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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Dogmas do corpo e tratados da alma podem ser adquiridos durante a vida...

Sexo, liberdade e etnia 

- ROBERTO DAMATTA

O GLOBO - 12/10

Há na idade uma progressão determinante em contraste com a liberdade. Refiro-me ao fato de que todos nós temos um início e um inevitável fim
Um mundo globalizado e idealmente igualitário abriu os portões de uma inigualável liberdade. Hoje, a sexualidade e a etnia não são mais papéis irrecorríveis — são papéis adquiridos. Resultam de escolhas individuais que rompem com a determinação que decretava como deveríamos ser. Dissolvemos a ideia estabelecida de dois sexos com o redesenho fundado na liberdade, pois o fisiológico não determina mais nem as práticas eróticas, nem a construção de um grupo familiar. O aparato biológico com o qual nascíamos (e morríamos) foi repensado pela categoria de gênero. Podemos nascer como “homens” ou “mulheres”, mas viver atualizando muitas formas de masculinidade e feminilidade.

O dualismo arcaico constituído de masculino e feminino — de homem e mulher — foi substituído pelo direito de escolher. Aliás, mesmo quando havia somente dois sexos — o ator principal do drama (o masculino) e o seu coadjuvante oprimido (o feminino), como nos revelou Simone de Beauvoir num livro fundacional, “O segundo sexo”, publicado em 1949, o mesmo ano, aliás, em que veio à luz o igualmente clássico “As estruturas elementares do parentesco”, de Claude Lévi-Straus, um estudo que confirmava as mulheres como objeto de trocas matrimoniais realizadas por seus pais e irmãos — sempre existiram homens femininos e mulheres masculinas.

Já sabíamos que certos atributos tradicionais de gênero — virilidade, sensualidade, docilidade, intuição, coragem, persistência, passividade, racionalidade etc... — não estavam em sincronia com ovários e testículos.

A possibilidade da reinvenção erótica permitiu redefinir a ontologia exclusiva do macho ou fêmea. Tanto Freud quanto Margaret Mead revelaram como sistemas de crenças marcam e definem o quem é macho ou fêmea, tornando a classificação simbólica mais importante do que que a visão universalista e evolucionista tradicional. Freud, por exemplo, falou em bissexualidade. Mead, por seu turno, descreveu sociedades nas quais os homens eram passivos e as mulheres ativas. Tal variedade, porém, não foi tomada como uma receita. O que se demonstrava era um conjunto de alternativas a serem respeitadas, e não uma outra camisa de força a ser seguida.

Em relação à etnia, ocorreu um processo semelhante. Uma pessoa pode nascer “negra” ou “oriental” e viver e morrer como “branca”: americana ou europeia. Ela pode manejar o seu corpo para nele reproduzir o padrão étnico ocidental ou fazer o movimento inverso, orientalizando-se ou africanizando-se. Ademais, dinheiro e celebrização permitem mais liberdade, bem como, maior legitimidade, mesmo diante de inevitáveis incoerências.

O fato é que neste nosso mundo que oscila entre liberdade e inquietação, podemos escolher o país com o qual queremos nos associar, de tal modo que o nascimento e a descendência não mais determinam nossas consciências e etnias.

Mas se um viés de liberdade centrada no individualismo marca a subjetividade sexual e o pertencimento a algum grupo, tudo muda quando falamos de idade. Porque há na idade uma progressão determinante em contraste com a liberdade. Refiro-me ao fato de que todos nós temos um início e um inevitável fim.

Temos todas as liberdades, menos a liberdade de escapar da decadência biológica que vai nos levar — tenhamos ou não mudado de sexo ou de etnia — para o fim.

Podemos evitar a branquidão que é azeda ou a negritude que significava escravidão; podemos transformar o masculino em feminino (e vice-versa), mas não temos como evitar que nasçamos, passemos pela juventude, entremos na idade adulta, envelheçamos e morramos.

Como assimilar essa inevitabilidade da velhice que nem todos, aliás, experimentam, sem pôr em suspeição as utopias das escolhas individuais ou, como dizia Lévi-Strauss, as ilusões da liberdade? Como, num mundo de liberdade infinita, aceitar essa determinação coercitiva da idade?

Podemos reprimi-la, mas não podemos viver sem um corpo que envelhece e impõe um princípio de suficiência no conjunto de escolhas que reproduzem a onipotência do pós-capitalismo apoiado no consumo e na alta tecnologia. Esse progresso que promete uma vida sem dor nas costas. O envelhecer prova que, tanto como o planeta e o capitalismo, nós também temos limites. É preciso um mínimo de asas para voar.

A inexorabilidade da idade deve ser lembrada neste Brasil onde a aposentadoria sinaliza velhice e promoção, livrando-nos do trabalho lido como castigo e estigma escravista, e não como um chamado ou vocação. Entrar nisso, porém, é, como dizia Kipling, uma outra historia...

PS: Dedico essa relfexão à memória de Irma Brant, com o meu afetuoso abraço para Arnaldo e Jaqueline.

Roberto DaMatta é antropólogo

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

É preciso desconfiar mais que antes...


RUTH DE AQUINO - 05/10/2012 23h24 - Atualizado em 05/10/2012 23h26

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Sexo, mentiras e internet

RUTH DE AQUINO
RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)Você já viu esta cena. Todos na sala ou no restaurante esquecem um nome de filme ou escritor, alguém quer checar uma notícia, uma data... e o tablet ou o iPhone salvador é acionado. Pergunte ao Google. E lá está a informação que colore o branco da memória. Em termos. O que você lê na internet pode estar errado ou ser uma mentira deliberada. Com a ajuda da credulidade humana, histórias inventadas se propagam. Algumas são plausíveis, baseadas em dramas reais.

O professor de geografia, radialista e humorista Fábio Flores, capixaba de 39 anos, é um criador de notícias falsas ou, na definição dele, “fantasiosas”. A repercussão nacional e internacional de suas histórias é tão ampla que Fábio pensa em transformar sua experiência numa tese de mestrado sobre o “jornalismo mentira”. Ele publica casos com nome, sobrenome, idade, profissão, detalhes como “o quê, quando, como e por quê” em blogs e sites que fazem referência a seu humor no rodapé.

Os casos de Fábio são um 1o de abril eterno. Ganham legitimidade com a palavra de especialistas, debates em televisão e em universidades, projetos de lei, aulas de Direito e reportagens na mídia impressa e virtual no Brasil, Espanha, Itália, França e Estados Unidos. Ele nunca reclama a autoria. Não quer deter o curso de sua ficção. Seu interesse é outro: analisar até onde voam seus personagens – algo que ele chama de “capilaridade”. Os assuntos com “maior capilaridade na rede”, segundo ele, são, pela ordem, “sexo, leis e religião”. Se der para misturar tudo numa só história que desafie tabus e preconceitos, mais sucesso ela terá no mundo real. No Facebook e no Twitter, dezenas de milhares curtem, comentam e discutem como se fosse tudo verdade.
Qualquer um pode inventar uma notícia na rede. Quando a versão mais picante prevalece, a vítima é a verdade 
Há duas semanas, esta coluna se referiu a uma briga no Facebook entre a publicitária Mara Rocha e seu ex-marido Carlos Cavalcanti. A “briga” fora noticiada por um jornal nacional respeitado, dois sites jurídicos e confirmada a mim por uma advogada, com base em dez fontes, entre jornais impressos, sites e fóruns de Direito. Mara e Carlos não existiam. Eram um casal criado por Fábio, inspirado em brigas verídicas no Facebook. Descobri a fonte no Twitter. Fábio comemora sempre que uma história sua, inspirada na vida como ela é, sobe ao pódio da legitimidade. Na opinião dele, a mídia mais nobre é a impressa. Eu o entrevistei ao telefone. Ele disse que as redes sociais são um campo fértil para propagar invenções que afetem o cotidiano das pessoas. Verdade.

“Não há ofensa nem reclamação contra as minhas histórias, porque os personagens não existem”, diz Fábio. Entre seus casos de maior repercussão está “a mulher que exigiu na Justiça o direito de se masturbar no trabalho”. Essa ganhou fama internacional, porque o drama dos sexólatras, os viciados em sexo, é atual e sério. O “padre que se recusou a casar uma noiva sem calcinha” virou projeto de lei de um vereador de Vila Velha, Espírito Santo, e tema de programa de TV, que entrevistou um padre verdadeiro. O “sêmen que clareia os dentes” foi parar no site de um dentista. A “advogada que pediu indenização na Justiça por casar com um homem de pênis pequeno” foi capa de jornal e ganhou conteúdo científico sobre “insuficiência peniana”. O “homem de 36 anos que se separou da mulher, em Roraima, para casar com o cunhado e pastor de 28 anos” causou furor entre internautas e apareceu em jornais do Norte.

A mentira não é privilégio dos tempos de internet. Mas a democratização do debate em sites e blogs facilita equívocos e maledicências. E é responsável por absurdos. No início de setembro, o escritor Philip Roth escreveu uma carta aberta à Wikipédia, reclamando de um verbete errado sobre seu romance A marca humana (The human stain). A Wikipédia se recusou a reparar o erro, afirmando precisar de “fontes secundárias”. O autor do livro não era suficiente. Roth descobriu que não era mais crível que algum crítico literário fofoqueiro. É assustadora a fé com que jovens e adultos consultam hoje a Wikipédia, brandindo os verbetes como se fossem verdades absolutas. Citações atribuídas a autores errados são compartilhadas febrilmente.

As fronteiras entre a verdade e a ilusão, entre o fato e a versão são parte da história da humanidade e já fizeram muitas vítimas. Assim é se lhe parece, uma das obras-primas do Nobel de Literatura Luigi Pirandello (1867-1936), trata da construção imaginária e cruel de uma personagem que jamais aparece numa cidade italiana. Quando a fofoca é persistente e a versão é mais picante que o fato, a maior prejudicada é a verdade. Hoje, qualquer um tem o poder de criar um perfil falso no Facebook ou inventar uma notícia. É preciso desconfiar mais que antes. Nós, jornalistas, mais que todos. Uma lição que se aprende...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dois entretenimentos em um só campo...;

O estádio de futebol - da foto - tem hotel com janelas para o campo... Em uma dessas janelas alguém descobriu um casal fazendo sexo. O incidente conseguiu mais apreciadores do que o jogo com 22 homens lutando por uma bola. O jogo era pelo campeonato belga...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Transparência é isso...

Os australianos estão decepcionados com a primeira-ministra de seu pais... A foto é a causa de tal decepção. 
Mas, a fotografia parece proposital, feita do alto da residência, sei não...?
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110920_australia_premie_tv_sexo_rw.shtml

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Irã aconselha em vídeo como fazer sexo


Algumas mulheres vão contrariar os expositores da mensagem oficial. 
No texto da jornalista de Época, Letícia Sorg,  há explicações com as quais ela admite que existem informações que o público feminino não vai concordar

Alguns dos conselhos são válidos em todos os lugares: “A raiva e o estresse prejudicam a atividade sexual” e “Na relação, não é só o homem que se movimenta, enquanto a mulher está lá deitada. Mexa-se junto. Mulheres, se vocês querem ter um orgasmo, têm que mexer também.”
Para os homens, sobre as preliminares:
Exemplo: "“Use sua língua para tocá-la. Ouçam, homens, a pele atrás e ao lado das orelhas, o pescoço e a bochecha são as partes mais sensíveis da mulher.”
(Não está exatamente errado, mas acho que todo mundo consegue pensar em partes tão ou mais sensíveis do que as do guia iraniano)
Como saber se uma mulher teve um orgasmo:
Diz a mensagem iraniana:“Tente carregar a mulher depois do sexo, e você verá que ela parece mais pesada. Isso é um bom sinal, indica que ela está satisfeita.”
(alguém consegue explicar a lógica do conselho? Entendo sugerir que o homem carregue a mulher, mas a medir o prazer dela pelo peso…)
Aí a coisa 'pega'; depois de tanto exercício prazeroso, como 'carregar a mulher para medir seu peso'?
Contudo, o vídeo faz sucesso ... e não é pra menos!