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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Para quem perdeu a Festa de Abertura dos Jogos de Londres

http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/com-bond-bean-e-beatles-londres-encanta-em-abertura


Olimpíada

Com Bond, Bean e Beatles, Londres encanta em abertura

Na mais pop das cerimônias olímpicas, os britânicos desfilam a sua influência e mostram, com música e bom humor, que são um farol na civilização ocidental

Giancarlo Lepiani, de Londres
Fogos de artifício na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres
Fogos de artifício na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres - Adrian Dennis/AFP
Um clipe exibido nos telões do estádio mostrou o ator Daniel Craig, o agente 007 do cinema, entrando no Palácio de Buckingham para escoltar a rainha Elizabeth II até a cerimônia. E a própria monarca apareceu no vídeo, cheio de referências bem humoradas aos gostos de sua majestade
















Para muita gente, cerimônias de abertura de Olimpíada são sempre a mesma coisa. Mas jamais houve uma festa como que inaugurou Londres-2012. Depois da pirotecnia, do rigor marcial e da grandiosidade de Pequim-2008, a capital britânica dispensou a pompa e apresentou uma celebração solta, divertida e emocionante. Apesar de mais leve na forma, foi muito mais impactante na substância. Os britânicos aproveitaram a ocasião para desfilar toda a sua influência sobre o resto do mundo. Dos Beatles a James Bond, da revolução industrial às revoluções da moda, do poderio naval do antigo império ao fascínio exercido por sua música e por seu cinema, Londres abriu, em cerca de três horas, uma cápsula do tempo cheia de referências sociais e culturais. Foi a solenidade de abertura mais pop da história olímpica - e também uma celebração do impacto notável dos britânicos na civilização ocidental. Depois da apresentação desta sexta-feira, ficará difícil superar a façanha londrina. Afinal, além de saber como narrar bem uma história, os anfitriões tinham muito a contar. Após cerca de uma hora e meia do espetáculo conduzido pelo cineasta Danny Boyle, começava o desfile das delegações, trazendo o evento de volta à esfera esportiva. A bela festa acabou mostrando, entretanto, que a Olimpíada é também muito mais - é uma chance de um país mostrar do que é feito (e o que é capaz de fazer).

Desde o início da festa, com um cenário rural que remetia às origens da nação britânica, a abertura foi uma aula de história e cultura. Para representar a revolução industrial, Boyle fez surgir no gramado chaminés gigantes. Os anéis olímpicos surgiram do alto do estádio, incandescentes, como se fossem forjados de aço. Um dos melhores trechos da festa, no entanto, veio logo em seguida. Um clipe exibido nos telões do estádio mostrou o ator Daniel Craig, o agente 007 do cinema, entrando no Palácio de Buckingham para escoltar a rainha Elizabeth II até a cerimônia. E a própria monarca apareceu no vídeo, cheio de referências bem humoradas aos gostos de sua majestade, como os cães da raça Corgis. A dupla entra num helicóptero e, ao sobrevoar o estádio, um jogo de cena faz parecer que tanto Bond como a rainha saltaram de para-quedas para chegar à festa. Depois do hino britânico e do hasteamento da bandeira do país-sede, a cerimônia tem uma coreografia inspirada na literatura infanto-juvenil britânica, com personagens como Mary Poppins, Peter Pan e Capitão Gancho, Cruella de Vil e Harry Potter. A autora da série de livros de Potter, J.K. Rowling, aparece para ler um trecho de Peter Pan. Antes, Kenneth Branagh já tinha entrado no cenário para recitar Shakespeare.
Leia também: a cobertura da equipe de VEJA no Estádio Olímpico de Londres

Bean na praia - O tributo ao cinema britânico, puxado pela trilha sonora de Carruagens de Fogo, tem mais uma cena bem humorada para quebrar o tom solene. Outro personagem do mundo pop britânico, o Mr. Bean, criação do humorista Rowan Atkinson, aparece inserido na orquestra, participando da performance (de forma desastrada, evidentemente). Bean, aliás, surge numa montagem do próprio filme, na cena clássica dos atletas correndo na praia. O segmento seguinte, um dos mais empolgantes da noite, retrata uma casa de família típica da Grã-Bretanha dos anos 1960 aos 1990, com um repertório arrasador, que incluiu Beatles, Rolling Stones, The Who, David Bowie, Queen, Sex Pistols e Prodigy. Depois do desfile das delegações e de um show da banda Arctic Monkeys, o presidente do Comitê Organizador Local, Sebastian Coe, e o presidente do COI, Jacques Rogge, discursaram sob a enorme árvore cenográfica colocada numa das extremidades do estádio. "Nunca senti tanto orgulho de ser britânico quanto hoje", disse Coe. "Obrigado, Londres, por receber os Jogos pela terceira vez nesta cidade vibrante e diversificada", completou Rogge. Elizabeth II fez o rápido pronunciamento que abre oficialmente a Olimpíada, e começou a procissão da chama olímpica rumo ao estádio. O astro David Beckham trouxe a tocha desde a Torre de Londres, através do Tâmisa, até um dos canais que cercam o Parque Olímpico.

Steve Redgrave, britânico pentacampeão olímpico, a carregou até o estádio - onde, enquanto isso, a bandeira olímpica era carregada por um grupo de notáveis escolhido pelo COI, entre eles a ex-senadora Marina Silva e o ex-campeão de boxe Muhammad Ali, um dos nomes mais aplaudidos da noite. Depois do já tradicional mistério sobre quem seria indicado para acender a pira olímpica, revelou-se a escolha de um grupo de jovens atletas, apadrinhados por sete lendas do esporte britânico, como Daley Thompson, Kelly Holmes e Mary Peters. A fila de atletas novatos correu até o centro do gramado e acendeu um grande círculo preenchido por hastes metálicas. Já iluminadas pelo fogo, elas ergueram-se lentamente, formando o caldeirão olímpico - uma cena de beleza singela, bem adequada ao tom da solenidade. Um espetáculo pirotécnico precedeu a entrada de Paul McCartney no estádio. Depois de cantar um de trecho da canção The End, o beatle deu início a um dos poucos momentos da festa já conhecidos com antecedência: sua interpretação de Hey Jude, para fazer o público cantar em uníssono o famoso refrão enquanto os atletas acenavam e comemoravam. Enquanto McCartney cantava sobre "pegar uma canção triste e fazê-la melhor", ficava claro que era bem isso que Londres faria com os Jogos Olímpicos - quatro anos depois do artificialismo chinês, uma antiga capital do mundo devolvia vida à grande festa do esporte.
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País

Mensalão: advogado diz que não há qualquer indício contra José Genoino 

Portal TerraHermano Freitas
O ex-presidente nacional do PT José Genoino recusa-se a falar pessoalmente sobre a proximidade do julgamento do mensalão. Denunciado pela Procuradoria Geral da República como membro do "núcleo político" da "quadrilha", ele deixa a cargo do advogado Luis Fernando Pacheco as declarações para a imprensa sobre o caso. A alegação é de que não há "qualquer indício" da participação dele nos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, dos quais é acusado.
O defensor afirma ainda que Genoino está "sereno" e que confia na Justiça, que começa a julgar o suposto esquema no dia 2 de agosto. De acordo com a denúncia, Genoino era o interlocutor político visível da organização criminosa. O Ministério Público (MP) diz que ele foi avalista na simulação de empréstimos nos bancos Rural e BMG para mascarar o real destino dos recursos.
Genoino deixou a presidência do PT em julho de 2005, antes que o Diretório Nacional, que estava reunido em São Paulo, definisse a recomposição da Executiva da legenda no País. Ele tomou a decisão um dia depois da prisão do assessor parlamentar de seu irmão José Nobre Guimarães, que tentava embarcar no aeroporto de Congonhas com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca.
Atual assessor especial do Ministério da Defesa, Genoino disputou as eleições de 2010 para deputado federal, mas não foi eleito. Por e-mail, o advogado afirmou ainda que, em caso de absolvição, Genoino não vai processar ninguém pelas acusações que pesam contra ele. Pacheco informou ainda que ele não pretende concorrer a nenhum cargo político no momento.

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27/07/2012 -- 20h34
Policiais acusados de matar publicitário são libertados
20120719130121_capa.jpg (620×465)Agência Estado 
Os três policiais militares acusados de matar o publicitário Ricardo Aquino - Gustavo Garcia, Adriano da Silva e Robson Tadeu Paulino - deixaram a prisão nesta sexta-feira, 27, após a Justiça Militar conceder a liberdade para eles. Eles deixaram o Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte, por volta das 20 horas. 

A liberdade foi concedida após pedido do advogado Aryldo de Oliveira de Paula, que defende os três policiais. Ele argumentou que o Tribunal de Justiça Militar não tem competência legal para manter militares presos por praticar homicídio - é uma atribuição exclusiva do Tribunal de Justiça (civil). 

Como o desembargador William Campos, do Tribunal de Justiça, já tinha concedido nessa quinta-feira, 26, a liberdade para os três acusados, não havia razões legais para manter os três presos. "Com base nesta decisão declinatória de competência, prevalece a decisão da justiça comum que decidiu o pedido de habeas corpus" informou o Tribunal de Justiça Militar. "Era uma prisão totalmente irregular", disse o advogado. "A liberdade zela pelo cumprimento do Código Processual Penal", argumentou. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.