10/06/2012 12h57 - Atualizado em 10/06/2012 12h57
'Foi um ato de desespero', diz filha de
idosa que atirou em suspeito no RS
Homem invadiu apartamento da mulher de 87 anos em Caxias do Sul.
Após apresentar-se à polícia, ela foi liberada e está em casa.
Fachada do prédio onde a idola matou o assaltante(Foto: Reprodução/RBS TV)
Um ato de desespero. Assim a filha da idosa de 87 anos que atirou em um suspeito que invadiu seu apartamento na tarde de sábado (9), em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, define a ação da mãe. Com o disparo, que atingiu o peito, o homem morreu no local, segundo informações da Brigada Militar, que atendeu a ocorrência.
A polícia foi acionada por familiares da idosa, que entrou em contato logo após o ocorrido. Surpresa com a ação da mãe, a filha diz que a decisão de atirar foi tomada em um ato de desespero. "Ela estava no quarto e acordou com o 'cara'. Quando viu o olhar dele, como se fosse atacar, ela não pensou duas vezes. Foi um ato de desespero", relatou Régia Prá.
Ainda segundo a filha, o homem conseguiu entrar no apartamento da idosa ao subir no telhado de uma escola que fica ao lado do prédio, localizado no Centro da cidade. Ela mora sozinha, no segundo andar.
Os familiares estavam em uma chácara distante cerca de 6 quilômetros de Caxias do Sul quando receberam a ligação. A idosa não conseguia contato com a polícia e pediu ajuda dos parentes, que acionaram o serviço. Uma equipe da Brigada Militar chegou antes da família ao prédio. O corpo foi removido, e a senhora foi até a delegacia prestar depoimento. Depois, foi liberada.
A família ainda não sabe se a idosa terá de voltar à delegacia para mais esclarecimentos. "Ela voltou para casa, acho que não tem como ter dúvidas que de ela agiu em legítima defesa", comentou a filha.
Segundo Régia, a mãe é uma pessoa tranquila e, apesar de abalada com o fato, preferiu seguir em seu apartamento, onde mora sozinha. "Ela é muito católica, preferiu se resguardar e rezar", contou. A arma que a idosa usou para atirar no suspeito era herança da família, e estava guardada com munições havia mais de 35 anos, de acordo com a filha.