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quinta-feira, 28 de junho de 2012

O empate de Boca Juniors e Corinthians visto pelo La Nacion

http://canchallena.lanacion.com.ar/1485884-las-5-cosas-que-debera-cambiar-boca-para-ser-campeon-en-brasil

Las 5 cosas que deberá cambiar Boca para ser campeón en Brasil


La igualdad de anoche ante Corinthians por la final de la Libertadores encendió la señal de alarma en los xeneizes; qué tendrá que mejorar Falcioni de cara a la revancha del próximo miércoles. Por Guido Molteni 

28 de Junio de 2012 - 08:23
FotosLa definición, una de las cosas que Boca deberá mejorar | Emiliano Lasalvia - LA NACION
Evitar las distracciones. Si el equipo de Falcioni quiere ser campeón, deberá estar concentrado los noventa minutos del partido que jugará en Pacaembú. Anoche, Corinthians demostró su alto poder de efectividad ya que en el segundo tiempo tuvo una sola llegada clara y fue gol. Pocos minutos antes del tanto brasileño, el partido estuvo parado porque los hinchas visitantes arrojaron bengalas al campo de juego y eso influyó en la atención de los xeneizes. De hecho, Riquelme al término del partido se quejó de la decisión arbitral, pero... ¿cómo nació el tanto brasileño?. Román perdió displicentemente la pelota en la mitad de cancha, Erviti no estaba en su posición dejando libre el sector izquierdo del mediocampo, Caruzzo falló en la dividida con Emerson, Schiavi salió más lejos de lo que debía y Clemente Rodríguez perdió la marca cuando Romarinho hizo la diagonal. Cinco errores de cinco jugadores distintos que se podrían haber evitado. 
Tener más movilidad en el ataque. En Brasil, Corinthians estará obligado a salir a atacar por la presión de ser local y los espacios aparecerán solos. Por eso, Mouche y Silva (si Falcioni los confirma como titulares) deberán aprovechar esos espacios intentando picar al vacío y no tanto recibiendo de espaldas al arco rival. Allí deberá aparecer Riquelme en lo que mejor sabe hacer. En la semifinal en Chile, si bien Mouche falló todas las situaciones claras que tuvo, encontró por ese camino muchas más chances de gol que anoche, donde no se lo vio cómodo en ningún momento. 
Explotar mejor la banda de Clemente Rodríguez. Si Boca anoche mereció ganar, fue por lo hecho en el segundo tiempo. No es casualidad que esa haya sido la etapa en la que Clemente Rodríguez tuvo más protagonismo, en sus asociaciones constantes con Riquelme, Erviti y Mouche. El lateral izquierdo xeneize estuvo contenido en el primer tiempo, ya que los brasileños le dejaron siempre un extremo a sus espaldas. Sin embargo, en el complemento se animó a avanzar más y oxigenó el ataque xeneize, siendo la opción preferida por Román. 
Hacer de la pelota parada un culto . Es probable que en Brasil se dé el mismo encuentro cerrado que anoche. Por eso, Boca deberá tomar nota de la importancia de las pelotas paradas en este tipo de partidos y aprovecharlas al máximo. Ayer hubo algunos córners en los que los jugadores xeneizes cometieron empujones infantiles adelante del árbitro, y en el primer tiempo se apuraron a jugar en corto algunos tiros libres ofensivos en lo que un centro podría haber generado mayor peligro. 
Tener más serenidad en la definición. En la Copa Libertadores, Corinthians recibió sólo cinco goles en 13 partidos. Los números son claros y marcan que la defensa es el pilar del equipo brasileño. Por eso, si Boca quiere sumar otra Libertadores a sus vitrinas no puede darse el lujo que se vino dando en los últimos encuentros: fallar muchas ocasiones de gol. A pesar de contar con Silva, el nueve sólo tiene 3 goles en la Copa, la misma cantidad que Román, Mouche y Sánchez Miño, los cuatro máximos anotadores del xeneize en la Copa. Los goles que anoche erraron Mouche, que terminó sin confianza una pared con Riquelme que lo dejó mano mano, y Cvitanich, que se sorprendió tras el cabezazo de Viatri que pegó en el travesaño y no supo definir, son ventajas que los xeneizes no podrán dar en Brasil. 
 

Boca Juniors 1 X 1 Corinthians // "Foi bom,né" !

Romarinho comemora importante gol em La Bombonera - Eduardo Di Baia/AP
Eduardo Di Baia/AP
                                                         Romarinho comemora importante gol em La Bombonera


Romarinho celebra gol histórico, mas admite que 'a ficha ainda não caiu'

Timidez, simplicidade e frieza do jovem atacante de 21 anos têm surpreendido os dirigentes

28 de junho de 2012 | 8h 33
BUENOS AIRES - "Foi bom, né?" Ditas ao diretor adjunto de futebol Duílio Monteiro Alves, essas foram as primeiras palavras de Romarinho ao entrar no vestiário da La Bombonera após marcar o gol do empate 1 a 1 contra o Boca Juniors que deixou o Corinthians a uma vitória simples de conquistar o seu primeiro título da Libertadores. A timidez, simplicidade e frieza do jovem atacante de 21 anos têm surpreendido os dirigentes.
O próprio Romarinho parece não acreditar muito que pode ter feito nesta quarta-feira um dos gols mais importantes da história do clube caso o título realmente venha na próxima quarta-feira, no Pacaembu. "A ficha ainda não caiu", admitiu.
O atacante ganhou destaque na imprensa argentina antes mesmo de calar a La Bombonera com seu belo gol aos 40 minutos do segundo tempo. Na segunda-feira, muitos jornais destacavam que ele poderia ser a surpresa do Corinthians para o primeiro jogo decisão já que havia feito dois gols no clássico de domingo. O La Nacion, um dos principais jornais do país, no entanto, acabou comentando uma gafe. Escreveu que o corintiano era filho do ex-jogador e agora deputado federal Romário.
"Vi essa matéria, mas aproveito para dizer que o meu grande ídolo sempre foi o Ronaldo", diz o atacante que pode conquistar na próxima semana um dos poucos títulos que o Fenômeno não arrebatou em sua vitoriosa carreira. "Tomara que esse taça venha na quarta-feira porque todo mundo está esperando há muito tempo. Sempre sonhei em jogar em um time grande, marcar gols importantes e fazer a torcida feliz. Acho que aos poucos estou conseguindo alcançar os meus objetivos.
Cauteloso ao escolher as palavras, Romarinho não cobra uma vaga entre os titulares. E explica o motivo. Para ele, não é necessário jogar 90 minutos para ser importante para a equipe. "Entrei faltando oito minutos para acabar o jogo e na primeira bola que peguei consegui finalizar bem, na cavadinha, e decidi a partida".
Foi bem, né?

Hoje na Eurocopa > Alemanha e Itália jogam a semi-final que indicará o adversário da Espanha no domingo

O jogo da semi-final começará às 15 horas e 45 minutos
As TV's BAND, GLOBO E SPORTV farão a transmissão a partir de 15 horas 
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A disputa da última vaga para a final terá este palco, o estádio de Varsóvia



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Pedofilia : os criminosos são organizados e atuam em todo mundo...

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,operacao-da-pf-prende-integrantes-de-rede-mundial-de-pedofilia,892845,0.htm


Operação da PF prende integrantes de rede mundial de pedofilia

Dez pessoas já foram presas no RS, RJ, PR e ES pela Operação DirtyNet nesta quinta-feira

28 de junho de 2012 | 9h 48
Atualizada às 11h07
Divulgação

SÃO PAULO - Sobe para dez o número de pessoas presas nesta quinta-feira, 28, acusadas de integrar uma rede internacional de pornografia infantil.
Durante operação desencadeada pela polícia federal, quatro integrantes do grupo foram presos no RS, três no RJ e dois em Curitiba, no Paraná.
Polícia federal apreende material em mandado de busca e apreensão cumprido em Porto Alegre - DivulgaçãoO grupo atuaria em 11 estados e no Distrito Federal, sendo responsável pela distribuição de arquivos com cenas de abusos praticados contra menores, inclusive bebês.
Além da troca de arquivos, a polícia teve acesso a relatos de outros crimes, como estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo, informou a PF.
O conteúdo era compartilhado com outros usuários na internet de mais 34 países. A Interpol já foi informada sobre a investigação e deve continuar a busca por todos os envolvidos.
A Operação DirtyNet está cumprindo 50 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.
Espírito Santo. No município da Serra, um mandado de busca e apreensão resultou na prisão de um estudante de 19 anos. Segundo a PF, em seu computador foram encontrados vários arquivos de fotos e vídeos, envolvendo exploração sexual de criança. Durante a ação, o jovem acabou confessando que tinha acesso a uma rede privada onde obteve os arquivos. Ele pagou fiança e responderá o processo criminal em liberdade.

Mais uma tentativa da ONU para interromper o massacre de civis na Síria...

http://blogs.estadao.com.br/jamil-chade/2012/06/25/exclusivo-assad-tenta-amenizar-relatorio-de-brasileiro-sobre-massacres/

25.junho.2012 08:50:03

EXCLUSIVO: ASSAD TENTA AMENIZAR RELATÓRIO DE BRASILEIRO SOBRE MASSACRES


Num esforço desesperado para evitar uma condenação, o governo da Síria recebe neste momento em Damasco o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, indicado pela ONU para investigar os crimes no país árabe e apresentar nesta quarta-feira um relatório completo do massacre de Hula, que fez 108 mortos.
Pinheiro, como o Estado antecipou, viajou no fim de semana, em uma missão mantida em total sigilo pela diplomacia brasileira e mesmo pela ONU, alegando considerações de segurança envolvendo Pinheiro.
O resultado de sua investigação promete colocar ainda mais pressão sobre o regime de Bashar Al Assad. Há pouco mais de um mês, o vilarejo de Hula foi alvo de um massacre que chamou a atenção internacional. Dos 108 mortos, 90 eram crianças e mulheres. A ONU chegou a apontar que os responsáveis eram membros de milícia pró-Assad. Damasco denunciou o que chamou de “obra de terroristas”.
Agora, os sírios estariam tentando dar indícios a Pinheiro de que o cenário não seria tão simples de apresentar uma acusação contra o governo. Para funcionários da ONU, a esperança clara de Assad é a de amenizar as críticas que o brasileiro poderá fazer.
Pinheiro viajou sozinho e não foi acompanhado pelo restante da comissão de enquete montada pela ONU, com um total de três especialistas. A decisão de Pinheiro de aceitar a ida à Síria significa ainda uma mudança considerável em comparação a seu próprio comportamento no ano passado.
Damasco, em 2011, o convidou na condição de brasileiro a visitar o país antes da elaboração de outro relatório. Mas Pinheiro rejeitou, alegando que só iria com toda a comissão de enquete criada pela ONU. Agora, Pinheiro negociou os termos de sua viagem. Mas aceitou ir sozinho.

Festival de Cannes, o estágio entre a realidade e a ilusão...

http://blogs.estadao.com.br/flavia-guerra/os-famosos-de-cannes-de-perto-eles-sao-quase-normais/

31.maio.2012 09:03:41

Os famosos de Cannes: de perto, eles são (quase) normais

Este texto foi publicano no E+  http://emais.estadao.com.br/noticias/cin…), mas vale aqui também. Do capítulo Bastidores de Cannes, os famosos por trás das câmeras:
kristen1.jpg
Kristen Stewart em conversa com a imprensa: pés descalços e nada de maquiagem
(foto by Anna Luiza Muller)


Flavia Guerra/Cannes
Durante a entrevista coletiva do júri após a premiação do Festival de Cannes 2012 no domingo à noite, entre tantos assuntos cinéfilos para se tratar, um dos jornalistas perguntou a Nanni Moretti (diretor de Habemus Pappam e presidente dos jurados este ano) se ele apoiava a presença cada vez maior de blockbursters americanos e de estrelas de Hollywood na Croisette.
Diplomático, Moretti disse que para ele não importa de onde vem o cinema, mas sim se o filme é bom ou não. Pode-se concordar ou discordar, mas o fato é que, ainda que um filme romeno como Behind The Hills traga uma performance maravilhosa de duas atrizes que tiraram a Palma de favoritas como Marion Cotillard, só mesmo Hollywood garante a badalação que faz de Cannes o mais glamouroso dos festivais de cinema do mundo.
O que seria da monté de marche (o desfile, com direito a paradinha para fotos no Tapete Vermelho) se não fossem nomes como Nicole Kidman, Brad Pitt, Robert Pattinson, Kristen Stewart, Sean Penn, entre tantos outros? Seria como a monté do filme russo In The Fog. Um dos filmes mais belos e vigorosos deste ano, o longa de Sergei Losnitza viu um pitching de fotógrafos (as escadinhas onde eles se estapeiam por um melhor ângulo da festa) praticamente vazio. Era de cortar o coração.
Mas o que dizer da monté de marche de Na Estrada? A première do longa do brasileiro Walter Salles literalmente causou na Croisette. Causou congestionamento e o maior tumulto do ano. Tudo por conta das fãs que se descabelavam para ver Robert Pattinson passar ao lado da namorada Kristen Stewart. Os fãs fieis de Brad e Angelina que me perdoem, mas o ‘casal Crepúsculo’ leva o troféu ‘casal glamour’ este ano. Para quem tem a sorte de encontrar Pattinson e Kristen em situações, digamos, mais descontraídas, a impressão é a mesma. A repórter que vos fala foi à festa de Na Estrada no Cassino e teve a alegria de dividir a mesma pista de dança com Pattinson e Kristen, que circulavam tranquilos e só apelaram para os seguranças na hora de ir embora e encarar de novo as fãs enlouquecidos. Inspirada nas breves, mas divertidas, conversas com os famosos de Cannes este ano, uma pequena análise de cada um deles:
Robert Pattinson
Confesso. Não sou da geração Crepúsculo, nunca fui muito fã da saga e nem caí de amores pelo Pattinson. Até que fui escalada para uma junket (como se chamam os lançamentos de blockbusters que reúnem imprensa internacional e elenco do filme para conversas) em Los Angeles e me encantar com a simpatia do moço. Pattinson é inglês, o que já faz uma grande diferença quando um ator se torna uma estrela. Mais pé no chão em geral que os americanos, as estrelas europeias sabem que, além de muito glamour, há muito jogo de aparência em Hollywood. Pode soar como clichê, mas muita gente ainda se deixa seduzir por esta ideia da ‘meca dourada’ do cinema. Enfim, bom inglês que é, Pattinson gasta seu sotaque britânico para mostrar cada vez mais que não está muito a fim de ser galã a vida toda. É discreto e nada arrogante. Nem de longe dá as respostas ácidas que sua namorada Kristen adora dar. E voltou a provar isso em Cannes. Estrela de Cosmópolis, do sempre controverso David Cronenberg, Pattinson sorria muito, conversava tranquilo com os fãs e fazia questão de ser leve e descontraído nas entrevistas. Quando questionado sobre sua vida de estrela, fez questão de se mostrar ‘um cara normal.” Sem medo de errar, pode-se ver muito bem que ele é tímido, que sorri para esconder o nervosismo. Diante de seus olhos azuis, que ganharam elogios até de Paul Giamatti, impossível não cair de amores.
Kristen Stewart Se o namorado Robert Pattinson é um cara tranquilo e sorridente, o mesmo não se pode dizer de Kristen. Baixinha, magrinha e com um discreto ar de invocada, a atriz prova cada vez mais que não dá respostas prontas, não faz o tipo boazinha, e não está nem aí para as convenções. A mesma impressão que tive ao conhecê-la em Los Angeles, tive agora alguns meses depois. Ela é linda? É. Muito mais bonita com seus olhos azuis que com as lentes castanhas que usava em Crepúsculo, não tem medo de dar entrevista de shortinho e chinelo, de dizer que está com cara de sono porque tirou uma soneca antes do encontro com os jornalistas, e de tomar água no gargalo e dispensar o copo. Coisa raríssima no showbizz de hoje, Kristen diz mesmo o que pensa . E mais raro ainda, ela pensa! E muito! Por exemplo, o que em geral diz uma atriz ao comentar cenas de sexo ousadas? Que ficou super segura porque o diretor é incrível e a fez se sentir protegida etc etc etc. Já Kristen, quando questionada sobre as cenas picantes que protagoniza em On The Road, disse: “Claro que foi desconfortável, claro que senti medo. Mas eu gosto de sentir medo. É pelo desafio que faço cinema”. Palmas para Kristen!
Sean Penn Outro que não faz a mínima questão de ser o namoradinho da América. A primeira vez que o entrevistei foi no Festival de Roma de 2008, quando ele lançava Na Natureza Selvagem. Na entrevista, ele foi simpático, mas não muito. Sorria de leve quando ouviu perguntas mais incisivas e dava sempre um jeito de ir direto ao ponto quando não concordava com os jornalistas. Voltei a encontrá-lo agora para a coletiva de imprensa em prol de suas ações sociais no Haiti em Cannes. Penn continua merecendo o troféu de estrela mais azeda de Hollywood. É intrigante sua figura. Ao mesmo tempo em que é capaz de conseguir mobilizar o maior festival de cinema do mundo para convocar uma coletiva inédita (até então nenhum evento que não tivesse um filme envolvido havia ganhado uma coletiva em Cannes), é também capaz de ser ríspido e irônico ao extremo. Penn não faz cara de bonzinho. Tem sempre aquele ar de ‘não estou nem aí para você’. E está tão aí para as questões sociais do mundo que já embarcou em missões em Nova Orleans pós-Katrina, e agora é praticamente uma entidade no Haiti. Ele pode não ser o cara mais simpático e bonito do circuito, mas é definitivamente um dos mais instigantes. E que charme!
Brad Pitt

O calendário do futebol.... é absurdo e desumano?

http://blogs.estadao.com.br/ricardo-guerra/o-calendario-do-futebol-e-absurdo-e-desumano/


O calendário do futebol é absurdo e desumano

foto_blatter_desumano.jpg
Muito tem sido comentado ao longo dos últimos anos sobre a natureza exaustiva do calendário anual de futebol ao redor do mundo. A maioria dos campeonatos foram ampliados ocasionando um número maior de equipes. Consequentemente, os atletas jogam cada vez mais a cada ano. Alguns times disputam duas ou até mesmo três competições ao mesmo tempo. Em tais circunstâncias, alguns jogadores podem jogar duas partidas por semana durante várias fases da temporada. Assim sendo, esses atletas certamente encontram dificuldades na capacidade de se recuperarem totalmente entre um jogo e outro.
A pesquisa envolvendo a busca de um marcador sanguíneo único, que possa servir como modelo padrão com o intuito de medir a recuperação dos atletas após o exercício exaustivo, está em pleno curso, sendo tema de muito debate dentro do campo da fisiologia do exercício. Além disso, em torno da literatura científica, há muita informação sobre o tempo necessário para a reposição do glicogênio – combustível armazenado nas células dos músculos esqueléticos, que serve como fonte de energia para tais, durante o esforço físico intenso, como por exemplo, durante uma partida de futebol.
Dessa maneira, é possível fazer com que os níveis de glicogênio voltem ao normal dentro das 36 horas após uma partida, se os jogadores seguirem um regime apropriado de alimentação, se tomarem os suplementos ergogênicos adequados e se tiverem tempo suficiente de repouso. No entanto, a reposição dos níveis de glicogênio é um dos muitos elementos dentro do processo de recuperação de um jogador.
Desse modo, vários outros elementos fisiológicos desempenham papel vital no sistema de recuperação, e alguns deles podem levar uma semana ou até mais tempo para serem normalizados, dependendo da carga de esforço físico. Após o exercício exaustivo, por exemplo, o sistema imunológico é severamente deprimido. Além disso, vários mecanismos neurológicos sofrem alterações que não são totalmente compreendidas, e que também levam tempo para serem totalmente restauradas. Ainda mais, em uma competição onde os jogos são disputados com grande frequência, os jogadores podem sofrer efeitos debilitantes por vários dias ou até mesmo por uma semana, incluindo micro-rupturas e dores musculares.
Tomemos como exemplo, o calendário da Eurocopa 2012. Na primeira fase da competição, as diversas seleções jogaram uma média de três jogos em menos de dez dias. Mediante a este fato, em conversa pelo telefone com o Dr. John Ivy, um fisiologista de renome mundial da University of Texas, ele me disse que duvidava muito que um jogador seria capaz de ter uma recuperação completa, com tantos jogos em um período tão curto de tempo.
Assim sendo, o planejamento por trás da tabela da Eurocopa atual é tão absurdo, que a seleção de Portugal tendo jogado sua partida de quarta de final antes da Espanha, que foi sua adversária ontem na semifinal, teve aproxidamente 48 horas a mais para se preparar para esta partida. A mesma vantagem terá a Alemanha ao enfrentrar a Itália hoje nas semifinais. Com base nisso, como alguém poderia justificar uma vantagem tão grotesca entre os adversários? Isso não faz sentido e é simplesmente uma vergonha!
Em meio a tal situação, fica evidente que quem organizou esse calendário não tem a menor idéia sobre os conceitos mais rudimentares da fisiologia do exercício. Os organizadores do evento, certamente, mostraram um conhecimento zero sobre a dinâmica do processo de preparação, recuperação e certamente não dão a mínima sobre o bem-estar fisiológico dos jogadores.
Dessa forma, é desumano exigir mais desses jogadores na atual competição, pois muitos certamente encontram-se esgotados, além do que, não devemos nos esquecer que eles acabam de ter participado de uma temporada inteira em seus clubes.
Segundo o Dr. Ivy, “O processo de recuperação está interligado e é significativamente mais complexo do que as pessoas imaginam. Eu duvido que a maioria desses jogadores que estejam jogando na Eurocopa deste ano, se encontram fisicamente e mentalmente em sua melhor forma, depois de virem de uma temporada tão desgastante”.
Na verdade, um estudo realizado por pesquisadores suecos da Linkoping University examinou a correlação entre a quantidade de partidas que alguns jogadores europeus haviam disputado nos meses que antecederam a Copa de 2002, e o número de lesões, assim como o nível do desempenho desses durante aquele evento. Os pesquisadores observaram que os jogadores que tiveram atuação inferior na Copa do Mundo, de fato tinham jogado mais partidas nas semanas que antecederam a competição, em comparação com aqueles que tiveram uma performance melhor do que o  esperado.
Os pesquisadores também observaram, que quase dois terços dos jogadores que jogaram mais de uma partida por semana durante as últimas 10 semanas da temporada, ora sofreram contusões ora tiveram um desempenho inferior durante a Copa. É bem possível que a solução do problema possa estar diretamente ligada ou relacionada à comercialização grotesca e a quantidade de dinheiro exorbitante que gira em torno do futebol.
Em entrevista pelo telefone, o Dr. Tobias Moskowitz, professor de economia da University of Chicago e autor do livro best-seller Scorecasting, me alertou sobre os fatores econômicos que estão desafiando os limites dos jogadores.
De acordo com o Dr. Moskowitz, “O retorno econômico acaba por promover mais jogos proporcionando um calendário congestionado. Os torcedores querem assistir o maior número de partidas possíveis gerando, desse modo, maiores bilheterias. Sem contar, o maior número de propagandas de TV. E tudo isso vai se acumulando, e os jogadores não são pagos por partida”.
Na verdade, para os cartolas não importa se os jogadores se sacrificam  jogando uma quantidade excessiva de partidas. O único objetivo é o lucro desenfreiado custe o que custar.
“É bem provável que os cartolas e os jogadores tenham que estar dispostos a aceitar menores recompensas financeiras, para a obtenção de um calendário mais humano”, completou o Dr. Moskowitz.
No entanto, a ganância é tanta, que a troco de qualquer dinheiro, os cartolas que comandam o jogo mais bonito do mundo chegam a tropeçar nos seus próprios erros, a ponto de botarem em curso um calendário patético para uma das competições mais importantes (ex: Eurocopa 2012), chegando a ser motivo de chacota. A incompetência e o descaso desses individuos é alarmante. Entretanto, a paixão das massas pelo futebol mexe com os corações, arranca lágrimas, dando muitas vezes alegria para aqueles que não têm nada, porém, permite que os erros escabrosos desses “organizadores”, passem muitas vezes despercebidos e que eles continuem impunes.
E, infelizmente, esses dirigentes ainda têm a audácia de chegar no nosso país para nos dar aula de como organizar uma Copa do Mundo! E com isso, eles continuam denegrindo e desrespeitando a imagem do jogo e tirando vantagem da boa vontade dos torcedores. Está na hora dos jogadores virarem a mesa! Os jogadores unidos jamais serão vencidos!