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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Notícias de hoje, veja.... / Veja


Yoani Sánchez, até que enfim, conseguiu aplausos no encontro na sede do 'Estado de São Paulo', hoje de manhã


 FATOS DO DIA
 YOANI SÁNCHEZ DIZ QUE FALTOU 'DUREZA' DO BRASIL NA QUESTÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM CUBA 
Por Beatriz Farrugia
SÃO PAULO, 21 FEV (ANSA) - A blogueira e opositora cubana Yoani Sánchez afirmou nesta quinta-feira que faltou "dureza" por parte da comunidade internacional, incluindo o Brasil, contra as supostas violações de Direitos Humanos cometidas em Cuba.
  
Em um debate realizado nesta manhã na sede do ¿O Estado de S.Paulo¿, Yoani lamentou o "silêncio" do governo brasileiro e disse achar que "faltou dureza, até franqueza, ao tratar a questão dos direitos humanos na ilha".
  
"No caso do Brasil, houve omissão. Não sou diplomata, mas recomendaria um posicionamento mais enérgico, porque o povo não esquece', defendeu a cubana, autora do blog "Generación Y".
  
"Os cubanos estão acostumados a se sentirem abandonados', acrescentou.
  
Ela também comentou que, por outro lado, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o da atual mandatária, Dilma Rousseff, "estreitaram o laço" com Cuba, principalmente no campo econômico.
  
Como exemplo, a blogueira citou a construção do porto de Mariel, a cerca de 40 quilômetros de Havana e cuja obra está a cargo da empresa brasileira Odebrecht. A blogueira, porém, disse que os cubanos brincam com o fato da entrega do empreendimento ser constantemente adiada.
  
Diferente de outros eventos dos quais participou e foi recebida com protesto, Yoani Sánchez foi aplaudida em pé pelo público que compareceu ao debate, a maioria leitores do jornal e estudantes. (ANSA)
21/02/2013 14:29

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ingenuidade da bloqueira cubana Yoani Sánchez "foi para o espaço"... Aqui ela encontrou um desenho preliminar de Cuba



Conjuntura

Prévia do PIB indica: economia cresceu 1,35% em 2012

IBC-Br, medido pelo Banco Central, avançou 0,26% em dezembro ante novembro e 0,62% no quarto trimestre em relação ao terceiro

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mais uma variável para a renúncia de Bento XVI


RELIGIÃO

Bento XVI não conseguia enxergar com o olho esquerdo, diz biógrafo

Frágil estado de saúde do Pontífice chamou a atenção do jornalista. Encontro aconteceu há menos de três meses antes do anúncio da renúncia
O Globo
A fragilidade da saúde de Bento XVI chamou a atenção de seu biógrafo Peter Seewald em um encontro meses antes do anúncio da renúncia do Pontífice. Em artigo publicado nesta segunda-feira no diário “Corriere della Sera”, o escritor disse que o líder católico estava tão magro que os costureiros tinham dificuldade de ajustar suas roupas.
A audição do Papa já não era a mesma, e ele não enxergava mais com o olho esquerdo, conta o jornalista. Quando Seewald perguntou se o pontificado de Joseph Ratzinger era o fim do velho ou significava o início do novo, o Papa deu um sinal de sua possível abdicação, respondendo “ambos”.
“Sua audição havia se deteriorado. Ele não podia mais enxergar com o olho esquerdo. Seu corpo havia emagrecido tanto que os costureiros tinham dificuldades para ajustar suas roupas. Eu nunca tinha visto ele assim, com uma aparência tão exausta, tão desgastado”, contou. “Você é o fim do velho ou o começo o novo? Eu perguntei ao Papa em nossa última reunião. Sua resposta foi: ‘Ambos’."
Seewald, ex-editor do semanário “Der Spiegel”, da Bavaria, acompanhou o pontificado de Bento XVI de perto, publicando em 2010 uma biografia chamada “Luz do mundo”. Em seu último encontro com o Papa, ele perguntou o que as pessoas ainda poderiam esperar da liderança de Bento XVI. Com aspecto cansado o Pontífice respondeu: “De mim, não muito. Eu sou um homem velho e já perdi minha força. Acho que já fiz o bastante”.
O biógrafo também negou que o escândalo do “VatiLeaks” tenha sido a razão para a abdicação e que o Papa meramente comentou que não havia entendido a decisão de seu ex-mordomo, Paolo Gabriele, de vazar informações do Vaticano.

Yoani é saudada por 'cubanos-brasileiros' que têm medo de viajar para Cuba e percebe que o Brasil tem um "jeitinho" cubano

Yoani Sanchéz, ao lado do cineasta Dado Galvão, chega ao Brasil: militantes pró-ditadura no encalço

 

Política

Yoani é recebida com manifestação pró-ditadura cubana

Blogueira desembarcou no Recife e foi chamada de agente da CIA por militantes

Yoani Sanchéz, ao lado do cineasta Dado Galvão, chega ao Brasil: militantes pró-ditadura no encalço
Yoani Sanchéz, ao lado do cineasta Dado Galvão, chega ao Brasil: militantes pró-ditadura no encalço (Edmar Melo/EFE)
Após cinco anos e 20 negativas do regime cubano de viajar para o exterior, a dissidente, jornalista e blogueira Yoani Sánchez chegou na madrugada desta segunda-feira ao Brasil, primeira parada de uma viagem de 80 dias que a levará a uma dezena de países da América e da Europa. 
Depois de pegar um voo na Cidade do Panamá, Yaoni, de 37 anos, desembarcou no Aeroporto Internacional Guararapes, no Recife, onde foi recebida por amigos e pelo diretor Dado Galvão, que convidou a cubana para vir ao Brasil participar da exibição do documentário Conexão Cuba-Honduras na noite desta segunda, em Feira de Santana (BA). Yoani é uma das entrevistadas do filme, que trata da falta de liberdade de expressão nos dois países.  
Acostumada a enfrentar a perseguição do regime comunista em seu país natal, onde já foi presa e torturada por escrever sobre as dificuldades do povo cubano provocadas pela ditadura dos irmãos Fidel e Raúl Castro, Yoani Sanchéz foi surpreendida no aeroporto por um protesto de um pequeno grupo de militantes em defesa da ditadura castrista e contra sua presença no Brasil.
No saguão, a militância do chamado "Fórum de Entidades de Solidariedade a Cuba" recebeu a blogueira com gritos de "Fora Yoani" e a acusou de ser agente da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos. Em um ato grosseiro, um integrante do grupo tentou esfregar notas falsas de dólar no rosto da cubana, que reagiu de modo a valorizar a liberdade de expressão inexistente em Cuba: "Isso é a democracia. Queria que em meu país pudéssemos expressar opiniões e propostas diferentes com esta liberdade".
Nos sete dias em que ficará no Brasil, no entanto, Yoani Sanchéz não está livre das perseguições do regime cubano, como revela reportagem de VEJA desta semana. O governo de Havana escalou um grupo de agentes para vigiá-la e recrutou outro com a missão de desqualificar a ativista por meio de um dossiê com características patéticas – o documento a acusa de ir à praia em Cuba, tomar cerveja e aceitar premiações internacionais concedidas a defensores dos direitos humanos. O plano para espionar e constranger Yoani Sánchez foi elaborado pelo governo cubano, mas será executado com o conhecimento e o apoio do PT, de militantes do partido e de pelo menos um funcionário da Presidência da República.
Turnê – Do Recife, Yaoni seguirá inicialmente em avião para Salvador e, de lá, irá de carro até Feira de Santana, cidade de 557.000 habitantes, a 116 quilômetros da capital baiana. A viagem da blogueira, uma das vozes mais críticas da ilha, foi possível devido à reforma migratória vigente desde o dia 14 de janeiro em Cuba.
No ano passado Yaoni tentou visitar o Brasil para participar da apresentação do documentário e, apesar de receber o visto de entrada brasileiro, as autoridades cubanas voltaram a negar-lhe a permissão de saída. A blogueira terá no Brasil uma intensa agenda que inclui sua participação em conferências e debates sobre liberdade de expressão e direitos humanos, e também vai divulgar o livro De Cuba, com Carinho, uma coletânea de seus textos sobre o triste cotidiano do povo cubano.
Na quarta-feira ela fará turismo em Salvador e depois virá a São Paulo, onde tem atividades até sábado. A viagem de Yaoni Sanchéz pelo mundo também inclui México, Peru, Estados Unidos, República Tcheca, Alemanha, Suécia, Suíça, Itália e Espanha, onde entre outros eventos participará na cidade de Burgos de um congresso sobre internet entre 6 e 8 de março. 
(Com agência EFE)

Os atentados de Santa Catarina tem a cara da bandidagem brasilieira



SC: entenda como começou a onda de ataques no estado

A nomeação de um militar linha dura para a direção do maior presídio catarinense foi o ponto de partida da onda de criminalidade

SC: como começou a onda de ataques no estado

A nomeação de um militar linha dura para a direção do maior presídio catarinense foi o ponto de partida da onda de criminalidade que assola o estado

Gabriel Castro, de Florianópolis
Suspeitos presos neste sábado (16), em Santa Catarina
Suspeitos presos neste sábado (16), em Santa Catarina - Petra Mafalda/Mafalda Press/Folhapress
A onda de atentados que tomou conta de Santa Catarina é o ponto mais agudo de um conflito entre o poder instituído e o crime organizado. Mas não foi o primeiro e não vai ser o último dessa guerra no estado.
O conflito teve seu ponto de partida ainda no ano passado. Os detentos se queixavam do rigor do novo diretor do presídio de São Pedro de Alcântara, em Florianópolis - o maior do estado. Sargento do Exército, Carlos Alves tinha fama de rigoroso: acabou com regalias que alguns presos tinham dentro da cadeia. Integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa que atua nos presídios do estado, perderam poder de barganha. Mas a atuação do diretor também envolveu relatos de excessos no trato com os detentos.
Em outubro do ano passado, a mulher de Alves, Deise, foi assassinada, em uma emboscada que aparentemente tinha como alvo o próprio diretor. Era uma represália à atuação do militar. Rodrigo de Oliveira, um dos líderes do PGC, é acusado de ordenar o crime. Ele estava detido em São Pedro de Alcântara. Os criminosos queriam um novo diretor para a unidade.
Apesar disso, o governo preferiu não passar a imagem de que estava cedendo e manteve o militar no comando do presídio. Após a morte de Deise, Rodrigo de Oliveira teria sido agredido por agentes prisionais. Foi quando surgiram os primeiros atentados, no mês de novembro. Carlos Alves acabou afastado do posto, e a situação se normalizou - temporariamente.
Em 25 de janeiro deste ano, em decorrência das investigações sobre a morte de Deise Alves, a polícia prendeu a advogada Fernanda Fleck Freitas. Ela foi acusada de levar a ordem para a execução de Carlos Alves - que acabou resultando na morte da mulher dele. A detenção de Fernanda, que também exercia um papel financeiro importante na quadrilha, é apontada pelas autoridades como o ponto de partida da segunda série de ataques, que teve início em 30 de janeiro. Desde então os criminosos não deram trégua. Já são 111 atentados.
Resposta - Em 6 de fevereiro, emparedado pela ação dos criminosos, o governador Raimundo Colombo foi a Brasília e pediu auxílio ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Na ocasião, ficou acertada uma operação que envolveria a remoção de presos para unidades federais e o envio da Força Nacional de Segurança ao estado.  A data definida foi 17 de fevereiro, o primeiro domingo depois do Carnaval. As autoridades não quiseram correr o risco de provocar distúrbios durante o feriado, quando o litoral do estado recebe milhares de turistas.
Durante dez dias, Colombo e Cardozo omitiram a decisão sobre a ida da Força Nacional ao estado. Eles queriam evitar que os criminosos pudessem se preparar para tentar impedir a operação que, antecipada em um dia, ocorreu em 16 de fevereiro.  "As pessoas precisavam achar que nós estávamos meio inativos", diz Colombo.
A polícia catarinense prendeu, nas primeiras horas de operação, 25 pessoas - inclusive quatro advogados. Quarenta presos, ligados aos ataques foram removidos para unidades federais. Destes, 22 estavam no presídio de São Pedro de Alcântara. Rodrigo de Oliviera integra a lista de transferidos. Além disso, patrulhas foram montadas nas divisas do estado.
Tráfico - Mas, como mostram os cinco ataques registrados após a força-tarefa, a desarticulação do crime organizado vai exigir mais das autoridades. Uma das principais fontes de lucro dos criminosos é a venda de drogas sintéticas. Florianópolis, famosa por suas casas noturnas, atrai turistas jovens e com alto poder aquisitivo. Parte deles ajuda a alimentar o crime ao consumir ecstasy e LSD. O estado também é considerado um centro de distribuição desse tipo de droga para outras regiões do país. É um dos preços a pagar pelo crescimento da capital catarinense.
Outra parte dos crimes pode ser atribuída à rápida expansão demográfica de Florianópolis: a topografia da cidade, repleta de morros, lembra a do Rio de Janeiro. E, embora não haja regiões da cidade inacessíveis à polícia, algumas áreas se transformaram em território do tráfico. Uma delas é o Morro do Horácio, onde o criminoso Rodrigo de Oliveira e seus comparsas se organizaram.
O governo já tinha informes de que os criminososs iriam se movimentar: 3 de março é o aniversário de dez anos do Primeiro Grupo Catarinense. Mas, no meio de tantos relatos, obtidos com a monitoração dos celulares que funcionam dentro de presídios, não foi fácil detectar o que eram ameaças reais.
Santa Catarina, um dos estados mais seguros do Brasil, sempre teve a fama de tratar com rigor os seus presos. Agora, as autoridades locais tentam separar os autores de pequenos crimes (cerca de 4.000 dos 17.000 detentos do estado) para evitar que eles passem a integrar a cadeia de comando de bandidos mais perigosos.
O governo também já decidiu que vai constuir uma unidade prisional com Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Mas não revela o local para evitar reações antecipadas dos moradores. Sinal de que a guerra será longa.