar a besta do Mantega, gastar mais ainda para o povão pensar que tudo melhorou (nem que seja por uns meses), até o Lula ser eleito e eu jogada para escanteio.
Quando vocês ouvirem isso, eu terei sido escorraçada ou mantida? Que será que me aconteceu?