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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

DEUS é eleito por Papa Francisco como o "Homem do Ano"

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Papa Francisco elege o seu homem do Ano

Fátima Pinheiro
 
Cristo (detalhe de um fresco de Masaccio, que se pode
 encontar na Capela Brancacci, em Florença)
fotografia retirada da net
Francisco também elegeu o seu homem do Ano. Ele, Francisco, não desgruda. A ele também não. Agora é capa da Time, por ter sido eleito pela Revista como Pessoa do Ano 2013: porque é uma verdadeira revolução que "um novo protagonista consiga tanta atenção no palco do mundo". Ainda não li. Estou curiosa. Vou ler. Este homem diz coisas contra corrente e está assim tão bem cotado?! Tem as suas preferências...
Quando se diz que os valores é que unem, a 2 de Dezembro, numa visita Pastoral, Francisco puxa pelo trunfo: "a coisa mais importante que pode acontecer a uma pessoa é encontrar Cristo."
Quando todos, ou muitos, dizem palavras boas, a 5 de Dezembro, na homilia matinal, Francisco diz que não é bem assim: "Pavras cristãs sem Cristo enganam, fazem mal."
Quando parece que há caminhos novos que rompem com o passado, Francisco lembra uma singular fidelidade; é na sua Exortação Apostolica "A alegria do Evangelho", nª32: "Compete-me como bispo de Roma permanecer aberto às sugestões tendentes a um exercício do meu ministério que o torne mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe deu e às necessidades actuais de evangelização."
De que o mais precioso para os homens seja uma Pessoa, e não "valores", dou só mais um exemplo. Na sua Mensagem para o XLVII Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro de 2014) "FRATERNIDADE, FUNDAMENTO E CAMINHO PARA A PAZ", Franciso não deixa dúvidas: "Como se lê na Carta aos Efésios, Jesus Cristo é Aquele que reconcilia em Si todos os homens. Ele é a paz, porque, dos dois povos, fez um só, derrubando o muro de separação que os dividia, ou seja, a inimizade. Criou em Si mesmo um só povo, um só homem novo, uma só humanidade nova (cf. 2,14-16)".
"Em nove meses, ele soube colocar-se no centro das discussões essenciais da nossa época: a riqueza e a pobreza, a equidade e a justiça, a transparência, a modernidade, a globalização, o papel da mulher, a natureza do casamento, as tentações do poder", justifica a directora da Time, Nancy Gibbs. O Vaticano congratula-se: "É um sinal positivo que uma das recompensas mais prestigiosas dos media internacionais seja entregue a uma pessoa que apregoa os valores espirituais, religiosos e morais no mundo e promove verdadeiramente a paz e a justiça", declarou o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi. Os restantes finalistas desta eleição: Edward Snowden (que a revista apelida de "Profeta Negro"), Edith Windsor (a "Activista Improvável"), Bashar al-Assad (o "Tirano Letal") e Ted Cruz (o "Incendiário").
Que o mais precioso no Cristianismo seja uma Pessoa, e não "os valores" faz mudar tudo  de figura. Uma Pessoa tem vida. Neste caso "em abundância", como diz o Evangelho da Alegria de Francisco. O seu homem do Ano é Deus.


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