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sábado, 23 de julho de 2016

Arte de Antonio Lucena

Arte de Antonio Lucena

Charge (Foto: Antonio Lucena)

Fugindo do destino razoável... Hélio Scwartsman

O preço do óbvio - 

HÉLIO SCHWARTSMAN

FOLHA DE SP - 23/07

O futuro é incerto? Eu apostaria que sim. O demônio de Laplace, isto é, a ideia de que um intelecto superpoderoso que conhecesse as leis da física e as posições atuais de todos os átomos do Universo saberia automaticamente o passado e o futuro de tudo, perdeu popularidade do século 19 para cá.

Não apenas não nos é possível na prática reunir tamanho conhecimento como, diante do inegável sucesso da mecânica quântica, há motivos para acreditar num Universo menos determinista, que traz algum grau de incerteza inscrito em seu âmago.

Apesar desses problemas intratáveis, há situações em que é relativamente fácil prever o futuro. A percepção de que a Rio-2016 se revelaria um péssimo investimento entra nessa categoria. Em 2009 escrevi a coluna "Pesadelo olímpico", na qual antecipava algumas das encrencas fiscais agora evidentes. Dois anos antes, por ocasião do Pan, já anunciava, no texto "Entregando o ouro", meu receio pelo buraco financeiro que contrataríamos caso o Rio viesse a ser escolhido para sediar os Jogos.

Obviamente, não tenho parte com o demônio de Laplace. Minhas previsões eram fáceis por uma razão bastante simples: no agregado, pessoas e governos se comportam de modo muito semelhante. A esmagadora maioria das cidades que hospedaram uma Olimpíada, quando fizeram as contas na ponta do lápis, constataram que haviam feito um péssimo negócio. A tendência é tão saliente que os economistas já haviam até cunhado a expressão "maldição olímpica" para designar o fenômeno. E, se nem países desenvolvidos se deram bem nesse jogo, no caso do Brasil o sensato a fazer era multiplicar por "n" o tamanho do prejuízo.

Há aí uma lição para a vida. Nunca confie em projeções interessadas e nem mesmo em como sua imaginação pinta o futuro. Se você quer um guia um pouco menos incerto, verifique como se encontram aqueles que já passaram pela situação.

Coisas do Brasil, coisas do PT, coisas absurdas

Valentina de Botas: Marlene Dietrich e

 outras notas

Uma propina é uma propina é uma propina

Por: Augusto Nunes  
O caixa 2 que João Santana confessou a Sergio Moro é caixa 2 porque é grana de propina e propina não pode ser caixa 1 porque é propina. O Estadão informou que, em delação premiada já homologada, Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels contratado pela Sete Brasil para as sondas do pré-sal, pagou propina nos contratos. Em todos? Não somente em 90% deles. Foi ele quem repassou os 4,5 milhões para João Santana. O caixa 2 é crime que encobre a origem criminosa dos recursos, pois não se contabilizam recursos de natureza criminosa e o PT, que não inventou a corrupção (coisa de que nunca foi acusado), inventou a Sete Brasil somente para escoar a propina no esquema universal de corrupção que, esse sim, inventado pela organização criminosa. A Sete inteira? Não, só 90% dela. Depois de drenar bilhões dos cofres do governo, enriquecer um bando e reeleger Dilma, a empresa quebrou deixando 100% de prejuízo para os pagantes de impostos.
TERRORISTAS TABAJARAS
Se iriam ou não matar, não é possível ter certeza, mas é claro que poderiam fazê-lo porque o terror não requer ciência nem consciência; para ele basta uma machadinha ou um caminhão e um demente agindo; e, no país de fronteiras esburacadas, de criminalidade e violência fora de controle que matam 60 mil pessoas por ano e em que o lulopetismo fundou um radicalismo quase belicoso cujas toxinas encorajam dementes de todos os tipos, o terror pode ser apenas mais uma modalidade de assassinato. Contra ele, a inevitável paranoia é ineficaz, o necessário exagero é insuficiente e a oportunista exploração política é burra.
MARLENE DIETRICH CHOROU, MAS NÃO CONVENCEU
Dilma, comediante involuntária, cínica doentia e mártir de circo declarou que não autorizou o caixa 2 quanto à denúncia de João Santana na Lava Jato. Ora, a forma de entrada da propina era assunto de João Vaccari Neto; que ela entrasse era assunto de Edinho Silva; que este a cobrasse era assunto de Dilma. Afinal, Dilma elegeu-se pelo voto popular, foi torturada na ditadura militar e não tem conta na Suíça; apesar de nada disso estar em questão, é isso o que repetem ela própria e José Eduardo Cardozo, aquele que afirmou ter “absoluta convicção de que a campanha da presidente não recebeu um centavo sequer de caixa 2”. Já famosa, Marlene Dietrich fez um teste em que se achou perfeita, mas foi reprovada, não convenceu o diretor: “Como não, se eu até chorei?”. “Pois é, mas eu não”, disse ele. Se até a diva alemã teve seus momentos inconvincentes, que a diva canastrona do petrolão se console quando Sérgio Moro a condenar.

Mais humor ...!

A charge de Amarildo

Charge (Foto: Amarildo)

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Humor ácido de Sponholz


Sponholz: cenários da Olimpíada.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Que tal os políticos com culpa no cartório usarem tornozeleiras eletrônicas ? /

Argolinhas nos tornozelos - 

RUY CASTRO 

FOLHA DE SP - 22/07

Alvíssaras! O Ministério do Meio Ambiente anunciou que a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), extinta na natureza há 15 anos, está prestes a voltar à caatinga do norte da Bahia, seu habitat natural. Uma porcentagem de filhotes dos 128 espécimes ainda existentes no mundo em cativeiro — a grande maioria sob a guarda de criadores fora do Brasil — começará a ser solta na região em 2019. Elas serão monitoradas e, a depender de sua evolução, haverá uma segunda e definitiva soltura em 2021.

Mas não é assim tão simples. A primeira leva de ararinhas-azuis soltas ficará dentro de uma área controlada, em Curaçá, na fronteira com Pernambuco, supervisionada por especialistas dos EUA, Alemanha, Singapura e Catar. Todas levarão argolinhas nos pés, para se acompanhar seus hábitos. Só depois, dependendo de xis fatores, ganharão liberdade absoluta.

Algo parecido poderia ser tentado com os políticos brasileiros. Os honestos entre eles são tão poucos que também estão ameaçados de extinção na natureza. E, por motivos óbvios, não se consegue fazê-los reproduzir em cativeiro. A alternativa seria reunir um grupo deles ainda no primeiro mandato e, antes que se deixassem contaminar pelo ambiente, confiná-los fora de Brasília e submetê-los a cursos intensivos de ética, moral, cidadania, administração, direito público e outras matérias inerentes.

Feito isto, esses políticos seriam libertados e mandados para seus burgos de origem. Mas de forma controlada, para se ver como reagem diante da oferta de propinas, desvios de verbas, maquiagem de orçamentos e acordos espúrios com secretários de Estado e tesoureiros de partidos. E só então os melhores entre eles seriam devolvidos a Brasília com plena autonomia de voo.

Pode dar certo. Mas, mesmo assim, eu não dispensaria as argolinhas em seus tornozelos.

O Terror é protagonista, realista e cria medo...

Controlando o terror? - 

HÉLIO SCHWARTSMAN

FOLHA DE SP - 22/07

Um de meus vieses humanos favoritos é a ilusão de controle —a tendência de superestimar nossa capacidade de comandar o curso dos acontecimentos. É uma característica particularmente interessante de nossa espécie porque, apesar de nos impelir a uma avaliação objetivamente errada da realidade, em muitas situações produz consequências positivas, ao fazer com que perseveremos em vez de desistir à primeira dificuldade.

A fiscalização reforçada nos aeroportos, que o Brasil resolveu expandir para voos domésticos às vésperas da Rio-2016, me parece uma resposta mais em linha com nossa vontade de estar no controle do que com os ditames de eficácia. A maioria de nós não pensa duas vezes antes de apoiar esse tipo de medida, que, afinal, visa a nos manter vivos e em um único pedaço, como é conveniente. O problema é que não dá para pensar esse tipo de questão em termos absolutos. Tudo em sociedade é uma solução de compromisso entre o ideal e as necessidades práticas. Quantas horas-passageiro a mais na fila estamos dispostos a aguentar para evitar um ataque? E será que a revista rigorosa frustra mesmo atentados?
Para alguns especialistas, seu efeito mais notável é deslocar o local do ataque. Em vez de ocorrer a bordo do avião, ele acontece no saguão, como vimos em Istambul e Bruxelas. E por que limitar-se ao setor aéreo? Se as coisas ficam difíceis nos aeroportos, é possível mudar para alvos mais fáceis, como transportes de massa (Madrid, Londres), lugares de diversão pública (Orlando, Paris) ou mesmo aglomerações (Nice). Obviamente, não dá para revistar cada indivíduo que entra no metrô ou vai para a rua.

A melhor estratégia para evitar ataques ainda é o monitoramento de suspeitos por serviços de inteligência, que está longe de infalível. A verdade, por mais depressivo que seja reconhecê-lo, é que, fora da esfera do marketing, nosso controle é mais limitado do que imaginamos.

O medo transformou o planeta TERRA ...

A Hora do Medo

Quando li sobre o ataque a machadadas e facadas feito pelo afegão de 17 anos em um trem que chegava a Würzburg, Alemanha, fiquei muito chocada. Como pode um adolescente ainda tão próximo da infância ser assim cruel, violento, desgraçado?
O que será que o levou a se transformar nesse monstro?
A fragilidade do mundo (Foto: Alex Falcò Chang / Cartoon Movement)
Depois, como se alguém puxasse pelos meus cabelos para que meu cérebro acordasse, eu me dei conta de que, para uma carioca, ler esse tipo de notícia não devia ser chocante. Triste, sim, sempre. Mas chocante não já que aqui, nesta linda e outrora aconchegante cidade, crimes cruéis são cometidos a cada 2 horas. Já devia estar habituada a ler sobre o mal, o ódio, a sanha que pode levar o homem a se transformar numa besta-fera.
A VEJA de 13 de julho faz um relato do que aconteceu nas primeiras 48 horas do mês de julho: das 20 horas do dia 1º, uma sexta-feira, às 20 horas do domingo 3, foram vinte e sete mortos,  vinte feridos, dezenove tiroteios, sete arrastões.
A descrição de alguns dos crimes cometidos nessas 48 horas é terrível.  Depois de ler a reportagem, podemos avaliar o crime do afegão como brutal, feroz, bestial?
E é nesta cidade que teremos no mês de agosto os Jogos Olímpicos. O cenário é perfeito, o carioca já gosta de uma festa, é apaixonado pelo circo.  Ao pão creio mesmo que prefere o circo. Receberemos  milhares de pessoas, boas, más, violentas, pacíficas, cruéis, bondosas, perigosas, gente de todo tipo.
Minha oração a Deus é que não permita que a espoleta que esses visitantes possam trazer chegue perto da pólvora que nossa criminalidade armazena há tanto tempo...
O terror que ameaça o mundo de hoje ficará tentado a vir ao Rio? Aqui encontrará guarida entre os traficantes? Morro de medo dessa gente, confesso. E mais insegura fico ao ver as declarações conflitantes de nossas autoridades. O prefeito dá entrevistas divergentes ao The Guardian. Ora o Rio está à beira de muitas tragédias, ora se você quiser desfrutar de um agosto tranquilo, venha para o Rio.
O governo francês pede proteção extra para os liceus que mantém no Brasil e para as sedes de suas escolas de língua francesa em território brasileiro.  Nossa Abin se aconselha com o Mossad, com o FBI, com a CIA...  E querem me fazer crer que não há razão para medo?
O medo é o sentimento mais primitivo do homem. Os recém-nascidos tremem na mão do parteiro que os segura mal saem do ventre de suas mães e é de medo que tremem.  O coração acelera, a respiração fica ofegante,  as pernas e os braços se agitam.  É o corpo se defendendo do medo.  E por toda a nossa vida, em momentos de grande medo, assim ficaremos.
Eu me pergunto como se pode matar o medo? Como dar um tiro no coração de um fantasma, ou cortar sua cabeça fantasmagórica,  ou estrangular sua garganta espectral?”, foi a pergunta que Joseph Conrad fez e que ficou sem resposta.
Já Averróis, Jean-Paul Sartre e Umberto Eco não nos deixaram perguntas sobre o medo; definiram o que pensavam sobre esse sentimento que pode ser devastador:
De Averróis: A ignorância leva ao medo, o medo leva ao ódio e o ódio conduz à violência.  Eis a equação.
De Sartre:  Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem.
De Eco: É sempre melhor que quem nos incute medo tenha mais medo do que nós.
Será? Neste Rio onde há uma morte a cada duas horas, onde a vida não vale nada, onde matar um ser humano é o mesmo que pisar numa formiga? Estou com muito medo. Quero afastar esse sentimento negativo, feio, escuro. Mas como?
Na verdade, o mundo está ameaçado. A maldade e o ódio parecem dominar todos os países. Nice, Paris, Bruxelas, Londres, Orlando, Madrid... Não há como fugir da constatação: como é frágil esta nossa nave.
A fragilidade do mundo (Foto: Alex Falcò Chang / Cartoon Movement)

Tiros em shopping de Munique na Alemanha / DW / 14h 30min / Mais um tiroteio além do shopping perto do shopping

ALEMANHA

+ Ao vivo: Tiroteio em shopping de Munique deixa mortos +

Centro comercial Olympia, na capital da Baviera, é alvo de um tiroteio. Segundo imprensa alemã, há mortos e vários feridos. Polícia confirma que uma grande ação policial está em curso no local.
Deutschland Olympia Einkaufszentrum in München
O shopping center Olympia, em Munique, foi alvo de um tiroteio nesta sexta-feira (22/07), segundo informou a imprensa local. O jornal alemão Süddeutsche Zeitung fala em vários mortos e feridos, citando declarações da polícia.
No Twitter, a polícia de Munique informa apenas que "está em curso uma grande operação policial" no local e pede que as pessoas evitem a área do shopping.
As circunstâncias do tiroteio ainda não estão claras, mas as autoridades, segundo o Süddeutsche, trabalham com a hipótese de um único atirador.
Todas as atualizações estão no horário local de Brasília. Para atualizar, pressione CTRL+ F5.
14h13 – A polícia de Munique, no Twitter, informa que há vários feridos, mas não cita mortos.
  • Data 22.07.2016
  • Palavras-chave Munique

Sponholz no blog de Aluízio Amorirm

Sponholz: Lula entre a Olimpíada e a prisão.

Mais uma pergunta para Lula explicar ... Por que e para que seus bens, como moedas de ouro, medalhas, espada, etc estão guardados em cofre do BB ?

ESGOTOU-SE O PRAZO DADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA QUE LULA EXPLIQUE AS PEÇAS QUE GUARDA EM MEGA-COFRE DO BANCO DO BRASIL

Esta é a porta de entrada do mega-cofre de Lula em agência do Banco do Brasil em São Paulo. Foto consta dos autos de inquérito da Operação Lava Jato.
Segundo informa o site O Antagonista, esgotou-se o prazo dado pelo MPF para que Lula esclarecesse o armazenamento irregular, num cofre do Banco do Brasil, das centenas de peças de ouro, jóias e obras de arte recebidas de chefes de Estado e delegações estrangeiras quando era presidente da República.
O acervo pertence ao Estado, mas Lula se apropriou de tudo e escondeu num cofre registrado em nome de Marisa Letícia e Fábio Luis Lula da Silva.
site G1 informou à época da descoberta do mega-cofre que no inquérito que trata da busca e apreensão dos bens na agência do Banco do Brasil, os promotores enviaram um pedido ao Sérgio Moro para que Lula seja intimado a esclarecer as circunstâncias em que recebeu cada um dos itens guardados no cofre.
Em 11 de março deste ano (20160, o magistrado acolheu ao pedido e também retirou o sigilo sobre o inquérito, dando à defesa ao inventário de itens que se encontram na agência. Os advogados têm cinco dias para se manifestar.
Ao G1, o Banco do Brasil informou que não comentaria o assunto para não atrapalhar as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. O banco do Brasil informou também que vai prestar todas informações necessárias durante o período de investigações.
Bens que foram retirados do Palácio do Planalto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram guardados em um cofre da Agência Líbero Badaró do Banco do Brasil, em São Paulo, por cinco anos sem qualquer custo.
A informação foi prestada pelo gerente do banco, quando a Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão no local, durante a 24ª fase da Operação Lava Jato.
MOEDAS DE OURO
Entre os itens estão moedas de ouro, medalhas, esculturas e até uma espada e uma adaga. Tudo está acondicionado em 23 caixas de papelão e em uma caixa maior de madeira. Nas caixas de papelão, há inscrições com o nome da transportadora Granero.
A PF investiga indícios de que o transporte e armazenagem dos bens de Lula ao sair da Presidência tenham sido pagos pelas construtoras OAS e Odebrecht, como forma de compensação pelos negócios fechados entre as empreiteiras e a Petrobras. No dia 4 deste mês, o ex-presidente foi levado a depor na Polícia Federal, após um mandado de condução coercitiva emitido pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
Os investigadores buscam ligar Lula ao esquema de fraudes descoberto pela Lava Jato na Petrobras. Além dos cuidados aos bens do ex-presidente, há indícios, segundo o Ministério Público Federal, de que um apartamento no Guarujá e um sítio em Atibaia sejam de Lula, embora as escrituras figurem nos nomes da OAS e de dois sócios de um dos filhos do ex-presidente, respectivamente.