ONU poderá ser dirigida por uma mulher em 2017
Em janeiro de 2017 o secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon deixará seu cargo. A campanha já começou e, entre os candidatos, três mulheres tentam se eleger para um posto ocupado apenas por homens desde que a organização foi criada, há 70 anos.
Quatro mulheres já se declararam candidatas para o cargo ocupado atualmente pelo sul-coreano Ban Ki-moon. A búlgara Irina Bokova, que dirige atualmente a Unesco, e as ex-ministras das Relações Exteriores da Croácia, Vesna Pusic, e da Moldávia, Natalia Gherman, fazem parte da lista, além da ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, que anunciou sua candidatura nesta segunda-feira (4). "Me apresento com base em minha comprovada experiência de liderança durante quase três décadas, tanto em meu país como nas Nações Unidas", disse a neozelandesa, que dirige há sete anos o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), uma das principais agências da ONU.
A busca por um sucessor para Ban Ki-moon acontece em um momento de alta tensão internacional, quando a organização se depara com a pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial, além de intensos conflitos no Oriente Médio e na África. O atual secretário-geral teve seu mandato renovado em 2011, e nenhuma regra impede que ele tente ficar mais cinco anos no cargo. No entanto, até agora, nenhum dirigente efetuou mais de dois mandatos e o próprio sul-coreano já disse que não pretende se candidatar novamente.
Há alguns meses um movimento dentro ONU vem se organizando em defesa da ideia de que, pela primeira vez, uma mulher dirija a organização. Até o atual secretário-geral já se declarou disposto a apoiar uma candidatura feminina para o cargo.
Afim de garantir a imparcialidade na direção das Nações Unidas, as rédeas da organização nunca foram entregues a um cidadão de um dos cinco países membros permanentes doConselho de Segurança (Rússia, China, Reino Unido, Estados Unidos e França). Para ser eleito, o novo secretário-geral deve obter o apoio de pelo menos dois terços dos 193 países membros da entidade.
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