Uma casa de preguiçosos, a
Câmara dos Deputados
Tem emprego que pague melhor por expediente de trabalho tão curto?
Ricardo Noblat
A ser verdade o que disseram líderes de partidos para justificar a falta de quórum, ontem, para a votação dos vetos de Dilma a projetos que criaram novas despesas...
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), disse que “um problema de logística” atrapalhou a chegada no Congresso de parte de seus liderados.
- Foram detalhes de logística. Muitos peemedebistas estavam em trânsito, voltando de seus estados - explicou.
Apenas 52% dos peemedebistas registraram presença na sessão, que foi remarcada para hoje às 11h30.
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), também atribuiu a ausência de parte de sua bancada ao que chamou de “uma questão tradicional dos deputados”.
- Cerca de 70% da minha bancada chega entre meio dia e 17 horas – justificou.
A ser verdade o que disseram Picciani e Rosso, resta provado o que se sabe, mas não se diz pelo menos na Câmara: a maioria dos deputados só trabalha dois dias por semana.
Costuma chegar em Brasília na tarde da terça-feira. E ir embora na tarde da quinta-feira.
Desde janeiro último que deputado embolsa, só de salário, R$ 33,7 mil. E custa aos cofres públicos, mensalmente, a bagatela de R$ 1.792.164,24.
Tem emprego que pague melhor por expediente de trabalho tão curto?
Sessão da Câmara dos Deputados (Foto: JBatista / Câmara dos Deputados / VEJA)