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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Depois de tantos movimentos políticos indecorosos do PT o MEDO mudou de lado...

A bagunça política

Bagunça (Foto: Arquivo Google)
O PT, nos seus treze anos de reinado, bagunçou não apenas o coreto da economia, mas sobretudo o da política.
Se colocar os números no lugar leva tempo, mais ainda levará a política, que depende de fatores bem mais complexos, ligados a questões de natureza psicossocial, como confiança e credibilidade, que não se improvisam, nem se resolvem com emendas constitucionais, decretos ou projetos de lei.
Se é possível – e necessário – impor um teto aos gastos públicos, não há teto à vista para os estragos da política.
O dano causado pelo golpe de fatiar a Constituição em plenário, numa votação que era única, e que só poderia ser única, piorou o que já não prestava. O poço parece já não ter fundo.
Mas o truque saiu pela culatra: se o objetivo era – e foi – livrar Dilma de Sérgio Moro, nomeando-a secretária de Estado de algum governador amigo, a reação havida foi – está sendo - de tal porte que é improvável que alguém, por mais fiel a ela, tenha a coragem de lhe encaminhar tal convite. A menos, claro, que queira ir para o inferno com ela. Em política, até cumplicidade tem limite.
Não obstante o tamanho da lambança, os políticos só começaram a percebê-la depois da reação indignada da sociedade. E se assustaram. De algum modo, a maioria chancelou o crime (pois é disso que se trata: crime contra a Constituição).
As declarações das principais lideranças – gente como Aloysio Nunes, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima, Cristovam Buarque (que apoiou o fatiamento) – eram no sentido de contemporizar.
Ninguém se dispunha a recorrer ao STF. Michel Temer mesmo, embora registrasse sua contrariedade, manteve sua viagem à China no dia mesmo em que recebia em caráter efetivo a Presidência da República e via sua base parlamentar cindida em meio ao caos moral daquela votação. Mais uma vez, os políticos assustaram-se com a reação da sociedade, como se esta pudesse reagir de outra forma.
Assim como não previram as manifestações de rua do ano passado e deste ano – e só as levaram em consideração quando já não era possível ignorá-las -, subestimaram a capacidade reativa diante do estupro à Constituição. E aí, só aí, passaram a considerar a hipótese de ir ao STF, que já recebera recursos de entidades da sociedade civil, que, mais uma vez, se antecipou aos políticos.
Por aí se vê o quanto a política oficial está dissociada do sentimento da sociedade que deveria representar. Não fosse a voz das ruas, o tema do impeachment nem teria entrado na agenda. As instituições só funcionam quando movidas pelo combustível do medo.
A Era PT, pontuada por Mensalão, Petrolão e coisas do gênero, fez com que o absurdo parecesse natural. E fez com que a classe política mergulhasse num autismo do qual parece emergir com grande lentidão e contrariedade.
Algo está mudando – e é de fora para dentro. “A agenda política está nas ruas, não nos gabinetes”, proclama o senador Ronaldo Caiado. O recado é para Temer e os que o cercam.
Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski não o perceberam. O presidente do STF, em dissonância com alguns de seus mais experientes pares, como Celso de Melo e Gilmar Mendes, já declarou que cabe recurso ao impeachment, embora isso não conste da Constituição, que diz que o Senado é instância definitiva e incontrastável para decidir a matéria.
Mas o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, confiante nos padrões até aqui vigentes, já ingressou no STF com pedido de anulação do impeachment. Lá, ele está convencido, tudo é possível.
Tem razão: até aqui, as teses mais absurdas encontraram eco no STF. Lula, por exemplo, ainda não se encontrou com Sérgio Moro graças ao STF, que segurou o quanto pôde o seu processo, mesmo não tendo ele direito a foro privilegiado. Tem amigos privilegiados, é o que lhe basta – ou bastava.
Os tempos estão mudando, não obstante a resistência dos políticos (e de alguns juízes e procuradores) a que isso aconteça. Mais de 35 milhões de brasileiros assistiram ao impeachment de Dilma pela televisão aberta, mais gente do que a média de espectadores durante a Olimpíada, que registrou pouco mais de 33 milhões.
As pesquisas eleitorais mostram que o petismo está minguando, com reflexos sobre seus satélites – PSOL, PSTU, Rede. Não há espaço para truques como os de Marina Silva, da Rede, que, depois de meses condenando o impeachment, decide apoiá-lo na última hora, cuidando, porém, de orientar o único senador do partido, Randolfe Rodrigues, a que votasse em favor de Dilma.
A plateia está atenta. Pode até não entender direito o que é pedalada fiscal, mas sabe que quem as cometeu foi a mesma quadrilha que saqueou a Petrobras. E de roubo todo mundo entende.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

'Cheiro' de renúncia no ar ? Teremos uma semana misteriosa, tensa, intensa ... / blog de Aluizio Amorim

segunda-feira, agosto 22, 2016


MUITO MISTÉRIO ÀS VÉSPERAS DO 

IMPEACHMENT

a
Quando o noticiário político parece que dá uma travada e fica incompreensível é porque há algo no ar além dos aviões de carreira como repetiria se vivo fosse o Barão de Itararé. Parece que enquanto rolava a Olimpíada os ratões da política brasileira embrenharam-se no breu das tocas. O resultado disso foi a decisão de Rodrigo Janot de suspender a tal delação premiada do empreiteiro amigão de Lula, Dilma e seus sequazes por conta de vazamento que rendeu reportagem de capa da revista Veja.

Um resumo da matéria publiquei aqui no blog. Mas olhem que estive a fim de nem postar a matéria, haja vista para o seu conteúdo que não tem pé nem cabeça afinal circunscreve-se a uma ameaça, sim, porque de concreto não há nada. A reportagem de Veja tem como lead uma ilação. No mínimo é uma coisa muito estranha. Quem vazou a história da delação de Léo Pinheiro?

Se a reportagem não aventa um fato concreto em contrapartida a decisão do PGR atira no lixo o que seria uma série de documentos na formulação da decisão do empresário Léo Pinheiro que, nestas alturas, e no condicional, teria decidido abrir o bico. Com a canetada de Janot, fica o dito pelo não dito.

Entranhamente, até a esta hora o site de Veja não postou aquilo que no jargão jornalístico qualifica-se de "suite". Todavia, enquanto a revista não se manifestar tem-se a impressão que a reportagem de capa da edição que chegou às bancas neste sábado é no mínimo estranha, se é que me entendem.

E, quando o noticiário político e os comentário que se tecem em torno do que está rolando soam estranhos sempre vem à tona a velha frase: 'há algo no ar além dos aviões de carreira". E, juntando-se os cacos, realmente chega-se a esta conclusão, mormente quando coisas estranhas começam a ocorrer às vésperas do impeachment da Dilma.

A propóstio, a jornalista Joice Hasselmann gravou um vídeo em que relata e comenta o que estaria sendo decidido no breu das tocas com uma possível renúncia da Dilma para mais adiante conseguir uma absolvição. O plano seria esvaziar o impacto do afastamento definitivo da "ex-presidenta", limpando a sua biografia. De quebra, o plano ainda teria o efeito de esvaziar a Operação Lava Jato livrando Lula, Dilma e a petralhada do Juiz Sergio Moro.

Como o evento político do impeachment e da desarticulação do esquerdismo liderado pelo PT parecem mas não são apenas um assunto doméstico do Brasil - lembrem-se do Foro de São Paulo - há forças também em nível internacional jogando tudo para salvar o projeto esquerdista, mesmo com Dilma afastada do poder. Deve-se sempre lembrar que o movimento comunista é e sempre foi global. E talvez sua globalização na atualidade seja muito maior do que fora no passado recente.


Seja como for, os fatos estão aí. No momento parecem soltos no ar. Faço portanto a postagem do vídeo de Joice Hasselmann. Afinal, melhor prevenir do que remediar. Vejam:
!

domingo, 12 de junho de 2016

Mais do mesmo... PT se defende de todas maneiras para ficar longe da Lava Jato

sábado, junho 11, 2016

JORGE VIANA, O CUPINCHA DO LULA, QUER SE TORNAR O CABOCLO TRANCA RUA DO IMPEACHMENT

Jorge Viana em dois momentos: pronto para atacar no plenário e numa festa beija Marina Silva
Ainda que fora da jogada o PT continua esperneando e poderá ir às últimas consequências para manter o poder. O lance é eliminar Renan Calheiros para colocar o vice-presidente do Senado, o petista Jorge Viana, irmão de Tião, o governador do Acre, na Presidência da Casa. Nestas alturas estão todos enterrados na lama da corrupção e da roubalheira. Todavia, o Jorge Viana, como todos os petistas, bate o recorde no ranking das maldades contra o Brasil e os brasileiros de bem que exigem que tudo seja passado a limpo, começando pela deposição da Dilma e, em seguida, a proscrição do PT.

A revista IstoÉ publicou uma reportagem que dá a folha corrida desse catarro do PT acreano que uma vez investido na presidência do Senado quer se transformar no caboclo tranca rua do impeachment. Segundo a revista ele já propôs ao Lula que ataque o Juiz Sergio Moro. E acha que o PT, que não reúne mais do que meia dúzia de mortadelas na av. Paulista, como se viu, poderia incendiar o país, bastando para isso que Lula desafie Sergio Moro.

Imaginem que um tipo desses chegou à condição de vice-presidente do Senado Federal e está apenas esperando que a iniciativa de Rodrigo Janot logre resultado imediato. Entretanto, as coisas não são bem assim, como se pode aferir nesta reportagem de IstoÉ. Leiam:

Caso Renan Calheiros (PMDB-AL) venha a ser afastado da Presidência do Senado, o responsável pela condução do processo de impeachment na Casa será o senador Jorge Viana, do Acre. Trata-se de um dos petistas mais empenhados na defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, e um dos maiores entusiastas em barrar a Lava Jato. Em março deste ano, após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal, o senador acriano telefonou para o advogado Roberto Teixeira e sugeriu uma ação criminosa como estratégia para desmoralizar o juiz Sérgio Moro e tumultuar as investigações. O que o senador não sabia é que a conversa estava sendo gravada, com autorização judicial. A gravação foi entregue à Procuradoria-Geral da República, que até agora não se pronunciou.
OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA
Na conversa de aproximadamente três minutos, Jorge Viana diz que é preciso tirar a Lava Jato do campo jurídico e transformar a investigação conduzida por Moro em um confronto político. Assim, segundo o senador, o PT teria como “virar o País de cabeça de baixo”. “O presidente Lula precisa transformar esse confronto numa ação política”, disse Viana ao advogado Roberto Teixeira. Para tanto, o senador propõe que Lula convoque uma entrevista coletiva e desafie o juiz. “Na entrevista o Lula precisa se rebelar, dizer que não aceita mais o Moro, que agora se ele mandar um ofício ele não vai”, afirmou o senador. Durante o diálogo, o advogado Teixeira pouco falou. Praticamente de forma monossilábica, se resumia a dizer: “perfeito”. O senador, no entanto, mostrava-se quase um incendiário. Depois de sugerir que Lula desafiasse Moro, recomendou que o ex-presidente passasse a ofender o juiz, provocando sua prisão por desacato à autoridade. “(o Lula) precisa dizer que ele (Moro) está agindo fora da lei, chamar de bandido. E diga: venha me prender, agora eu que estou desafiando, venha me prender”, propunha o senador. “Se prenderem ele, aí vão prender e tornar um preso político, aí nós fazemos esse país virar de cabeça pra baixo”, disse ainda Viana.
ALVO DE INVESTIGAÇÕES
Jorge já foi governador do Acre e prefeito da capital Rio Branco. Ironicamente, seu irmão Tião Viana (PT-AC) que também já foi senador, ocupou a presidência do Senado com o afastamento do próprio Renan em 2007. Hoje, Tião é governador do Acre. A família não ostenta uma ficha limpa. Em 2010, o Ministério Público Eleitoral do Estado pediu a cassação dos irmãos por suspeitas de irregularidades em suas campanhas. Na época, após uma denúncia anônima, a Polícia Federal apreendeu computadores com listas de nomes, números de títulos eleitorais e respectivos locais de votação. Cinco anos depois, em abril de 2015, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu arquivar os inquéritos por falta de provas. No mesmo ano, em março de 2015, entretanto, Tião Viana voltou a ser alvo de investigações. Ele é citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa por ter recebido R$ 300 mil da empresa Iesa Óleo e Gás, investigada na Lava Jato. Segundo o governador, “a doação foi devidamente registrada no TRE do Acre”. Em fevereiro deste ano, a PGR contrariou a Polícia Federal e pediu o arquivamento do inquérito. A decisão cabe ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que ainda não se pronunciou.
A possibilidade de um petista como Viana substituir Renan no comando do Senado, justamente nos meses que antecedem ao julgamento final do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, é preocupante. Embora haja pouco espaço para manobras regimentais durante os trabalhos da comissão especial, dominada por senadores favoráveis ao impedimento, a postura do presidente da Casa já foi determinante em outras ocasiões. Um exemplo levantado como sinal de alerta por senadores contrários a Dilma foi a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de tentar anular a votação de impeachment. Na época, Renan optou por desconsiderar a decisão e seguir com o processo dentro da normalidade. Caso estivesse em seu lugar um senador com o perfil de Jorge Viana o desenlace poderia ter sido outro. 
Do site de IstoÉ

quarta-feira, 8 de junho de 2016

"GOVERNOS DO PT DEIXAM A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL À BEIRA DA FALÊNCIA." Blog de Aluízio Amorim

O governo Michel Temer encontrou o caixa da Caixa dramaticamente afetado pelo aparelhamento do PT. Agora, só uma injeção de R$ 25 bilhões, no prazo de 12 a 18 meses, salvará a Caixa da falência, dizem especialistas. Além de negócios suspeitos, corrupção e uso das suas reservas nas criminosas pedaladas, a Caixa padece de inchaço, com dirigentes dos quais se exigia, no “currículo”, ser petista de carteirinha. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A Caixa tem presidente, 12 vices e 19 diretores e boquinhas mil: antes era um superintendente para cada Estado, hoje são 70 em todo o País.
Mais R$ 29,8 milhões sumiram dos cofres da Caixa, nos primeiros três meses de 2016. A explicação oficial: “saques fraudulentos”. Ah, bom.
Por ordem de Lula, a Caixa bancou o estádio e deu patrocínio de R$40 milhões ao Corinthians para repatriar Pato, jogador que virou um mico. Do site Diário do Poder
APOSENTADOS ESTÃO FERRADOS
A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, começou a cobrar dos seus participantes uma taxa adicional para cobrir o déficit de 2,3 bilhões de reais registrado em 2014. Em maio, 57 mil participantes do fundo começaram a pagar uma tarifa adicional de 2,73% sobre suas contribuições - para os já aposentados, isso significa receber 2,73% a menos nos benefícios. Essa cobrança adicional deve durar 17 anos, e o temor dos participantes é que novas tarifas extras cheguem, já que as previsões são de que a Funcef tenha registrado um novo déficit de 5 bilhões de reais em 2015.
A cobrança está sendo feita, por enquanto, apenas dos participantes do plano batizado de REG/Replan Saldado, o maior e mais antigo da Funcef. Além dele, o fundo de pensão tem outros dois planos previdenciários. Em nota, a Funcef já indicou que "outros planos poderão ser submetidos a equacionamento no exercício de 2017".

terça-feira, 31 de maio de 2016

"... será que os petistas de raiz querem mesmo a volta de Dilma?" / Eliane Cantanhêde

terça-feira, maio 31, 2016

ELIANE CANTANHÊDE Resultado de imagem para fotos de eliane cantanhêde

Ruim com ele, pior sem ele - 

O Estado de S. Paulo - 31/05
Perguntar não ofende: qual o objetivo de quem é contra o impeachment de Dilma Rousseff e está queimando pneus em estradas, invadindo prédios da Cultura, gritando “Fora Temer” na parada LGBT, exibindo cartazes no exterior para dizer que “there is a coup in Brazil”? E qual o objetivo de quem é a favor do impeachment, mas torce contra o governo interino de Michel Temer, condena as propostas para combater o rombo das contas públicas e repudia a indispensável reforma da Previdência?

Tanto quem é a favor quanto quem é contra o afastamento de Dilma tem de ter em mente a responsabilidade coletiva com a história e que só há três saídas para um país mergulhado em tantas crises. Fora disso, não há alternativa, a não ser anarquia.

Uma saída é dar uma trégua para Temer governar e a equipe de Henrique Meirelles tentar por a economia em ordem nesses dois anos e meio, para entregar para os eleitores em 2018 um país razoavelmente saneado. Temer não é perfeito e o PMDB tornou-se muito imperfeito, mas ele foi escolhido por Dilma e por Lula e eleito na chapa do mesmo PT que anima os queimadores de pneus, os invasores da Cultura, os que gritam “Fora Temer” e uma turma que mora fora – uns, há tantas décadas, que deveriam estar mais preocupados com o Trump.
Além de habitar o Jaburu, Temer despacha agora no Planalto por força da Constituição, que assim determina: sai um(a) presidente, assume o vice. Não importa se é bonito, feio, gordo, magro, se é Itamar Franco ou se é Michel Temer. Ele está lá, e o Brasil, os brasileiros, a indústria, o comércio e os 11 milhões de desempregados precisam desesperadamente que comece a equilibrar as contas públicas e a fazer a economia andar.

A saída número 2 é a volta de Dilma. Sério mesmo, alguém deseja de fato a volta de Dilma, com sua incapacidade de presidir o País, negociar com o Congresso, ouvir os conselhos do padrinho Lula ou, aliás, ouvir qualquer expert de qualquer área sobre qualquer coisa? No aconchego dos seus lares, na convivência com familiares, amigos e vizinhos e nas conversas com seus travesseiros – e com o próprio Lula –, será que os petistas de raiz querem mesmo a volta de Dilma?

Os deputados não são lá essas coisas, mas acataram o impeachment pelo crime de responsabilidade fiscal, previsto na Constituição e confirmado pelo resultado final: um rombo que o governo Dilma admitia ser de R$ 96,6 bilhões e que a equipe de Meirelles descobriu bater em R$ 170 bilhões. Mas, além do fato formal, deputados e senadores tocaram o processo adiante pelo desmantelamento da economia, o esgarçamento das relações políticas e porque Dilma conseguiu ser a presidente mais impopular do país desde 1985.

A opção 3 (dos favoráveis e contrários ao impeachment) seria a antecipação de eleições diretas, empurrando Temer ou Dilma para a renúncia (dependendo de o Senado confirmar ou não o impeachment), ou dando um golpe branco e mudando a Constituição por questões conjunturais. E o que viria depois? Uma eleição às pressas, sem que os partidos tivessem se preparado e sem candidatos à altura da crise. Dá um frio na espinha pensar nos aventureiros que se lançariam como salvadores da pátria, da ética, da economia, dos “bons costumes”, da “ordem” deles, do “progresso” deles.

Isso não é brincadeira. O seguro, que morreu de velho, recomenda respeitar a Constituição, o Congresso que o eleitor elegeu e a posse do vice que 2014 jogou no Jaburu, na perspectiva de assumir com o afastamento constitucional da presidente. Vale, sim, gritar contra muitas coisas, inclusive a nomeação de um ministro da Transparência indicado, ora, ora, pelo senador Renan Calheiros. Mas o esforço para derrubar Temer, neste momento, é trabalhar contra o Brasil.

domingo, 29 de maio de 2016

O PT e sua base aliada praticaram 'estupro coletivo' nas contas da economia do Brasil e perturbaram o crédito do país no cenário socioeconômico mundial...

domingo, maio 29, 2016

Precisamos falar sobre herança - GUSTAVO FRANCO

O GLOBO - 29/05

Fez muito bem o Ministro da Fazenda, na verdade o presidente Michel Temer, em propor ao Congresso a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de modo a refletir as cores exatas do cenário econômico e fiscal que recebeu de Dilma Rousseff. É importante ter claro o legado da presidente afastada, inclusive para se acrescentar elementos aos julgamentos no Senado e diante da História.

O superlativo número de R$ 170 bilhões para o déficit primário no exercício de 2016, conforme aprovado na semana que passou, foi chocante e surpreendente para muitos. Mas é só um pedaço da história, e pequeno. Note-se, para começar, que este número não é bem uma meta, mas uma estimativa realista do que ocorrerá uma vez mantidas as coisas como estão. É certo que as autoridades têm o dever de buscar um número bem menor, mas é importante estabelecer com clareza o ponto de partida, e também que há muita coisa que não entra nessa conta.

Vale lembrar que, durante os dez anos anteriores a 2008, o resultado primário médio foi um superávit maior que 3% do PIB. Esta lembrança é importante para afastar a ideia de que a Constituição de 1988 teria sido culpada da deterioração fiscal recente. E também para que se tenha muito claro que foi Dilma Rousseff quem transformou um resultado positivo médio da ordem de R$ 190 bilhões (3% do PIB de 2016) em um negativo de R$ 170 bilhões.

A deterioração fiscal comandada por Dilma Rousseff foi, portanto, de R$ 360 bilhões, sendo este o tamanho do esforço fiscal que teria que ser feito hoje para colocar o país de volta na situação onde estava no período 1998-2007, quando houve crescimento, austeridade (ao menos quando medida por superávits primários) e melhoria na distribuição de renda.
São R$ 360 bilhões morro acima, só para arrumar o resultado primário. Se colocarmos na conta os juros, os números se tornam ainda mais perturbadores.

No ano de 2015, o Brasil foi o país cujo Tesouro Nacional mais pagou juros no mundo: 8,5% do PIB, contra 4,62% na Índia, 4,11% em Portugal, 4,02% na Itália e 3,61% na Grécia.

Em moeda corrente, estamos falando de R$ 502 bilhões em juros em 2015, quando o déficit primário (o resultado sem contar juros) foi de 1,88% do PIB, equivalente a R$ 111 bilhões. Assim, nesse ano, o déficit total do setor público foi de 10,38% do PIB ou de R$ 613 bilhões.

A mesma lei que recém alterou a LDO estimou o déficit nominal para 2016 em 8,96% do PIB, ou seja, R$ 579 bilhões, dentro dos quais estão os R$ 170 bilhões de que falamos logo acima. Estima-se que a conta de juros neste ano fique parecida com a do ano passado. A ver.

Tudo considerado, com este déficit nominal, a projeção para a dívida pública bruta ao final de 2016 é de 73,4% do PIB, uma alucinação. E não pense que foi só isso. Mesmo com o Tesouro entrando fortemente no vermelho, o governo resolveu fazer outros gastos fora do Orçamento, que não entram nas contas acima. Para tanto, transferiu cerca de R$ 500 bilhões para o BNDES em títulos, em várias operações. Como se a sua empresa estivesse dando prejuízo e você resolvesse se endividar para emprestar um valor correspondente à metade do seu faturamento a uma subsidiária.
Nesta semana que passou, um pedaço desse dinheiro foi devolvido, vamos ver quanto vai custar para regularizar essa operação.

Além disso, temos também as operações “anticíclicas” da Caixa e do Banco do Brasil, ordenadas explicitamente pelo governo. A quem pertencerá o prejuízo decorrente dessas atuações? Que tamanho tem essa conta? E as operações feitas com o dinheiro do FGTS?

Não seria bom ter um corte e uma análise circunstanciada do estado dessas instituições neste momento de transição e reflexão?

E as necessidades de capitalização da Petrobras, decorrentes da devastação a que foi submetida em consequência das insanidades heterodoxo-nacionalistas adotadas pelo governo afastado e da pilhagem engendrada pela quadrilha que ali se instalou?

A dívida da Petrobras cresceu a tal ponto que o fluxo de caixa descontado da empresa para o horizonte relevante de avaliação está zerado, ou pior, a depender do preço do petróleo nos próximos anos. Basta olhar os relatórios de analistas externos da empresa, todos acordes nesse terrível diagnóstico.

Isso mesmo, você não entendeu mal, a empresa está tecnicamente quebrada, funcionando da mão para a boca, um dia de cada vez, terrivelmente necessitada de um aumento de capital, ou da venda de ativos, de cortes dramáticos e providências difíceis. Uma empresa desse tamanho, ainda mais estatal, não pode entrar em recuperação judicial, não sem provocar um problema sistêmico.

Mas antes de pensar no conserto, que se registre a façanha: poucos anos depois do apogeu representado pela descoberta do pré-sal e do aumento de capital em Nova York em 2010, quando a companhia captou US$ 70 bilhões, na maior operação da espécie jamais registrada neste planeta, Dilma Rousseff conseguiu colocar a Petrobras a meio centímetro da recuperação judicial. Que portento em matéria de incompetência administrativa, imprevidência estratégica e desonestidade mesmo, esta última, inclusive, reconhecida oficialmente no balanço.

Fará bem o novo presidente da Petrobras em ter muito claras as condições da empresa no momento em que assumir as suas responsabilidades.

A mesma recomendação vale para a presidente do BNDES, para o qual já se decidiu devolver R$ 100 bilhões dos R$ 500 bilhões que recebeu do Tesouro. O banco deve ser capaz de demonstrar para onde foram os recursos, e talvez mesmo pagar o Tesouro com esses ativos. E, se houver prejuízo, que seja declarado e explicado para que as culpas pertençam a quem de direito.

Como foi acontecer uma tragédia desse tamanho?

É claro que temos que refletir muito sobre as brechas na Lei de Responsabilidade Fiscal e sobre o mau uso das empresas estatais, seja para propósitos políticos, para a corrupção, ou para simplesmente financiar e acobertar o populismo fiscal.

Mas nem por um segundo devemos esquecer que a responsabilidade pela catástrofe possui nome e sobrenome e que o Senado não estará se debruçando apenas sobre “pedaladas”, “jeitinhos” ou decretos feitos por assessores descuidados, mas sobre o maior descalabro fiscal que a história econômica brasileira registra desde, possivelmente, quando Dom João VI abandonou o país em 1821 e rapou o ouro que havia no Banco do Brasil.

E não por acidente as quedas no PIB do biênio 2015 e 2016, que se espera que atinjam 3,8% e 3,8%, ultrapassam o que se observou nos anos da Grande Depressão, 1930-31, quando as quedas foram de 2,1% e 3,3%.

É fundamental que se tenha clara a exata natureza e extensão da herança, para que as dores inerentes ao árduo trabalho de reconstrução financeira e fiscal do crédito público sejam associadas a quem produziu a doença, não ao médico.


sábado, 21 de maio de 2016

O PT estuprou a Ética e colocou o Brasil na rota de falência em poucos anos de administração


Caos e armadilhas, a herança de Dilma

Como se não bastassem o rombo bilionário nas contas públicas e a desordem na economia, o governo Dilma ainda promoveu uma baderna administrativa com o objetivo de constranger o sucessor e animar a militância

Por: Robson Bonin e Bianca Alvarenga - Atualizado em 


PRESSA -  A nova equipe econômica tem a difícil tarefa de sanear as contas sem aprofundar ainda mais a crise
PRESSA - A nova equipe econômica tem a difícil tarefa de sanear as contas sem aprofundar ainda mais a crise(LULA MARQUES/VEJA)
No momento em que o ministro Henrique Meirelles anunciava os nomes de sua equipe, na última terça-feira, em Brasília, a economia real expunha uma de suas facetas mais cruéis a uns poucos quilômetros da sede do Ministério da Fazenda. Desde as 6 horas da manhã, jovens, muitos deles com diploma universitário, formavam uma fila quilométrica para candidatar-se a uma vaga de trabalho numa rede de restaurantes. Foram mais de doze horas de espera debaixo de sol, depois de chuva, apenas para entregar um currículo que os habilitaria a um salário que varia de 800 a 1 500 reais, dependendo da qualificação, mais plano de saúde. É um microexemplo da grave situação que o Brasil atravessa. Os jovens são parte de um contingente de 11 milhões de desempregados, vítimas de erros em série na economia, uma dose cavalar de incompetência e muita corrupção nos governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores. Na cerimônia, o novo ministro disse que tem pressa. Há realmente muito que fazer e, antes disso, muito a ser desfeito. As primeiras auditorias oficiais mostram que o descontrole e a falta de transparência na governança da presidente afastada Dilma Rous­seff não eram lendas criadas pela oposição, mas realidades amargas.
O exemplo mais evidente é o tamanho do rombo previsto para este ano nas contas públicas. Em apenas uma semana de inspeção, o buraco dobrou de tamanho. O governo Dilma pediu autorização ao Congresso para fechar o ano de 2016 com um rombo de 97 bilhões de reais. Esse descompasso assustador está na origem do caos econômico. A situação, porém, é muito pior. Primeiro, o governo estimou o rombo em 160 bilhões de reais (veja a tabela na pág. 53). Na sexta-feira, depois de novo cálculo, o rombo subiu para 170 bilhões de reais. Como se vê, Meirelles e sua equipe terão pela frente um desafio maiúsculo. O ministro já anunciou que pretende sanear as contas enfrentando as resistências a reformas importantes, como a da Previdência. As projeções do próprio governo mostram que, em trinta anos, o rombo do INSS, hoje de 133 bilhões de reais, vai aumentar quase vinte vezes, e deve superar a barreira dos 200 bilhões de reais já em 2020. Se nada for feito, os jovens de hoje, incluindo os 3 000 que disputam o emprego no restaurante em Brasília, poderão ficar sem os benefícios num futuro próximo.
Exemplos de má gestão estão emergindo em praticamente todos os órgãos federais. No Ministério das Relações Exteriores, a dívida ultrapassa os 800 milhões de reais. A conta inclui os repasses aos consulados, a ajuda de custo dos diplomatas (muitos tiveram de contrair dívidas para pagar aluguéis) e os pagamentos de organismos internacionais aos quais o Brasil é associado. Nos ministérios dos Transportes e das Cidades há bilhões de reais em despesas autorizadas sem os recursos em caixa para quitá-las. O governo petista também deixou bombas armadas nas principais empresas estatais. Dá-se como certo entre os analistas do mercado financeiro que as estatais precisarão receber uma injeção de dinheiro público. Do contrário, não terão condições de honrar suas dívidas. A agência de classificação de risco Moody's calcula que será necessário cobrir um rombo monumental, de valor estimado entre 300 bilhões e 600 bilhões de reais. Na semana passada, já como consequência do descontrole, a Bolsa de Valores de Nova York impediu a negociação de ações da Eletrobras. O balanço da estatal é tão nebuloso que a empresa contratada para auditá-lo se recusou a fazê-lo.
Há outros problemas a enfrentar a curtíssimo prazo. Ao perceber que o processo de impeachment era inevitável, Dilma Rousseff resolveu dar uma última contribuição à irresponsabilidade administrativa: demarcou terras indígenas em áreas de conflito, concedeu reajustes salariais impagáveis, nomeou aliados para cargos de confiança, liberou verbas a aliados do governo e anunciou medidas que ela própria sabia carecerem de financiamento. Ministros encontraram a contabilidade quebrada, com milhões de reais em dívidas com fornecedores, obras atrasadas e um emaranhado de nomeações de militantes petistas para cargos de terceiro escalão. "Estamos suspendendo um número absurdo de empenhos e de liberações que foram feitas nas últimas semanas. Há um punhado de nomeações que beiram a irresponsabilidade e uma série de outras coisas", diz o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que, depois de vasculhar os arquivos da sua pasta, descobriu quase 1 000 cargos de confiança abertos pelo antecessor, o petista Ricardo Berzoini - metade dos quais, segundo ele, ocupada por fantasmas.
Num espaço de dez dias que antecedeu o seu afastamento, a presidente anunciou o aumento do benefício do programa Bolsa Família, a construção de 11 000 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida -Entidades e o reajuste salarial em massa para quase 75 000 servidores. A bandalheira é justificada pelos petistas como uma inteligente estratégia política - forçar os novos ministros a cancelar as medidas generosas e alimentar uma agenda negativa.
O deputado tucano Bruno Araújo teve de desarmar a armadilha. Assumiu o Ministério das Cidades tendo como primeiro ato a suspensão da construção de milhares de moradias populares anunciada - sem previsão orçamentária - por Dilma. No dia seguinte, os movimentos de sem-teto divulgaram protestos contra o governo. A mesma casca de banana foi deixada no caminho do ministro do Planejamento, Romero Jucá. Ele foi obrigado a comunicar a revisão de reajustes salariais concedidos por Dilma. Algumas categorias já planejam greves.
No Ministério da Justiça, Alexandre de Moraes, o novo ministro, assumiu o cargo enfrentando protestos de índios contra a revisão da demarcação de terras realizada pela Funai um dia depois do afastamento de Dilma. As arapucas também se estendem à desapropriação de fazendas para a reforma agrária decretada no apagar das luzes, o que, evidentemente, deu ao Movimento dos Trabalhadores Sem ­Terra (MST) argumentos para acusar o governo de ter se rendido aos latifundiários. As lideranças já organizam protestos e invasões. O amplo pacote de "bondades" também incluiu o reajuste na tabela do imposto de renda, algo que até pode ser considerado justo, mas, neste momento de arrocho, terá o efeito de sugar mais 5 bilhões de reais do combalido Tesouro Nacional. O presidente interino Michel Temer deve apresentar nesta semana a primeira radiografia do governo. Vai denunciar o que ele considera uma operação de sabotagem e anunciar as medidas que serão implementadas para reverter o caos.
A nova equipe econômica terá alguns dos maiores especialistas em finanças públicas do país - e, até recentemente, críticos impiedosos dos descaminhos do governo. Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central na administração Lula, já deixou evidente logo nos primeiros atos que fará uma assepsia nas empresas estatais. Para chefiar a Petrobras, o epicentro do maior escândalo de corrupção da história, o ministro nomeou o economista Pedro Parente, que ocupou o cargo de ministro do Planejamento e depois chefiou a Casa Civil no governo FHC. Ao aceitar o cargo na Petrobras, Parente reforçou a necessidade de uma gestão técnica e disse que não haverá mais indicações políticas para a diretoria da estatal. Foi a exigência do ex-ministro para aceitar o posto. O BNDES, um dos responsáveis pelo rombo nas contas públicas, será comandado por Maria Silvia Bastos Marques, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A executiva tem experiência em privatizações - e a venda de ativos do setor público, além do indesejado aumento de impostos, é uma das saídas estudadas para levantar recursos e abater a dívida pública.
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terça-feira, 10 de maio de 2016

Mais uma delação que exibe a forma degradante de governança do PT...

Delação fatal 

O que Otávio Azevedo falou é motivo para a saída de um presidente em qualquer democracia

RUTH DE AQUINO
08/04/2016 - 19h27 - Atualizado 08/04/2016 19h27
Algum petista precisa convencer a presidente Dilma Rousseff a apoiar os trabalhos da Câmara nos fins de semana, sábados, domingos e feriados, para acelerar a votação do processo de impeachment. Dilma, apresse tudo por seu próprio bem.
Porque, a cada semana, a cada depoimento que ganha a luz do dia, sua permanência no Palácio do Planalto fica mais insustentável. Não tem encanador no mundo que dê jeito nos vazamentos desse esgoto de propinas. No seriado “Executivos contra o Executivo”, o conteúdo das denúncias é assombroso.
Vamos esquecer que este é um mau governo – uma constatação de eleitores de todas as classes sociais e todos os matizes ideológicos. Dilma jogou o Brasil numa crise sem tamanho. Um Brasil que ficou tão menor sob sua incompetência e irresponsabilidade fiscal. Um Brasil que só aumenta os gastos públicos, mete a mão na arrecadação de impostos e condena a população à inadimplência.
Vamos esquecer sua falta de liderança, atestada por políticos de todos os partidos, entre eles o PT. Vamos esquecer a alta da inflação e do desemprego. Vamos esquecer que, ainda hoje, com o país no abismo, Dilma negocia, em troca de votos de qualquer picareta, as Pastas de Educação e Saúde, como se fossem legumes na xepa ou moedas de cara ou coroa – só para se manter no poder. E que se dane o povo nas filas de escolas e hospitais, refém de epidemias graves e indicadores educacionais vergonhosos.
Vamos esquecer as pedaladas fiscais, manobras que sempre existiram, mas que dispararam com Dilma e chegaram a R$ 72 bilhões – pedaladas para financiar projetos do governo, pintar de rosa a realidade e ganhar a reeleição com base em grossas mentiras. Esses bilhões foram ressarcidos aos bancos públicos no último dia útil de 2015, com o governo já acossado por denúncias de ilegalidade.
Vamos esquecer as delações anteriores, de seu ex-líder na Câmara Delcídio do Amaral ou de operadores e presidentes de empresas, todos admitindo participar de uma rede de obras superfaturadas e do movimento de fortunas para beneficiar seu governo. Vamos esquecer até as críticas de Lula a seu estilo autoritário, Dilma, com socos na mesa e palavrões. Um estilo agora substituído por um sorrisinho debochado com chiclete e por comícios seletivos no Palácio do Planalto, com claque garantida.
Vamos esquecer o caos e nos ater à última delação, de Otávio Azevedo, ex-presidente da segunda maior empreiteira do país, a Andrade Gutierrez. O executivo diz ter pago, com outras construtoras, R$ 150 milhões em propinas disfarçadas de doações eleitorais para o PT e o PMDB, repartidos igualmente, para ganhar o contrato da usina de Belo Monte.
Quem ganhou a “concorrência” acabou sendo o amigo de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, com um consórcio de empresas formado às pressas. A amiga de Dilma, Erenice Guerra, calou as queixas de Otávio Azevedo, prometendo a ele que Bumlai contrataria a Andrade Gutierrez para executar a obra. E assim foi. Se não me engano, isso se chama “quadrilha”.
O executivo Otávio Azevedo também declarou ter sido intimado pelo tesoureiro da campanha de Dilma em 2014 e atual ministro da Secretaria da Comunicação Social, Edinho Silva, a doar dinheiro para a reeleição da presidente. Otávio argumentou que já tinha pago a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, hoje preso na Lava Jato. E que não poderia fazer a mesma doação novamente. As partes teriam então chegado a um acordo de doação de R$ 20 milhões. Doação registrada legalmente, mas que, segundo Otávio Azevedo, seria originária de propina de obras superfaturadas da Petrobras e obras das usinas de Angra 3 e Belo Monte, além do Complexo Petroquímico do Rio, o Comperj.
A delação de Otávio Azevedo não livra a cara do PMDB nem do PSDB, cujo candidato à Presidência, Aécio Neves, também recebeu doações da empreiteira. Segundo o depoimento, em 2009, R$ 600 mil em dinheiro vivo foram entregues ao ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, do PMDB. A delação também envolve o economista Delfim Netto, que teria recebido, segundo executivos da empreiteira, R$ 15 milhões de propina em 2010.
Caso essa delação seja verdadeira, o que Otávio Azevedo falou é, por si só, motivo para a saída de um presidente ou de um primeiro-ministro em qualquer democracia civilizada. Causa espanto que Dilma se indigne não contra o conteúdo da delação, mas contra “os vazamentos seletivos” que favorecem “o golpe”. Causa espanto que o Partido dos Trabalhadores refute a última delação não em tom de revolta contra invenções absurdas, mas contra o que o PT chamou de “ilações”. Fraco.
Todos os acusados negam malfeitos. Mas não acreditamos mais. Precisamos passar o Brasil a limpo. E isso significa punir todos os bandidos, a torto e a direito, sem apegos a siglas, mas aos fatos.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Protestantes profissionais da CUT e do PT estão hospedados no mesmo hotel de Lula para vandalizar um episódio da história do Brasil no domingo dia 17 de abril

SINDICALITAS DA CUT-PT CONTRA IMPEACHMENT SE HOSPEDAM NO HOTEL MAIS CARO E LUXUOSO DE BRASÍLIA. O MESMO EM QUE LULA MONTOU O SEU BUNKER.
Esta foto do site Diário do Poder mostra a fila dos petistas para o check-in. Eles já estão chegando em Brasília .

Brasília será palco no domingo (17) de um dos mais importantes episódios da historia da política brasileira: a votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff. Para a ocasião, manifestantes contra e a favor já chegaram a Brasília para acompanhar a votação na Esplanada dos Ministérios, que foi dividida por uma cerca para evitar confrontos.
A chegada dos manifestantes petistas contra o impeachment de Dilma chamou atenção. Enquanto as cerca de 25 pessoas pró-impeachment instalaram 14 barracas e se hospedaram ao ar livre no Parque da Cidade, os sindicalistas do PT foram para o luxuoso hotel Royal Tulip, no Setor de Turismo e Hotéis Norte, o mais caro de Brasília, como mostra uma imagem feita por um hóspede.
Segundo o setor de reservas do Royal, a diária no quarto simples, de 36 metros, para duas pessoas, com duas camas de solteiro e vista para o Lago Paranoá, custa R$ 421 por dia, mais 15% de serviço, que dá total de R$ 484, por pessoa.
Um quarto com um pouco mais de requinte, de 56 metros, com closet, custa R$ 571 por dia, para duas pessoas. Com o serviço, o total fica em R$ 654. Já a suíte, com ampla vista para o lago, tem diária em R$ 771, que chega a R$ 877 com o serviço.
Analisando a diária do quarto simples, os sindicalistas desembolsarão R$ 2.420, cada um, de quarta até domingo, dia do impeachment, para aproveitar o luxo e o lazer do hotel. Café da manhã, área de lazer, sauna, academia e internet à vontade. O pagamento deve ser feito no check-in, assim que chegam no hotel, momento em que foi feita a imagem dos sindicalistas. A medida é para evitar calotes.
SUÍTE DE LULA
É em uma dessas suítes de dois ambientes, dois banheiros e cama king size que está hospedado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que teve a nomeação como ministro da Casa Civil cassada. De lá, ele recebe aliados políticos, os próprios sindicalistas, e interlocutores para tentar salvar o mandato da presidente Dilma. Segundo parlamentares que frequentam os encontros, as reuniões sempre são fechadas e todos devem deixar os celulares do lado de fora. Virou seu gabinete de trabalho. Do site Diário do Poder