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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Exportações argentinas diminuem, o dólar sobe ....

http://www.ieco.clarin.com/economia/Caen-exportaciones-ponen-presion-dolar_0_705529480.html

ECONOMÍA

23 MAY 2012 01:13h

TRABAS AL COMERCIO

Caen las exportaciones y ponen más presión al dólar

Es la primera vez en 30 meses. Bajan 6% respecto de 2011 por la sequía y las trabas de Moreno. Los menores ingresos llevan también al freno a importados. La compra de bienes de capital cayó 46%.
PorISMAEL BERMÚDEZ
Por primera vez en 30 meses, en abril la Argentina exportó menos que en igual mes de 2011.
La caída fue del 6% .
Eso se debió a un conjunto de factores, como la menor demanda mundial y la baja de los precios internacionales por la crisis que afecta a buena parte del planeta, pero también a razones locales, entre los que se destacan, la menor cosecha, los tironeos comerciales con Brasil y Uruguay y la apreciación del peso con relación al euro y al real.
Esta disminución de las ventas al exterior implica menores ingresos de divisas . De ahí que con este escenario, el Gobierno acentuó las restricciones a las importaciones e impuso un cepo casi total a la compra de dólares . Estas medidas afectaron aun más la actividad económica interna y también a las exportaciones. Y recrearon con mayor intensidad el mercado paralelo del dólar.
Aún así, con menores ventas al exterior, el superávit comercial creció porque hubo un freno muy fuerte a las importaciones.
Los datos oficiales del INDEC indican que en tanto las ventas al exterior disminuyeron un 6%, las importaciones se contrajeron un 14%.
Así, el mes pasado el excedente comercial sumó U$S 1.827 millones, casi un 23% más que en abril de 2011. La casi totalidad de ese excedente fue comprado por el Banco Central que destinó gran parte de esas divisas a cancelar deuda.
El anterior retroceso exportador comenzó en noviembre de 2008 y duró hasta octubre de 2009, en medio un contexto de fuerte recesión . En 2009, la economía cayó más del 3%, según las mediciones alternativas.
Ahora, algunos especialistas sostienen que la caída de las exportaciones es otro indicador de que la desaceleración económica podría dar lugar un ciclo recesivo.
La caída de las exportaciones- bajaron de U$S 7.149 millones a U$S 6.687 millones – U$S 462 millones menos – y fue casi generalizada ya que abarcó a la mayoría de los rubros y a buena parte de las regiones y países.
Los mayores retrocesos afectaron a las manufacturas agropecuarias (-11%), los productos industriales (-9%) y los bienes primarios (-4%). Y se vendió menos al Mercosur, a los países del NAFTA, Unión Europea, Asia, Medio Oriente y Norte de África.
Por productos, el mayor descenso se verificó en harinas y pellets de soja, por caídas tanto de las cantidades vendidas como en los precios. Le siguieron los porotos de soja, el aceite de girasol y de soja. Entre las manufacturas industriales, cayeron las ventas de aluminio, de tubos sin costura, de aceros para entubación o producción de petroleo y las ventas de autos, en especial a Brasil.
En cambio, aumentaron las ventas de trigo a Marruecos, Brasil y Perú, petroleo crudo a Chile y EE.UU. y biodiesel a España y Países Bajos. Llamativamente se exportó un 22% más de petroleo mientras aumentó la factura de Combustibles y Lubricantes un 46%.
En los primeros 4 meses del año, el excedente comercial es de U$S 4.795 millones, casi un 57% más que en el iguales meses de 2011. Las exportaciones sumaron U$S 24.971 millones (+ 4%), mientras las importaciones sumaron U$S 20.175 millones (-4%).
En los primeros 4 meses de 2012 las mayores caídas de las exportaciones se dan en la soja, autos, aluminio y naftas.
Básicamente, ahora el superávit comercial está concentrado en la región asiática, Chile, Medio Oriente, Corea, India, Norte de África y algunos países latinoamericanos. En cambio, el comercio es deficitario con China, Brasil, NAFTA, Japón, Y está casi equilibrada con la Unión Europea.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Está explicado...: depois da aparição das misses candidatas o depoente Cachoeira disse só falaria em outro local


22/05/2012 19h01 - Atualizado em 22/05/2012 19h23
Candidatas a Miss Brasil Globo 'visitam' CPI do Cachoeira

Elas estão em Brasília para a final do concurso, que será nesta quarta-feira.
Andressa Mendonça, mulher do bicheiro, já tinha chamado atenção na sessão.


Glauco Araújo
Do G1, em São Paulo
Candidatas a Miss Brasil Globo posam com José Sarney, presidente do Senado (Foto: Divulgação/Octávio D'Ávila)


Facebook faz teste na 'Linha do Tempo' de sua página principal...



22/05/2012 14h23 - Atualizado em 22/05/2012 14h23

Facebook testa nova versão da Linha do  Tempo, diz site


O Facebook já pode estar realizando testes de uma nova versão da Linha do Tempo, a página principal do usuário que apresenta os eventos publicados em ordem cronológica, de acordo com reportagem do site "Talking Points Memo".
De acordo com a reportagem, o Facebook não revelou quantos usuários fazem parte do teste nem quando a nova Linha do Tempo seria lançada. Segundo o site, as mudanças tornam a página do usuário "mais limpa".
Foto que a reportagem do site 'Talking Points Memo' publicou da nova Linha do Tempo (Foto: Reprodução)Foto que a reportagem do site 'Talking Points Memo' publicou da nova Linha do Tempo (Foto: Reprodução)
Entre as novidades da nova versão está a mundança do nome do usuário e de seus dados pessoais como local onde vive, ocupação, onde estudou, que aparecem em cima da foto de capa - a imagem que abre a Linha do Tempo. O texto aparece na cor branca para contrastar com a imagem.
A nova Linha do Tempo também mostra uma lista de "acontecimentos importantes da vida do usuário, e todos os "Curtir" aparecerão em uma área de "Favoritos", permitindo rever com maior facilidade aquilo que ele mais gostou. No teste, de acordo com o site, as áreas "Amigos", "Fotos", "Mapas" e a nova "Favoritos" aparecem em um espaço reduzido, mais discreto, abaixo da foto de capa.
Modelo de Timeline, o novo perfil do Facebook (Foto: Reprodução)Modelo da Linha do Tempo atual do Facebook (Foto: Reprodução)

MP pede extinção de 6 torcidas organizadas em São Paulo

http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,mp-pede-extincao-de-6-torcidas-organizadas-paulistas,876417,0.htm
MP pede extinção de 6 torcidas organizadas paulistas

22 de maio de 2012 | 18h 23
AE - Agência Estado
O Ministério Público, através da Promotoria de Justiça do Consumidor, entrou na última segunda-feira com ações civis que pedem a extinção de seis torcidas organizadas do futebol paulista. As uniformizadas citadas são Mancha Alviverde (Palmeiras), Gaviões da Fiel (Corinthians), Serponte e Jovem Amor Maior (ambas da Ponte Preta) e Guerreiros da Tribo e Fúria Independente (ambas do Guarani), "em razão do envolvimento dessas agremiações em atos de violência".
Na ação, o promotor Roberto Senise Lisboa defende a dissolução das seis organizadas para "garantir a segurança e sossego públicos, uma vez que houve o desvirtuamento de suas finalidades, sendo as torcidas organizadas utilizadas para a promoção de atos e práticas ilícitas, inclusive ilícitos penais, com a ocorrência de atos de violência e tumultos a elas relacionados, causando enormes danos à sociedade, gerando a sensação de falta de segurança dentro e fora dos estádios".
"Ao invés de promover o amor e interesse pelo esporte, as torcidas organizadas passaram a praticar atos de violência contra o patrimônio e integrantes de outras torcidas organizadas, além de torcedores de outros times", diz a ação do promotor. "A violência, ao invés do esporte, tornou-se o mote dessas torcidas organizadas, travestindo-se de associação com fins lícitos para entidade promotora de atos ilícitos, configurando-se em verdadeira atuação de quadrilha ou bando."
O promotor também pede a concessão de liminar para que as seis organizadas e seus integrantes sejam impedidos de entrar nos estádios, em todo o território nacional, até o julgamento dos processos. Ele justificou a presença de Mancha Alviverde, Gaviões da Fiel, Serponte, Jovem Amor Maior, Guerreiros da Tribo e Fúria Independente na ação pelos recentes e recorrentes atos de violência que seus integrantes têm protagonizado dentro e fora dos estádios do futebol paulista.
No caso das torcidas organizadas de Palmeiras e Corinthians, o promotor lembra da briga ocorrida no dia 25 de março, que deixou dois palmeirenses mortos, e também cita o conflito de agosto do ano passado, quando um corintiano morreu. "As ocorrências policiais envolvendo a Gaviões da Fiel e a Mancha Alviverde têm se tornado frequentes, eis que em boa parte dos jogos de futebol há tumultos ou atos de violência envolvendo seus integrantes", relatou a ação.
A ação também cita alguns episódios recentes de violência em Campinas para justificar o pedido de extinção das duas torcidas da Ponte Preta e das outras duas do Guarani. E lembra que "os confrontos físicos não se dão unicamente a torcedores de outras equipes: a violência é direcionada também aos policiais militares, posto que, sempre que intervém para fazer cessar as agressões e tumultos em curso, são atacados violentamente e se tornam o alvo das novas agressões." 

Mais reflexão, menos arrogância, mais carinho, menos violência.....


22 de maio de 2012

http://luizfelipemuniz.blogspot.com.br/2012/05/imagem-do-dia-ys-canis-majoris.html

Imagem do Dia: YS Canis Majoris

Você se acha importante? 
Espero que sim. 
Todos somos importantes nesta rede complexa chamada Terra, chamada vida. 
Mas alguns se acham mais importantes que outros. 
Não sei não. 
Talvez olhando esta foto estes possam se colocar em sua exata dimensão no universo: menos que uma partícula de poeira ao vento. 
É o que somos na verdade. 
Ao analisar esta realidade ou você se torna mais crédulo de um significado para nossa existência ou conclui que tudo é um acidente.
Tão pequenos somos na dimensão astronômica que parece que não tem sentido existir o planeta Terra, muito menos seus habitantes. 
E olha que essa é apenas uma estrela de uma galáxia que fica no meio de milhares de outras galáxias...
Notem que o que aparece minusculamente na comparação é o Sol e não a Terra. Nessa escala ela nem aparece como pixel.
Em tempo: essa é a VY Canis Marjorie, a maior estrela detectada até o momento. Suspeita-se existirem coisas muito maiores.


Salve a nova ideia: botijão de gás de plástico...!

Botijão de gás de plástico



A Liquigás maior distribuidora de gás de cozinha já está importando dos EUA botijões plástico da empresa Antrol-Alfa. No Brasil ela se articula com a Braskem para polietileno de alta densidade para este uso. 

A Liquigás pretende substituir um total de 110 milhões de botijões existentes no país. A versão dos botijões de plástico é considerada mais segura e de 20 a 30% mais leves que os atuais de aço. 

Assim, o plástico e toda a indústria petroquímica vão paulatinamente substituindo o uso do ferro e do aço mundo afora.

IPI novo reduz preços de carros novos em 10 por cento!


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Governo reduz IPI para automóvel; veja os novos preços dos 10 mais vendidos

O valor mais baixo entre eles foi o do Palio Fire, que passou de R$ 25.790 para R$ 23.211

22 de maio de 2012 | 7h 00
Fox Total Flex: de R$ 32.730 por R$ 29.457 (1.0 duas portas)MAURICIO ERCOLIN/DIV
 SÃO PAULO - Os veículos com motor 1.0 devem ficar cerca de 10% mais baratos com a redução de tributo e o desconto acertado entre governo e montadoras, de acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.
Para veículos com motor acima de 1.0 e de até 2.0 cilindradas, os preços devem cair 7%. Já veículos utilitários devem ficar cerca de 4% mais baratos. 
Diante do desempenho fraco da economia, o governo anunciou na segunda-feira, 21, um pacote de R$ 2,7 bilhões para estimular o consumo, principalmente o de automóveis, e a aquisição de máquinas e equipamentos. Como fez na crise de 2008 e 2009, o Planalto cortou impostos, liberou mais dinheiro para empréstimos e reduziu juros. Ainda assim, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que será difícil crescer 4,5% este ano.
As medidas foram costuradas com os setores produtivo e financeiro, num compromisso "inédito", segundo Mantega. Para reduzir o estoque das montadoras, o governo zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis de até 1.000 cilindradas e arrancou das montadoras um compromisso de reduzir a tabela em 2,5%.
"Isso atende à demanda do setor", disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. "Os estoques estão altos e é preciso fazer girar a máquina da indústria automobilística."
A redução vale até o fim de agosto e o governo estima que deixará de arrecadar R$ 1,2 bilhão no período. As montadoras se comprometeram a não demitir durante a vigência do acordo. Para os modelos importados, continua valendo a alta de 30 pontos porcentuais no IPI.
Os bancos se comprometeram a reduzir a entrada e os juros, além de alongar prazos nos financiamentos. Em troca, serão liberados R$ 18 bilhões que hoje as instituições têm de manter no Banco Central e não recebem juro, disse o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes.

Eurocopa começa no dia 08 de junho em Varsóvia...

Faltam 17 dias para começar a EUROCOPA
O jogo inaugural da maior competição de futebol europeu começa dia 08/06 e será entre Polônia e Grécia em Varsóvia, no Estádio Nacional às 18h (hora local)

estadio warsaw2012-01-29T160953Z_285482999_GM1E81U00P101_RTRMADP_3_SOCCER-EURO.jpg (600×400)

O segundo jogo, no mesmo dia, será entre Rússia e República Tcheca às 20h e 45 minutos (hora local)

Municipal Stadium Wroclaw

Resembling a Chinese lantern, Wroclaw's venue saw an Ekstraklasa record crowd when it opened.
Municipal Stadium Wroclaw

Portugueses estão pouco felizes...


Notícia 2 das 10 últimas

OCDE: portugueses estão pouco felizes e mais solitários

Portugal também tem mais desigualdade entre ricos e pobres

Por: tvi24 / BR  |  22- 5- 2012  12: 47
Os portugueses são dos menos satisfeitos ...



vida entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Também estão mais solitários, num país onde há mais desigualdade entre ricos e pobres do que a média.

São as conclusões do Better Life Index (Índice Vida Melhor), que a OCDE publica pelo segundo ano seguido e pretende encontrar outra forma de medir a qualidade de vida das pessoas para lá do PIB, o Produto Interno Bruto.

São 36 os países que integram o estudo e, nas contas gerais, Portugal está em 29º lugar. O mais feliz é a Austrália, o menos feliz é a Turquia. O relatório dedicado a Portugal diz que o país fez «progressos significativos nos últimos anos na modernização da economia e na melhoria dos padrões de vida dos seus cidadãos, mas a crise financeira global enfraqueceu o crescimento». 

São 11 os tópicos analisados: habitação, rendimento, comunidade, educação, ambiente, envolvimento cívico, saúde, satisfação com a vida, segurança e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. 

No que diz respeito a satisfação com a vida, os portugueses classificam-na em 5.2 por cento, numa escala de 1 a 10. Só a Hungria está pior: a média dos 36 países da OCDE é de 6,7 por cento. Apesar disso, 72 por cento dos portugueses dizem que tem mais boas do que más experiências ao longo do dia, e aqui estão em linha com os outros países.

Os dados que dizem respeito à comunidade e à vida social também não são animadores. São 86 por cento os portugueses que acreditam conhecer alguém em quem podem confiar em caso de necessidade, abaixo dos 91 por cento de média. E são 10 por cento os portugueses que admitem que «raramente» ou «nunca» passam tempo com os amigos, colegas ou outras pessoas num contexto social, bem mais do que os 7 por cento de média.

As pessoas em Portugal não só são mais solitárias do que a média, mas também menos ativamente solidárias. Segundo os dados do Better Life Index, os portugueses passam dois minutos por dia em atividades voluntárias, metade da média da OCDE. E apenas 38 por cento disseram ter ajudado um estranho no último mês, contra 47 por cento de média.

Quanto à educação, os dados dizem que em Portugal 30 por cento dos adultos entre 25 e 64 anos têm o equivalente a um diploma de liceu, muito abaixo dos 74 por cento de média da OCDE. Na avaliação dos conhecimentos realmente adquiridos, feita através do PISA (Programa Internacional para Avaliação dos Estudantes), os estudantes portugueses somaram 490 pontos, abaixo dos 497 de média. A diferença entre os melhores e os piores é de 105 pontos, contra 99 de média, o que leva a OCDE à conclusão de que o sistema escolar em Portugal «tende a providenciar melhor qualidade de educação aos que estão melhor na vida».

Não é o único indicador nesse sentido. Os números sobre rendimentos dizem o mesmo. No índice Better Life, os portugueses ganham 21722 dólares em média por ano, abaixo dos 34033 de média da OCDE. E os 20 por cento mais ricos ganham seis vezes mais que os 20 por cento mais pobres.

Quanto a emprego, além dos altos valores de desemprego jovem (22,3 por cento), Portugal surge com 5,6 por cento de desempregados há mais de um ano, muito mais do que os 3.0 por cento de média. Por outro lado, 7 por cento dos empregados têm contrato por seis meses ou menos, uma taxa menor do que os 10 por cento de média. E as pessoas em Portugal trabalham 1714 horas por ano, abaixo da média de 1749 horas. 

Portugal surge com cotação alta, por outro lado, no que diz respeito à satisfação com a habitação: 92 por cento, contra 87 por cento de média. Por outro lado, os portugueses não vão bem de saúde. Pelo menos, dizem que não. Apenas 49 por cento respondem que estão bem quando se lhes pergunta como vai a sua saúde. A média da OCDE é de 70 por cento.

TV DA CHINA.... A ciência a serviço do Esporte

http://cctv.cntv.cn/lm/naturescience/science_in_olympics/index.shtml

Folha.com - Colunistas - João Pereira Coutinho - A reza do crescimento - 21/05/2012

joão pereira coutinho

Diário da Europa

21/05/2012 - 07h34

A reza do crescimento


Os líderes mundiais reuniram-se na cúpula do G8 e rezaram em coro: crescimento, crescimento, crescimento. Barack Obama, em coletiva de imprensa, disse que os europeus finalmente concordaram sobre o tema. François Hollande, o novo presidente francês, seguiu a mesma pauta. E até Angela Merkel, a medo, lá disse a palavra.
Existe nos líderes a crença primitiva de que "crescimento" é uma questão de fé. Se repetirem a palavra várias vezes, a economia europeia sai do buraco já a partir de amanhã.
Infelizmente, os líderes esqueceram-se de responder a uma pergunta fundamental: e como gerar esse crescimento?
Mistério. Absoluto. Não houve da boca dos líderes uma vaga explicação sobre a matéria. O que permite concluir que o "crescimento" de que fala o G8 resume-se à repetição de medidas "neokeynesianas", com os estados da Europa a jogarem dinheiro para cima das economias endividadas.
Ideia simpática. Pena que impraticável. Com a exceção da Alemanha (e da Finlândia), a crise do euro não poupou ninguém e o cenário de estagnação é arrepiante.
E a Alemanha, até prova em contrário, é habitada por alemães e, como lembra a colunista Janet Daley, no "Telegraph" de Londres, regida por uma lei constitucional alemã.
Por outras palavras: o mundo inteiro pode exigir "crescimento", ou seja, exigir que a Alemanha esteja disponível para fazer transferências maciças de recursos para os países endividados; que aceite os famosos "eurobonds", títulos de dívida da zona do euro, pagando juros mais elevados; e que contribua para uma alteração dos estatutos do Banco Central Europeu, transformando a instituição numa espécie de credor de último recurso dos Estados.
Tudo isso esbarra com a realidade. Repito: a chanceler Merkel responde perante o seu eleitorado, que se opõe a qualquer uma dessas medidas; e, sobretudo, responde perante a lei do seu país.
A cúpula do G8 não produziu nada, exceto impasse: o exato impasse que tem consumido em recessão e desemprego os países da União Europeia, amarrados a uma moeda inviável e com a saída iminente da Grécia (custo: 750 bilhões de euros para a economia europeia, em uma estimativa conservadora).
Tudo isso poderia ter sido evitado? Ou, pelo menos, preparado? Naturalmente que sim: se tivesse havido a sensatez e a coragem de perceber que o primeiro resgate da Grécia só levaria a um segundo, e que um segundo não levaria a lugar nenhum enquanto a Grécia permanecesse em uma moeda que não pode desvalorizar.
Os líderes da Europa preferiram não contemplar esse cenário, chutando o problema para o dia seguinte.
E hoje, reunidos em Camp David, os mesmos líderes continuam a negação da realidade, esperando que a mera repetição de uma palavra tenha efeitos milagrosos. Não me lembro de ver semelhante espetáculo de fanatismo e cegueira na política do nosso tempo.
João Pereira Coutinho
João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do "Correio da Manhã", o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve às terças na "Ilustrada" e a cada duas semanas, às segundas, para a Folha.com.