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sábado, 28 de julho de 2012

O Poder enlouquece... Caças Mig 21, tanques russos contra civis sírios

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,regime-sirio-inicia-ofensiva-armada-contra-os-rebeldes-instalados-em-aleppo,907038,0.htm

Regime sírio inicia ofensiva armada contra os rebeldes instalados em Aleppo

Tropas estão usando aviação militar, caças Mig 21 de fabricação russa e tanques

28 de julho de 2012 | 4h 36

EFE
Atualizado às 5h15
CAIRO - As forças do regime sírio lançam neste sábado, 28, uma ofensiva contra os rebeldes na cidade de Aleppo (norte), aonde nos últimos dias chegaram reforços militares para recuperar os bairros sob domínio da insurgência. O ativista Hisham al-Halabi, desde Aleppo, explicou que as tropas governamentais estão usando aviação militar, caças Mig 21 de fabricação russa e tanques contra os distritos de Salah ad-Din, Seif al Daula e Al Sukari.
Os tanques tentam entrar nos bairros controlados pelos rebeldes apoiados por bombardeios aéreos, o que desembocou em violentos combates entre os dois lados. Halabi assinalou que os enfrentamentos se desenvolvem principalmente em Salah ad-Din, Al Sahur, Hanano, Al Shaar, Al Fardus e Al Furqan. Apesar da chegada de reforços militares do regime e do armamento mais leve com o qual contam os rebeldes, o ativista avalia que a insurgência não está em desvantagem. "O Exército Livre Sírio (ELS) está bem equipado e situado estrategicamente em Aleppo, enquanto os reforços governamentais que chegaram à cidade foram danificados pelo caminho pelos rebeldes", ressaltou o ativista da Comissão Geral da Revolução.
Em sua página no Facebook, os rebeldes informaram sobre esses enfrentamentos e bombardeios, assim como a destruição de pelo menos oito tanques do regime, em operação que batizaram de "a mãe das batalhas". A luta pelo controle de Aleppo - a segunda maior cidade e o centro econômico da Síria - despertou o temor na comunidade internacional de que ocorra um massacre, como apontaram Washington, Londres e Paris. Nesta sexta-feira, 27, a cidade já estava sitiada pelos tanques do regime de Bashar Assad enquanto chegavam mais reforços militares, segundo o "número dois" do ELS, Malek Kurdi. "Tenho certeza que lançarão uma grande ofensiva", afirmou o alto comando rebelde em Aleppo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Para quem perdeu a Festa de Abertura dos Jogos de Londres

http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/com-bond-bean-e-beatles-londres-encanta-em-abertura


Olimpíada

Com Bond, Bean e Beatles, Londres encanta em abertura

Na mais pop das cerimônias olímpicas, os britânicos desfilam a sua influência e mostram, com música e bom humor, que são um farol na civilização ocidental

Giancarlo Lepiani, de Londres
Fogos de artifício na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres
Fogos de artifício na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres - Adrian Dennis/AFP
Um clipe exibido nos telões do estádio mostrou o ator Daniel Craig, o agente 007 do cinema, entrando no Palácio de Buckingham para escoltar a rainha Elizabeth II até a cerimônia. E a própria monarca apareceu no vídeo, cheio de referências bem humoradas aos gostos de sua majestade
















Para muita gente, cerimônias de abertura de Olimpíada são sempre a mesma coisa. Mas jamais houve uma festa como que inaugurou Londres-2012. Depois da pirotecnia, do rigor marcial e da grandiosidade de Pequim-2008, a capital britânica dispensou a pompa e apresentou uma celebração solta, divertida e emocionante. Apesar de mais leve na forma, foi muito mais impactante na substância. Os britânicos aproveitaram a ocasião para desfilar toda a sua influência sobre o resto do mundo. Dos Beatles a James Bond, da revolução industrial às revoluções da moda, do poderio naval do antigo império ao fascínio exercido por sua música e por seu cinema, Londres abriu, em cerca de três horas, uma cápsula do tempo cheia de referências sociais e culturais. Foi a solenidade de abertura mais pop da história olímpica - e também uma celebração do impacto notável dos britânicos na civilização ocidental. Depois da apresentação desta sexta-feira, ficará difícil superar a façanha londrina. Afinal, além de saber como narrar bem uma história, os anfitriões tinham muito a contar. Após cerca de uma hora e meia do espetáculo conduzido pelo cineasta Danny Boyle, começava o desfile das delegações, trazendo o evento de volta à esfera esportiva. A bela festa acabou mostrando, entretanto, que a Olimpíada é também muito mais - é uma chance de um país mostrar do que é feito (e o que é capaz de fazer).

Desde o início da festa, com um cenário rural que remetia às origens da nação britânica, a abertura foi uma aula de história e cultura. Para representar a revolução industrial, Boyle fez surgir no gramado chaminés gigantes. Os anéis olímpicos surgiram do alto do estádio, incandescentes, como se fossem forjados de aço. Um dos melhores trechos da festa, no entanto, veio logo em seguida. Um clipe exibido nos telões do estádio mostrou o ator Daniel Craig, o agente 007 do cinema, entrando no Palácio de Buckingham para escoltar a rainha Elizabeth II até a cerimônia. E a própria monarca apareceu no vídeo, cheio de referências bem humoradas aos gostos de sua majestade, como os cães da raça Corgis. A dupla entra num helicóptero e, ao sobrevoar o estádio, um jogo de cena faz parecer que tanto Bond como a rainha saltaram de para-quedas para chegar à festa. Depois do hino britânico e do hasteamento da bandeira do país-sede, a cerimônia tem uma coreografia inspirada na literatura infanto-juvenil britânica, com personagens como Mary Poppins, Peter Pan e Capitão Gancho, Cruella de Vil e Harry Potter. A autora da série de livros de Potter, J.K. Rowling, aparece para ler um trecho de Peter Pan. Antes, Kenneth Branagh já tinha entrado no cenário para recitar Shakespeare.
Leia também: a cobertura da equipe de VEJA no Estádio Olímpico de Londres

Bean na praia - O tributo ao cinema britânico, puxado pela trilha sonora de Carruagens de Fogo, tem mais uma cena bem humorada para quebrar o tom solene. Outro personagem do mundo pop britânico, o Mr. Bean, criação do humorista Rowan Atkinson, aparece inserido na orquestra, participando da performance (de forma desastrada, evidentemente). Bean, aliás, surge numa montagem do próprio filme, na cena clássica dos atletas correndo na praia. O segmento seguinte, um dos mais empolgantes da noite, retrata uma casa de família típica da Grã-Bretanha dos anos 1960 aos 1990, com um repertório arrasador, que incluiu Beatles, Rolling Stones, The Who, David Bowie, Queen, Sex Pistols e Prodigy. Depois do desfile das delegações e de um show da banda Arctic Monkeys, o presidente do Comitê Organizador Local, Sebastian Coe, e o presidente do COI, Jacques Rogge, discursaram sob a enorme árvore cenográfica colocada numa das extremidades do estádio. "Nunca senti tanto orgulho de ser britânico quanto hoje", disse Coe. "Obrigado, Londres, por receber os Jogos pela terceira vez nesta cidade vibrante e diversificada", completou Rogge. Elizabeth II fez o rápido pronunciamento que abre oficialmente a Olimpíada, e começou a procissão da chama olímpica rumo ao estádio. O astro David Beckham trouxe a tocha desde a Torre de Londres, através do Tâmisa, até um dos canais que cercam o Parque Olímpico.

Steve Redgrave, britânico pentacampeão olímpico, a carregou até o estádio - onde, enquanto isso, a bandeira olímpica era carregada por um grupo de notáveis escolhido pelo COI, entre eles a ex-senadora Marina Silva e o ex-campeão de boxe Muhammad Ali, um dos nomes mais aplaudidos da noite. Depois do já tradicional mistério sobre quem seria indicado para acender a pira olímpica, revelou-se a escolha de um grupo de jovens atletas, apadrinhados por sete lendas do esporte britânico, como Daley Thompson, Kelly Holmes e Mary Peters. A fila de atletas novatos correu até o centro do gramado e acendeu um grande círculo preenchido por hastes metálicas. Já iluminadas pelo fogo, elas ergueram-se lentamente, formando o caldeirão olímpico - uma cena de beleza singela, bem adequada ao tom da solenidade. Um espetáculo pirotécnico precedeu a entrada de Paul McCartney no estádio. Depois de cantar um de trecho da canção The End, o beatle deu início a um dos poucos momentos da festa já conhecidos com antecedência: sua interpretação de Hey Jude, para fazer o público cantar em uníssono o famoso refrão enquanto os atletas acenavam e comemoravam. Enquanto McCartney cantava sobre "pegar uma canção triste e fazê-la melhor", ficava claro que era bem isso que Londres faria com os Jogos Olímpicos - quatro anos depois do artificialismo chinês, uma antiga capital do mundo devolvia vida à grande festa do esporte.
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