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quinta-feira, 28 de abril de 2016

A crise financeira do Estado Islâmico faz cortar salários, consumo de energia, etc

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Em videoconferência a partir de Bagdá, o vice-comandante da coalizão, o general Peter E. Gersten, detalhou nesta quarta-feira que os ataques aéreos destruíram entre US$ 300 milhões e US$ 800 milhões dos cofres do grupo jihadista.
As informações de Gersten foram reforçadas por documentos vazados do Estado Islâmico. Outro problema que o grupo enfrenta é a deserção de seus combatentes. Em alguns casos, os militantes estão recorrendo a receitas médicas para evitar a linha de frente dos combates.

De acordo com o general, com os ataques da coalizão sobre as finanças e pessoal do EI, o número de militantes estrangeiros se unindo ao grupo por mês reduziu de entre 1.500 e 2.000, há um ano, para 200.
— Estamos vendo um aumento nas taxas de deserção dos combatentes. Estamos vendo uma fratura em seu moral. Estamos vendo sua incapacidade de pagar. Estamos observando uma tentativa de deixar a Daesh — afirmou Gersten, usando o acrônimo em árabe do grupo.

ATRASO NOS SALÁRIOS

Ativistas em Mossul, a segunda maior cidade do Iraque nas mãos de EI desde junho de 2014, têm relatado nos últimos dias queixas dos combatentes por não receberam seus salários há três meses.

Os documentos vazados do Estado Islâmico, obtidos pelo centro de estudos Middle East Forum, detalham como os militantes são pagos:
“O combatente recebe em média US$ 50 por mês, com um adicional de US$ 50 para cada mulher, US$ 35 para cada criança, US$ 50 para cada escrava sexual, US$ 35 para cada filho de uma escrava sexual, US$ 50 para cada um dos pais dependentes, e US$ 35 para outros dependentes.”
Em fevereiro, Hashem al Hashimi, assessor do governo iraquiano, já havia informado sobre o corte dos salários de dirigentes do EI pela metade. Já soldados e oficiais levaram uma tesourada de 30% em suas remunerações.


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