Especialistas temem guerra cibernética no futuro
Michael Gallagher
do Serviço Mundial da BBC
Atualizado em 30 de abril, 2012 - 14:10 (Brasília) 17:10 GMT
Um exercício militar internacional, realizado em março em uma base militar na Estônia, tentou prever as consequências de um novo tipo de conflito, uma guerra cibernética.
A operação Locked Shields não envolveu explosões, tanques ou armas. Na operação, uma equipe de especialistas em TI atacou outras nove equipes, espalhadas em toda a Europa.
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Nos terminais da equipe de ataque, localizados no Centro de Excelência da Otan em Defesa Cibernética Cooperativa, foram criados vírus ao estilo "cavalo de Tróia" e outros tipos de ataques pela internet que tentavam sequestrar e extrair dados das equipes inimigas.
O objetivo era aprender como evitar estes ataques em redes comerciais e militares e mostrou que a ameaça cibernética está sendo levada a sério pela aliança militar ocidental.
O fato de a Otan ter estabelecido seu centro de defesa na Estônia também não é por acaso. Em 2007 sites do sistema bancário, da imprensa e do governo do país foram atacados com os chamados DDoS (sigla em inglês para "distribuição de negação de serviço") durante um período de três semanas, o que agora é conhecido como 1ª Guerra da Web.
Os responsáveis seriam hackers ativistas, partidários da Rússia, insatisfeitos com a retirada de uma estátua da época da União Soviética do centro da capital do país, Tallinn.
Os ataques DDoS são diretos: redes de milhares de computadores infectados, conhecidas como botnets, acessam simultaneamente o site alvo, que é sobrecarregado pelo tráfego e fica temporariamente fora de serviço.
Os ataques DDoS são, no entanto, uma arma primitiva quando comparados com as últimas armas digitais. Atualmente, o temor é de que a 2ª Guerra da Web, se e quanto acontecer, possa gerar danos físicos, prejudicando a infraestrutura e até causando mortes.>>>>>