Enterro no interior do Ceará. 1999.
Como foi –
Pode parecer um tanto mórbido. Mas essa foto contém uma carga de emoção que não posso deixar de compartilhar com os leitores. Especialmente porque mostra algo que ainda prende a atenção das pessoas: a morte.
Dia desses vi na tevê o enterro de uma mulher que perdeu a vida ao ser atingida por uma bala perdida, no Rio. Triste fim da jovem mãe que em seu enterro contou com a solitária presença do marido e de uma filhinha de colo! Lembrei-me de quando, viajando pelos confins do Ceará fazendo matéria sobre a seca, deparei-me com a caravana de amigos e familiares que levavam seu Francisco à cova.
Nas grandes cidades morrer virou coisa banal. Mas lá no sertão a demonstração pela perda de um ente querido é o ponto alto do sentimento. Seu Francisco tinha mais de noventa anos e, no linguajar simples do interior “atendeu ao chamado de Deus”. Orlando Brito.
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