Nove executivos condenados na Lava Jato cumprirão prisão domiciliar
Eles vão usar tornozeleiras eletrônicas.
Réus beneficiados com habeas corpus ficaram presos por quase 5 meses.
Ana Zimmerman
Curitiba, PR
Nove empreitiros detidos na Operação Lava Jato, que nesta quarta-feira (29) conseguiram habeas corpus, saíram do Complexo Médico Penal, na região metropolitana de Curitiba.
Os nove réus beneficiados com habeas corpus ficaram presos por quase cinco meses. Sete no Complexo Médico Penal, na região metropolitana de Curitiba, e dois na carceragem da Polícia Federal, inclusive Ricardo Pessoa, dono da UTC, que é apontado como chefe do clube das empreiteiras.
Além de Ricardo Pessoa, também conseguiram habeas corpus: Agenor Franklin Medeiros, diretor afastado da OAS; Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios afastado da Galvão Engenharia; João Ricardo Auler, presidente afastado do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário afastado da OAS; José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro, presidente afastado da OAS; Mateus Coutinho Sá Oliveira, diretor afastado da OAS; Sérgio Cunha Mendes, ex-vice-presidente executivo da Mendes Júnior; e Gerson Almada, vice-presidente afastado da empreiteira Engevix.
A prisão domiciliar significa que eles não devem sair de casa, precisam entregar passaportes, se apresentar na justiça a cada 15 dias, e não podem retomar a administração das empreiteiras.
A prisão domiciliar significa que eles não devem sair de casa, precisam entregar passaportes, se apresentar na justiça a cada 15 dias, e não podem retomar a administração das empreiteiras.
Nesta terça-feira (28) a segunda turma do Supremo Tribunal Federal, concedeu habeas corpus ao dono da UTC, Ricardo Pessoa, por três votos a dois. Em seguida os ministros estenderam a decisão para outros oito presos.
Dos nove réuss, sete devem voltar à Curitiba já na semana que vem. O juiz Sergio Moro agendou para o início de maio os interrogatórios deles, nos processos da sétima fase da Operação Lava Jato.
O doleiro Alberto Youssef, delator do esquema de corrupção na Lava Jato e que continua preso, prestou novo depoimento hoje na Justiça Federal, em Curitiba. Primeiro ele foi interrogado pelo juiz Sergio Moro e depois pelo Ministério Público Federal. O teor do depoimento ainda não foi divulgado.
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