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domingo, 6 de agosto de 2017

"A volta da primavera burra"

domingo, agosto 06, 2017

A volta da primavera burra - 

GUILHERME FIUZA

REVISTA ÉPOCA

Nunca se falou tanto em ser de esquerda ou de de direita – mas pensar assim, em 2017, é um anacronismo

Olha o gigante aí outra vez, gente! Todo mundo sabe que ele passa a maior parte do tempo adormecido, mas de vez em quando acorda. Desta vez foi para a campanha dos 342 – ou seja, o engajamento pelo número de votos necessário para aprovar a denúncia contra Michel Temer na Câmara dos Deputados. Enfim, o gigante deu aquela espreguiçada e balbuciou “Fora, Temer”.

O Brasil vive um de seus momentos de maior politização – ou pelo menos acha que vive. Em décadas recentes, nunca se falou tanto em ser de esquerda e ser de direita. Evidentemente, esse tipo de classificação ideológica diz muito pouco – ou, eventualmente, nada – sobre posicionamentos políticos, ainda quase 30 anos após a queda do Muro de Berlim. Em outras palavras: o sujeito que desperta para a política em 2017 entusiasmado para anunciar-se de esquerda (ou de direita) já é, acima de tudo, um anacrônico convicto.

A imensa maioria dos que se jogaram na campanha “342 agora” traz no fundo d’alma um anseio revolucionário progressista, um sonho de ajudar a esquerda (sic) a derrubar um regime imposto pela elite branca, velha, recatada etc. Melhor que isso, só se a causa estivesse conectada à realidade.

A tal denúncia redentora contra o presidente foi feita pelo procurador-­geral da República, Rodrigo Janot – um personagem do qual você ainda vai ouvir falar muito. Janot é herdeiro do sucesso da Operação Lava Jato, um arrastão virtuoso contra a corrupção montada no coração do Estado brasileiro pelo PT. O detalhe é que esse mesmo procurador-geral protegeu quanto pôde os maiores caciques desse mesmo PT contra essa mesma Lava Jato – conseguindo, por exemplo, a façanha de evitar que a investigação de Dilma Rousseff fosse autorizada no exercício do mandato presidencial, quando uma torrente de evidências do petrolão apontava sua responsabilidade nos movimentos da quadrilha.

Já quanto a Michel Temer, Janot produziu uma denúncia em tempo recorde, a partir de uma delação obscura do tubarão das carnes anabolizado pelo BNDES de Lula – aquele que nomeou o procurador, sendo devidamente refrescado por ele enquanto pôde.

Na tese bombástica de Joesley Batista, abraçada instantaneamente por Janot sem a devida participação da Polícia Federal ou mesmo da força-tarefa da Lava Jato, Temer é o chefão de toda a quadrilha – “a mais perigosa do país”, nas palavras dramáticas do açougueiro encampadas por Janot. Naturalmente o Brasil que ainda tem algum juízo não caiu nessa – porque acreditar que aquele vice obscuro e decorativo de Dilma mandava e desmandava em Lula, Dirceu e companhia era um pouco demais. No entanto, essa literatura malpassada e gordurosa foi homologada, também em tempo recorde, pelo companheiro Edson Fachin – ministro do STF que subia em palanques eleitorais de Dilma Rousseff, a presidente afastada.

Pois bem: nessa denúncia que despertou o gigante para o brado cívico dos 342 votos contra o mordomo do mal, está escrito que Temer patrocinou um “cala a boca” a Eduardo Cunha, o Darth Vader do PMDB. O detalhe é que não há sequer vestígios demonstrando o tal patrocínio, apenas uma interpretação livre e imaginativa do companheiro Janot. Você ainda vai ouvir falar muito dele.

A denúncia fatídica também traz a alegação de que Temer levou grana para mandar o Cade favorecer a JBS, do companheiro Joesley. Com outro pequeno detalhe tríplice: o suborno ao intermediário de Temer resultaria mais caro que a vantagem a ser obtida (!); a “operação controlada” misteriosamente não seguiu o dinheiro até Temer; e o Cade (oh, não!) recusou a vantagem pretendida pela JBS...

Essa é a denúncia histórica que mobilizou o gigante pela nova campanha da moralidade no país. Como pano de fundo, temos o governo intrigante do mordomo, que enxotou todos os ladrões da Petrobras bancando na presidência da empresa um executivo que não transige com falcatrua. Medida estranha para um chefão supremo de quadrilha. Enquanto isso, o ex-presidente da empresa que obedecia ao PT é preso pela Lava Jato.

Vá montando o quebra-cabeça aí, querido gigante. Aliás, seu último grande despertar foi em junho de 2013, na chamada Primavera Burra – que não fez nem cócegas no governo que estava arrancando as suas calças. Quer saber? Durma bem, gigante!

sábado, 5 de agosto de 2017

";A dívida pública do Brasil é uma das mais custosas do mundo..."

sábado, agosto 05, 2017
A meta, a dívida e a tertúlia - 

EDITORIAL O ESTADÃO ESTADÃO - 05/07 

 Conter a dívida pública é um dos objetivos centrais do mal compreendido programa de ajuste Conter a desastrosa dívida pública, uma das maiores e mais custosas do mundo, é um dos objetivos centrais do mal compreendido programa de ajuste, embora o assunto raramente seja mencionado quando se fala de política econômica. 

É essencial lembrar o endividamento quando se discute uma provável mudança da meta e alguns economistas propõem outras formas de balizar a gestão orçamentária. Antes de enveredar por um complicado debate, é bom lembrar alguns fatos prosaicos e fundamentais para qualquer planejamento. Para começar, o governo geral brasileiro deve mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) de um ano. O governo geral inclui todos os níveis da administração, mas o fundamental, para efeitos práticos, é o federal. A proporção foi de 73,1% em maio, quando a dívida atingiu R$ 4,67 trilhões, pelo critério brasileiro. 

Pelo critério do Fundo Monetário Internacional (FMI), com inclusão dos papéis em poder do Banco Central, o débito alcançou 78,3% e deverá chegar a 87,8% em 2022. Usar o critério do FMI facilita as comparações. Na mesma tabela, a dívida média dos países emergentes, no ano passado, era de 47,4% do PIB. A dos latino-americanos, de 58,3%, média que foi obviamente inflada pelo número brasileiro. É essa a comparação relevante.

 Vários países avançados carregam dívidas públicas maiores, mas em nenhum os juros pesam tanto quanto no Brasil, porque a inflação é muito menor e a classificação de risco de crédito, muito mais favorável. Além do mais, o Brasil foi rebaixado em duas ocasiões, no fim do governo petista, e hoje está dois degraus abaixo do limite do nível de investimento, reservado a países considerados confiáveis. Desde antes desse duplo rebaixamento a dívida pública vinha crescendo, por causa da deterioração das contas públicas. Nem os juros têm sido pagos integralmente pelo Tesouro, há alguns anos. 

O setor público tem sido incapaz de pôr de lado o dinheiro necessário para isso. Dinheiro para cobrir os juros – e até para amortizar o principal – só aparece quando surge nas contas públicas o chamado superávit primário. O resultado primário é a diferença entre a arrecadação corrente e o gasto da operação do governo, sem contar, portanto, o custo dos empréstimos levantados e frequentemente rolados. Para voltar a pagar juros e, em seguida, a amortizar a dívida, o setor público terá de retornar à geração de superávits primários. Pelos planos oficiais, isso deveria ocorrer por volta de 2019 ou 2020, mas hoje até isso é incerto. Além do mais, o saldo primário positivo deve ser no começo muito pequeno, insuficiente para cobrir toda a conta de juros. 

Para chegar ao saldo positivo, mesmo pequeno, o governo terá de reequilibrar as contas primárias, hoje com enorme buraco. A meta fixada para este ano, um déficit primário de R$ 139 bilhões, parece neste momento inatingível. Daí a conversa sobre a adoção de um alvo mais acessível. Já se fala também de uma alteração da meta de 2018, um déficit por enquanto fixado em R$ 129 bilhões. 

Será preciso aceitar um prazo mais longo para produzir superávits primários e conter a dívida? Alguns economistas têm proposto a mudança de balizas para a política fiscal. Fala-se, por exemplo, em concentrar a atenção no controle da despesa. 

O teto de gasto já em vigor poderia ser o passo inicial. Em outros países, a atenção é voltada para o resultado nominal, com inclusão dos juros. Pode-se enriquecer a discussão, mas, em qualquer caso, alguns fatos ficam inalterados: 1) para controlar o déficit nominal e conter o endividamento, é preciso reduzir o déficit primário e buscar superávits; 2) esse movimento, essencial para o controle da inflação, é fundamental também para a redução dos juros e, portanto, do custo da dívida; 3) a contenção do gasto é crucialmente importante, mas é dificultada pela rigidez do Orçamento. A reforma da Previdência é só um dos avanços necessários para tornar mais eficientes a gestão fiscal e a administração das funções governamentais. Qualquer balizamento fiscal servirá, se esses fatos simples forem levados em conta. O resto é pauta para agradáveis tertúlias em noites de inverno.

Mais confusão na Venezuela

http://observador.pt/2017/08/05/forcas-de-seguranca-cercam-ministerio-publico-da-venezuela/

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Que tal uma Democracia Digital?

http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/e-se-voce-pudesse-votar-as-leis-da-sua-cidade-ou-pais-este-app-quer-ajuda-lo-d8korn720d3uc5kugllr472ls

Sua convivência com o Facebook tem estudo acadêmico. Veja sua identificação... !

http://www.gazetadopovo.com.br/economia/nova-economia/facebook-tem-quatro-tipos-de-usuarios-descubra-qual-e-o-seu-6skph0jcvcy1tae2ekxu1hv3o

Indecência de acusados de corrupção...

Barroso: 'Operação abafa' contra corrupção é visível. Veja mais no UOL. Acesse: http://uol.com/bqkf5K

Mais decepção...

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/suspeito-de-cobrar-r-7-milhoes-em-propinas-era-exaltado-por-paes-como-secretario-nosso-goleador.ghtml

Neymar é o profissional de futebol mais caro do mundo... Veja os outros nove !

http://app.globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/neymar-no-topo-veja-a-lista-dos-dez-jogadores-mais-caros-da-historia/

Expectativa de notícias de bom rendimento...

http://g1.globo.com/economia/noticia/revisao-da-meta-depende-da-evolucao-da-arrecadacao-diz-meirelles.ghtml

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Entrevista casual de candidato presidenciável

VÍDEO TOP! UMA CONVERSA COMPLETA DE DOIS JORNALISTAS DA FOLHA DE S. PAULO COM O PRESIDENCIÁVEL JAIR BOLSONARO.  O deputado Jair Bolsonaro foi procurado na Câmara dos Deputados por dois jornalistas da Folha de S. Paulo. E não era para uma entrevista para ser publicada, mas para levantar informações gerais sobre o candidato. O objetivo dessa conversa, segundo um dos jornalistas, conforme mostra o vídeo acima, foi colher informações sobre o pré-candidato a Presidente da República já que a Folha pretende cobrir as andanças de Bolsonaro pelo Brasil. Ao final da conversa, o deputado Bolsonaro indaga se não há problema do vídeo ser publicado. Não há problema, respondem os dois jornalistas. Tanto é que já está circulando intensamente pelas redes sociais e na própria página do Facebook do pré-candidato e na sua plataforma do Youtube. A conversa se deu próximo ao plenário em lugar público de aberto já que se ouve o burburinho de muita gente conversando, razão pela qual o vídeo foi legendado com as perguntas dos jornalistas e as respostas do deputado. De fato, o pré-candidato Jair Bolsonaro vem pontuando firme na pesquisas. No geral estaria em segundo lugar e em algumas cidades, como o Rio de Janeiro, por exemplo dispara na frente de todos. Ao longo da conversa Bolsonaro fala sobre algumas cidades e Estados onde seu prestígio o coloca em primeiro lugar. Tanto é que sua performance obviamente desperta a atenção da grande mídia. Para quem conhece pouco de Jair Bolsonaro, o bate-papo neste vídeo revela algumas posições políticas do parlamentar pré-candidato que ainda continua sem partido depois que largou o PSC quando o presidente da legenda apoiou uma facção comunista no Maranhão. O parlamentar, como todos sabem, não tem o beneplácito da grande mídia. Pelo contrário. Na maioria das vezes em que é citado em matérias e colunas políticas recebe cacetadas. Afinal, Bolsonaro rema contra a maré vermelha do 'politicamente correto' e bate de frente com com o viés bundalelê que tomou conta das narrativas jornalísticas da mídia mainstream. Justiça seja feita isso não é uma exclusividade dos jornalismo brasileiro. Os maiores veículos da grande mídia internacional costumam pegar pesado na defesa de todos os tipos de bestialidade jamais imaginados. Seja como for, Bolsonaro é por isso mesmo um ponto fora da curva que intriga os alegres rapazes e raparigas dos veículos midiáticos a ponto da Folha de S. Paulo fazer essa sondagem diretamente com o pré-candidato. Com o seu assumido viés esquerdista os Frias, donos da Folha, por certo se dedicarão a tentar descobrir chifres em cabeça de burro no que concerne à candidatura de Bolsonaro. Entretanto, os apoiadores mais entusiasmados da pré-candidatura do parlamentar que mais cresce nas pesquisas já criaram uma frase de advertência que tem inundado as redes sociais: "É bom Jair se acostumando!". Aluizio Amorim às 8/02/2017 02:19:00 AM

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Os disparates do ridículo...

segunda-feira, julho 31, 2017 Descolados e bacanas adotam vira-latas e pedem hóstia 'gluten free' - LUIZ FELIPE PONDÉ FOLHA DE SP - 31/07 A tipologia humana contemporânea chama a atenção pelo ridículo. Descolados e bacanas são pessoas que têm hábitos, afetos e disposições de alma mais avançados do que os "colados" e os "canas". Estes são gente que não consegue acompanhar os progressos sociais e se perdem diante das novas formas de economia, de sociabilidade e de direitos afetivos. Vejamos alguns exemplos dessa tipologia dos descolados e bacanas. Se você não se enquadrar, não chore. Ser um "colado" ou "cana" um dia poderá ascender à condição vintage, semelhante ao vinil ou ao filtro de barro. A busca de uma alimentação saudável é um traço de descolados e bacanas. Um modo rápido e preciso de identificá-los é usar a palavra "McDonald's" perto deles. Se a pessoa começar a gritar de horror ou demonstrar desprezo, você está diante de um descolado e bacana. Se você não entender o horror e o desprezo dele pelo McDonald's, você é um "colado" e um "cana". Essa busca pela alimentação segura bateu na porta de Jesus, coitado. A demanda dos católicos descolados e bacanas é que o corpo de Cristo venha sem glúten. Uma hóstia "gluten free". O papa, seguramente uma pessoa desocupada, teve que se preocupar com o corpo de Cristo sem glúten. A commoditização da religião, ou seja, a transformação da religião em produto, um dia chegaria a isso: que Jesus emagreça seus fiéis. Um segundo tipo de descolado e bacana é aquele pai que fica lambendo o filho pra todo mundo achar que ele é um "novo homem". Esse "novo homem" é, na verdade, um mito pra cobrir a desarticulação crescente das relações entre homem e mulher. Homens cuidam de filhos há décadas, mas agora pai que cuida de filho virou homem descolado e bacana, com direito a licença-paternidade de 40 dias, dada por empresas descoladas e bacanas. Além de tornar o emprego ainda mais caro (coisa que a lei trabalhista faz, inviabilizando o emprego no país), a sorte dessas empresas é que as pessoas cada vez mais se separam antes de ter filhos. As que não se separam, por sua vez, ou tem um filho só ou um cachorro. Logo, fica barato posar de empresa descolada e bacana. Queria ver se a moçada fosse corajosa como os antigos e tivesse cinco filhos por casal. Com o crescimento da cultura pet, logo empresas descoladas e bacanas darão licença de uma semana quando o cachorro do casal ficar doente. E esse "direito" será uma exigência do capitalismo consciente. Aliás, descolados e bacanas adotam cachorros vira-latas para comprovar seu engajamento contra a desigualdade social animal. Um terceiro tipo de gente descolada e bacana é o praticante de formas solidárias de economia. Este talvez seja o tipo mais descolado e bacana dos descritos até aqui nessa tipologia de bolso que ofereço a você, a fim de que aprenda a se mover neste mundo contemporâneo tão avançado em que vivemos. Uma nova "proposta" (expressões como "proposta" e "projeto" são essenciais se você quer ser uma pessoa descolada e bacana) é oferecer sua casa "de graça" para pessoas morarem com você. Calma! Se o leitor for alguém minimamente inteligente, desconfiará dessa proposta. Algumas dessas propostas ainda vêm temperadas com um discurso de "empoderamento" das mulheres que colaborariam umas com as outras. Explico. Imagine que uma mãe single ofereça um quarto na casa dela para outra mulher em troca de ela cuidar do maravilhoso e criativo filho pequeno dessa mãe single. Entendeu? Sim, trabalho escravo empacotado pra presente. Gourmetizado dentro de um discurso de "solidariedade feminina" e economia colaborativa. Na prática, você trabalharia em troca de casa e comida. Essa proposta é ainda mais ridícula do que aquela em que você, jovem, recebe a "graça" de trabalhar de graça pra um marca famosa que combate a fome na África em troca de experiência e para enriquecer seu "book". Na China eles são mais solidários do que isso, você ganharia pelo menos um dólar. Sim, o mundo contemporâneo é ridículo de doer. Com suas modinhas e terminologias chiques. Coitada da esquerda que abraça essas pautas criativas. Saudades do Lênin? MURILO às 09:22